Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

072 / 2017

 

Anápolis, 06 de dezembro de 2017

 

Ao senhor José Rosa

Benfeitor do Instituto, Goiânia – GO

 

Prezado senhor, não fique desanimado nem revoltado diante das provações. Esse mundo é um vale de lágrimas e Deus prova a quem ama. Não devemos buscar o apoio das pessoas; mas sim, a proteção de Deus. Deus prova os seus amigos... mas não os abandona: “Apesar de tudo, agradeçamos ao Senhor nosso Deus que nos põe à prova como a nossos pais. Lembrai-vos do que ele fez a Abraão, de como provou Isaac, do que aconteceu a Jacó na Mesopotâmia da Síria, quando pastoreava as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe. Como ele os provou para sondar os seus corações, assim também não está se vingando de nós, mas, para advertência, o Senhor açoita os que dele se aproximam” (Jt 8, 25-27).

 

Tudo o que acontece na nossa vida é vontade de Deus ou permissão d’Ele... o Criador está por trás de tudo: “Portanto, seja como for, por trás de tudo está Ele. Só não podemos dizer que o pecado e a maldade foram determinados e originados diretamente por Ele, porque semelhante afirmação seria pura e simplesmente incompatível com a essência divina. Digamos apenas que Deus permite a maldade. Deus criou os homens como seres livres; deixa-lhes, portanto, a liberdade no querer e no agir, e, por isso, para não destruir a liberdade humana, permite o que não quer.  Mas tudo aquilo que nos atinge é vontade de Deus. Se alguém sofre um grande dano em consequência do pecado de outrem, Deus permitiu esse pecado e quis o dano que dele resultou” (Pe. Richard Gräf).

Feliz da pessoa que inclina a cabeça diante da vontade de Deus... essa vive tranquila e caminha com segurança, porque fazer a vontade de Deus é o caminho mais curto para o céu: Toda a santidade consiste em amar a Deus, e todo o amor a Deus consiste em fazer a sua vontade. Devemos, pois, acolher sem reserva todas as disposições da Providência a nosso respeito e, consequentemente, abraçar em paz tudo o que nos acontece de favorável ou desfavorável, nosso estado de vida, nossa saúde, tudo o que Deus quer. Todas as nossas orações devem ser dirigidas pedindo que ele nos ajude a cumprir sua santa vontade... Em nossas ações e pensamentos, não tenhamos em vista a nossa satisfação, mas somente a vontade de Deus; por isso, não nos perturbemos quando não somos bem sucedidos em qualquer trabalho. E quando nos saímos bem, não procuremos os aplausos e os agradecimentos dos homens; se, pelo contrário, falam mal de nós, não façamos caso, pois trabalhamos para agradar a Deus e não aos homens (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

Leia atenciosamente a Vida de São José de Cupertino.

No dia 17 de Junho de 1603, nasceu, no reino de Nápoles, na aldeia de Cupertino, um menino de nome José. Era o filho mais novo da família Desa, cujo pai, um pobre carpinteiro, mal conseguia sustentar a família. Ele veio ao mundo num pequeno estábulo, onde permaneceu nos primeiros meses de vida, porque o pai, endividado, teve de vender o pouco que possuíam.

Apesar de pobre e iletrado, o menino foi criado no rigor dos ensinamentos de Cristo, pois sua família era muito religiosa. Assim foi a infância de José. Os únicos talentos por ele manifestados foram de ordem espiritual: o da oração e o da caridade para com os mais necessitados, que sofriam as agruras da miséria, como ele.

Quando completou 17 anos, estava determinado a tornar-se frade. Mas até os capuchinhos que o haviam aceitado como irmão leigo fizeram-no devolver o hábito, por causa da sua grande confusão mental. Isso causou a José um sofrimento muito grande. Mas não desistiu. Finalmente, foi aceite no Convento de Grotella pelos Frades Menores, que o acolheram e lhe deram uma tarefa simples: cuidar de uma mula.

Mesmo assim, estava determinado a ser sacerdote. Foi então que as graças divinas começaram a intervir na sua vida. Apesar da dificuldade que tinha em estudar, milagrosamente saia-se muito bem nas provas. Desde então, começaram a aparecer sinais de predileção divina e fenômenos que atestavam a sua santidade interior, presenciados pela comunidade de fiéis e irmãos da Ordem. Eram manifestações extraordinárias, como, por exemplo: curas totalmente milagrosas de doentes de todos os tipos de enfermidades. E ainda: êxtases de oração, caminhava pela igreja sem colocar os pés no chão e, sem tomar nenhum cuidado com o corpo, exalava um fino e delicado odor. Por tudo isso, já era venerado em vida como santo.

Outro fato relevante na vida de José de Cupertino é que, apesar de quase não ter nenhum estudo teológico, tinha o dom da ciência e era consultado por teólogos a respeito de questões delicadas. Espantosamente, tinha sempre respostas sábias e claras. Com isso, José conquistou a glória máxima e, mesmo sendo considerado o frade mais ignorante de toda a Ordem franciscana, a sua fama de bom cristão, o seu comportamento peculiar e os seus milagres chegaram a Roma. O Papa Urbano VIII convocou-o e recebeu-o com as honras de que era merecedor.

Em 1628 foi ordenado sacerdote. José de Cupertino mergulhou tão profundamente nas coisas de Deus que acabou por tornar-se um conselheiro de padres, bispos, cardeais, chefes de Estado e religiosos em geral. Todos o procuravam. E ele atendia-os com paciência, humildade e sabedoria, indicando-lhes a luz de que necessitavam.

José de Cupertino morreu aos 60 anos de idade, no dia 18 de Setembro de 1663, no Convento de Osímo (Itália). O local, que se tornara um ponto de peregrinação com ele ainda vivo, tornou-se, imediatamente, um santuário a ele dedicado. Festejado liturgicamente no dia de sua morte, este singular frade franciscano é considerado pelos estudiosos como “o santo mais simpático da hagiografia católica”.

Os frequentes êxtases espirituais, que lhe permitiam “voar” literalmente pela igreja, fizeram de São José de Cupertino o padroeiro dos aviadores e paraquedistas. Também, devido à sua determinação diante das numerosas dificuldades encontradas nos estudos e exames, é considerado o santo padroeiro dos estudantes que têm de fazer exames.

 

Estimado senhor, reze com fé e atenção os Salmos 36 e 72 durante o mês de dezembro.

 

Salmo 36: “O ímpio tem um oráculo de pecado dentro do seu coração; o temor de Deus não existe diante dos seus olhos. Ele se vê com olho por demais enganador para descobrir e detestar o seu pecado. As palavras de sua boca são maldade e mentira, ele desistiu do bom senso de fazer o bem! Ele premedita a fraude em seu leito; obstina-se no caminho que não é bom e nunca reprova o mal. Deus, o teu amor está no céu e tua verdade chega às nuvens; tua justiça é como as montanhas de Deus, teus julgamentos como o grande abismo. Salvas os homens e os animais, Deus, como é precioso, ó Deus, o teu amor! Deste modo, os filhos de Adão se abrigam à sombra de tuas asas. Eles ficam saciados com a gordura de tua casa, tu os embriagas com um rio de delícias; pois a fonte da vida está em ti, e com tua luz nós vemos a luz. Conserva teu amor por aqueles que te conhecem e tua justiça para os corações retos. Que o pé do soberbo não me atinja, e a mão dos ímpios não me faça fugir. Eis que os malfeitores tombam, caem e não podem mais se levantar”.

 

Salmo 72: “Ó Deus, concede ao rei teu julgamento e a tua justiça ao filho do rei; que ele governe teu povo com justiça, e teus pobres conforme o direito. Montanhas e colinas, trazei a paz ao povo. Com justiça ele julgue os pobres do povo, salve os filhos do indigente e esmague seus opressores. Que ele dure sob o sol e a lua, por geração de gerações; que ele desça como chuva sobre a erva roçada, como chuvisco que irriga a terra. Que em seus dias floresça a justiça e muita paz até ao fim das luas; que ele domine de mar a mar, desde o rio até aos confins da terra. Diante dele a Fera se curvará e seus inimigos lamberão o pó; os reis de Társis e das ilhas vão trazer-lhe ofertas. Os reis de Sabá e Seba vão pagar-lhe tributo; todos os reis se prostrarão diante dele, as nações todas o servirão. Pois ele liberta o indigente que clama e o pobre que não tem protetor; tem compaixão do fraco e do indigente, e salva a vida dos indigentes. Ele os redime da astúcia e da violência, o sangue deles é valioso aos seus olhos. (Que ele viva e lhe seja dado o ouro de Sabá!) Que orem por ele continuamente! Que o bendigam todo o dia!  Haja abundância de trigo pelo campo e tremulem sobre o topo das montanhas, como o Líbano com suas flores e frutos, como a erva da terra. Que seu nome permaneça para sempre, e sua fama dure sob o sol! Nele sejam abençoadas as raças todas da terra, e todas as nações o proclamem feliz! Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel, porque só ele realiza maravilhas! Para sempre seja bendito o seu nome glorioso! Que toda a terra se encha com sua glória! Amém! Amém!”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: O segredo da confissão.

Um sacerdote foi entregar à viúva de um rico comerciante uma quantia importante, que recebera em confissão para ser restituída. A senhora, ainda que muito católica, desejava saber quem fora o autor daquele roubo, porque do contrário, dizia ela, ficaria suspeitando de toda gente. E prometia até com juramento que guardaria rigoroso segredo.

— Não posso dizer-lhe! – respondeu o sacerdote.

— Diga-me, só a mim! – insistia ela.

— E a senhora não o contará a ninguém?

— Nunca! Eu sou como uma sepultura para guardar segredo.

— Muito bem – rematou o sacerdote – eu também sou uma sepultura; portanto, não estranhe que não possa revelar-lhe o meu segredo.

O Código de Direito Canônico assim expressa no Cânon 1388: “O confessor que viola diretamente o sigilo sacramental incorre em excomunhão latae sententiae reservada à Sé apostólica; quem o faz só indiretamente seja punido conforme a gravidade do delito”.

Padre linguarudo, linguareiro e tagarela é uma desgraça!

 

Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda mensal.

José significa: “aquele que acrescenta”, “acréscimo do Senhor” ou “Deus multiplica”.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus: “Descobri vossa beleza, vossa santidade, vossa pureza. Despertai em nosso coração o amor e o reconhecimento pela vossa infinita bondade. Uni a todos na caridade, e dai-nos a vossa paz celeste” (São João XXIII).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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