Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

055 / 2017

 

Anápolis, 08 de novembro de 2017

 

À senhora Terezinha Ribeiro Tannus

Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO

 

Caríssima senhora, fomos criados por Deus para brilharmos com a luz do bom exemplo. Feliz da pessoa que vive santamente em todos os lugares: “Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso comportamento” (1 Pd 1, 15).

 

Devemos dar bom exemplo para todas as pessoas! O mundo necessita de pessoas santas!

O remédio contra o escândalo é o bom exemplo. O bom exemplo contamina a obra perniciosa do escandaloso, pois, ao passo que este arrasta as almas para o vício e para a perdição eterna, aquele as atrai para a virtude e leva para Deus.

Obrigação de dar bom exemplo todos a temos; têm-na, porém, mais que todos, aqueles que o deram mal.

Sendo nós os membros de uma sociedade espiritual – a Igreja – cujo fim é tornar os fiéis semelhantes a Jesus Cristo, devemos viver em conformidade com as suas leis. Ora, sendo nós obrigados a observar as leis da Igreja, temos, por isso mesmo, o dever de dar bom exemplo, pois não se pode ser bom cristão sem edificar o próximo com as boas obras.

O que está de cima é como o guia e modelo, para quem devem olhar os subordinados. Se o modelo é defeituoso, a cópia não pode sair perfeita.

Mas tem ainda maior obrigação de dar bom exemplo aquele que, com seus escândalos, concorreu para a ruína do próximo. Primeiro, por parte de Deus, a quem deve restituir a glória que lhe roubou, e que lhe deviam dar as criaturas, se não fossem pervertidas com seus maus exemplos. Segundo, por parte do homem, que tem direito de exigir daquele que o afastou de Deus e da virtude, que o reponha de novo no caminho da salvação.

O bom exemplo é um sermão que todos podem pregar. Com ele pode fazer-se mais fruto nas almas, do que com muitos discursos que só recreiam os ouvidos.

O pregar com a palavra nem a todos é concedido; mas pregar com o exemplo a ninguém é defeso.

O bom exemplo é um sermão que todos entendem e que se pode pregar a cada hora do dia, não só na Igreja, mas na rua e em casa (Pe. Alexandrino Monteiro).

 

Senhora Terezinha, leia atenciosamente a Vida de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha.

Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo Papa Leão XIII.

Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir… Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita.

Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.

Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como “padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de São Francisco Xavier”.

Esta “grande santa dos tempos modernos” foi proclamada doutora da Igreja pelo Papa João Paulo II em 1997.

 

Estimada senhora, reze durante os meses de novembro e dezembro os Salmos 32 e 33.

 

Salmo 32: “Feliz aquele cuja ofensa é absolvida, cujo pecado é coberto. Feliz o homem a quem Deus não atribui iniquidade, e em cujo espírito não há fraude. Enquanto calei, meus ossos se consumiam, o dia todo rugindo, porque dia e noite a tua mão pesava sobre mim; meu coração tornou-se um feixe de palha em pleno calor de verão. Confessei a ti o meu pecado, e minha iniquidade não te encobri; eu disse: ‘Vou a Deus confessar a minha iniquidade!’ E tu absolveste a minha iniquidade, perdoaste o meu pecado. Assim, todo fiel suplicará a ti no tempo da angústia. Mesmo que as águas torrenciais transbordem, jamais o atingirão. Tu és um refúgio para mim, tu me preservas da angústia e me envolves com cantos de libertação. Vou instruir-te, indicando o caminho a seguir, com os olhos sobre ti, eu serei teu conselho. Não sejas como o cavalo ou o jumento, que não compreende nem rédea nem freio: deve-se avançar para domá-lo, sem que ele se aproxime de ti. São muitos os tormentos do ímpio, mas o amor envolve quem confia em Deus. Alegrai-vos em Deus, ó justos, e exultai, dai gritos de alegria, todos os de coração reto”.

 

Salmo 33: “Ó justos, exultai em Deus, aos retos convém o louvor. Celebrai a Deus com harpa, tocai-lhe a lira de dez cordas; cantai-lhe um cântico novo, tocai com arte na hora da ovação! Pois a palavra de Deus é reta, e sua obra toda é verdade; ele ama a justiça e o direito, a terra está cheia do amor de Deus. O céu foi feito com a palavra de Deus, e seu exército com o sopro de sua boca. Ele represa num dique as águas do mar, coloca os oceanos em reservatórios. Que a terra inteira tema a Deus, temam-no todos os habitantes do mundo! Porque ele diz e a coisa acontece, ele ordena e ela se afirma. Deus desfaz o desígnio das nações e frustra os projetos dos povos. O desígnio de Deus permanece para sempre, os projetos de seu coração, de geração em geração. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que escolheu para si como herança. Do céu Deus contempla e vê todos os filhos de Adão. Do lugar de sua morada ele observa os habitantes todos da terra: ele forma o coração de cada um e discerne todos os seus atos. Nenhum rei se salva com exército numeroso, o valente não se livra pela sua grande força; para salvar, o cavalo é ilusão, e todo o seu vigor não ajuda a escapar. Eis que o olho de Deus está sobre os que o temem, sobre aqueles que esperam seu amor, para da morte libertar a sua vida e no tempo da fome fazê-los viver. Quanto a nós, nós esperamos por Deus: ele é nosso auxílio e nosso escudo. Nele se alegra o nosso coração, é no seu nome santo que confiamos. Deus, que teu amor esteja sobre nós, assim como está em ti nossa esperança!”

 

Leia com atenção essa “historinha”: Nosso modelo é Jesus Cristo.

Alberto, filho do conde de Falkenberg, entrou na Ordem de São Domingos de Gusmão, não obstante a forte oposição dos pais. Um amigo da família foi ao convento dizer ao jovem que, se não voltasse para casa, sua mãe morreria de dor. Alberto, apontando para um crucifixo, disse-lhe:

- Jesus Cristo é o nosso modelo. E tu bem sabes que Ele não desceu da cruz para consolar sua aflita Mãe. Por isso, também, eu não abandonarei o estado religioso por causa da minha mãe, pois está no Evangelho que quem ama pai, mãe e irmãos mais que a Jesus Cristo não é digno dele, não serve para o céu.

Ouvindo essas palavras, o outro resolveu fazer-se também religioso.

Prezada senhora, obrigado pela ajuda mensal.

Rezamos pela senhora e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “Bem-aventurado o que conhece o que é amar a Jesus e desprezar-se a si mesmo por amor de Jesus!” (Tomás de Kempis).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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