Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

029 / 2018

 

Anápolis, 19 de fevereiro de 2018

 

À senhora Yara Pina Godoy

Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO

 

Caríssima senhora, suporte as pequenas e fortes tentações por amor a Jesus Cristo! A tentação não é pecado… pecado é consentir na tentação: “Podemos senti-las, embora desagradem; mas não podemos consentir sem ter gosto nelas, porque o prazer é de ordinário um grau de consentimento” (São Francisco de Sales).

É preciso suportar as tentações com muita paciência… infeliz da pessoa que se desespera diante delas. Deus não tenta ninguém, mas as permite para o nosso próprio bem: “Deus a ninguém tenta” (Tg 1, 13).

O demônio gosta imensamente de ver uma pessoa desesperada nas horas de tentações! Para desapontá-lo: use água benta, faça o sinal da cruz, repita com fé, amor e confiança os nomes de Jesus e Maria… reze com fervor e pense somente no que agrada a Deus.

O demônio é um “cão” que “ladra” furiosamente contra os amigos e heróis de Deus. Não nos inquietemos diante de tanto alarido, mas “distraiamo-nos” com o bem, e o Maligno fugirá.

Santo Agostinho escreve: “Com efeito, nossa vida, enquanto somos peregrinos neste mundo, não pode estar livre de tentações, pois é através delas que se realiza nosso progresso e ninguém pode conhecer-se a si mesmo sem ter sido tentado. Ninguém pode vencer sem ter combatido, nem pode combater se não tiver inimigo e tentações… O Senhor poderia impedir o demônio de aproximar-se dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer na tentação”.

Devemos suportar as tentações… sem elas ninguém entrará no céu: “Esta é a grande labuta do homem: assumir sobre si mesmo a culpa própria diante de Deus, e esperar a tentação até o último suspiro… Ninguém sem tentações poderá entrar no reino dos céu. Suprime as tentações, e ninguém será salvo” (Santo Antão, Abade).

Só será coroado no céu aquele que lutar com firmeza e garra nesse mundo. Fomos criados para a luta… esse mundo é um campo de batalha. Perder a batalha da vida é perder tudo: Deus… o céu… a alegria infinita. Não são apenas os pecados de ações que levam a tal derrota. Podemos ser derrotados por omissões. Deixar de fazer, quando havia obrigação de fazer, pode ser tão mortal quanto fazer o errado. O pecado de omissão quase não é confessado!

 

Senhora Yara, leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Mc 15, 1-15).

 

“Logo de manhã, os chefes dos sacerdotes fizeram um conselho com os anciãos e os escribas e todo o Sinédrio. E manietando a Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. Pilatos o interrogou: ‘És tu o rei dos judeus?’ Respondendo, Ele disse: ‘Tu o dizes’. E os chefes dos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. Pilatos o interrogou de novo: ‘Nada respondes? Vê de quanto te acusam!’ Jesus, porém, já nada mais respondeu, de sorte que Pilatos ficou impressionado. Por ocasião da Festa, ele lhes soltava um preso que pedissem. Ora, havia um, chamado Barrabás, preso com outros amotinadores que, numa revolta, haviam cometido um homicídio. A multidão, tendo subido, começou a pedir que lhes fizesse como sempre tinha feito. Pilatos, então, perguntou-lhes: ‘Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?’ Porque ele sabia, com efeito, que os chefes dos sacerdotes o tinham entregue por inveja. Os chefes dos sacerdotes, porém, incitavam o povo para que pedisse que, antes, lhes soltassem Barrabás. Pilatos perguntou-lhes de novo: ‘Que farei de Jesus, que dizeis ser o rei dos judeus?’ Eles gritaram de novo: ‘Crucifica-o!’ Disse-lhes Pilatos: ‘Mas que mal ele fez?’ Eles, porém, gritaram com mais veemência: ‘Crucifica-o!’ Pilatos, então, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de fazer açoitar a Jesus, entregou-o para que fosse crucificado”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: O amor dos pequeninos.

Perguntaram a uma piedosa jovenzinha:

– Que é a Primeira Comunhão?

– É um dia de céu na terra.

– Perguntaram-lhe em seguida:

– E que é o céu?

– É uma Primeira Comunhão que nunca terá fim – respondeu ela graciosamente.

E respondeu muito bem, porque a felicidade dos Anjos e Santos no céu consiste em possuir a Deus eternamente. Ora, não é justamente a Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que possuímos na Santa Comunhão?

 

Estimada senhora, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pela senhora e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “O mesmo Jesus Cristo foi também no mundo desprezado pelos homens, e na maior aflição entre grandes afrontas, desamparado de amigos e conhecidos” (Tomás de Kempis).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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