Anápolis, 25 de fevereiro de 2018
Ao senhor Antônio Etevaldo Alves Bezerra
Benfeitor do Instituto, Brasília – DF
Caríssimo senhor, não deixe os obstáculos que
surgem pelo caminho “roubar” a sua alegria… é preciso
sorrir sempre, principalmente nas horas difíceis. A
alegria é uma virtude essencialmente cristã. Nosso Senhor Jesus
Cristo veio à terra anunciar a alegria. A palavra
Evangelho quer dizer “boa nova”; os anjos, aos pastores,
foram seus primeiros mensageiros:
“Não temais; porque eis que vos anuncio uma grande alegria, que
terá o povo: nasceu-vos um Salvador”
(Lc 2, 10-11).
A alegria é para nós uma necessidade e uma força.
Sem alegria, a alma é como a terra sem calor e sem sol.
Alegria e pecado mortal não combinam… quem caminha longe de Deus
não possui a verdadeira alegria.
Vive alegre aquele que cumpre bem o seu dever…
que luta para evitar tudo o que desagrada a Deus.
Aqui na terra, o soldado, se quer viver, tem
de lutar… se quer ser premiado, tem de vencer. O Rei Jesus é o
Rei da misericórdia, mas é também o Rei da justiça. Aquele que
quiser permanecer vivo espiritualmente, isto é, com a graça
santificante na alma, tem que lutar continuamente contra a
carne, o mundo e o demônio… quem cruzar os braços morrerá
espiritualmente. O Rei Jesus é justo! Ele premeia somente o
vencedor com o céu:
“Ao vencedor concederei sentar-se comigo no meu
trono” (Ap 3, 21). O
“soldado” derrotado será condenado ao inferno:
“Amigo, como entraste
aqui sem a veste nupcial? Ele, porém, ficou calado. Então disse
o rei aos que serviam: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o
fora, nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de
dentes” (Mt 22,
12-13).
Deus quer que sejamos vencedores… que lutemos
contra tudo e contra todos até vencermos a batalha… não
podemos inclinar a cabeça para os golpistas, aproveitadores e
interesseiros. Se a
“muralha” das provações estiver na nossa frente, não podemos
olhar para trás… isso pode “alimentar” a tentação de desistir,
de retroceder e recuar… devemos enfrentá-la com os olhos fixos
no Deus que tudo pode:
“Junto convosco eu enfrento os inimigos, com
vossa ajuda eu transponho altas muralhas” (Sl
17, 3).
Busque apoio sempre em Deus… longe d’Ele só
existe vazio, tristeza e insegurança. Só em Deus está a
verdadeira felicidade… quem a procura fora d’Ele anda buscando a
luz nas trevas.
Fuja dos fofoqueiros e
linguarudos! O fofoqueiro é um péssimo faxineiro;
ao invés de usar a “vassoura” da língua para varrer o lixo da
própria vida, prefere intrometer no “quintal” alheio.
Faça sempre o bem…
porque a vida é breve!
Estimado senhor, leia essa passagem da
Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Lc 23,
35-43).
“O povo permanecia
lá, a olhar. Os chefes, porém, zombavam e diziam: ‘A outros
salvou, que salve a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Eleito!’
Os soldados também caçoavam dele; aproximando-se, traziam-lhe
vinagre, e diziam: ‘Se és o rei dos judeus, salva-te a ti
mesmo’. E havia uma inscrição acima dele: ‘Este é o Rei dos
judeus’. Um dos malfeitores suspensos à cruz o insultava,
dizendo: ‘Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós’. Mas
o outro, tomando a palavra, o repreendia: ‘Nem sequer temes a
Deus, estando na mesma condenação? Quanto a nós, é de justiça;
estamos pagando por nossos atos; mas ele não fez nenhum mal’. E
acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando vieres com teu
reino’. Ele respondeu: ‘Em verdade, eu te digo, hoje estarás
comigo no Paraíso”.
Leia com atenção essa “historinha”: Ficou a
folha branca.
Certo dia apresentou-se a Santo Antônio de
Pádua um pecador para confessar-se. Estava, porém, tão
perturbado e confuso, que apenas soluçava sem poder pronunciar
nem uma palavra.
Vai, meu filho, – disse o Santo – escreve
teus pecados e volta de novo.
Voltando, o pecador foi lendo seus pecados,
como os havia escrito. Quando terminou a leitura, com grande
surpresa viu que desapareceu do papel o que escrevera e só
restava a folha em branco.
Assim sucederá com a nossa alma quando nos
confessarmos com humildade sincera e dor profunda.
Toda mancha de pecado desaparecerá do nosso
coração e aparecerá o candor, todo o candor da inocência
recuperado.
Prezado senhor, obrigado pela ajuda financeira.
Rezamos pelo senhor e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo: “Por que não abraçamos Jesus
Cristo Crucificado para morrer na cruz com Ele? Ele quis morrer
nela por nosso amor. Eu o abraçarei, deveríamos dizer, e não o
abandonarei jamais. Morrerei com Ele, abrasar-me-ei nas chamas
do seu amor” (Santo Afonso Maria de Ligório).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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