Anápolis, 26 de fevereiro de 2018
À senhorita Militina Dias Martins
Benfeitora do Instituto, Brasília – DF
Estimada senhorita, busque apoio e proteção
somente no Deus que tudo pode… longe do Senhor não há
verdadeira segurança. Quem se apoia em Deus vence todos os
obstáculos, mesmo os mais difíceis.
Aquele que desiste de caminhar… jamais chegará ao
lugar desejado. A vitória não consiste em desistir; mas sim, em
caminhar com passos firmes e “atrevidos”…
sem olhar para os lados e para trás.
Não podemos nos desesperar diante de
uma queda; pelo contrário, “usemos” dela para “reaparecermos”
luminosos:
“Onde abundou o pecado, a graça superabundou”
(Rm 5, 20).
É preciso se levantar com valentia depois
de uma queda… quem é amigo de Deus não pode deixar de brilhar
com o exemplo de vida… o sol se põe e nasce no outro dia com
grande resplendor! Não podemos nos esmorecer diante do desprezo
e falta de apoio das pessoas… é assim que aprendemos a confiar
somente em Deus e obtermos as mais difíceis vitórias.
Jesus Cristo é o verdadeiro caminho… longe
do Senhor só existem “estradas” tortuosas e esburacadas.
Ele, nosso Salvador, na gruta de Belém, abriu o caminho da
pobreza, do desprezo do mundo, da humildade e do sofrimento…
este é o verdadeiro caminho da salvação… caminho desprezado e
zombado por milhões de cristãos.
Jesus Cristo, Deus verdadeiro, não engana, não
mente… não esconde a verdade dos seus amigos.
Assim que o Senhor nasceu, sobre as duras palhas
da manjedoura e na pobreza de uma gruta… na privação não só do
cômodo, mas até do necessário, Ele “grita” com o exemplo para
todos os ricos e grandes do mundo: Eu sou o caminho para chegar
à verdadeira felicidade!
Senhorita Militina, não deixe de progredir por
causa dos fofoqueiros! O fofoqueiro está sempre
inconformado… não suporta ver o próximo feliz.
Senhorita, leia essa passagem da Paixão de
Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Jo 18, 12-27).
“Então a coorte, o
tribuno e os guardas dos judeus prenderam a Jesus e o ataram.
Conduziram-no primeiro a Anás, que era sogro de Caifás, o Sumo
Sacerdote daquele ano. Caifás fora o que aconselhara aos judeus:
‘É melhor que um só homem morra pelo povo’. Ora, Simão Pedro,
junto com outro discípulo, seguia Jesus. Esse discípulo era
conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo
Sacerdote. Pedro, entretanto, ficou junto à porta, de fora.
Então, o outro discípulo, conhecido do Sumo Sacerdote, saiu,
falou com a porteira e introduziu Pedro. A criada que guardava a
porta diz então a Pedro: ‘Não és, tu também, um dos discípulos
deste homem?’ Respondeu ele: ‘Não sou’. Os servos e os guardas
tinham feito uma fogueira, porque estava frio; em torno dela se
aqueciam. Pedro também ficou com eles, aquecendo-se. O Sumo
Sacerdote interrogou Jesus sobre os seus discípulos e sobre a
sua doutrina. Jesus lhe respondeu: ‘Falei abertamente ao mundo.
Sempre ensinei na sinagoga e no Templo, onde se reúnem todos os
judeus; nada falei às escondidas. Por que me interrogas?
Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; eles sabem o que eu
disse’. A essas palavras, um dos guardas, que ali se achavam,
deu uma bofetada em Jesus, dizendo: ‘Assim respondes ao Sumo
Sacerdote?’ Respondeu Jesus: ‘Se falei mal, testemunha sobre o
mal; mas, se falei bem, por que me bates?’ Anás, então, o enviou
manietado a Caifás, o Sumo Sacerdote. Simão Pedro continuava lá,
de pé, aquecendo-se. Disseram-lhe então: ‘Não és tu também um
dos seus discípulos?’ Ele negou e respondeu: ‘Não sou’. Um dos
servos do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro decepara
a orelha, disse: ‘Não te vi no jardim com ele?’ Pedro negou
novamente. E logo o galo cantou”.
Leia com atenção essa “historinha”: A
vaidade feminina.
Santa Rosália, em seus verdes anos, passava
diariamente muito tempo, horas a fio, diante do espelho a
enfeitar-se. Um dia, vendo refletir-se no espelho um Crucifixo
que estava suspenso à parede oposta, pôs-se a pensar no
contraste entre as suas vaidades e as humilhações do Salvador,
entre o seu corpo amimado e o de Jesus dilacerado pelos açoites
e espinhos… Movida pela graça, deixou Rosália as vaidades e vãos
adornos e daí em diante levou uma vida de abnegação e
sacrifício, chegando a grande santidade.
Caríssima, obrigado pela ajuda financeira.
Rezamos pela senhorita todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo: “Como é segura a vida
escondida para aqueles que querem amar de todo o coração a Jesus
Cristo! Jesus mesmo nos deu o exemplo disso, vivendo
desconhecido e desprezado durante trinta anos numa oficina. Por
isso os santos, fugindo à estima dos homens, foram viver nos
desertos e nas grutas” (Santo Afonso Maria de
Ligório).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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