Anápolis, 15 de fevereiro de 2018
Ao senhor Elias Achkar
Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO
Caríssimo senhor, enfrente todas as dificuldades,
provações e obstáculos com os olhos fixos em Deus... aquele que
luta sem o apoio de Deus jamais sairá vitorioso. Não deixe de
caminhar por causa dos invejosos e fofoqueiros... não
podemos deixar o inimigo sufocar o nosso ideal. Seja
valente e não tenha preguiça de recomeçar; muitas pessoas
morrem de mãos vazias porque não tiveram coragem de recomeçar
depois da queda.
Infeliz da pessoa que confia nas próprias forças
e despreza a ajuda do Deus Eterno e Poderoso... esse trabalha em
vão. A galinha choca faz muito barulho quando voa e quase
não sai do lugar. O mesmo acontece com aquele que
possui muita força de vontade, mas vive longe de Deus... faz
muito barulho, mas “voa” baixo.
Esse mundo é um vale de lágrimas! Aquele que
busca cantos escuros jamais obterá vitória... é preciso lutar
sem desistir! Não podemos desistir da nossa caminhada por
causa da decepção que tivemos com alguém. É preciso retirar o
“espinho” e continuar a caminhada, não andando, mas correndo...
porque o “espinho” não está mais prejudicando as nossas passadas.
Para chegar ao lugar desejado é preciso caminhar
com coragem e ousadia. Não basta recomeçar para vencer...
mas é preciso recomeçar e não desistir... recomeçar e não
retroceder... não recuar diante das provações... perseverar na
luta.
Leia atenciosamente a Vida de Santo Elias,
mártir.
No ano 300, quando os Imperadores Galério
Maximiano e Máximo retomaram a perseguição desencadeada por
Diocleciano, cinco egípcios foram visitar os confessores
condenados às minas na Cilícia, e, em sua viagem de volta,
acabaram detidos pelos guardas das portas de Cesaréia na
Palestina. Prontamente eles se declararam cristãos e informaram
o motivo de sua viagem. Diante disso, foram presos e, no dia
seguinte, juntamente com Pânfilo e outros, levados à presença do
Governador Firmiliano. Como era seu costume, o juiz ordenou que
os cinco egípcios fossem estirados no tablado antes de serem por
ele interrogados. Depois de sofrerem todo tipo de tortura, o
juiz dirigiu-se a um que parecia o líder e perguntou pelo seu
nome e pela região donde era. Empregando os nomes tomados após a
conversão, o mártir disse que ele se chamava Elias e seus
companheiros chamavam-se Jeremias, Isaías, Samuel de Daniel.
Firmiliano indagou qual era o país deles, e Elias respondeu que
era Jerusalém – significando a Jerusalém celeste, verdadeira
pátria de todos os cristãos. Elias foi então novamente
torturado. Seu corpo foi flagelado, enquanto suas mãos ficaram
atadas para trás e seus pés esmagados entre troncos de madeira.
Em seguida, o juiz ordenou que fossem decapitados, o que
imediatamente se cumpriu.
Feliz da pessoa que derrama o sangue por amor
a Jesus Cristo!
Senhor Elias, leia
essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da
Quaresma (Mt 27, 27-38).
“Em seguida, os
soldados do governador, levando Jesus para o Pretório, reuniram
contra ele toda a coorte. Despiram-no e puseram-lhe uma capa
escarlate. Depois, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em
sua cabeça e um caniço na mão direita. E, ajoelhando-se diante
dele, diziam-lhe, caçoando: ‘Salve, rei dos judeus!’ E cuspindo
nele, tomaram o caniço e batiam-lhe na cabeça. Depois de
caçoarem dele, despiram-lhe a capa escarlate e tornaram a
vesti-lo com as suas próprias vestes, e levaram-no para o
crucificar. Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, de nome
Simão. E o requisitaram para que carregasse a cruz. Chegando a
um lugar chamado Gólgota, isto é, lugar que chamavam de Caveira,
deram-lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas não
quis beber. E após crucificá-lo, repartiram entre si as suas
vestes, lançando a sorte. E, sentando-se, ali montavam-lhe
guarda. E colocaram acima da sua cabeça, por escrito, o motivo
da sua condenação: ‘Este é Jesus, o Rei dos judeus’. Com ele
foram crucificados dois ladrões, um à direita, outro à esquerda”.
Leia com atenção essa “historinha”: Cuidado
com a alma.
Conta um poeta, Horácio, que um jovem,
levado pela loucura de gastar seu patrimônio, dissolveu em
vinagre uma pérola preciosíssima e bebeu-a de um gole.
Um movimento de indignação se apodera do
leitor ao recordar tamanha falta de juízo daquele jovem. Mas,
que dirão os Anjos, quando veem os homens destruir a formosura
de sua alma por um amargo prazer? Homens que expulsam Deus da
alma com o pecado mortal? A alma vale mais do que todo o ouro e
prata desse mundo.
Infeliz da pessoa que despreza a sua alma
espiritual e imortal!
Estimado senhor, obrigado pela ajuda financeira.
Rezamos pelo senhor e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo: “Sem morrer nem sofrer, ele
bem podia salvar-nos, é o que mais se admira. Mas não! Escolheu
uma vida de aflições e desprezos e uma morte cruel e vergonhosa.
Morreu numa cruz, destinada aos criminosos”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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