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				Anápolis, 20 de fevereiro de 2018 
				  
				
				Ao senhor Alex Alexandre Ribeiro 
				
				Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO 
				  
				
				Estimado senhor, a vida íntima dos Anjos, 
				suposto que são espíritos puros, consiste em conhecer e amar. 
				Os Anjos possuem o conhecimento intelectual... não possuem 
				conhecimento sensitivo como os homens, carecem absolutamente 
				dele... porque não se dá conhecimento sensitivo sem corpo 
				orgânico, e os Anjos são incorpóreos. O conhecimento 
				intelectual dos Anjos é mais perfeito do que o nosso. Porque nem 
				o seu conhecimento tem origem nas espécies tomadas do mundo 
				exterior, nem a sua ciência progride mediante o raciocínio, pois 
				que abrange de uma só visão os princípios e as consequências.
				A ciência dos Anjos não é infinita... porque é 
				finita a sua natureza; unicamente Deus, Ser infinito, possui 
				ciência infinita. Os Anjos conhecem o conjunto das 
				criaturas, porque o exige a sua qualidade de espíritos puros. 
				Os Anjos sabem o que acontece no mundo, porque o veem nas suas 
				espécies naturais, à medida que vai sucedendo. Os Anjos 
				não conhecem os pensamentos e os segredos dos corações, porque, 
				sendo pensamentos e afetos livres, não concorrem necessariamente 
				com a mudança e sucessão das coisas. Podem chegar a 
				conhecê-los pela revelação divina ou pela manifestação do 
				agente. Os Anjos não sabem o futuro... só se for por uma 
				revelação especial.  Os Anjos amam necessariamente a 
				Deus sobre todas as coisas, a si mesmos e às criaturas, exceto 
				quando o pecado contraria ou destrói na ordem sobrenatural, a 
				livre propensão do amor natural. 
				
				Senhor Alex, seja dócil ao seu Anjo da Guarda e 
				não deixe de lutar diante das provações e 
				dificuldades. As dificuldades que surgem pelo caminho 
				provam a nossa fidelidade a Deus... quem não é fiel a Deus 
				desiste logo no primeiro obstáculo. Infeliz da pessoa que perde 
				tempo com a felicidade oferecida pelo mundo... ela é como a 
				fumaça que se dispersa; verdadeira felicidade só no céu... só em 
				Deus, fonte da verdadeira alegria. 
				  
				
				Leia essa passagem da Paixão de Jesus 
				Cristo durante o Tempo da Quaresma
				(Mc 15, 40-47). 
				  
				
				“E também estavam 
				ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas, Maria 
				Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de Joset, e Salomé. 
				Elas o seguiam e serviam enquanto esteve na Galiléia. E ainda 
				muitas outras que subiram com ele para Jerusalém. E, já chegada 
				a tarde, sendo dia de Preparação, isto é, a véspera de Sábado, 
				veio José, de Arimatéia, ilustre membro do Conselho, que também 
				esperava o Reino de Deus. Ousando entrar onde estava Pilatos, 
				pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos ficou admirado de que ele já 
				estivesse morto, e, chamando o centurião, perguntou-lhe se fazia 
				muito tempo que morrera. Informado pelo centurião, cedeu o 
				cadáver a José, o qual, comprando um lençol, desceu-o, enrolou-o 
				no lençol e o pôs num túmulo que fora talhado na rocha. Em 
				seguida, rolou uma pedra, fechando a entrada do túmulo. Maria 
				Madalena e Maria, mãe de Joset, observavam onde ele fora posto”. 
				  
				
				Leia com atenção essa “historinha”: As 
				lágrimas de um santo. 
				
				Certa vez apresentou-se a São Francisco de 
				Sales, para confessar-se, um indivíduo que contava os pecados 
				com incrível apatia, para não dizer petulância, e com sinais de 
				tão pouca dor, que mais parecia narrar histórias do que acusar 
				pecados. O Santo, vendo a má disposição daquela alma, não se 
				conteve e começou a chorar. O penitente, preocupado, indagou: 
				
				– Padre, o senhor sente-se mal? 
				
				– Não, graças a Deus estou bem; o senhor é 
				que está mal... 
				
				– Eu me sinto muito bem, interrogou o 
				outro. 
				
				– Pois bem... então continue. 
				
				O penitente continuou a dizer coisas de 
				arrepiar os cabelos, mas sem nenhum sinal de arrependimento e 
				com uma frieza espantosa. O Santo não pode conter-se; pôs-se a 
				soluçar e a derramar lágrimas. 
				
				– Mas, por que chora, padre? 
				
				– Choro... não posso deixar de chorar 
				porque o senhor não chora. 
				
				O penitente, que resistira à primeira vez, 
				não pode resistir à segunda. Chegara a hora da graça, e ele 
				exclamou: 
				
				– 
				Ai! Como sou miserável! Como não sinto dor dos 
				meus pecados, quando eles arrancam lágrimas a um inocente? 
				
				Este pensamento comoveu-o tanto, que quase 
				caiu desmaiado. O Santo recitou então com ele o ato de contrição 
				com tanta dor, que, dali em diante, o penitente foi um cristão 
				fervoroso e um modelo de penitência. 
				  
				
				Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda financeira. 
				
				Rezamos pelo senhor e família todos os dias. 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração Santíssimo 
				de Jesus Cristo, nosso Amado Salvador: 
				“Jesus Cristo, nosso Salvador, 
				verdadeiro Deus e verdadeiro homem, deve ser o fim último de 
				todas as nossas devoções; de outro modo, elas serão falsas e 
				enganosas”
				(São Luís Maria Grignion de Montfort). 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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