Anápolis, 31 de outubro de 2017
À senhora Branca Arlete Santos Souza
Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO
Estimada senhora, seja devota de Nossa Senhora
imitando com fidelidade suas virtudes. A Virgem Maria é a Mãe de
Deus e nossa... é modelo seguro: “A
Santíssima Virgem é o modelo mais perfeito. Não viveu ela sempre
em uma contínua oração, no silêncio, no esquecimento do que era
da terra?”
(Santa Teresa dos Andes).
A Santíssima Virgem nos ensina de que modo nos
comportamos; assim na prosperidade como na adversidade, na
oração ou no trabalho, nas honras ou nas humilhações. Na
verdade, jamais atingiremos a perfeição que ela deu a todas as
suas ações. Todavia, mais perfeito será, decerto, quem do modelo
se afastar no mínimo.
Maria foi isenta do pecado original, desde
o primeiro instante de sua existência.
Portanto, ela foi concebida na graça e amizade de Deus. Nós, ao
contrário, somos todos, ao ingressar no mundo, as tristes
vítimas da cólera divina. Ninguém, senão Maria, ciente do seu
amor entrou no mundo como a obra-prima da divina graça.
Não quisera Deus que o templo onde iria habitar tivesse algo que
o contaminasse. Exigia a honra do Filho que a Mãe não fosse um
momento sequer, escrava do demônio.
Nossa Senhora, concebida na graça de Deus, sem
mancha de pecado, sem inclinação para o pecado, não havia razão
para temer, como nós, alguma queda no pecado. Ela velava
sobre o coração constantemente, como se as criaturas pudessem
usurpar as feições suas. Ela velava sobre todas as
palavras, qual se desconfiasse de seus próprios lábios.
Concebida com todos os privilégios da inocência, quis viver
sempre na penitência.
Senhora Branca, leia atenciosamente a Vida
de Santa Branca.
Branca era filha de Afonso IX, Rei de Castela,
e de Eleonora da Inglaterra. Nasceu em Palência no início de
1188. Com onze anos foi prometida como esposa a Luís, delfim da
França, pelo tio João Sem Terra, que tinha intenção de se
reconciliar com o Rei Felipe Augusto.
O casamento dos jovens príncipes foi celebrado
no dia 23 de maio de 1200 em Portmort, na Normandia.
Branca encontrava-se profundamente aflita,
pois já se haviam passado doze anos desde seu casamento e ainda
não tinha filhos. São Domingos de Gusmão, que fora visitar a
Rainha, aconselhou-a a rezar diariamente o Terço, pedindo a Deus
a graça de tornar-se mãe. Seguindo fielmente o conselho ela foi
atendida, e em 1213 deu à luz o seu primogênito, Filipe, que
veio a falecer na infância.
O fervor da rainha não se abalou por essa
provação. Ao contrário, ela procurou o auxílio de Nossa Senhora
mais do que antes. Distribuiu Terços para todos os membros da
corte e para os habitantes de muitas cidades do seu reino,
pedindo que se unissem a ela na súplica a Deus. Sua ardente
oração foi ouvida quando, em 1215, nasceu aquele que seria
depois São Luís, o príncipe que se tornaria a glória da França e
modelo dos reis cristãos.
Branca, que fora educada nos princípios
católicos, educou seus numerosos filhos, entre eles Luís,
segundo os mesmos ensinamentos. A Rainha herdou dos
Plantagenetas, seus ancestrais maternos, a excepcional força de
ânimo e o senso político que demonstrou colaborando nos
empreendimentos do esposo, encorajado por ela na sua luta pela
expulsão dos ingleses do Poitou.
Em 1223 tornou-se Rainha da França e ficou
viúva três anos depois. Assumiu a regência em nome do filho,
Luís IX, e logo se defrontou com uma coalizão dos grandes
senhores feudais que, sob a liderança de Pedro Mauclerc, Duque
da Bretanha, pretendiam tornar-se independentes do poder real,
ou procuravam obter uma maior influência política, não tolerando
a regência de uma estrangeira.
Branca, com manobras sagazes, conseguiu sair
vitoriosa desta e de outras coalizões, debelando também a de
Raimundo VII, Conde de Tolosa, estendendo a autoridade régia ao
Languedoc, que foi efetivamente exercida após o casamento do
filho Afonso de Poitiers com Joana de Tolosa.
O Cardeal Romano Frangipane, legado
pontifício, presente na França já no tempo de Luís VIII, muito
ajudou Branca em suas lutas, pois havia conservado um ascendente
também sobre a rainha.
Quando o filho atingiu a maioridade em 1234,
Branca continuou a ocupar-se das tarefas de estado junto com
Luís IX por uma dezena de anos, enfrentando novas sublevações,
especialmente a de Hugo de Lusignano, Conde das Marches.
Após a partida do rei para a cruzada de 1243,
Branca assumiu novamente a regência do reino.
Branca faleceu em Paris no dia 26 ou 27 de
novembro de 1252, enquanto São Luís IX ainda se encontrava no
Oriente. O seu corpo repousa na Abadia de Maubuisson, fundada
por ela em 1242, e onde ela mesma recebera o hábito cisterciense
alguns anos antes da morte. O seu coração é conservado na Abadia
de Lys, nas proximidades de Melun, para onde fora levado em 13
de março de 1253.
Caríssima senhora, reze durante os meses de
novembro e dezembro os Salmos 26, 93 e 120.
Salmo 26:
“Faze-me justiça, ó Deus, pois ando em minha integridade; eu
confio em Deus, sem vacilar. Examina-me, Senhor, coloca-me à
prova, depura meus rins e meu coração: à frente dos meus olhos
está o teu amor, e estou caminhando na tua verdade. Não me
assento com os impostores, nem caminho com os hipócritas;
detesto a assembleia dos maus e com os ímpios não me assento. Na
inocência lavo minhas mãos para rodear o teu altar, Senhor,
proclamando a ação de graças e contando tuas maravilhas todas.
Deus, eu amo a beleza de tua casa e o lugar onde a tua glória
habita. Não me ajuntes com os pecadores, nem minha vida com os
assassinos: eles têm a infâmia nas mãos, sua direita está cheia
de subornos. Quanto a mim, eu ando na minha integridade,
resgata-me, tem piedade de mim! Meu pé está firme no reto
caminho, eu te bendigo, Deus, nas assembleias”.
Salmo 93:
“Deus é rei, vestido de majestade, Deus está
vestido, envolto em poder. Sim, o mundo está firme, jamais
tremerá. Teu trono está firme desde a origem, e desde sempre tu
existes. Levantam os rios, Deus, levantam os rios sua voz,
levantam os rios seu rumor; mais que o estrondo das águas
torrenciais, mais imponente que a ressaca do mar, é imponente
Deus, nas alturas. Teus testemunhos são firmes de fato, a
santidade é o adorno de tua casa, por dias sem fim, ó Deus!”
Salmo 120:
“Em minha angústia eu grito a Deus, e ele me
responde. Livra-me, Deus, dos lábios mentirosos, da língua
traidora! Que te será dado ou acrescentado, ó língua traidora?
Flechas de guerreiro, afiadas com brasas de giesta. Ai de mim,
peregrino em Mosoc, acampado nas tendas de Cedar! Já há muito
que moro com os que odeiam a paz. Eu sou pela paz, mas, quando
falo, eles são pela guerra”.
Leia com atenção essa “historinha”: Quanto
sofrem as almas.
O verdadeiro e principal tormento do
Purgatório é a privação da vista de Deus. Fala-se, porém, do
fogo do Purgatório como de uma pena semelhante à do inferno, com
a diferença de que não é eterna.
Num convento dos Estados Unidos, duas
Religiosas ligadas durante dez anos com uma santa amizade
espiritual, procuraram ajudar-se a servir a Deus cada dia com
maior perfeição.
Veio a falecer uma delas a quem chamavam a
“santa da casa”.
Fizeram-se por ela os sufrágios costumados
na comunidade, e sua companheira não deixou de encomendá-la de
modo todo especial.
Uma tarde, na mesma semana da morte,
enquanto ceavam, sua amiga que pensava nela, creu ouvir estas
palavras: “Venho pedir-lhe três missas; crê a senhora que rezou
muito por mim e que não sofro? Para que tenha uma ideia de
minhas penas, vou tocá-la apenas com um dedo”.
No mesmo instante a religiosa sentiu-se tão
horrivelmente queimada no joelho que lançou um grito agudíssimo.
Toda a comunidade ficou espantada; calou-se a leitora e toda a
comunidade voltou sua atenção para a irmã. Interrogada, referiu
à Superiora o que acabava de se passar e viram, com efeito, no
joelho da irmã uma profunda queimadura.
Deu-se esse fato em julho de 1869, e o
periódico “La Croix” acrescentava a 9 de novembro de 1889, que a
referida Religiosa ainda estava viva e ainda apresentava as
cicatrizes da queimadura.
As missas foram naturalmente celebradas o
mais cedo possível, e a falecida Religiosa não tornou a aparecer.
Prezada senhora, obrigado pela ajuda mensal.
Branca significa: “Alva”, “cândida”.
Rezamos pela senhora e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração Bondoso de
Jesus Cristo: “Quando nos consagramos
e dedicamos por completo a este Coração adorável, para amá-lo e
honrá-lo, com todos os nossos meios, entregando-nos de todo a
ele, ele cuida de nós e nos faz chegar ao porto da salvação,
apesar de todas as borrascas”
(Santa Margarida Maria Alacoque).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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