Anápolis, 05 de dezembro de 2017
Ao senhor Ademir Martins
Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO
Prezado senhor, persevere no caminho do bem e
volte as costas para as críticas das pessoas invejosas
e medíocres. Os covardes e preguiçosos
gostam de criticar aquele que caminha com convicção em direção
ao céu: “Sem perseverança,
impossível é chegar à santidade ou à salvação: não basta sermos
virtuosos, generosos alguns dias ou alguns anos; necessário é
sê-lo sempre, até o fim”
(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).
Aquele que desiste de caminhar jamais chegará ao
lugar desejado… será sempre um fracassado… um “inacabado”
e “truncado”. O inconstante não terá sucesso nesse
mundo passageiro e também não se salvará. Para conquistar
a Vida Eterna é preciso perseverar até o fim… os desanimados não
se salvarão. O céu é a pátria dos batalhadores, daqueles que
enfrentam os obstáculos sem recuar.
Retirar-se do bem começado, do caminho da
fé e do seguimento de Cristo… põe em perigo a própria salvação.
Quem retrocede condena-se voluntariamente e jamais atingirá a
meta: é um fraco, um vil, um desertor; enquanto deve o cristão
ser forte, intrépido e perseverante. Não há dúvida: quem quiser
ganhar sua alma para a vida eterna deve perseverar no bem, sem
se assustar com a aspereza das provações. Dada sua fragilidade e
fraqueza, não pode a perseverança do homem ser perfeita, sem
quedas; por isso, cada vez que cai, deve reerguer-se
imediatamente, reparar a queda, recomeçando de novo: nisto
consiste propriamente a perseverança, isto é, no constante
converter-se, melhorar-se até que Deus intervenha com
particulares dons para estabilizá-lo no bem
(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).
Aquele que persevera conquista tudo o que deseja:
sucesso nessa vida e a salvação eterna. O
desanimado perde tudo: vive se arrastando nesse mundo e se
condenará ao inferno após a morte.
É grande sabedoria perseverar no caminho do
bem. Não basta fazer o bem durante um dia, más é preciso fazê-lo
sempre… até o último suspiro.
Devemos morrer fazendo o bem, isto é,
aceitando a morte.
O céu é uma alta “montanha”… para chegar ao
seu “cume” é preciso muita perseverança e paciência.
Estimado senhor, reze com fé e atenção os
Salmos 42 e 59 durante o mês de dezembro.
Salmo 42:
“Como a corça bramindo por águas correntes, assim minha alma
está bramindo por ti, ó meu Deus! Minha alma tem sede de Deus,
do Deus vivo; quando voltarei a ver a face de Deus? As lágrimas
são meu pão noite e dia, e todo dia me perguntam: ‘Onde está o
teu Deus?’ Começo a recordar as coisas e minha alma em mim se
derrama: quando eu passava, sob a Tenda do Poderoso, em direção
à casa de Deus, entre os gritos de alegria, a ação de graças e o
barulho da festa. Por que te curvas, ó minha alma, gemendo
dentro de mim? Espera em Deus, eu ainda o louvarei, a salvação
da minha face e meu Deus! Minha alma curva-se em mim, e por isso
eu me lembro de ti, desde a terra do Jordão e do Hermon, de ti,
ó pequena montanha. Grita um abismo a outro abismo com o fragor
das tuas cascatas; tuas vagas todas e tuas ondas passaram sobre
mim. De dia Deus manda o seu amor, e durante a noite eu vou
cantar uma prece ao Deus da minha vida. Vou dizer a Deus, meu
rochedo: por que me esqueces? Por que devo andar pesaroso pela
opressão do inimigo? Esmigalhando-me os ossos meus opressores me
insultam, repetindo todo o dia: ‘Onde está o teu Deus?’ Por que
te curvas, ó minha alma, gemendo dentro de mim? Espera em Deus,
eu ainda o louvarei, a salvação da minha face e meu Deus!”
Salmo 59:
“Deus meu, livra-me dos meus inimigos, protege-me
dos meus agressores! Livra-me dos malfeitores, salva-me dos
homens sanguinários! Pois ei-los espreitando minha vida, os
poderosos se reúnem contra mim, sem ter eu transgredido ou
pecado, Deus, sem nenhuma culpa, eles correm e se preparam.
Desperta! Vem ao meu encontro e olha! E tu, Senhor, Deus dos
Exércitos, Deus de Israel, levanta-te para visitar estas nações
todas! Não tenhas pena de todos os traidores iníquos. Eles
voltam pela tarde, latindo como um cão, e rondam pela cidade.
Eis que alardeiam com sua boca; há espadas em seus lábios:
‘alguém está ouvindo?’ E tu, Deus, tu ris à sua custa, tu te
divertes com todas as nações! Ó força minha, eu olho para ti!
Sim, Deus é a minha fortaleza; o Deus a quem amo vem a mim, Deus
me fará enfrentar os que me espreitam. Não os mates, para que
meu povo não esqueça! Com teu poder torna-os errantes,
reprime-os, ó Senhor, nosso escudo! O pecado de sua boca é a
palavra de seus lábios: sejam apanhados pelo seu orgulho, pela
mentira e maldição que eles proferem. Destrói em tua cólera,
destrói para que não existam mais, para que reconheçam que é
Deus quem governa em Jacó, até aos confins da terra. Eles voltam
pela tarde, latindo como um cão, e rondam pela cidade; ei-los
caçando para comer, e enquanto não se saciam ficam rosnando.
Quanto a mim, vou cantar à tua força, vou aclamar teu amor pela
manhã; pois foste uma fortaleza para mim, um refúgio no dia de
minha angústia. Ó força minha, vou tocar para ti, porque foste
uma fortaleza para mim, ó Deus, a quem amo!”
Leia com atenção essa “historinha”: Uma
vingança cruel.
Dionísio, tirano de Siracusa (Itália),
tinha um ódio implacável a seu genro Dion. Para se vingar
concebeu a ideia de chamar para a corte o filho de Dion, o qual,
acreditando ser aquele um ato de benevolência, deixou partir o
filho. Dionísio deu ordem para que se fizessem todas as vontades
e caprichos do menino e deixá-lo à vontade. Assim se fez e bem
depressa o rapaz se tornou um libertino (devasso). Para cúmulo,
elogiava os seus crimes, precipitando-se ele nos maiores
excessos. Quando Dionísio viu o rapaz perdido quanto desejava,
mandou-o de volta ao pai, que logo percebeu a que estado fora
reduzido o filho. Ficou desesperado. Confiou-o imediatamente a
ótimos educadores, mas tudo foi inútil; não querendo corrigir-se
nem submeter-se, o desgraçado jovem preferiu precipitar-se do
alto da casa, morrendo na hora.
Os grandes inimigos dos pais e dos filhos
são os que se dizem educadores, porém jamais ensinam a seus
alunos o temor de Deus e os sãos princípios da religião.
Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda mensal.
Ademir significa: “Feito de ferro” ou
possivelmente “estrangeiro”.
Rezamos pelo senhor e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração Imaculado de
Nossa Senhora: “Salve, Maria, Mãe de
Deus, por quem se apregoa nos evangelhos: ‘Bendito o que vem em
nome do Senhor!’” (São Cirilo de Alexandria).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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