Anápolis, 20 de fevereiro de 2018
À senhora Maria Batista Ferreira
Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO
Prezada senhora, Deus quis que no mundo
houvesse espíritos puros para que fossem digno remate e coroa da
obra de suas mãos... isso quer dizer que eles são a
porção mais formosa, nobre e perfeita do universo.
Espírito é uma substância completa, que não está unida à
matéria, nem tem relação com ela. Os espíritos são
numerosos... excede o seu número ao de todas as demais naturezas
criadas. São tão numerosos, porque era conveniente que na obra
de Deus o perfeito sobrepujasse ao imperfeito. O nome
comum a todos os espírito puros é o de Anjos; porque são os
enviados de que o Senhor se serve para o governo das demais
criaturas. Os anjos não podem unir-se substancialmente a
um corpo, assim como as almas humanas, se bem que em algumas
ocasiões tenham aparecido em forma humana, não tinham de
homens mais que a aparência exterior. Os Anjos estão em
algum lugar... moram habitualmente no céu e podem transladar-se
de um lugar para outro... não necessitam de tempo para
transladar-se, mas podem fazê-lo instantaneamente quaisquer que
sejam as distâncias. Podem, se assim o desejam,
abandonar lentamente um lugar e ocupar outro da mesma forma...
porque o movimento angélico consiste na atuação sucessiva em
lugares distintos, ou em diversas parte do mesmo lugar.
Senhora Maria, seja devota dos Santos Anjos e
lute continuamente para alcançar a salvação eterna, deixando de
lado a preguiça, caso tenha esse pecado capital. A
preguiça tem muitos “nomes” e muitas “faces”. Por preguiça,
podemos ler o livro de que gostamos e deixar de ler o que
devemos. Por preguiça, podemos ficar conversando horas a fio com
pessoa a que temos afeição e deixar de atender ao desconhecido
que chega a nós aflito, mas que não é simpático. Por preguiça,
despacharemos os trabalhos agradáveis e deixaremos sempre para o
fim o que é difícil, acabando por não ter tempo... A preguiça,
pois, leva a fazer, mas a um fazer que disfarça um deixar.
Leia essa passagem da Paixão de Jesus
Cristo durante o Tempo da Quaresma
(Mc 15, 29-39).
“Os transeuntes
injuriavam-no, meneando a cabeça e dizendo: ‘Ah! Tu, que
destróis o Templo e em três dias o edificas, salva-te a ti
mesmo, desce da cruz!’ Do mesmo modo, também os chefes dos
sacerdotes, caçoando dele entre si e com os escribas, diziam: ‘A
outros salvou, a si mesmo não pode salvar! O Messias, o Rei de
Israel ... que desça agora da cruz, para que vejamos e
creiamos!’ E até os que haviam sido crucificados com Ele o
ultrajavam. À hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a
hora nona. E, à hora nona, Jesus deu um grande grito, dizendo:
‘Eloi, Eloi, lemá sabachtháni’ que, traduzido, significa: ‘Deus
meu, Deus meu, por que me abandonaste?’ Alguns dos presentes, ao
ouvirem isso, disseram: ‘Eis que ele chama por Elias!’ E um
deles, correndo, encheu uma esponja de vinagre e, fixando-a numa
vara, dava-lhe de beber, dizendo: ‘Deixai! Vejamos se Elias vem
descê-lo!’ Jesus, então, dando um grande grito, expirou. E o véu
do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo. O
centurião, que se achava bem defronte dele, vendo que havia
expirado desse modo, disse: ‘Verdadeiramente este homem era
filho de Deus!’”
Leia com atenção essa “historinha”:
Confessava-se com frequência.
Dom João da Áustria, educado religiosamente
por Dona Madalena Ulloa, durante toda sua vida conservou o
costume de confessar-se duas vezes por mês. Além disso, “jamais
empreendia feitos sublimes ou conquistas gloriosas, sem que
antes, com não menos generoso que humilde coração, tivesse
manifestado como réu seus pecados no sagrado Tribunal da
Penitência”. E é de notar que, naquela época, não se facilitava
como hoje o uso da Comunhão frequente.
Caríssima senhora, obrigado pela ajuda
financeira.
Rezamos pela senhora e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa
Senhora: “Deus Espírito Santo
comunicou a Maria, sua fiel esposa, seus dons inefáveis,
escolhendo-a para dispensadora de tudo que ele possui”
(São Luís Maria Grignion de Montfort).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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