Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

024 / 2018

 

Anápolis, 16 de fevereiro de 2018

 

À senhora Dasdores Luíza Silva

Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO

 

Prezada senhora, lute fervorosamente para salvar a sua alma... não perca tempo com as coisas vazias do mundo. Não fomos criados por Deus para fazer um passeio aqui na terra; mas sim, para salvar a nossa alma e conquistar o céu.

Muitas pessoas... milhões delas... estão brincando com algo muito sério que é a salvação da alma. Não estamos aqui nesse mundo para brincar com a nossa alma espiritual e imortal... “operai a vossa salvação com temor e tremor” (Fl 2, 12). Ninguém tem certeza absoluta da própria salvação... somente uma certeza moral. Está claro que só poderemos “descansar” no céu! Nem sequer o Papa, sucessor de São Pedro, tem certeza absoluta de estar em estado de graça santificante. Os mercenários dizem que já estão salvos... é por isso que cometem tantos crimes em nome de Deus... e “vendem” tantos terrenos no céu.

Não podemos distrair nem um segundo sobre a salvação da nossa alma... porque o demônio não dorme nem tira férias. Sirvamos a Deus de todo o coração e trabalhemos sem descansar para salvar a nossa alma. Somos soldados do Rei Jesus... inclinemos a nossa cabeça diante do nosso Rei e o sirvamos com fidelidade, alegria e dedicação... Ele não prometeu vida cômoda para os seus soldados. É uma vida levada pelos “montes” das provações... pelos “vales” dos desprezos... pelo “frio” da ingratidão e pela “chuva” das calúnias, difamações e críticas... quem perseverar até o fim entrará no céu, pátria eterna.

Para agradar a Deus e conquistar a Vida Eterna é preciso evitar todos os pecados, principalmente o pecado mortal. A maior de todas as tristezas é quando uma pessoa consente em se “casar” com o pecado mortal... tomando essa triste atitude, ela dá adeus para Deus... para o céu... para a verdadeira felicidade. Se os Anjos pudessem chorar, com certeza chorariam de dor.

 

Senhora Dasdores, leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Mt 27, 45-56).

“Desde a hora sexta até a hora nona, houve treva em toda a terra. Lá pela hora nona, Jesus deu um grande grito: ‘Eli, Eli, lemá sabachtáni?’, isto é: ‘Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?’ Alguns dos que tinham ficado ali, ouvindo-o, disseram: ‘Está chamando Elias!’ Imediatamente um deles saiu correndo, pegou uma esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa vara, dava-lhe de beber. Mas os outros diziam: ‘Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo!’ Jesus, porém, tornando a dar um grande grito, entregou o espírito. Nisso, o véu do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam. Abriram-se os túmulos e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram. E, saindo dos túmulos após a ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e foram vistos por muitos. O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, ao verem o terremoto e tudo mais que estava acontecendo, ficaram muito amedrontados e disseram: ‘De fato, este era filho de Deus!’ Estavam ali muitas mulheres, olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, a servi-lo. Entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Uma verdadeira mãe.

Em Florença, numa bela manhã de primavera, três moços saíram de uma lanchonete, onde haviam passado toda a noite a jogar. Um deles era príncipe. Quando chegaram à porta do palácio, despediram-se, e o príncipe subiu aos seus aposentos, fazendo o possível para não ser ouvido por ninguém. Mas, ao passar junto à capela, viu sua mãe que durante toda a noite ali estivera rezando e esperando pelo filho. Ao vê-lo, enxugou as lágrimas que ainda lhe corriam dos olhos e, indo ao encontro do príncipe, disse-lhe com muita doçura:

– Meu filho! Em vão te esperei; mas demos graças a Deus que te preservou das desgraças. Tu também dá-lhe graças e vai logo deitar-te.

O filho não conseguiu dizer outra palavra senão esta:

– Tens razão, mamãe; eu sou um miserável!

Ambos se retiraram. O jovem, prostrando-se por terra, chorou copiosamente. Em seguida, despojando-se de toda insígnia principesca, dirigiu-se à igreja dos carmelitas e, aos pés do altar da Santíssima Virgem, refúgio dos pecadores, rezava: “Maria, refúgio dos pecadores, ajudai-me e salvai-me!”

Acercou-se dele um religioso, que, ao reconhecê-lo, exclamou:

– Príncipe, você por aqui? Que aconteceu?

– O senhor não me chame de príncipe, pois sou indigno de todo principado; sou um grande pecador. Dizei a minha mãe que renuncio a tudo e não voltarei para casa enquanto não tiver a promessa de ser recebido no número dos religiosos deste convento.

E realmente, com as lágrimas e as bênçãos daquela heroica mãe, o príncipe fez-se carmelita, foi mais tarde bispo de Fiésole e distinguiu-se por suas obras de penitência e de caridade chegando a uma insigne santidade. É Santo André Corsino (+ 1373).

Feliz da mãe que reza pela conversão dos filhos e se preocupa com a salvação deles.

 

Estimada senhora, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pela senhora e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “Só Jesus Cristo deve ser amado singularmente; porque só Ele é verdadeiro e fidelíssimo, mais que todos os amigos” (Tomás de Kempis).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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