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				Anápolis, 18 de fevereiro de 2018 
				  
				
				Ao senhor Amaury Amorim 
				
				Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO 
				  
				
				Caríssimo senhor, não deixe o desânimo entrar no 
				seu coração; é preciso subir as “montanhas” das 
				dificuldades sem recuar. Para salvar a alma é 
				preciso enfrentar todos os obstáculos com a cabeça erguida... 
				sem luta não há salvação. É impossível subir a “montanha” do céu 
				de braços cruzados. Deus exige que façamos a nossa parte... que 
				estendamos os braços. 
				
				Para agradar a Deus não basta lutar para 
				salvar a nossa alma... devemos também nos preocupar com a 
				salvação do próximo. Quem ama 
				verdadeiramente a Deus, ama também o próximo. É preciso fazer 
				pela alma do próximo, quanto permitirem nossas forças. Não 
				podemos imitar o péssimo exemplo de Caim que disse: 
				“Acaso sou guarda de meu irmão?”
				(Gn 4, 8). 
				
				São Dimas, o bom ladrão, 
				se arrependeu dos pecados... “roubou” o céu na última 
				hora: “Jesus, lembre-te de mim, 
				quando vieres com teu reino” (Lc 23, 42); 
				antes, tentou salvar a alma de Gestas, o mau ladrão... 
				se preocupou com a alma do amigo: 
				“Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a 
				nós, é de justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não 
				fez nenhum mal”
				(Lc 23, 40-41). Gestas, o mau 
				ladrão, permaneceu rebelde e se condenou ao inferno. 
				É muito perigoso voltar as costas para a misericórdia de 
				Deus! Deus ama também as almas dos condenados ao inferno... mas 
				não obriga o homem abrir o coração para  Ele. 
				
				Deus quer que rezemos muito... sem oração 
				constante é impossível alguém se salvar: 
				“Deus sabe quão salutar 
				é para nós a necessidade de rezar. Por isso permite... que 
				sejamos assaltados pelos inimigos, para pedirmos o auxílio que 
				nos oferece e promete. Mas quanto lhe é agradável quando o 
				invocamos nos perigos, tanto lhe desagrada o ver-nos descuidados 
				da oração” (Santo Afonso Maria de Ligório). 
				  
				
				Senhor Amaury, leia 
				essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da 
				Quaresma (Mc 14, 53-65). 
				  
				
				“Levaram Jesus ao 
				Sumo Sacerdote, e todos os chefes dos sacerdotes, os anciãos e 
				os escribas estavam reunidos. Pedro seguira-o de longe, até o 
				interior do pátio do Sumo Sacerdote, e, sentado junto com os 
				criados, aquecia-se ao fogo. Ora, os chefes dos sacerdotes e 
				todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para 
				matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso 
				testemunho contra ele, mas os testemunhos não eram congruentes. 
				Alguns, levantando-se, davam falso testemunho contra ele: ‘Nós 
				mesmos o ouvimos dizer: Eu destruirei este Templo feito por mãos 
				humanas e, depois de três dias, edificarei outro, não feito por 
				mãos humanas’. Mas nem quanto a essa acusação o testemunho deles 
				era congruente. Levantando então o Sumo Sacerdote no meio deles, 
				interrogou a Jesus dizendo: ‘Nada respondes? O que testemunham 
				estes contra ti?’ Ele, porém, ficou calado e nada respondeu. O 
				Sumo Sacerdote o interrogou de novo: ‘És tu o Messias, o Filho o 
				Deus Bendito?’ Jesus respondeu: ‘Eu sou. E vereis o Filho do 
				Homem sentado à direita do Poderoso e vindo com as nuvens do 
				céu’, O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: 
				‘Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a 
				blasfêmia. Que vos parece?’ E todos julgaram-no réu de morte. 
				Alguns começaram a cuspir n’Ele, a cobrir o rosto, a 
				esbofeteá-lo e a dizer: ‘Faça uma profecia!’ E os criados o 
				esbofeteavam”. 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: 
				Bismarck e o diabo. 
				
				Conta um jornal católico que, um dia, o 
				Chanceler de Ferro passeava no parque de Potsdam, quando de 
				repente foi cumprimentado por um desconhecido, que falava com 
				distinção e elegância. A conversa recaiu sobre as Ordens e 
				Congregações religiosas, que Bismarck estava perseguindo e 
				exilando. A certa altura o Chanceler exclamou com satisfação: 
				
				– Mais alguns dias e não existirá nem uma 
				Congregação, ouviu? Nem uma só! 
				
				– O senhor é mais poderoso do que eu – 
				replicou o desconhecido. – Há dezenove séculos que eu me esforço 
				por suprimi-las e na consegui até hoje. 
				
				Bismarck, o poderoso inimigo da Igreja, 
				admirado, perguntou: 
				
				– Mas quem é o senhor? 
				
				– Eu? Eu sou o... diabo. 
				
				– O diabo?... e Bismarck tremia... Mas o 
				elegante desconhecido, que acabava de dizer quem era, 
				desaparecera. 
				
				Bismarck... era uma vez... morreu!... E as 
				Congregações continuam. 
				  
				
				Estimado senhor, obrigado pela ajuda financeira. 
				
				Rezamos pelo senhor e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa 
				Senhora: “Sabemos que, acima de todos 
				os santos e anjos, o Espírito Santo amou a Maria... desde o 
				princípio amou-a, exaltando-a em santidade sobre todas as 
				criaturas”(Suárez). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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