Anápolis, 25 de fevereiro de 2018
Ao senhor Carlos de Jesus Gravia
Benfeitor do Instituto, Brasília – DF
Estimado senhor, não desista da caminhada
por causa dos obstáculos, dificuldades e provações… quem luta
vence… quem desiste será sempre um derrotado.
Não basta iniciar bem um trabalho… mas é preciso
concluí-lo… aquele que desiste na metade do “caminho” não
será recompensado. O mesmo acontece na vida espiritual…
não basta ser santo um dia, uma semana, um mês… mas é preciso
morrer com a graça santificante na alma. O inferno é a pátria
tenebrosa dos “incompletos!” Como é triste conviver e trabalhar
com pessoas “incompletas!”… que iniciam uma obra, mas não a
concluem… que fazem um propósito, mas não o colocam em prática…
que planejam tudo, mas permanecem de braços cruzados.
Infeliz da pessoa que fica prostrada na
“sarjeta” do desânimo por causa da indiferença dos
invejosos, perseguidores e zombadores. Jesus Cristo é o
nosso refúgio e proteção… não podemos ficar calados quando Ele
“passa” perto de nós… mas devemos “gritar” alto
pedindo a sua proteção e ajuda… principalmente quando formos
repreendidos pelos inimigos… imitemos o cego Bartimeu e gritemos
com força e fé: “Filho de Davi,
Jesus, tem compaixão de mim!” (Mc 10, 47).
Não basta confiar em Deus, mas é preciso lutar,
isto é, fazer a nossa parte. Deus não ajuda uma pessoa
apática e preguiçosa.
O obstáculo existe para ser vencido! É na
dificuldade que conhecemos a força que possuímos!
A dificuldade é uma “mocinha” assanhada e
catireira que dança catira sobre aquele que não possui força de
vontade. Pobre tablado podre!
Aquele que não vence as dificuldades que
surgem pelo caminho pode perder muitas “maravilhas”…
principalmente o céu.
Tape os ouvidos para os fofoqueiros! O
fofoqueiro é um grande “milagreiro”… ele ajuda o próximo a
“descobrir” coisas que nunca realizou na vida… somente o idiota
“aluga” os ouvidos para o linguarudo.
Senhor Carlos, leia essa passagem da Paixão
de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Lc 23, 44-56).
“Era já mais ou
menos a hora sexta quando houve treva sobre a terra inteira até
à hora nona, tendo desaparecido o sol. O véu do Santuário
rasgou-se ao meio, e Jesus deu um grande grito: ‘Pai, em tuas
mãos entrego o meu espírito’. Dizendo isso, expirou. O
centurião, vendo o que acontecera, glorificava a Deus, dizendo:
‘Realmente, este homem era um justo!’ E toda a multidão que
havia acorrido para o espetáculo, vendo o que havia acontecido,
voltou, batendo no peito. Todos os seus amigos, bem como as
mulheres que o haviam acompanhado desde a Galiléia, permaneciam
à distância, observando essas coisas. Eis que havia um homem
chamado José, membro do Conselho, homem bom e justo, que não
concordara nem com o desígnio, nem com a ação deles. Era de
Arimatéia, cidade dos judeus, e esperava o Reino de Deus. Indo
procurar Pilatos, pediu o corpo de Jesus. E, descendo-o,
envolveu-o num lençol e colocou-o numa tumba talhada na pedra,
onde ninguém ainda havia sido posto. Era o dia da Preparação, e
o sábado começava a luzir. As mulheres, porém, que tinham vindo
da Galiléia com Jesus, haviam seguido a José; observaram o
túmulo e como o corpo de Jesus fora ali depositado. Em seguida,
voltaram e prepararam aromas e perfumes. E, no sábado,
observaram o repouso prescrito”.
Leia com atenção essa “historinha”: Por que
choras?
Uma menina, que foi mandada a fazer uma
compra, perdeu o dinheiro e pôs-se a chorar. Um senhor, que por
ali passava, perguntou-lhe:
– Menina, por que choras?
– Porque perdi o dinheiro com que devia
fazer uma compra.
– Então, por que não tens mais cuidado?
– O senhor tem razão; mas o que mais me
aflige é pensar no quanto custa a meu pobre pai ganhar esse
dinheiro.
Aquele senhor, compadecido, deu-lhe o
dinheiro. Alguns instantes depois voltou a menina para
devolver-lhe aquela importância, pois encontrara o dinheiro que
havia perdido. O homem, admirado de tanta honradez, não aceitou
a devolução e, como recompensa, deu-lhe mais outra quantia. A
menina não a queria aceitar, repetindo que não fizera mais que
cumprir o seu dever. O senhor, porém, respondeu que ela merecia
aquele presente porque procedera não só com justiça, mas com
honradez.
Prezado senhor, obrigado pela ajuda financeira.
Rezamos pelo senhor e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa
Senhora: “Ó Maria, rogai por mim e,
pelo vosso amor, transformai-me de pecador em santo”
(São Bernardo de Claraval).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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