Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

012 / 2018

 

Anápolis, 05 de fevereiro de 2018

 

Ao senhor Mauro Elias Tadeu

Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO

 

Caríssimo senhor, busque sempre a verdade... somente a verdade pode encher o nosso coração da verdadeira paz. A verdade é o caminho da vida; enquanto que a mentira é o da morte.

Deus é a verdade... e aquele que vive longe d’Ele caminha nas trevas. Somente a verdade pode nos liberar e nos dar a verdadeira segurança... enquanto que a mentira escraviza.

Aquele que segue a mentira torna-se escravo do demônio: “Vós sois do diabo, vosso pai... porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8, 44). O que trilha o caminho da verdade possui a verdadeira liberdade: “... a verdade vos libertará” (Jo 8, 3).

A verdade é uma “chave” que abre o caminho para o céu; enquanto que a mentira é uma “chave” que abre a “porta” do inferno.

O mundo está mergulhado nas trevas da insinceridade e da mentira; para permanecer de pé diante de tanta falsidade e falcatrua, é preciso seguir fielmente a verdade deixada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

O mundo já se transformou numa grande quadrilha de golpistas: no esporte, na religião, na política, na justiça, nas escolas, no comércio... entre os ricos e principalmente entre os pobres... é preciso saber discernir pobre de vagabundo... os vagabundos estão invadindo todos os ambientes... e são de todas as idades: “Os pobres que Jesus louva não são os vadios, os incapazes ou os preguiçosos, mas os que, trabalhando embora para melhorar licitamente a sua condição, não são ávidos de lucro e de riquezas, a ponto de colocar nelas seu tesouro, esquecendo os bens mais altos que os esperam” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena).

Muitas pessoas fazem confusão entre o pobre e “humilde”... pobre e vagabundo... pobre e preguiçoso. A bolsa família é uma “ótima” Escola para formar vagabundos.

Estamos vivendo o Salmo 12, 2-3: “Socorro, Deus! O fiel está sumindo! A lealdade desaparece dentre os filhos de Adão! Cada qual mente ao seu próximo, falando com lábios fluentes e duplo coração”.

Não podemos fazer amizade com os golpistas... são pessoas perigosas.

O golpista tem uma sede insaciável de tirar vantagem, nem que tenha que se banhar no sangue alheio. O golpista se alimenta de alguns “pratos” intragáveis chamados: enganação, trapaça, falcatrua e velhacagem. O golpista nunca caminha sobre terra firme; mas sim, está sempre sobre uma corda bamba, isto é, numa situação instável... correndo perigo. O golpista é um grande observador; mas observa somente para o seu lucro, interesse e proveito. O golpista se esforça para estar sempre nas alturas usando a “escadaria” dos golpes... a sua subida é esplêndida, mas a sua queda também será monumental.

 

Senhor Mauro, leia atenciosamente a Vida de São Mauro.

Santo Amaro (no Brasil conhecido por São Mauro) é um monge do século VI que desde menino serviu à ordem dos Beneditinos. Foi confiado a São Bento, juntamente com o seu amigo Plácido, que também foi canonizado. Os meninos entraram para o mosteiro de Subiaco (Itália) para estudarem e aprofundarem a sua fé em Deus.

Certo dia, São Bento estava a rezar enquanto Mauro se ocupava com as tarefas do mosteiro, e São Bento teve uma visão do menino Plácido, que tinha ido buscar água no riacho, a afogar-se. São Bento então chamou Mauro e avisou que o seu amigo estava a afogar-se e pediu a ele que corresse até lá e tentasse salvá-lo de qualquer forma. Santo Mauro apressou-se para salvar Plácido, e chegando ao riacho pronto para cumprir a tarefa que lhe havia pedido São Bento, caminhou sobre as águas e retirou de lá o amigo. Este foi seu primeiro milagre.

Pela sua prova de humildade e paciência, São Bento pediu que fosse a França e abrisse um mosteiro beneditino. O seu nome foi dado à Congregação Beneditina Francesa de Saint Maur, uma das mais importantes instituições católicas pela formação de seus monges. Santo Mauro faleceu no mosteiro francês aos setenta e dois anos, a 15 de janeiro de 567, depois de uma peste que também levou à morte muitos de seus monges.

 

Estimado senhor, reze com fé e atenção o Salmo 22 durante o mês de fevereiro de 2018.

 

Salmo 22: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? As palavras do meu rugir estão longe de me salvar! Meus Deus, eu grito de dia, e não me respondes, de noite, e nunca tenho descanso. E tu és o Santo, habitando os louvores de Israel! Nossos pais confiavam em ti, confiavam e tu os salvavas; eles gritavam a ti e escapavam, confiavam em ti e nunca se envergonharam. Quanto a mim, sou verme, não homem, riso dos homens e desprezo do povo; todos os que me veem caçoam de mim, abrem a boca e meneiam a cabeça: ‘Voltou-se a Deus, que ele o liberte, que o salve, se é que o ama!’ Pois és tu quem me tirou do ventre e me confiou aos peitos de minha mãe; eu fui lançado a ti ao sair das entranhas, tu és o meu Deus desde o ventre materno. Não fiques longe de mim, pois a angústia está perto e não há quem me socorra. Cercam-me touros numerosos, touros fortes de Basã me rodeiam; escancaram sua boca contra mim, como leão que dilacera e ruge. Eu me derramo como água e meus ossos todos se desconjuntam; meu coração está como a cera, derretendo-se dentro de mim; seco está meu paladar, como um caco, e minha língua colada ao maxilar; tu me colocas na poeira da morte. Cercam-me cães numerosos, um bando de malfeitores me envolve, como para retalhar minhas mãos e meus pés. Posso contar meus ossos todos, as pessoas me olham e me veem; repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica tiram sorte. Tu, porém, Senhor, não fiques longe! Força minha, vem socorrer-me depressa! Salva minha vida da espada, meu único ser da pata do cão! Salva-me da goela do leão, dos chifres do búfalo minha pobre vida! Vou anunciar teu nome aos meus irmãos, louvar-te no meio da assembleia: ‘Vós que temeis a Deus, louvai-o! Glorificai-o, descendência toda de Jacó! Temei-o, descendência toda de Israel’ Sim, pois ele não desprezou, não desdenhou a pobreza do pobre, nem lhe ocultou sua face, mas ouviu-o, quando a ele gritou. De ti vem meu louvor na grande assembleia, cumprirei meus votos frente àqueles que o temem. Os pobres comerão e ficarão saciados, louvarão a Deus aqueles que o buscam: ‘Que vosso coração viva para sempre!’ Todos os confins da terra se lembrarão e voltarão a Deus; todas as famílias das nações diante dele se prostrarão. Pois a Deus pertence a realeza: ele governa as nações. Sim, só diante dele todos os poderosos da terra se prostrarão, perante ele se curvarão todos os que descem ao pó; e por quem não vive mais, sua descendência o servirá e anunciará o Senhor à geração que virá, contando a sua justiça ao povo que vai nascer: ele a realizou!”

 

Leia com atenção essa “historinha”: A esmola é um bom exemplo.

Santo Tomás de Vilanova via que seus pais faziam muitas esmolas. Contam seus biógrafos que os pais do Santo empregavam a sua fortuna em socorrer os indigentes. Nisso empregavam o trigo de seus celeiros e o vinho de suas adegas. Para esse fim, todas as semanas mandavam ao moinho certa porção de trigo; e em proveito dos pobres utilizavam também seus rebanhos. Estes belos exemplos dos pais, aprendeu-os muito bem o menino.

Um dia, sendo ainda pequeno, achava-se sozinho em casa, quando se apresentaram de uma vez seis pobres pedindo esmola. Como não pôde abrir a dispensa do pão, e não tinha à mão outra coisa para dar-lhes, pegou seis pintinhos, que tinha uma galinha, e repartiu-os entre os pobres.  Quando a mãe voltou e pediu-lhe conta daquela proeza, respondeu: Os pobres inspiravam tanta compaixão que reparti entre eles os pintinhos; e se tivesse aparecido mais um, teria de dar-lhe também a galinha.

 

Prezado senhor, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração Humilde de Jesus Cristo: “Grande honra é para nós podermos ir cada dia a alguma igreja onde Jesus reside, e entreter-nos ao menos por alguns instantes com o Rei do universo” (Pe. Luís Bronchain).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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