Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

015 / 2018

 

Anápolis, 08 de fevereiro de 2018

 

À senhora Beti Jaime

Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO

 

Estimada senhora, persevere no caminho de Deus sem olhar para os lados, isto é, para as pessoas desanimadas, covardes e preguiçosas. Sem perseverança não há vitória... Deus quer que lutemos, sem desânimo, até o último suspiro... devemos morrer lutando, porque o prêmio na Eternidade Feliz será para sempre. Aquele que desiste irá para o inferno, a pátria dos desanimados e preguiçosos.

Não podemos desistir da batalha para conquistar a Vida Eterna... mesmo que surjam centenas de obstáculos pela frente, devemos enfrentar todos com os olhos fixos no Deus que tudo pode. Ninguém se salvará de braços cruzados e com as mãos vazias.

É preciso perseverar e lutar corajosamente! O vitorioso “constrói” a “escada” para o céu com os degraus de pequenas e grandes vitórias. O vitorioso sobe na vida sem necessitar de degraus falsos, isto é, de bajulações e elogios. Ele sabe muito bem onde pisa e por onde anda... é dono de si. O vitorioso não diminui os passos. Ele caminha decidido e com valentia na subida e na descida do “morro” das dificuldades... batalha na provação e na bonança com a mesma intensidade.

Aquele que quiser obter vitória deve enfrentar as dificuldades sem retroceder. Não podemos recuar; e se recuarmos... deve ser para tomar um grande impulso para saltar o “muro” das provações.

Essa vida é curta... tudo passa... tudo acaba... tudo morre... o tempo de construir a nossa bela “mansão” no céu é agora... não podemos perder tempo com o que passa. O céu é encantador! “Mergulhar” na Santíssima Trindade é jubiloso!

 

Prezada senhora, reze com fé e atenção o Salmo 40 durante o mês de fevereiro de 2018.

 

Salmo 40: “Esperei ansiosamente por Deus: ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito. Ele me fez subir da cova fatal, do brejo lodoso; colocou meus pés sobre a rocha, firmando meus passos. Pôs em minha boca um cântico novo, um louvor ao nosso Deus; muitos verão e temerão, e confiarão em Deus. Feliz é este homem cuja confiança é Deus: ele não se volta para os soberbos, nem para os sequazes da mentira. Quantas maravilhas realizaste, Senhor meu Deus, quantos projetos em nosso favor: ninguém se compara a ti. Quero anunciá-los, falar deles, mas ultrapassam qualquer conta. Não quiseste sacrifício nem oferta, abriste o meu ouvido; não pediste holocausto nem expiação, e então eu disse: Eis que eu venho. No rolo do livro foi-me prescrito realizar tua vontade; meu Deus, eu quero ter a tua lei dentro das minhas entranhas. Anunciei a justiça de Deus na grande assembleia; eis que eu não fecho meus lábios, tu o sabes. Não escondi tua justiça no fundo do meu coração, falei da tua fidelidade e da tua salvação; não ocultei o teu amor e a tua verdade à grande assembleia. Quanto a ti, Deus, não negues tua compaixão por mim; teu amor e tua verdade sempre vão me proteger. Pois as desgraças me rodeiam a não mais contar; minhas iniquidades me atingem sem que eu possa vê-las; são mais que os cabelos da minha cabeça, e o coração me abandona. Deus, digna-te livrar-me! Deus, vem depressa em meu socorro! Fiquem envergonhados e confundidos os que buscam minha vida para perdê-la! Recuem e fiquem envergonhados os que desejam minha desgraça! Fiquem mudos de vergonha os que riem de mim! Exultem e se alegrem contigo todos os que te procuram! Os que amam tua salvação repitam sempre: ‘Deus é grande!’ Quanto a mim, sou pobre e indigente, mas o Senhor cuida de mim. Tu és meu auxílio e salvação; Deus meu, não demores!”

 

Leia com atenção essa “historinha”: Não chores, minha mãe.

Carlos, menino muito devoto de Nossa Senhora, caiu gravemente doente. Seus pais, sumamente aflitos e angustiados, levaram-no ao hospital. Chegaram os médicos, examinaram o enfermo e disserem:

- É preciso operá-lo; seu estado é grave.

Fizeram-se os preparativos e o enfermeiro já estava pronto para dar-lhe clorofórmio, que é um líquido que faz o doente adormecer e ficar insensível às dores da operação, quando ele começou a falar:

- Não, respondeu, não quero clorofórmio; garanto-lhes que ficarei quietinho. E dirigindo-se à mãe, que estava ao lado, disse:

- Mamãe, dá-me o meu crucifixo; quero sofrer por Jesus.

Durante toda a operação não se queixou nem chorou, mas oferecia a Deus as suas dores, com os olhos fixos no crucifixo. Os médicos ficaram admirados de ver tanto valor e coragem num menino.

Desde aquele dia não pôde articular palavra; fazia-se entender por escrito.

Se professor, um Irmão Marista, deu-lhe uma estampa de Nossa Senhora com uma inscrição que dizia: “Quem me ama, siga-me”.

E Carlos, considerando como dirigido a si aquele convite da Mãe de Deus, escreveu: - Mamãe, eu amo muito a Nossa Senhora e quero segui-la.

E como a mãe se pusesse a chorar, Carlos continuou escrevendo:

- Não chores, minha mãe; vou para o céu, onde rezarei por ti e por papai e estarei em companhia de Nossa Senhora; dá-me um abraço.

Depois de abraçar sua mãe, a quem muito amava, Carlos fixou com ternura a imagem de Maria, beijou-a e morreu.

 

Caríssima senhora, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pela senhora e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração da Virgem Maria: “Maria deixou a terra e está no céu. De lá a piedosa Mãe olha para nós, que ainda estamos neste vale de lágrimas. De nós se compadece e nos promete o seu auxílio, se o queremos” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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