Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

030 / 2018

 

Anápolis, 19 de fevereiro de 2018

 

À senhora Maria Barbarisco da Luz

Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO

 

Estimada senhora, enfrente as dificuldades e provações com a cabeça erguida e com o coração valente e pronto para a batalha. Não podemos inclinar a cabeça diante das pessoas falsas, golpistas e trapaceiras… o mundo já se tornou uma quadrilha perigosa de pessoas enganadoras e mentirosas… da creche ao asilo… todas as idades… está uma vergonha… estamos vivendo o Salmo 12: “Socorro, Deus! O fiel está sumindo! A lealdade desaparece dentre os filhos de Adão! Cada qual mente ao seu próximo, falando com lábios fluentes e duplo coração” (Sl 12, 2-3).

Descobrir que uma pessoa mente é muito triste, porque a mentira é pecado; mas, grande tristeza, é saber que nunca mais podemos confiar nela.

O mentiroso percorre o caminho da perdição, porque o diabo é o pai da mentira (Jo 8, 44). É preciso se afastar da pessoa que mente… ela caminha nas trevas. A boca do mentiroso deveria chamar boca de lixo. O mentiroso quer vencer sempre… e sempre mentindo… quer subir na vida usando a língua como escada.

Caminhe na presença de Deus e fuja desse mundo. O mundo é um inimigo enganador e falso… promete o que não pode dar. Aqui nesse mundo, grande “hospício”, encontra-se miséria e desgostos sem medida e sem fim… os inimigos estão soltos em toda parte. Paz, segurança e alegria haverá só no céu… então lutemos com “violência” para conquistá-lo: “O Reino dos céus sofre violência, e violentos se apoderam dele” (Mt 11, 12).

 

Senhora Maria, leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Mc 15, 16-28).

 

“Os soldados o levaram ao interior do palácio, isto é, do Pretório, e convocaram toda a coorte. Em seguida, vestiram-no de púrpura e tecendo uma coroa de espinhos, lha impuseram. E começaram a saudá-lo: ‘Salve, rei dos judeus!’ E batiam-lhe na cabeça com caniço. Cuspiam nele e, de joelhos, o adoravam. Depois de caçoarem dele, despiram-lhe a púrpura e tornaram a vesti-lo com as suas próprias vestes. E levaram-no fora para que o crucificassem. Requisitaram um certo Simão Cireneu, que passava por ali vindo do campo, para que carregasse a cruz. Era o pai de Alexandre e de Rufo. E levaram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que, traduzido, quer dizer o lugar da Caveira. Deram-lhe vinho com mirra, que ele não tomou. Então o crucificaram. E repartiram as suas vestes, lançando sorte sobre elas, para saber com o que cada um ficaria. Era a terceira hora quando o crucificaram. E acima dele estava a inscrição da sua culpa: ‘O Rei dos Judeus’. Com Ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, o outro à esquerda”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Dentes de leite.

Escrevia em 1915 um missionário: Uma menina órfã do Orfanato de Trichinopoly (Índia), que poderia ter dois palmos de altura, veio um dia suplicar-me que a admitisse à Primeira Comunhão.

– Que idade tens? Perguntei-lhe.

– Não sei a minha idade.

Recolhida de lugar desconhecido, não soube quantos anos têm; nem as Religiosas o puderam descobrir.

– Mostra-me os dentes – disse.

Com um sorriso gracioso descobre a inocente menina duas filas de alvíssimos dentinhos.

– Oh! Exclamei; os teus dentes de leite dizem-me que não tens sete anos. Portanto, este ano não fará a Primeira Comunhão.

Meu Deus! Quem o acreditaria? Tendo ouvido aquelas palavras, a menina, sem dizer a ninguém, corre ao quintal, toma uma pedra e, rapidamente, faz saltar da boca todos os dentinhos. Depois, com a boca ensanguentada, mas com ar de triunfo, volta e diz-me:

– Padre, não tenho mais nem um dente de leite. Dai-me… dai-me Jesus! Eu o quero muito bem!

Chorando de comoção – diz o missionário – tomei-a em meus braços e segredei-lhe ao ouvido:

– Filha, amanhã te darei Jesus…

Sim, não podia deixar de atendê-la.

 

Estimada senhora, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pela senhora e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa Senhora: “Confesso com toda a Igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo” (São Luís Maria Grignion de Montfort).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

OUTRAS CARTAS