Anápolis, 16 de fevereiro de 2018
À senhora Dasdores Luíza Silva
Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO
Prezada senhora, lute fervorosamente para salvar
a sua alma... não perca tempo com as coisas vazias do mundo. Não
fomos criados por Deus para fazer um passeio aqui na terra; mas
sim, para salvar a nossa alma e conquistar o céu.
Muitas pessoas... milhões delas... estão
brincando com algo muito sério que é a salvação da alma.
Não estamos aqui nesse mundo para brincar
com a nossa alma espiritual e imortal...
“operai a vossa salvação
com temor e tremor” (Fl 2, 12).
Ninguém tem certeza absoluta da própria salvação... somente uma
certeza moral. Está claro que só poderemos “descansar” no céu!
Nem sequer o Papa, sucessor de São Pedro, tem certeza absoluta
de estar em estado de graça santificante. Os mercenários dizem
que já estão salvos... é por isso que cometem tantos crimes em
nome de Deus... e “vendem” tantos terrenos no céu.
Não podemos distrair nem um segundo sobre a
salvação da nossa alma... porque o demônio não dorme nem tira
férias. Sirvamos a Deus de todo o coração e trabalhemos sem
descansar para salvar a nossa alma. Somos soldados do Rei
Jesus... inclinemos a nossa cabeça diante do nosso Rei e o
sirvamos com fidelidade, alegria e dedicação... Ele não prometeu
vida cômoda para os seus soldados. É uma vida levada pelos
“montes” das provações... pelos “vales” dos desprezos... pelo
“frio” da ingratidão e pela “chuva” das calúnias, difamações e
críticas... quem perseverar até o fim entrará no céu, pátria
eterna.
Para agradar a Deus e conquistar a Vida Eterna é
preciso evitar todos os pecados, principalmente o pecado mortal.
A maior de todas as tristezas é quando uma pessoa consente
em se “casar” com o pecado mortal... tomando essa triste
atitude, ela dá adeus para Deus... para o céu... para a
verdadeira felicidade. Se os Anjos pudessem chorar, com certeza
chorariam de dor.
Senhora Dasdores,
leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da
Quaresma (Mt 27, 45-56).
“Desde a hora
sexta até a hora nona, houve treva em toda a terra. Lá pela hora
nona, Jesus deu um grande grito: ‘Eli, Eli, lemá sabachtáni?’,
isto é: ‘Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?’ Alguns dos
que tinham ficado ali, ouvindo-o, disseram: ‘Está chamando
Elias!’ Imediatamente um deles saiu correndo, pegou uma esponja,
embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa vara, dava-lhe de beber.
Mas os outros diziam: ‘Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo!’
Jesus, porém, tornando a dar um grande grito, entregou o
espírito. Nisso, o véu do Santuário se rasgou em duas partes, de
cima a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam. Abriram-se
os túmulos e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram.
E, saindo dos túmulos após a ressurreição de Jesus, entraram na
Cidade Santa e foram vistos por muitos. O centurião e os que com
ele guardavam a Jesus, ao verem o terremoto e tudo mais que
estava acontecendo, ficaram muito amedrontados e disseram: ‘De
fato, este era filho de Deus!’ Estavam ali muitas mulheres,
olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, a
servi-lo. Entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de
José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”.
Leia com atenção essa “historinha”: Uma
verdadeira mãe.
Em Florença, numa bela manhã de primavera,
três moços saíram de uma lanchonete, onde haviam passado toda a
noite a jogar. Um deles era príncipe. Quando chegaram à porta do
palácio, despediram-se, e o príncipe subiu aos seus aposentos,
fazendo o possível para não ser ouvido por ninguém. Mas, ao
passar junto à capela, viu sua mãe que durante toda a noite ali
estivera rezando e esperando pelo filho. Ao vê-lo, enxugou as
lágrimas que ainda lhe corriam dos olhos e, indo ao encontro do
príncipe, disse-lhe com muita doçura:
– Meu filho! Em vão te esperei; mas demos
graças a Deus que te preservou das desgraças. Tu também dá-lhe
graças e vai logo deitar-te.
O filho não conseguiu dizer outra palavra
senão esta:
– Tens razão, mamãe; eu sou um miserável!
Ambos se retiraram. O jovem, prostrando-se
por terra, chorou copiosamente. Em seguida, despojando-se de
toda insígnia principesca, dirigiu-se à igreja dos carmelitas e,
aos pés do altar da Santíssima Virgem, refúgio dos pecadores,
rezava: “Maria, refúgio dos pecadores, ajudai-me e salvai-me!”
Acercou-se dele um religioso, que, ao
reconhecê-lo, exclamou:
– Príncipe, você por aqui? Que aconteceu?
– O senhor não me chame de príncipe, pois
sou indigno de todo principado; sou um grande pecador. Dizei a
minha mãe que renuncio a tudo e não voltarei para casa enquanto
não tiver a promessa de ser recebido no número dos religiosos
deste convento.
E realmente, com as lágrimas e as bênçãos
daquela heroica mãe, o príncipe fez-se carmelita, foi mais tarde
bispo de Fiésole e distinguiu-se por suas obras de penitência e
de caridade chegando a uma insigne santidade. É Santo André
Corsino (+ 1373).
Feliz da mãe que reza pela conversão dos
filhos e se preocupa com a salvação deles.
Estimada senhora, obrigado pela ajuda financeira.
Rezamos pela senhora e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo: “Só
Jesus Cristo deve ser amado singularmente; porque só Ele é
verdadeiro e fidelíssimo, mais que todos os amigos”
(Tomás de Kempis).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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