Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

014 / 2018

 

Anápolis, 07 de fevereiro de 2018

 

Ao Doutor Rogério Alves Dias

Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO

 

Estimado senhor, enfrente as “tempestades” que surgem pelo caminho sem retroceder, recuar, vacilar... devemos ser “árvores” frondosas e cheias de frutos pelas boas obras... com profundas raízes... raízes que nos sustentam nas grandes provações da vida. Aquele que possui “raízes” por cima da terra não permanecerá de pé diante do “vendaval” das provações, perseguições, obstáculos e dificuldades: “As árvores que crescem em lugares sombreados e livres de ventos, enquanto externamente se desenvolvem com aspecto próspero, tornam-se fracas e moles, e facilmente qualquer coisa as fere; mas as árvores que vivem no cume dos montes mais altos, agitadas pelos muitos ventos e constantemente expostas à intempérie e a todas as inclemências, atingidas por fortíssimas tempestades e cobertas por frequentes neves, tornam-se mais robustas que o ferro” (São João Crisóstomo, Homilia sobre a glória da tribulação).

Deus quer que sejamos uma Sequoia-gigante (cresce 115 metros), mas com raízes da gameleira que lança profundas raízes.

Somente o Criador pode nos sustentar nas horas difíceis... sem a ajuda de Deus cairemos diante do primeiro vento... ou balançaremos como o caniço na hora do vendaval.

Não podemos nos afastar de Deus... é o Senhor que nos ajuda sempre. Longe d’Ele não há segurança!

Necessitamos de fortaleza para falar de Deus sem medo, para nos comportamos sempre de modo cristão, ainda que entremos em choque com um ambiente paganizado, para fazer uma correção fraterna quando for preciso (Pe. Francisco Fernández Carvajal).

Sabemos que essa vida é breve... passa como um sopro... um relâmpago. Devemos deixar marcas de santidade... do bom exemplo aqui na terra.  Cada pessoa que morre deixa rastros aqui nesse mundo... ou de luz ou de trevas... ninguém fica sobre o muro.

Fomos criados por Deus para vivermos um determinado tempo aqui na terra. Que tipo de rastros deixaremos nesse mundo? Rastros de luz ou de trevas? Deixaremos uma história nesse mundo! Lembrar-se-ão de nós com saudades ou arrepios? Devemos aproveitar cada minuto da nossa vida para fazermos rastros de luz, de santidade e que edificam.

Os santos estão no céu, mergulhados no Deus infinito; e seus rastros permanecem nesse mundo conquistando almas para a verdadeira felicidade. Quem deixou rastros negros e tortos na juventude, é preciso endireitá-los antes da morte. Como é importante espalhar rastros por esse mundo: do sorriso... do bom conselho... da paciência... da obediência... da pureza... da caridade... da oração... Ninguém terá desculpas no dia do Julgamento!

 

Leia atenciosamente a Vida de Santa Apolônia, padroeira dos dentistas.

Conhecida como a padroeira dos dentistas e dos que sofrem dos dentes, Santa Apolônia viveu no império romano por volta do ano 249. Era filha de um rico magistrado e vivia na cidade de Alexandria, no Egito. Sua história foi contada em cartas por São Dionísio, que, na época, era o Bispo de Alexandria. O imperador Décio, um dos mais cruéis perseguidores dos cristãos, era quem dominava a região naquele momento. Ela foi capturada durante as perseguições e obrigada a renunciar sua fé cristã, mas se negou.

Por sua coragem e fé, foi torturada em praça pública. O povo assistiu Santa Apolônia ter os dentes arrancados com pedras. E, mesmo com os dentes quebrados, ela não renunciou sua fé em Jesus Cristo. A convicção de sua fé fez com que os carrascos quebrassem sua face com pancadas. Após isso, foi condenada à morte. Preferindo morrer a abandonar sua crença, ela se jogou na fogueira, mas foi protegida por Deus. Ao ver que Apolônia escapou sem nenhuma queimadura, muitas das pessoas presentes se converteram.

Ela então foi morta com golpes de espada e teve a cabeça decepada. No mosteiro de Santa Apolônia, na Itália, foram guardados um dente e um pedaço da mandíbula. A canonização da Santa aconteceu no ano 300. No dia 9 de fevereiro é realizada a sua festa litúrgica.

 

Prezado senhor, reze com fé e atenção o Salmo 35 durante o mês de fevereiro de 2018.

 

Salmo 35: “Deus, acusa meus acusadores, combate os que me combatem! Toma a armadura e o escudo e levanta-te em meu socorro! Maneja a espada e o machado contra meus perseguidores! Dize a mim: ‘Eu sou tua salvação!’ Fiquem envergonhados e arruinados os que buscam tirar-me a vida! Voltem-se para trás e sejam confundidos os que planejam o mal contra mim! Sejam como palha frente ao vento, quando o anjo de Deus os empurrar! Que seu caminho seja escuro e deslizante, quando o anjo de Deus os perseguir! Sem motivo estenderam sua rede contra mim, abriram para mim uma cova: caia sobre eles um desastre imprevisto! Sejam apanhados na rede que estenderam e caiam eles dentro da cova! Meu ser exultará em Deus e se alegrará com sua salvação. Meus ossos todos dirão: ‘Deus, quem é igual a ti, para livrar o pobre do mais forte e o indigente do explorador?’ Levantam-se falsas testemunhas que eu não conheço. Interrogam-me, pagam-me o mal pelo bem, e minha vida se torna estéril. Quanto a mim, nas suas doenças eu me vestia de saco e me humilhava com jejum, e minha oração voltava ao meu peito; eu ia e vinha como por um amigo, um irmão; como de luto pela mãe eu me curvava, entristecido. E eles se alegram com meu tropeço e se agrupam, contra mim se agrupam estrangeiros que não conheço, dilacerando-me sem parar. Se eu caio, eles me cercam, rangendo os dentes contra mim. Senhor, por quanto tempo verás isto? Defende a minha vida dos rugidores, meu único bem, destes leõezinhos. Eu te agradecerei na grande assembleia, eu te louvarei em meio a um povo numeroso. Que não se alegrem à minha custa meus inimigos traidores, e nem pisquem os olhos os que me odeiam sem motivo! Pois eles nunca falam de paz: contra os pacíficos da terra eles planejam calúnias; escancaram a boca contra mim, dizendo: ‘Ah! Ah! nosso olho viu!’ Viste isso, Deus! não te cales! Senhor, não fiques longe de mim! Desperta! Levanta-te pelo meu direito, por minha causa, meu Senhor e meu Deus! Julga-me segundo a tua justiça, Senhor meu Deus, que eles não se alegrem à minha custa! Que eles não pensem: ‘Ah! Nosso prazer!’ Que não digam: ‘Nós o engolimos!’ Fiquem envergonhados e frustrados os que se alegram com minha desgraça! Sejam cobertos de vergonha e confusão os que à minha custa se engrandecem. Cantem e fiquem alegres os que desejam minha justiça, e digam constantemente: ‘Deus é grande! Ele deseja a paz ao seu servo!’ E minha língua meditará tua justiça, todo o dia o teu louvor!”

 

Leia com atenção essa “historinha”: As boas obras.

Um dia, um banqueiro milionário me chama e entrega-me um cheque em que está escrito: “Pague-se à vista um milhão de cruzeiros”, e embaixo eu leio a firma do banqueiro: “Rotschild”.

Corro ao banco e apresento o cheque. Todos me saúdam com muita cortesia e o gerente entrega-me um milhão de cruzeiros. Quando vou retirar-me, de novo inclinações, sorrisos e saudações de todo o pessoal do banco...

Um belo dia, porém, tomo o mesmo cheque e por minha conta e com orgulho ponho-lhe a minha assinatura. Como a minha caligrafia é mais bela que a do banqueiro milionário, corro ao banco cheio de confiança... Mas, desta vez nem dinheiro, nem inclinações; não me pagam o cheque e por cúmulo botam-me para fora a empurrões entre dois policiais...

E tudo isso por quê? Por que um cheque assinado por Rotschild tem valor e o meu não tem?

É que ao meu falta a condição principal: o crédito.

Na vida espiritual dá-se coisa semelhante. Uma obra assinada por um amigo de Deus tem valor no Banco do Céu; mas uma obra feita por um indivíduo sem religião, que só acredita na filantropia, na honradez natural, nenhum ou bem pouco valor tem diante de Deus.

 

Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus, nosso Rei e Senhor: “O amor que Jesus nos manifesta, entregando-se por nós, é certamente um motivo poderoso de confiança em sua bondade; entretanto as promessas que Ele nos fez ainda mais o fortalecem, determinando mais nitidamente as suas intenções a nosso respeito” (Pe. Luís Bronchain).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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