Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

049 / 2018

 

Anápolis, 01 de março de 2018

 

À senhora Rizete Guimarães Brito de Sá

Benfeitora do Instituto, Brasília – DF

 

Estimada senhora, persevere no caminho da luz… no caminho do bem.. no caminho de Deus. É impossível alguém se salvar sem a perseverança: “Sem constância, impossível é chegar à santidade ou à salvação: não basta serem virtuosos, generosos alguns dias ou alguns anos; necessário é sê-lo sempre, até o fim. É este o ponto mais difícil, porque, como diz Santo Tomás de Aquino, ‘a aplicação, prolongada, a qualquer coisa árdua – e a virtude quase sempre o é – apresenta especial dificuldade’ (Suma Teológica 2-2, 137, 1)” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena), e: “Tu, meu irmão, que abandonaste o pecado e esperas, com razão, que tenham sido perdoadas as tuas culpas, gozas da amizade de Deus; todavia ainda não estás salvo, nem o estarás enquanto não tiveres perseverado até o fim” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Aquele que fixa os olhos em Cristo Jesus persevera até o fim… suporta as dificuldades… “escala” as “montanhas” dos obstáculos… e chega ao lugar desejado; enquanto que o distraído… que desvia os olhos para as coisas caducas desse mundo… gira sem rumo e jamais chegará ao “porto” desejado: “Quando vem a tormenta, desaparece o ímpio, mas o justo está firme para sempre” (Pr 10, 25).

Devemos buscar sempre as coisas do alto com perseverança… sem desânimo; não fomos criados para sermos escravos das coisas caducas desse mundo. Deus criou o homem e colocou nele uma imensa sede de plenitude… não uma sede pelo lixo e lama desse mundo: “Nasci para as coisas do alto” (Santo Estanislau Kostka).

Senhora Rizete, lute sem desistir… sem fugir da cruz… deixando de lado a ociosidade. A ociosidade é a “fonte” da morte… é ela a fonte de todos os pensamentos maus e de todos os crimes. O ocioso “colhe” a desgraça… a ociosidade é a perda irreparável do tempo e a aquisição de todas as misérias.

 

Caríssima senhora, leia essa passagem da Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma (Jo 19, 31-42).

 

“Como era a Preparação, os judeus, para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado — porque esse sábado era um grande dia! — pediram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Vieram, então, os soldados e quebraram as pernas do primeiro e depois do outro, que fora crucificado com ele. Chegando a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados traspassou-lhe o lado com a lança e imediatamente saiu sangue e água. Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais, pois isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura: Nenhum osso lhe será quebrado. E uma outra Escritura diz ainda: Olharão para aquele que traspassaram. Depois, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas secretamente, por medo dos judeus, pediu a Pilatos que lhe permitisse retirar o corpo de Jesus. Pilatos o permitiu. Vieram, então, e retiraram seu corpo. Nicodemos, aquele que anteriormente procurara Jesus à noite, também veio, trazendo cerca de cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Eles tomaram então o corpo de Jesus e o envolveram em panos de linho com os aromas, como os judeus costumam sepultar. Havia um jardim, no lugar onde ele fora crucificado e, no jardim, um sepulcro novo, no qual ninguém fora ainda colocado. Ali, então, por causa da Preparação dos judeus e porque o sepulcro estava perto, eles depositaram Jesus”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Quero morrer pela fé.

Houve no século passado uma furiosa perseguição contra os católicos armênios. Entre as numerosas vítimas estava um menino de doze anos apenas.

Os muçulmanos queriam forçá-lo a renegar a Jesus Cristo, mas ele resistiu corajosamente. Os carrascos ameaçaram cortar a sua mão; e ele estendeu a mão, dizendo: “Ei-la, cortai-a!” Os bandidos cortaram-na, esperando que a dor e a vista do sangue atemorizariam o menino, obrigando-o a apostatar (abandonar a fé). Fizeram-lhe em seguida um curativo e disseram: “Se não queres perder a outra mão, aceita a nossa religião”. “Nunca”, respondeu o herói. Um golpe de espada e a outra mão estava decepada. Fazem-lhe de novo curativo e convidam-no a apostatar. A coragem do menino cristão não esfria. Os carrascos, mais enfurecidos, dize-lhe que, agora, será a vez de sua cabeça. O menino prontamente inclina a cabeça e diz: “Cortai-me a cabeça! Como cristão vivi, como cristão quero morrer!”

A espada reluziu no ar e a cabeça da inocente vítima rolou pelo chão, enquanto sua bela alma voava triunfante para o céu. Como é belo morrer pela fé!

 

Prezada senhora, obrigado pela ajuda financeira. Alimentamos aproximadamente 200 crianças todos os dias; exceto aos domingos.

Rezamos pela senhora e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “Ó bom Jesus, terno Pastor, meu doce Mestre, Rei da eterna glória, quando comparecerei imaculado e verdadeiramente humilde diante de vós? Quando, por vosso amor, desprezarei profundamente todas as coisas desta terra? Quando estarei totalmente desapegado de mim mesmo e de todas elas?” (B. Luis de Blois).

Rezemos todos os dias pelo Papa Francisco, sucessor de São Pedro e “doce Cristo na terra” (Santa Catarina de Sena).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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