Anápolis, 31 de janeiro de 2018
Ao senhor Wolney Ronaldo da Silva
Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO
Prezado senhor, feliz da pessoa que suporta as
provações com perseverança... não podemos deixar de caminhar
rumo ao céu por causa dos obstáculos. Para vencer os
obstáculos que surgem pelo caminho é preciso possuir uma cabeça
de “gelo”, santa indiferença e muita paz interior. Deus
quer que carreguemos as cruzes de cada dia com paciência, amor,
fé e alegria... aquele que briga com a cruz não agrada a Deus e
vive na amargura:
“Lamentamo-nos porque sofremos; maior razão
teríamos para queixar-nos se não sofrêssemos, visto que nada nos
torna mais semelhantes a Nosso Senhor. Bela união da alma com
Nosso Senhor Jesus Cristo mediante o amor de sua cruz! Nosso
Senhor é o nosso modelo: tomemos nossa cruz e sigamo-lo. Se o
bom Deus nos envia cruzes, desanimamos, nos queixamos,
murmuramos, somos de tal modo inimigos de tudo o que nos
contraria, porque gostaríamos de estar sempre numa caixa de
algodão” (São João Maria Vianney).
Infeliz daquele que joga a cruz fora... que
envereda pelo caminho largo para fugir do estreito. O caminho
largo leva ao inferno... enquanto que o caminho do céu é
estreito e apertado, como ensina Jesus Cristo:
“Entrai pela porta
estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à
perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é
a porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os
que o encontram” (Mt 7, 13-14).
A vida é curta... passa como um
relâmpago... passa e não volta mais... então, devemos abraçar as
cruzes de cada dia... descansaremos no céu, nos braços de Deus.
Estimado senhor, reze com fé e atenção o
Salmo 73 durante o mês de fevereiro de 2018.
Salmo 73:
“De fato, Deus é bom para Israel, o Senhor, para
os corações puros. Por pouco meus pés tropeçavam, um nada, e
meus passos deslizavam, porque invejei os arrogantes, vendo a
prosperidade dos ímpios. Para eles não existem tormentos, sua
aparência é sadia e robusta; a fadiga dos mortais não os atinge,
não são molestados como os outros. Daí a soberba, cingindo-os
como colar, a violência, envolvendo-os como veste. A maldade
lhes brota da gordura, seu coração transborda em maus projetos.
Caçoam e falam maliciosamente, falam com altivez, oprimindo;
contra o céu colocam sua boca e sua língua percorre a terra. Por
isso meu povo se volta para eles e águas em abundância lhes vêm
ao encontro. E dizem: ‘Acaso Deus conhece? Existe conhecimento
no Altíssimo?’ Eis que os ímpios são assim e, sempre tranquilos,
ajuntam riquezas! De fato, inutilmente conservei o coração puro,
lavando na inocência minhas mãos! Sim, sou molestado o dia
inteiro, e castigado a cada manhã... Se eu dissesse: ‘Vou falar
como eles!’, já teria traído a geração de teus filhos. Então
refleti para compreender, e que fadiga era isto aos meus olhos!
Até que entrei nos santuários divinos: entendi então o destino
deles! De fato, tu os pões em ladeiras, tu os fazes cair, em
ruínas. Ei-los num instante reduzidos ao terror, deixam de
existir, perecem, por causa do pavor! Como um sonho ao
despertar, ó Senhor, ao acordar desprezas sua imagem. Quando meu
coração se azedava e eu espicaçava os meus rins, é porque eu era
imbecil e não sabia, eu era animal junto a ti. Quanto a mim,
estou sempre contigo, tu me agarraste pela mão direita; tu me
conduzes com teu conselho e com tua glória me atrairás. Quem
teria eu no céu? Contigo, nada mais me agrada na terra. Minha
carne e meu coração podem se consumir: a rocha do meu coração, a
minha porção é Deus, para sempre! Sim, os que se afastam de ti
se perdem, tu repeles teus adúlteros todos. Quanto a mim, estar
junto de Deus é o meu bem! Em Deus coloquei o meu abrigo, para
contar todas as tuas obras”.
Leia com atenção essa “historinha”: Morreu
de arrependimento.
Andava por ali a pregar o grande
missionário São Vicente Ferrer. Uma mulher, que se distinguia
por seus pecados e escândalos, foi ouvir o Santo. Ele pregou
sobre a misericórdia de Deus, e a pecadora tanto se comoveu que,
logo em seguida, foi procurar o missionário e disse-lhe:
- Padre, será que Deus me perdoa, a mim que
faz quinze anos que cometo os mais horrendos pecados? Padre,
será que Deus ainda me perdoa?
- Sim, minha filha, se você se arrepende
deles de todo o coração; de todo o coração, ouviu?
Ali mesmo fez a pecadora uma longa
confissão com grande dor e arrependimento de seus pecados.
Depois, temendo voltar para casa, onde estaria de novo em
ocasião próxima de recair no pecado, resolveu passar a noite num
canto da igreja. Na manhã seguinte encontraram-na morta com o
rosto em terra e o pavimento ao redor regado de lágrimas.
Morrera, conforme atestou o santo missionário, pela veemência da
dor de seus pecados.
Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda financeira.
Rezamos pelo senhor e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo: “Quem ama, pensa na pessoa
amada. Quem pensa em Jesus? Quem pensa no infinito amor com que
Ele amou os homens? Quem pensa na sua encarnação, no seu
nascimento, na sua vida oculta em Nazaré, no seu jejum de
quarenta dias? Quem pensa na sua vida pública, no seu zelo de
salvar as almas, nos seus milagres, na sua doutrina? Quem pensa
na sua morte e paixão?… Muito poucos!” (Pe.
Alexandrino Monteiro).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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