Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

008 / 2018

 

Anápolis, 31 de janeiro de 2018

 

Ao senhor Wolney Ronaldo da Silva

Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO

 

Prezado senhor, feliz da pessoa que suporta as provações com perseverança... não podemos deixar de caminhar rumo ao céu por causa dos obstáculos. Para vencer os obstáculos que surgem pelo caminho é preciso possuir uma cabeça de “gelo”, santa indiferença e muita paz interior. Deus quer que carreguemos as cruzes de cada dia com paciência, amor, fé e alegria... aquele que briga com a cruz não agrada a Deus e vive na amargura: “Lamentamo-nos porque sofremos; maior razão teríamos para queixar-nos se não sofrêssemos, visto que nada nos torna mais semelhantes a Nosso Senhor. Bela união da alma com Nosso Senhor Jesus Cristo mediante o amor de sua cruz! Nosso Senhor é o nosso modelo: tomemos nossa cruz e sigamo-lo. Se o bom Deus nos envia cruzes, desanimamos, nos queixamos, murmuramos, somos de tal modo inimigos de tudo o que nos contraria, porque gostaríamos de estar sempre numa caixa de algodão” (São João Maria Vianney).

Infeliz daquele que joga a cruz fora... que envereda pelo caminho largo para fugir do estreito. O caminho largo leva ao inferno... enquanto que o caminho do céu é estreito e apertado, como ensina Jesus Cristo: “Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram” (Mt 7, 13-14).

A vida é curta... passa como um relâmpago... passa e não volta mais... então, devemos abraçar as cruzes de cada dia... descansaremos no céu, nos braços de Deus.

 

Estimado senhor, reze com fé e atenção o Salmo 73  durante o mês de fevereiro de 2018.

 

Salmo 73: “De fato, Deus é bom para Israel, o Senhor, para os corações puros. Por pouco meus pés tropeçavam, um nada, e meus passos deslizavam, porque invejei os arrogantes, vendo a prosperidade dos ímpios. Para eles não existem tormentos, sua aparência é sadia e robusta; a fadiga dos mortais não os atinge, não são molestados como os outros. Daí a soberba, cingindo-os como colar, a violência, envolvendo-os como veste. A maldade lhes brota da gordura, seu coração transborda em maus projetos. Caçoam e falam maliciosamente, falam com altivez, oprimindo; contra o céu colocam sua boca e sua língua percorre a terra. Por isso meu povo se volta para eles e águas em abundância lhes vêm ao encontro. E dizem: ‘Acaso Deus conhece? Existe conhecimento no Altíssimo?’ Eis que os ímpios são assim e, sempre tranquilos, ajuntam riquezas! De fato, inutilmente conservei o coração puro, lavando na inocência minhas mãos! Sim, sou molestado o dia inteiro, e castigado a cada manhã... Se eu dissesse: ‘Vou falar como eles!’, já teria traído a geração de teus filhos. Então refleti para compreender, e que fadiga era isto aos meus olhos! Até que entrei nos santuários divinos: entendi então o destino deles! De fato, tu os pões em ladeiras, tu os fazes cair, em ruínas. Ei-los num instante reduzidos ao terror, deixam de existir, perecem, por causa do pavor! Como um sonho ao despertar, ó Senhor, ao acordar desprezas sua imagem. Quando meu coração se azedava e eu espicaçava os meus rins, é porque eu era imbecil e não sabia, eu era animal junto a ti. Quanto a mim, estou sempre contigo, tu me agarraste pela mão direita; tu me conduzes com teu conselho e com tua glória me atrairás. Quem teria eu no céu? Contigo, nada mais me agrada na terra. Minha carne e meu coração podem se consumir: a rocha do meu coração, a minha porção é Deus, para sempre! Sim, os que se afastam de ti se perdem, tu repeles teus adúlteros todos. Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem! Em Deus coloquei o meu abrigo, para contar todas as tuas obras”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Morreu de arrependimento.

Andava por ali a pregar o grande missionário São Vicente Ferrer. Uma mulher, que se distinguia por seus pecados e escândalos, foi ouvir o Santo. Ele pregou sobre a misericórdia de Deus, e a pecadora tanto se comoveu que, logo em seguida, foi procurar o missionário e disse-lhe:

- Padre, será que Deus me perdoa, a mim que faz quinze anos que cometo os mais horrendos pecados? Padre, será que Deus ainda me perdoa?

- Sim, minha filha, se você se arrepende deles de todo o coração; de todo o coração, ouviu?

Ali mesmo fez a pecadora uma longa confissão com grande dor e arrependimento de seus pecados. Depois, temendo voltar para casa, onde estaria de novo em ocasião próxima de recair no pecado, resolveu passar a noite num canto da igreja. Na manhã seguinte encontraram-na morta com o rosto em terra e o pavimento ao redor regado de lágrimas. Morrera, conforme atestou o santo missionário, pela veemência da dor de seus pecados.

 

Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “Quem ama, pensa na pessoa amada. Quem pensa em Jesus? Quem pensa no infinito amor com que Ele amou os homens? Quem pensa na sua encarnação, no seu nascimento, na sua vida oculta em Nazaré, no seu jejum de quarenta dias? Quem pensa na sua vida pública, no seu zelo de salvar as almas, nos seus milagres, na sua doutrina? Quem pensa na sua morte e paixão?… Muito poucos!” (Pe. Alexandrino Monteiro).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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