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				Anápolis, 08 de 
				novembro de 2017 
				  
				
				À senhora Terezinha Ribeiro Tannus 
				
				Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Caríssima senhora, fomos criados por Deus para 
				brilharmos com a luz do bom exemplo. Feliz da pessoa que vive 
				santamente em todos os lugares: 
				“Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também 
				vós santos em todo o vosso comportamento”
				(1 Pd 1, 15). 
				  
				
				Devemos dar bom exemplo para todas as 
				pessoas! O mundo necessita de pessoas santas! 
				
				O remédio contra o escândalo é o bom 
				exemplo. O bom exemplo 
				contamina a obra perniciosa do escandaloso, pois, ao passo que 
				este arrasta as almas para o vício e para a perdição eterna, 
				aquele as atrai para a virtude e leva para Deus. 
				
				Obrigação de dar bom exemplo todos a temos; 
				têm-na, porém, mais que todos, aqueles que o deram mal. 
				
				Sendo nós os membros de uma sociedade espiritual 
				– a Igreja – cujo fim é tornar os fiéis semelhantes a Jesus 
				Cristo, devemos viver em conformidade com as suas leis. 
				Ora, sendo nós obrigados a observar as leis da Igreja, temos, 
				por isso mesmo, o dever de dar bom exemplo, pois não se pode ser 
				bom cristão sem edificar o próximo com as boas obras. 
				
				O que está de cima é como o guia e modelo, para 
				quem devem olhar os subordinados. Se o modelo é 
				defeituoso, a cópia não pode sair perfeita. 
				
				Mas tem ainda maior obrigação de dar bom exemplo 
				aquele que, com seus escândalos, concorreu para a ruína do 
				próximo. Primeiro, por parte de Deus, a quem deve 
				restituir a glória que lhe roubou, e que lhe deviam dar as 
				criaturas, se não fossem pervertidas com seus maus exemplos. 
				Segundo, por parte do homem, que tem direito de 
				exigir daquele que o afastou de Deus e da virtude, que o reponha 
				de novo no caminho da salvação. 
				
				O bom exemplo é um sermão que todos podem 
				pregar. Com ele pode fazer-se mais fruto nas almas, do que com 
				muitos discursos que só recreiam os ouvidos. 
				
				O pregar com a palavra nem a todos é concedido; 
				mas pregar com o exemplo a ninguém é defeso. 
				
				O bom exemplo é um sermão que todos 
				entendem e que se pode pregar a cada hora do dia, não só na 
				Igreja, mas na rua e em casa (Pe. 
				Alexandrino Monteiro). 
				  
				
				Senhora Terezinha, leia atenciosamente a 
				Vida de Santa Teresinha do Menino Jesus. 
				
				Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 
				de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca 
				Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como 
				suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a 
				Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu 
				ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que 
				suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi com 
				entusiasmada aceitação por parte de Teresinha. 
				
				Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, 
				consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de 
				segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. 
				Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em 
				Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo Papa 
				Leão XIII. 
				
				Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, 
				desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, 
				evangelista, mártir… Mas ao perceber que o amor supremo era a 
				fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra 
				não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, 
				mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e 
				imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. 
				
				Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo 
				depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de 
				religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e 
				pensadores do século XX. 
				
				Teresinha teve seus últimos anos consumidos 
				pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua 
				paciência. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro 
				anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando 
				expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma 
				quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através 
				de sua intervenção em favor de seus devotos. 
				
				Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e 
				canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua 
				vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à 
				causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo 
				pontífice, como “padroeira especial de todos os missionários, 
				homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, 
				tendo o mesmo título de São Francisco Xavier”. 
				
				Esta “grande santa dos tempos modernos” 
				foi proclamada doutora da Igreja pelo Papa João Paulo II em 
				1997. 
				  
				
				Estimada senhora, 
				reze durante os meses de novembro e dezembro os Salmos 32 e 33. 
				  
				
				Salmo 32: 
				“Feliz aquele cuja ofensa é absolvida, cujo pecado é coberto. 
				Feliz o homem a quem Deus não atribui iniquidade, e em cujo 
				espírito não há fraude. Enquanto calei, meus ossos se consumiam, 
				o dia todo rugindo, porque dia e noite a tua mão pesava sobre 
				mim; meu coração tornou-se um feixe de palha em pleno calor de 
				verão. Confessei a ti o meu pecado, e minha iniquidade não te 
				encobri; eu disse: ‘Vou a Deus confessar a minha iniquidade!’ E 
				tu absolveste a minha iniquidade, perdoaste o meu pecado. Assim, 
				todo fiel suplicará a ti no tempo da angústia. Mesmo que as 
				águas torrenciais transbordem, jamais o atingirão. Tu és um 
				refúgio para mim, tu me preservas da angústia e me envolves com 
				cantos de libertação. Vou instruir-te, indicando o caminho a 
				seguir, com os olhos sobre ti, eu serei teu conselho. Não sejas 
				como o cavalo ou o jumento, que não compreende nem rédea nem 
				freio: deve-se avançar para domá-lo, sem que ele se aproxime de 
				ti. São muitos os tormentos do ímpio, mas o amor envolve quem 
				confia em Deus. Alegrai-vos em Deus, ó justos, e exultai, dai 
				gritos de alegria, todos os de coração reto”. 
				  
				
				Salmo 33: 
				“Ó justos, exultai em Deus, aos retos convém o 
				louvor. Celebrai a Deus com harpa, tocai-lhe a lira de dez 
				cordas; cantai-lhe um cântico novo, tocai com arte na hora da 
				ovação! Pois a palavra de Deus é reta, e sua obra toda é 
				verdade; ele ama a justiça e o direito, a terra está cheia do 
				amor de Deus. O céu foi feito com a palavra de Deus, e seu 
				exército com o sopro de sua boca. Ele represa num dique as águas 
				do mar, coloca os oceanos em reservatórios. Que a terra inteira 
				tema a Deus, temam-no todos os habitantes do mundo! Porque ele 
				diz e a coisa acontece, ele ordena e ela se afirma. Deus desfaz 
				o desígnio das nações e frustra os projetos dos povos. O 
				desígnio de Deus permanece para sempre, os projetos de seu 
				coração, de geração em geração. Feliz a nação cujo Deus é o 
				Senhor, o povo que escolheu para si como herança. Do céu Deus 
				contempla e vê todos os filhos de Adão. Do lugar de sua morada 
				ele observa os habitantes todos da terra: ele forma o coração de 
				cada um e discerne todos os seus atos. Nenhum rei se salva com 
				exército numeroso, o valente não se livra pela sua grande força; 
				para salvar, o cavalo é ilusão, e todo o seu vigor não ajuda a 
				escapar. Eis que o olho de Deus está sobre os que o temem, sobre 
				aqueles que esperam seu amor, para da morte libertar a sua vida 
				e no tempo da fome fazê-los viver. Quanto a nós, nós esperamos 
				por Deus: ele é nosso auxílio e nosso escudo. Nele se alegra o 
				nosso coração, é no seu nome santo que confiamos. Deus, que teu 
				amor esteja sobre nós, assim como está em ti nossa esperança!” 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Nosso 
				modelo é Jesus Cristo. 
				
				Alberto, filho do conde de Falkenberg, 
				entrou na Ordem de São Domingos de Gusmão, não obstante a forte 
				oposição dos pais. Um amigo da família foi ao convento dizer ao 
				jovem que, se não voltasse para casa, sua mãe morreria de dor. 
				Alberto, apontando para um crucifixo, disse-lhe: 
				
				- Jesus Cristo é o nosso modelo. E tu bem 
				sabes que Ele não desceu da cruz para consolar sua aflita Mãe. 
				Por isso, também, eu não abandonarei o estado religioso por 
				causa da minha mãe, pois está no Evangelho que quem ama pai, mãe 
				e irmãos mais que a Jesus Cristo não é digno dele, não serve 
				para o céu. 
				
				Ouvindo essas palavras, o outro resolveu 
				fazer-se também religioso. 
				
				Prezada senhora, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Rezamos pela senhora e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus 
				Cristo: “Bem-aventurado o que conhece 
				o que é amar a Jesus e desprezar-se a si mesmo por amor de 
				Jesus!”
				(Tomás de Kempis). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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