Anápolis, 14 de fevereiro de 2018
À senhorita Gislene Rodrigues
Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO
Caríssima senhorita, viva na presença de Deus!
Longe do Criador a vida não tem sentido... é um vazio total!
Aquele que se apoia em Deus vencerá todas as batalhas,
principalmente a perseguição dos invejosos... não deixe de
realizar o bem por causa das pessoas fracassadas e medíocres...
não deixe de caminhar por causa dos obstáculos. Desistir?
Jamais! Quando encontrarmos a “porta” fechada, não a chutemos
nem “briguemos” com ela... também não sentemos na soleira, isso
seria sinal claro de desânimo; mas, com muita alegria e força de
vontade, passemos pela “janela”... isso deixa os inimigos
furiosos. É perigoso eles derrubarem a “casa” nas nossas cabeças.
Estamos aqui nesse mundo para viver...
devemos viver intensamente... “agressivamente”... até o demônio
deve se “assustar” com a nossa dedicação. Deus não nos
criou para empurrarmos a vida como se ela fosse um
“carrinho” de lixo. Não podemos nos assustar com os
fracassos! O fracasso é uma “Escola” que nos ensina a
recomeçar com prudência, organização e confiança no Senhor que
não confiávamos antes de fracassar.
Quem acredita na existência de Deus e ama a
vida... vive aprendendo... aprende até com as derrotas. É
preciso aprender com as derrotas! Feliz da pessoa que constrói
altas escadas com as pedras que obstaculizaram a sua caminhada
para a vitória. Muitos santos construíram essas escadas, e hoje
estão no céu... felizes “pedreiros”.
Não deixe de amar a Deus para seguir o mundo e
suas loucuras... esse inimigo da nossa alma é pequeno
e vazio para satisfazê-la... ele não merece
o amor devido somente ao Criador.
Para se salvar é preciso rezar muito! Quem não
reza irá para o inferno: “Quem reza,
salva-se; e quem não reza, perde-se”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Prezada Gislene, leia essa passagem da
Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma
(Mt 26, 69-75).
“Pedro estava
sentado fora, no pátio. Aproximou-se dele uma criada, dizendo:
‘Também tu estavas com Jesus, o Galileu!’ Ele, porém, negou
diante de todos, dizendo: ‘Não sei o que dizes’. Saindo para o
pórtico, uma outra viu-o e disse aos que ali estavam: ‘Ele
estava com Jesus, o Nazareu’. De novo ele negou, jurando que não
conhecia o homem. Pouco depois, os que lá estavam disseram a
Pedro: ‘De fato, também tu és um deles; pois o teu dialeto te
denuncia’. Então ele começou a praguejar e a jurar, dizendo:
‘Não conheço o homem!’ E imediatamente o galo cantou. E Pedro se
lembrou da palavra que Jesus dissera: ‘Antes que o galo cante,
três vezes me negarás’. Saindo dali, ele chorou amargamente”.
Leia com atenção essa “historinha”: A
senhora lê fotonovelas?
Numa missão que se pregava em Marselha, na
França, uma senhorita foi confessar-se com um dos missionários.
Perguntou-lhe o confessor se não lia
fotonovelas, e ela respondeu que sim, mas só para passar o
tempo, pois as fotonovelas não lhe faziam mal nenhum.
– Bem – replicou o missionário; mas, antes
disso, a senhora não era mais piedosa?
– Muito, senhor padre.
– Mas nunca lia fotonovelas?
– Naquele tempo não, senhor padre.
– E, certamente, era mais obediente, rezava
mais e melhor... e recebia sempre os Sacramentos, não?
– Sim, senhor padre.
– E não escutava novelas no rádio?
– Não, senhor padre.
– Como então diz que as novelas não fazem
mal? Então elas não lhe arrebataram tantos costumes piedosos e
tantas e tão delicadas virtudes? Quem não vê e não sente que as
novelas dissipam o espírito, fazem perder tempo precioso e
incutem ideias e pensamentos perigosos?
A verdadeira piedade e a leitura ou audição
de novelas são incompatíveis: ou uma coisa ou outra. Depois de
tais leituras, os livros espirituais parecem insípidos e
aborrecidos; depois de seguir com a alma exaltada o herói da
novela, a vida dos santos cai-nos das mãos; depois de
impregnados das ideias mundanas, o Evangelho parece-nos uma
loucura.
E ainda há gente que se admira de ter pouca
fé e pouco amor de Deus! O mundo está cheio de católicos “latas”
vazias, por causa das novelas podres, imorais e pagãs. Esses vão
chorar amargamente na hora da morte pelo tempo perdido... mas já
será tarde!
Estimada senhorita, obrigado pela ajuda
financeira.
Rezamos pela senhora todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Puríssimo Coração de
Maria: “Ó Mãe
de Misericórdia, quanto é o vosso poder, tanta é a vossa
piedade; quanto sois poderosa para suplicar, tanto sois também
piedosa para perdoar” (Santo Afonso Maria de
Ligório).
Com respeito e
gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
|