Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

046 / 2018

 

Anápolis, 27 de fevereiro de 2018

 

Ao senhor Gustavo Alexandre Martins

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

 

Estimado senhor, trabalhe nesse mundo sem voltar as costas para o céu! É preciso, em primeiro lugar, se preocupar com a salvação da alma... aquele que perde a alma, perde tudo.

Quem vive prostrado na “poltronice”, reclamando e vendo dificuldades em tudo, jamais construirá algo em sua vida; porque a “mansão” no Céu se constrói com os “tijolos” do sacrifício.

Não podemos tremer diante das “tempestades” que surgem furiosas e ameaçadoras pelo caminho. Quando um enfermo tem que tomar um remédio amargo para curar uma doença, o mesmo se anima ao pensar que depois poderá andar e correr... e então toma-o com alegria. O mesmo deverá acontecer conosco: quando surgirem dificuldades no nosso caminho devemos pensar imediatamente no Céu, na sua Felicidade Eterna... e então suportaremos tudo com alegria e perseverança.

Não deixe de realizar o bem por causa das pessoas invejosas, fofoqueiras e caluniadoras; pelo contrário, “corra” com ânimo pelo caminho da luz. Desistir? Jamais! Quando encontrarmos a “porta” fechada, não a chutemos nem “briguemos” com ela... também não sentemos na soleira, isso seria sinal de desânimo; mas, com muita alegria e força de vontade, passemos pela “janela”... isso deixa os inimigos furiosos. É perigoso eles derrubarem a “casa” nas nossas cabeças!

Infeliz da pessoa que deixa de realizar o bem por causa da maldade e calúnia dos homens! São Jerônimo, grande santo, sofreu muito, mas não desistiu do bem: “Eu infame, velhaco, lascivo, embusteiro e enganador satânico! Que é mais inteligente: crer ou inventar tudo isso dos inocentes ou não querer atribuí-los sequer aos malvados? Alguns me beijavam as mãos, os mesmos que depois me atacavam com língua viperina (víbora). Por fora mostravam dor, por dentro se alegravam... Um criticava a minha maneira de andar ou de sorrir, outro zombava do meu rosto, a outrem assustava a minha simplicidade” (Carta de São Jerônimo à dama Asela, ano 385, porto de Óstia (Itália), no verão).

No inferno “existe” um grande “açougue” onde os demônios se “alimentam” de línguas... muitas línguas... todo tamanho... línguas gordas e línguas magras... pretas, brancas, vermelhas e amarelas... línguas de leigos e de religiosos... grande “açougue”...  a “capetada” faz uma grande “festa”.

 

Prezado senhor, leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Jo 19, 1-11).

 

“Pilatos, então, tomou Jesus e o mandou flagelar. Os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em sua cabeça e jogaram sobre ele um manto de púrpura. Aproximando-se dele, diziam: ‘Salve, rei dos judeus!’ E o esbofeteavam. Pilatos, de novo, saiu fora e lhes disse: ‘Vede: eu vo-lo trago aqui fora, para saberdes que não encontro nele motivo algum de condenação’. Jesus, então, saiu fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. E Pilatos lhes disse: ‘Eis o homem!’ Quando os chefes dos sacerdotes e os guardas o viram, gritaram: ‘Crucifica-o! Crucifica-o!’ Disse-lhes Pilatos: ‘Tomai-o vós e crucificai-o, porque eu não encontro culpa nele’. Os judeus responderam-lhe: ‘Nós temos uma Lei e, conforme essa Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus’. Quando Pilatos ouviu essa palavra, ficou ainda mais aterrado. Tornando a entrar no pretório, disse a Jesus: ‘De onde és tu?’ Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-lhe, então, Pilatos: ‘Não me respondes? Não sabes que eu tenho poder para te libertar e poder para te crucificar?’ Respondeu-lhe Jesus: ‘Não terias poder algum sobre mim, se não te fosse dado do alto; por isso, quem a ti me entregou tem maior pecado”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Uma claridade luminosa.

Dois meninos judeus, naqueles tempos em que os mouros dominavam parte da Espanha, iam pelo caminho conversando acerca do Messias e externavam grandes desejos de vê-lo um dia. Apareceu então no céu uma claridade maravilhosa. Os dois meninos ajoelharam-se e pediram a Deus se dignasse mostrar-lhes o Messias, o Redentor prometido. Deus ouviu aquela oração e os meninos viram, no meio daquela claridade, um cálice resplandecente com uma Hóstia em cima. Converteram-se os dois à fé cristã, e na hora da morte um deles referiu aquela aparição a São Tomás de Vilanova, arcebispo de Valência, que no-la deixou escrita num de seus sermões de Corpus Christi.

 

Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda financeira.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa Senhora: “Como tremem os demônios só em ouvir pronunciar o nome de Maria!” (São Bernardo de Claraval).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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