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				Anápolis, 06 de fevereiro de 2018 
				  
				
				Ao senhor Sultan Falluh 
				
				Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO 
				  
				
				Estimado senhor, devemos lutar sempre... somos os
				“boxeadores” indomáveis. É preciso lutar primeiro 
				contra nós... depois “contra” o próximo, ajudando-o 
				espiritualmente: 
				“O Reino dos Céus sofre violência, e violentos se 
				apoderam dele” (Mt 11, 12), e:
				“O Reino dos 
				Céus não pertence aos que dormem e vivem dando-se todos os 
				gostos, mas aos que lutam contra si mesmos” 
				(Clemente de Alexandria). 
				
				Primeiro devemos tirar as trevas da nossa vida 
				para depois enxergarmos as manchas na vida do nosso próximo... 
				devemos limpar a nossa vida para depois iluminar os que vivem 
				nas trevas... e isso acontece com muita luta... luta 
				contínua e firme: “O homem 
				contemporâneo acredita mais nas testemunhas do que nos mestres, 
				mais na experiência do que na doutrina, mais na vida e nos fatos 
				do que nas teorias. O TESTEMUNHO DA VIDA CRISTÃ é a PRIMEIRA e 
				INSUBSTITUÍVEL forma de missão: Cristo, cuja missão  nós 
				continuamos, é a ‘testemunha’ por excelência (Ap 1, 5; 3, 14) e 
				o modelo do testemunho cristão”
				(São João Paulo II, Redemptoris Missio, 42), 
				e:  “A 
				PRÁTICA da PALAVRA, o conhecimento da verdade, a conquista da 
				liberdade religiosa e a posse da vida eterna são as etapas 
				progressivas da vida cristã até a eternidade” 
				(Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena,  Intimidade Divina, 87, 1). 
				
				Na hora do Juízo, Jesus Cristo, nosso Juiz... 
				Deus verdadeiro, não perguntará aos seus seguidores se saíram 
				sempre vencedores; mas sim, se lutaram sempre e com todas 
				as “garras”. Nosso Senhor não suporta pessoas 
				apáticas, preguiçosas, acomodadas... 
				o mundo está cheio de “patricinhas” e 
				“mauricinhos”... de pessoas delicadas, desmunhecadas, 
				melindrosas e efeminadas. Os vagabundos estão dominando o mundo! 
				
				Por que milhões de pessoas andam tristes, 
				desesperadas e angustiadas? Certamente porque se esqueceram do 
				céu… andam como porcos fuçando a lama do mundo.
				Não se vá ao céu pelo caminho 
				espaçoso dos vícios, pecados e vaidades; mas sim, pelo caminho 
				da renúncia, desapego, sacrifício e oração… muita oração… oração 
				contínua: “Orai sem cessar” (1 Ts 5, 17).
				Para entrar no céu devemos caminhar 
				com os olhos fixos em Jesus Cristo, nosso Salvador… não devemos 
				perder tempo contemplando os prazeres passageiros desse mundo: 
				“… corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, 
				com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, 
				Jesus” (Hb 12, 1-2).
				O céu é a nossa pátria! Para entrar 
				nessa belíssima “mansão” vale a pena enfrentar todos os 
				obstáculos e carregar todas as cruzes por amor a Deus. Os 
				sofrimentos passam, mas o céu é para sempre: “Os sofrimentos do 
				tempo presente não têm proporção com a glória que deverá se 
				revelar em nós” (Rm 8, 18). 
				
				Aquele que não luta... jamais conquistará o céu!
				O céu é a pátria dos batalhadores; não das lesmas. 
				
				A vida é curta! Janeiro de 2018 já passou... 
				fevereiro está caminhando a passos largos... março já está 
				estendendo as “mãos” para fevereiro... abril já está 
				“inquieto” querendo ser “devorado” pelo tempo... tudo 
				passa... e nós também vamos passando...  é preciso fazer o bem 
				enquanto é tempo... é preciso lutar para entesourar preciosos 
				tesouros no céu. Esse tempo acaba na 
				hora da morte! 
				  
				
				Prezado senhor, reze com fé e atenção o 
				Salmo 31 durante o mês de fevereiro de 2018. 
				  
				
				Salmo 31: “Deus, eu me abrigo em ti: que eu nunca fique envergonhado! 
				Salva-me por tua justiça! Liberta-me! Inclina depressa teu 
				ouvido para mim! Sê para mim um forte rochedo, uma casa 
				fortificada que me salve; pois meu rochedo e muralha és tu: 
				guia-me por teu nome, conduze-me! Tira-me da rede estendida 
				contra mim, pois tu és a minha força; em tuas mãos eu entrego 
				meu espírito, és tu que me resgatas, Senhor. Deus verdadeiro, tu 
				detestas os que veneram ídolos vazios; quanto a mim, eu confio 
				em Deus: que eu exulte e me alegre com teu amor! Pois viste 
				minha miséria, conheceste minha opressão; não me entregaste à 
				mão do inimigo, firmaste meus pés em lugar espaçoso. Tem piedade 
				de mim, Deus, pois estou oprimido. A dor me consome os olhos, a 
				garganta e as entranhas. Eis que minha vida se consome em 
				tristeza e meus anos em gemidos; meu vigor se enfraquece em 
				miséria e meus ossos se consomem. Pelos opressores todos que 
				tenho já me tornei um escândalo; para meus vizinhos, um asco, e 
				terror para meus amigos. Os que me veem na rua fogem para longe 
				de mim; fui esquecido, como um morto aos corações, estou como um 
				objeto perdido. Ouço as calúnias de muitos, o terror me envolve! 
				Eles conspiram juntos contra mim, projetando tirar-me a vida. 
				Quanto a mim, Senhor, eu confio em ti, e digo: Tu és o meu Deus! 
				Meus tempos estão em tua mão: liberta-me da mão dos meus 
				inimigos e perseguidores! Faze brilhar tua face sobre o teu 
				servo, salva-me por teu amor! Deus, que eu não me envergonhe de 
				te invocar; envergonhados fiquem os ímpios, e silenciem, indo 
				para o Xeol! Emudeçam os lábios mentirosos que proferem 
				insolências contra o justo, com soberba e desprezo! Deus, como é 
				grande a tua bondade! Tu a reservas para os que temem a ti, e a 
				concedes para os que em ti se abrigam, diante dos filhos de 
				Adão. Tu os escondes no segredo de tua face, longe das intrigas 
				humanas; tu os ocultas em tua tenda, longe das línguas que 
				discutem. Bendito seja Deus, que por mim realizou maravilhas de 
				amor (numa cidade fortificada)! Quanto a mim, na minha ânsia eu 
				dizia: ‘Fui excluído para longe dos teus olhos!’ Tu, porém, 
				ouvias minha voz suplicante, quando eu gritava a ti. Amai a 
				Deus, seus fiéis todos: Deus preserva os leais, mas retribui com 
				usura ao que age com soberba. Sede firmes, fortalecei vosso 
				coração, vós todos que esperais em Deus!” 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: Viva 
				Cristo Rei! 
				
				No México, não faz muitos anos, um 
				presidente, chamado Calles, perseguiu com furor não só os 
				padres, mas também todos os católicos militantes. Em setembro de 
				1927 os soldados de Calles prenderam três jovens: José Valência, 
				Nicolau Navarro e Salvador Vergas, porque faziam propaganda em 
				favor da religião. 
				
				Depois de maltratá-los brutalmente, 
				conduziram-nos, a 3 de janeiro de 1928, para longe da cidade, e 
				ali os espancaram e feriram com cutelos. Repreendeu-os José 
				Valência, dizendo: 
				
				- Sois uns perversos, martirizando-nos 
				ferozmente; Deus vos perdoe! 
				
				E dirigindo-se aos companheiros, 
				recordou-lhes que eram católicos, que a verdadeira pátria era o 
				céu, para onde logo partiriam. 
				
				E todos os três gritaram: Viva Cristo Rei! 
				Viva a Mãe de Deus! Furiosos, os cruéis soldados os espancaram 
				de novo e cortaram-lhes a língua dizendo: 
				
				- Vamos ver se agora falais e rezais! 
				
				Ao volver-se o mártir para seus 
				companheiros para mostrar-lhes o céu, fuzilaram-no e em seguida 
				cortaram-lhe a cabeça. 
				
				Os outros dois companheiros imitaram o 
				heroísmo do primeiro. 
				
				Em seguida aquela soldadesca tomou os 
				cadáveres e,  levando-os à cidade, deixou-os no meio da praça, 
				como se tivessem realizado uma grande façanha. 
				
				Acudiu logo uma multidão imensa de 
				curiosos. Chamaram também a mãe do jovem mártir José Valência. A 
				heroica senhora, em vez de chorar, olhos fixos no céu, exclamou: 
				
				- Senhor, bendigo-vos por terdes disposto 
				que eu fosse a mãe de um mártir! 
				
				E julgando-se indigna de abraçar o corpo do 
				filho. Beijou-lhe os pés devotamente. 
				  
				
				Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda financeira. 
				
				Rezamos pelo senhor e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração Humilde de 
				Nossa Senhora: 
				“Nas suas angústias e especialmente nas da morte, que de todas 
				são as piores, essa boa Senhora e Mãe não abandona seus fiéis 
				servos” (Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				Com respeito e 
				gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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