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				Anápolis, 25 de novembro de 2017 
				  
				
				À senhora Iolanda Nakamura 
				
				Benfeitora do Instituto, Brasília – DF 
				  
				
				Prezada senhora, enfrente as dificuldades, 
				provações e obstáculos com os olhos fixos 
				em Jesus Cristo, nosso Salvador. Devemos superar as 
				dificuldades e não sermos esmagados por elas... devemos escalar 
				as “montanhas” das provações apoiados em Deus: 
				“O cristão que ama a Deus com todo o 
				coração é capaz de enfrentar por ele qualquer dificuldade, de 
				abraçar e suportar qualquer sacrifício. Justamente por ser o 
				Evangelho o código do amor, é também o código da fortaleza”
				(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena). 
				  
				
				Não podemos deixar de caminhar por causa da 
				dor... deixar de sorrir por causa da dor... nos revoltar por 
				causa da dor... nos desesperar por causa da dor... a dor não 
				pode nos “enforcar”... não pode nos destruir. 
				
				Muitas pessoas não conseguem “enxergar” a 
				Deus  por causa do “muro” da dor.  
				O sofrimento é causa frequente de escândalo e levanta-se diante 
				de muitos como um imenso muro que os impede de ver a Deus e de 
				compreender o seu amor infinito pelos homens. 
				Por que Deus Todo Poderoso não evita tanta dor 
				aparentemente inútil? 
				
				A dor é um mistério e, no entanto, o cristão 
				descobre das trevas do sofrimento, próprio ou alheio, a mão 
				amorosa e providente de seu Pai-Deus – que sabe mais e vê mais 
				longe, – e entende de alguma forma as palavras de São Paulo aos 
				primeiros cristãos de Roma: Todas as coisas contribuem 
				para o bem dos que amam a Deus (Rm 8, 28), mesmo 
				aquelas que nos são dolorosamente inexplicáveis ou 
				incompreensíveis. 
				
				Não devemos esquecer-nos também de que nem 
				sempre a nossa maior felicidade e o nosso bem mais autêntico 
				estão naquilo que sonhamos e desejamos. 
				É muito difícil contemplar os acontecimentos na sua verdadeira 
				perspectiva: só captamos uma parte muito pequena da realidade; 
				só vemos a realidade daqui de baixo, a imediata. 
				
				A dor apresenta-se de muitas formas, e em nenhuma 
				delas é espontaneamente querida por ninguém. No entanto, Jesus 
				Cristo proclama bem-aventurados 
				(Mt 5, 5) os que choram, ou seja, os que nesta 
				vida carregam um pouco mais de cruz: doença, invalidez, dor 
				física, pobreza, difamação, injustiça (Pe. Francisco 
				Fernández Carvajal). 
				
				Para suportar a dor até o fim é preciso da 
				força do alto... implorar a Deus força e perseverança. Os fracos 
				e covardes desistem! Os fortes vão até o fim... mesmo se 
				cortarem seus braços e pernas, se arrancarem seus olhos... eles 
				se arrastam e lutam corajosamente pelo ideal. 
				  
				
				Estimada senhora, reze os Salmos 111 e 114 
				durante o mês de dezembro. 
				  
				
				Salmo 111: 
				“Aleluia! Celebro a Deus de todo o coração na 
				intimidade dos retos e no conselho. Grandes são as obras de 
				Deus, dignas de estudo para quem as ama. Sua obra é esplendor e 
				majestade, e sua justiça permanece para sempre. Ele deixou um 
				memorial de suas maravilhas, Deus é piedade e compaixão: Ele dá 
				alimento aos que o  temem, lembrando-se sempre da sua aliança; 
				mostra ao seu povo a força de suas obras, entregando-lhe a 
				herança das nações. Justiça e Verdade são as obras de suas mãos, 
				seus preceitos todos merecem confiança: são estáveis para sempre 
				e eternamente, vão cumprir-se com verdade e retidão. Ele envia 
				libertação para seu povo, declarando sua aliança para sempre; 
				seu nome é sagrado e terrível. O princípio da sabedoria é temer 
				a Deus, todos os que o praticam têm bom senso. Seu louvor 
				permanece para sempre”. 
				  
				
				Salmo 114: 
				“Aleluia! Quando Israel saiu do Egito e a casa de Jacó de um 
				povo bárbaro, Judá se tornou o seu santuário, e Israel o seu 
				domínio. O mar viu e fugiu, o Jordão voltou atrás; os montes 
				saltaram como carneiros, e as colinas como cordeiros. Que tens, 
				ó mar, para fugires assim, e tu, Jordão, para que voltes atrás? 
				As montanhas, para saltar como carneiros, e as colinas como 
				cordeiros? Treme, ó terra, frente ao Senhor, frente à presença 
				do Deus de Jacó: ele transforma as rochas em lago e a pedreira 
				em fontes de água”. 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Foi por 
				inveja. 
				
				Um bom jardineiro plantou perto de sua casa 
				algumas videiras, que davam sombra agradável e deliciosas uvas. 
				É verdade, não eram muitas, mas excelentes. Um vizinho invejoso 
				veio uma noite e cortou muitos galhos da videira. De manhã, 
				quando viu aquele estrago, o bom jardineiro sentiu muito pesar, 
				pois ignorava que a poda faz frutificar a videira, e dizia: 
				“Tenho vontade de chorar; mas como não choro, minhas pobres 
				videiras derramam lágrimas ao verem-se tão cruelmente 
				maltratadas”. Quão grande foi, porém, a alegria do jardineiro, 
				quando viu que naquele ano a videira produziu maior número de 
				cachos, maiores e mais formosos do que no ano anterior. Foi 
				devido à inveja de seu vizinho que ele aprendeu a podar as 
				videiras e torna-las fecundas. 
				
				Não podemos abaixar a cabeça diante das 
				maldades dos invejosos. 
				  
				
				Caríssima senhora, obrigado pela preciosa 
				colaboração. 
				
				Rezamos pela senhora e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração da Virgem 
				Maria: “Salve Maria, Mãe de Deus, por 
				quem João Batista, ainda no seio de sua mãe exultou de alegria, 
				adorando como luzeiro a perene luz!” (São 
				Cirilo de Alexandria). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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