Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

027 / 2018

 

Anápolis, 18 de fevereiro de 2018

 

Ao senhor Amaury Amorim

Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO

 

Caríssimo senhor, não deixe o desânimo entrar no seu coração; é preciso subir as “montanhas” das dificuldades sem recuar. Para salvar a alma é preciso enfrentar todos os obstáculos com a cabeça erguida... sem luta não há salvação. É impossível subir a “montanha” do céu de braços cruzados. Deus exige que façamos a nossa parte... que estendamos os braços.

Para agradar a Deus não basta lutar para salvar a nossa alma... devemos também nos preocupar com a salvação do próximo. Quem ama verdadeiramente a Deus, ama também o próximo. É preciso fazer pela alma do próximo, quanto permitirem nossas forças. Não podemos imitar o péssimo exemplo de Caim que disse: “Acaso sou guarda de meu irmão?” (Gn 4, 8).

São Dimas, o bom ladrão, se arrependeu dos pecados... “roubou” o céu na última hora: “Jesus, lembre-te de mim, quando vieres com teu reino” (Lc 23, 42); antes, tentou salvar a alma de Gestas, o mau ladrão... se preocupou com a alma do amigo: “Nem sequer temes a Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça; estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal” (Lc 23, 40-41). Gestas, o mau ladrão, permaneceu rebelde e se condenou ao inferno. É muito perigoso voltar as costas para a misericórdia de Deus! Deus ama também as almas dos condenados ao inferno... mas não obriga o homem abrir o coração para  Ele.

Deus quer que rezemos muito... sem oração constante é impossível alguém se salvar: “Deus sabe quão salutar é para nós a necessidade de rezar. Por isso permite... que sejamos assaltados pelos inimigos, para pedirmos o auxílio que nos oferece e promete. Mas quanto lhe é agradável quando o invocamos nos perigos, tanto lhe desagrada o ver-nos descuidados da oração” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

Senhor Amaury, leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Mc 14, 53-65).

 

“Levaram Jesus ao Sumo Sacerdote, e todos os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas estavam reunidos. Pedro seguira-o de longe, até o interior do pátio do Sumo Sacerdote, e, sentado junto com os criados, aquecia-se ao fogo. Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para matá-lo, mas nada encontravam. Pois muitos davam falso testemunho contra ele, mas os testemunhos não eram congruentes. Alguns, levantando-se, davam falso testemunho contra ele: ‘Nós mesmos o ouvimos dizer: Eu destruirei este Templo feito por mãos humanas e, depois de três dias, edificarei outro, não feito por mãos humanas’. Mas nem quanto a essa acusação o testemunho deles era congruente. Levantando então o Sumo Sacerdote no meio deles, interrogou a Jesus dizendo: ‘Nada respondes? O que testemunham estes contra ti?’ Ele, porém, ficou calado e nada respondeu. O Sumo Sacerdote o interrogou de novo: ‘És tu o Messias, o Filho o Deus Bendito?’ Jesus respondeu: ‘Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poderoso e vindo com as nuvens do céu’, O Sumo Sacerdote, então, rasgando as suas túnicas disse: ‘Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece?’ E todos julgaram-no réu de morte. Alguns começaram a cuspir n’Ele, a cobrir o rosto, a esbofeteá-lo e a dizer: ‘Faça uma profecia!’ E os criados o esbofeteavam”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Bismarck e o diabo.

Conta um jornal católico que, um dia, o Chanceler de Ferro passeava no parque de Potsdam, quando de repente foi cumprimentado por um desconhecido, que falava com distinção e elegância. A conversa recaiu sobre as Ordens e Congregações religiosas, que Bismarck estava perseguindo e exilando. A certa altura o Chanceler exclamou com satisfação:

– Mais alguns dias e não existirá nem uma Congregação, ouviu? Nem uma só!

– O senhor é mais poderoso do que eu – replicou o desconhecido. – Há dezenove séculos que eu me esforço por suprimi-las e na consegui até hoje.

Bismarck, o poderoso inimigo da Igreja, admirado, perguntou:

– Mas quem é o senhor?

– Eu? Eu sou o... diabo.

– O diabo?... e Bismarck tremia... Mas o elegante desconhecido, que acabava de dizer quem era, desaparecera.

Bismarck... era uma vez... morreu!... E as Congregações continuam.

 

Estimado senhor, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa Senhora: “Sabemos que, acima de todos os santos e anjos, o Espírito Santo amou a Maria... desde o princípio amou-a, exaltando-a em santidade sobre todas as criaturas”(Suárez).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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