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				Anápolis, 14 de novembro de 2017 
				  
				
				Ao senhor Sérgio Humberto Lopes Safatle 
				
				Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Estimado senhor, lembre-se continuamente da 
				brevidade da vida! O tempo passa e não volta mais... quem 
				quiser entrar no céu deve fazer o bem agora, não depois da 
				morte: “Enquanto estamos no 
				mundo e temos tempo, façamos, de coração, penitência pelos 
				pecados cometidos, para sermos salvos pelo Senhor. Porque depois 
				de sairmos do mundo já não mais poderemos reconhecer os nossos 
				pecados nem fazer penitência”
				(Da Homilia de um Autor do século segundo). 
				  
				
				Devemos caminhar pelo caminho do Senhor 
				enquanto temos vida e luz, porque esta logo desaparece na morte. 
				Então já não é tempo para preparar-se, mas de estar pronto. 
				Quando chega a morte, não se pode fazer nada: o que está 
				feito está feito… Se alguém soubesse que em breve se 
				decidiria a causa de sua vida ou morte, ou de toda a sua 
				fortuna, com que ardor não procuraria um bom advogado, 
				diligenciaria para que os juízes conhecessem nitidamente as 
				razões que lhe assistem, e trataria de empregar os meios para 
				obter sentença favorável! O que 
				fazemos nós? Sabemos com certeza que muito brevemente, no 
				momento em que menos o pensamos, se há de julgar a causa do 
				maior negócio que temos, isto é, do negócio de nossa salvação 
				eterna… e ainda perdemos tempo? 
				
				Dirá talvez alguém: sou ainda moço; mais 
				tarde me converterei a Deus. O Senhor amaldiçoou aquela 
				figueira que achou sem frutos, posto que não fosse estação 
				própria, como observa o Evangelho (Mc 11,13). Com 
				este fato quis Jesus Cristo dar-nos a entender que o homem, em 
				todo tempo, sem excetuar a mocidade, deve produzir frutos de 
				boas obras, senão será amaldiçoado e nunca mais dará frutos no 
				futuro. Nunca coma alguém fruto de ti (Mc 11,14). 
				Assim falou o Redentor àquela árvore, e do mesmo modo amaldiçoa 
				a quem ele chama e lhe resiste… Circunstância digna de 
				admiração! Ao demônio parece breve a duração de nossa 
				vida, e é por isso que não deixa escapar ocasião de nos tentar.
				“Desceu a vós o demônio com grande 
				ira, sabendo que lhe resta pouco tempo”
				(Ap 12,12) (Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				O tempo de realizar o bem é agora! Muitas 
				pessoas se desesperam na hora da morte porque estão de mãos 
				vazias. 
				
				Quem tem um empréstimo por dois anos não terá de 
				pagar juros só por um ano. E quem habita uma casa por dez anos 
				não dará o aluguel apenas de cinco. E por que então não 
				meditamos que todo ano que passa aumenta a nossa 
				responsabilidade de feitores? 
				Por que adiamos indiferentemente, de dia para 
				dia, de ano para ano, uma boa obra, ou mesmo a nossa própria 
				conversão? 
				
				Existiu um aldeão muito ingênuo. 
				Chegado à margem de um riachinho, devendo passar para o lado de 
				lá, começou por se sentar na erva fresca. E, quando se lembrava 
				de que seria necessário passá-lo, dizia: Esperarei que a água 
				tenha passado toda, e depois passarei em seco. E, esperando, 
				esperando, veio a morte, e ele ainda lá estava. 
				
				É muito perigoso adiar a conversão... deixar para 
				depois, para o próximo ano... a 
				morte não tarda! (Horatius, 1 
				Ep., II, 42). 
				  
				
				Caríssimo senhor, reze os Salmos 100 e 101 
				durante os meses de novembro e dezembro. 
				
				  
				
				Salmo 100: 
				“Aclamai a Deus, terra inteira, servi a Deus com 
				alegria, ide a ele com gritos jubilosos! Sabei que só o Senhor é 
				Deus, ele nos fez e a ele pertencemos, somos seu povo, o rebanho 
				do seu pasto. Entrai por suas portas dando graças, com cantos de 
				louvor pelos seus átrios, celebrai-o, bendizei o seu nome. Sim! 
				Porque Deus é bom: o seu amor é para sempre, e sua verdade de 
				geração em geração”. 
				  
				
				Salmo 101: 
				“Vou cantar o amor e o direito, a ti, Deus, eu quero tocar; vou 
				andar na integridade: quando virás a mim? Andarei de coração 
				íntegro dentro da minha casa; não porei uma coisa vil diante dos 
				meus olhos. Odeio a ação dos apóstatas: ela não me atrairá; 
				longe de mim o coração pervertido, eu ignoro o perverso. Quem 
				calunia seu próximo em segredo eu o farei calar; olhar altivo e 
				coração orgulhoso eu não suportarei. Meus olhos estão nos leais 
				da terra, para que habitem comigo; quem anda no caminho dos 
				íntegros, este será o meu ministro. Em minha casa não habitará 
				quem pratica fraudes; o que fala mentiras não permanecerá diante 
				dos meus olhos. A cada manhã eu farei calar todos os ímpios da 
				terra, para extirpar da cidade de Deus todos os malfeitores”. 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: O 
				melhor carnaval. 
				
				Um oficial espanhol viu um dia São Pedro 
				Claver com um grande saco às costas. 
				
				— Padre, aonde vai com esse saco? 
				
				— Vou fazer carnaval; pois não é tempo de 
				folgança? 
				
				O oficial quer ver o que acontece: 
				acompanha-o. 
				
				O Santo entra num hospital. Os doentes 
				alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o 
				Santo, passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes 
				e regalos até esvaziar completamente o saco. 
				
				— E agora? – pergunta o oficial. 
				
				— Agora venha comigo; vamos à igreja rezar 
				por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de 
				ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval. 
				
				O carnaval não é uma simples brincadeira; 
				mas sim, é um mar de lama, pecados e vícios: 
				“O carnaval é um tempo 
				infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre 
				pecados, e correm à rédea solta para a perdição” 
				(São Vicente Ferrer). 
				
				Prezado senhor, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Rezamos pelo senhor e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Maria 
				Santíssima: “Salve, ó Maria, Mãe de 
				Deus, virgem e mãe, estrela e vaso de eleição! Salve, Maria, 
				virgem, mãe e serva: virgem, na verdade, por virtude daquele que 
				nasceu de ti; mãe por virtude daquele que cobriste com panos e 
				nutriste em teu seio; serva, por aquele que  tomou de servo a 
				forma!”
				(São Cirilo de Alexandria). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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