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				Anápolis, 15 de novembro de 2017 
				  
				
				À senhora Irma Castrillon 
				
				Benfeitora do Instituto, Goiânia – GO 
				  
				
				Estimada senhora, trabalhe continuamente para 
				conquistar o céu... nossa pátria eterna. Estamos aqui nesse 
				mundo para salvar a nossa alma imortal e espiritual... tudo o 
				que fazemos afora isso estamos roubando de Deus. Não é 
				fácil conquistar o céu... é preciso de muita luta... e luta 
				contínua: “O céu é a nossa 
				pátria, lá Deus nos preparou o repouso numa eterna felicidade. 
				Passamos pouco tempo neste mundo, mas neste pouco tempo temos 
				muitas dores a sofrer”
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
				A nossa viagem para o Céu efetua-se sem 
				parada nem repouso. O tempo nos arrasta, de dia e de noite, sem 
				que nos seja possível retardar o curso.
				É impossível alguém se salvar de braços 
				cruzados e com as mãos vazias. 
				
				Todos os homens desejam a felicidade. 
				Todos os cristãos, além disso, creem na vida eterna e desejam-na 
				com toda a sua alma, pois é a felicidade sem fim. Para 
				desejarmos alguma coisa, temos evidentemente de conhecer a sua 
				bondade e beleza. O desejo é sempre um anelo de posse. 
				Mas, tratando-se da bem-aventurança eterna, esse desejo é uma 
				verdadeira avidez, isto é, uma necessidade real de posse. 
				
				No Céu, os eleitos veem a Deus e 
				conhecem-no de maneira clara, direta e imediata, sem o auxílio 
				do raciocínio; é o que se chama visão intuitiva. 
				Não se trata de uma visão passageira, como a que Deus às vezes 
				concede a almas muito santas, mas de um estado diferente daquele 
				em que vivemos. Nesse estado, a inteligência humana encontra-se 
				livre da ignorância e do erro, pois vê tudo em Deus, que nos fez 
				inteligentes para que pudéssemos chegar a esse termo, com ou sem 
				conhecimentos científicos. Para a criatura, será uma 
				alegria imensa conhecer no Céu a beleza da Criação e as leis que 
				a governam. 
				
				Há graus na felicidade, tal como há graus 
				no bem que se fez e que se faz. Na 
				ordem natural, cada um atua segundo a sua capacidade: uns 
				podem fazer coisas que outros não podem. Na ordem da 
				recompensa, cada pessoa a receberá na medida em que tiver feito 
				frutificar os dons recebidos de Deus (Monge Edouard Clerc). 
				
				Feliz daquele que lutar todos os dias para 
				conquistar o Céu: “O Céu é a posse de 
				Deus. No céu contempla-se a Deus, adora-se e ama-se a Ele. Mas 
				para chegar ao céu é preciso desprender-se da terra”
				(Santa Teresa dos Andes). 
				
				São João Bosco escreve sobre o Céu: 
				“Considere, além disso, o 
				gozo que inundará a sua alma ao entrar no Céu. O encontro, o 
				acolhimento dos parentes e dos amigos; a nobreza, a beleza dos 
				Querubins, dos Serafins, de todos os Santos, que aos milhões e 
				milhões louvam o Criador; o coro dos Apóstolos, a multidão 
				imensa dos mártires, dos Confessores, das Virgens. Há também um 
				exército enorme de jovens que conservaram a virtude da pureza, 
				cantando a Deus um hino que ninguém mais pode entoar. Como são 
				felizes neste reino os bem-aventurados! Sempre mergulhados na 
				alegria, sem nenhuma doença, sem desgostos e preocupações que 
				perturbem a sua paz e o seu gozo!” 
				  
				
				Caríssima senhora, reze os Salmos 98 e 99 
				durante os meses de novembro e dezembro. 
				  
				
				Salmo 98: 
				“Cantai a Deus um cântico novo, pois ele fez 
				maravilhas, sua direita o salvou e seu braço santo. Deus fez 
				conhecer sua salvação, revelou sua justiça aos olhos das nações: 
				lembrou-se do seu amor e fidelidade em favor da casa de Israel. 
				Os confins da terra contemplaram a salvação do nosso Deus. 
				Aclamai a Deus, terra inteira, dai gritos de alegria! Tocai para 
				Deus com a harpa e o som dos instrumentos; com trombetas e o som 
				da corneta aclamai ao rei Senhor! Estronde o mar e o que ele 
				contém, o mundo e seus habitantes; batam palmas os rios todos e 
				as montanhas gritem de alegria diante de Deus, pois ele vem para 
				julgar a terra: ele vai julgar o mundo com justiça e os povos 
				com retidão!” 
				  
				
				Salmo 99: 
				“Deus é rei: os povos estremecem! Ele se assenta em querubins: a 
				terra se abala! Deus é grande em Sião. Ele é excelso sobre os 
				povos todos; que celebrem teu nome, grande e terrível: ele é 
				Santo! A força de um rei é amar o Direito. És tu que firmaste a 
				retidão; em Jacó, Direito e Justiça és tu que fizeste. Exaltai o 
				Senhor nosso Deus e prostrai-vos à frente do seu pedestal: ele é 
				Santo! Moisés e Aarão, dentre seus sacerdotes, e Samuel, dentre 
				os que invocavam seu nome, invocavam a Deus e ele lhes 
				respondia. Falava com eles da coluna de nuvem, e eles guardavam 
				os seus testemunhos, a Lei que lhes dera. Senhor nosso Deus, tu 
				lhes respondias, eras para eles um Deus de perdão, mas que se 
				vingava de suas maldades. Exaltai o Senhor nosso Deus, 
				prostrai-vos perante o seu monte sagrado, porque o Senhor nosso 
				Deus é Santo!” 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Firme 
				como uma coluna. 
				
				Vivia em Siracusa (Itália), no terceiro 
				século do cristianismo, uma rica e graciosa jovem chamada Luzia. 
				Os dons da natureza de que estava adornada eram nada em 
				comparação com os belos dotes de sua alma. Pura como um anjo, 
				humilde, modesta, mansa, caridosa, cativava a todos que dela se 
				aproximavam. 
				
				O cristianismo atravessava, naquela época, 
				dias difíceis, e professar a fé em Jesus Cristo era considerado 
				um crime digno de morte. Reconhecida como cristã, Luzia foi 
				conduzida à presença do governador Pascásio, tristemente célebre 
				por sua ferocidade contra os cristãos. O tirano, após várias 
				perguntas, vendo que a donzela lhe respondia sempre com 
				imperturbável coragem, disse-lhe com ar de zombaria: 
				
				– Quando fores espancada, então te calarás. 
				
				Luzia respondeu: 
				
				– Aos verdadeiros discípulos se Jesus 
				Cristo não faltarão palavras, quando estiverem diante dos 
				juízes, porque Ele disse que, em tais ocasiões, o Espírito Santo 
				que receberam falará por eles. 
				
				– Então, o Espírito Santo está em ti? 
				
				– Sim; todos os que levam vida casta e pura 
				são templos do Espírito Santo. 
				
				– Pois bem; eu te farei cometer um pecado 
				feio para que o Espírito Santo saia de ti. 
				
				– Isso não está em teu poder. Se eu não 
				consinto, a tua violência brutal só me pode proporcionar uma 
				dupla coroa. 
				
				Pascásio, cheio de ira, ordenou aos algozes 
				que a arrastassem a um lugar de pecado. Mas naquele instante 
				manifestou-se claramente a virtude do Espírito Santo que estava 
				na casta donzela. Os guardas não conseguiram removê-la, pois uma 
				força invisível tornou-a imóvel como uma coluna. 
				
				O tirano teve de mandar matá-la ali mesmo. 
				
				Quem é verdadeiramente de Deus não se 
				vende... não se entrega... não se intimida diante das ameaças. 
				
				Prezada senhora, obrigado pela ajuda mensal. 
				
				Irma significa: “nobre”, “a grande”. 
				
				Rezamos pela senhora e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus 
				Cristo, nosso Rei e Senhor: “Enquanto 
				Jesus não morresse na cruz, pagando pelos pecados dos homens, 
				nenhuma alma podia entrar no céu; ninguém podia ver a Deus face 
				a face”
				(Pe. Leo J. Trese). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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