Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

045 / 2018

 

Anápolis, 27 de fevereiro de 2018

 

Ao senhor Pérsio Cláudio Montibello

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

 

Caríssimo senhor, não deixe de realizar o bem por causa das “montanhas” que surgem pelo caminho... esse mundo é um campo de batalha, cheio de dificuldades e provações. Aquele que possui força de vontade “passeia” sobre os “espinhos” das provações.

É preciso trabalhar sem desanimar... sem inclinar a cabeça diante das provações. A luta deve ser contínua e com muita garra... não deixemos de caminhar por causa dos invejosos, vingativos, zombadores e pirracentos. Não podemos desistir da batalha... o Reino dos céus sofre violência; não podemos nos inclinar diante das “tempestades”, por furiosas que sejam... elas sopram para testar a força das nossas raízes... quem estiver alicerçado em Deus permanecerá de pé.

Lembre-se continuamente da felicidade do céu! Estamos aqui para conquistar essa alegria que nunca passará... é preciso sofrer olhando para o céu... para Deus... esse desejo nos “empurra” para frente. É grande loucura voltar as costas para o céu... repouso eterno e felicidade que não termina... para buscar nesse mundo violento e falso o repouso que não satisfaz: “Só temos uma vida e não ficaremos para sempre neste mundo. Vamos de viagem, e louco é o que procura aqui morada e lugar de repouso” (Bem-aventurado Eduardo Poppe).

Fiquei sabendo que o senhor é veterinário... bela e alegre profissão. Nós cuidamos de aproximadamente 40 cachorros que as pessoas covardes e más soltam aqui na porta da nossa casa... são amigos “simpáticos” e “graciosos”... sofridos... muitas feridas e marcas... depois de três dias começam a “sorrir”... cuidamos de todos com carinho e zelo. Cuidamos também de centenas de pombas selvagens e pássaros pequenos... todos soltos. Alimentamos também pequenos macacos e saracuras... elas chocam no quintal da nossa casa, gostam muito de água... alimentamos mais de 500 peixes pequenos... mas não nos alimentamos deles.

O Catecismo da Igreja Católica ensina: “Os animais são criaturas de Deus, que os envolve com sua solicitude providencial. Por sua simples existência, eles o bendizem e lhe dão glória. Também os homens lhes devem carinho... É contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas” (nos 2416 e 2418).

Muitas pessoas fazem uma confusão imensa, perguntando se os animais vão para o céu após a morte. A resposta é clara... não! Não vão para o céu, nem para o inferno... nem para o purgatório.

 

Estimado senhor, leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Jo 18, 28-40).

 

“Então de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. Pilatos, então, saiu para fora ao encontro deles e disse: ‘Que acusação trazeis contra este homem?’ Responderam-lhe: ‘Se não fosse um malfeitor, não o entregaríamos a ti’. Disse-lhes Pilatos: ‘Tomai-o vós mesmos, e julgai-o conforme a vossa Lei’. Disseram-lhe os judeus: ‘Não nos é permitido condenar ninguém à morte’, a fim de se cumprir a palavra de Jesus, com a qual indicara de que morte deveria morrer. Então Pilatos entrou novamente no pretório, chamou Jesus e lhe disse: ‘Tu és o rei dos judeus?’ Jesus lhe respondeu: ‘Falas assim por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?’ Respondeu Pilatos: ‘Sou, por acaso, judeu? Teu povo e os chefes dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?’ Jesus respondeu: ‘Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus Mas meu reino não é daqui’. Pilatos lhe disse: ‘Então, tu és rei?’ Respondeu Jesus: ‘Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz’. Disse-lhe Pilatos: ‘Que é a verdade?’ E tendo dito isso, saiu de novo e foi ao encontro dos judeus e lhes disse: ‘Nenhuma culpa encontro nele. É costume entre vós que eu vos solte um preso, na Páscoa. Quereis que vos solte o rei dos judeus?’ Então eles gritaram de novo, clamando: ‘Esse não, mas Barrabás!’ Barrabás era um bandido”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: A confissão dá-nos a paz.

A condessa Hahn-Hahn percorreu muitos países, visitando suas cidades, museus, teatros, para ver se encontrava a tranquilidade que desejava. Foi tudo inútil. Por fim, um dia entrou numa igreja e confessou-se, declarando o pecado, que, como enorme pedra, lhe oprimia o coração. A confissão deu-lhe a paz e a tranquilidade que em vão buscara em suas viagens.

A confissão é o sacramento da paz! Feliz da pessoa que se aproxima da confissão semanalmente.

 

Prezado senhor, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “Confiemos em Jesus Cristo e peçamos ajuda. Ele, na certa, não deixará de dar-nos a força para resistir à tentação” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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