Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

053 / 2018

 

Anápolis, 05 de março de 2018

 

Ao senhor Lidércio Januzzi

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

 

Caríssimo senhor, longe de Deus existe somente traição, falsidade e ilusão… quem quiser viver seguro aqui na terra deve caminhar na presença do Deus vivo e verdadeiro.

Devemos caminhar com os olhos fixos em Jesus Cristo, nosso Deus e protetor… unidos a Jesus, luz do mundo, caminhamos na claridade e não tropeçaremos… quem segue o Senhor não caminha nas trevas, mas na luz.

Cuidado com as criaturas! É preciso escolher com prudência e rigor as amizades… a falsidade está “engolindo” os corações… Judas Iscariotes está “vivo” em milhões de corações… o seu péssimo exemplo de traidor está sendo seguido por muitos.

A traição está reinando no mundo… está imperando e dominando os corações! Por incrível que pareça… a traição já indicou para muitas pessoas o caminho do céu… “acordaram” para Deus depois que foram “apunhaladas” pelas criaturas.

O traidor é o pior de todos os covardes… ele sorri na frente e apunhala pelas costas. É difícil de “pesar” e “medir” o coração do traidor… a sua maldade “assustou” o próprio Deus: “Judas, com um beijo entregas o Filho do Homem?” (Lc 22, 48).

Feliz da pessoa que confia em Deus e que foge das criaturas falsas e perigosas! Aquele que possui Deus no coração e busca com sinceridade a verdade… olha com desprezo para o traidor, porque a “flecha” da traição não o atinge.

A traição é um “verme” que está em todos os ambientes! A traição nunca acontece do dia para a noite… ela é “formada” de pequenas “traiçõezinhas”… então se “agiganta”. Que monstro repugnante! Judas Iscariotes é professor nessa “Escola!”

 

Prezado senhor, leia essa passagem sobre o Servo durante o Tempo da Quaresma (Is 52, 13-15; 53, 1-12).

 

“Eis que o meu Servo há de prosperar, ele se elevará, será exaltado, será posto nas alturas. Exatamente como multidões ficaram pasmadas à vista dele — tão desfigurado estava o seu aspecto e a sua forma não parecia a de um homem — assim agora nações numerosas ficarão estupefatas a seu respeito, reis permanecerão silenciosos, ao verem coisas que não lhes haviam sido contadas e ao tomarem consciência de coisas que não tinham ouvido. Quem creu naquilo que ouvimos, e a quem se revelou o braço de Deus? Ele cresceu diante dele como um renovo, como raiz que brota de uma terra seca; não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de nos deleitar. Era desprezado e abandonado pelos homens, um homem sujeito à dor, familiarizado com a enfermidade, como uma pessoa de quem todos escondem o rosto; desprezado, não fazíamos caso nenhum dele. E no entanto, eram as nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas dores que ele carregava. Mas nós o tínhamos como vítima do castigo, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude das nossas iniquidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz caiu sobre ele, sim, por suas feridas fomos curados. Todos nós como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada um o seu próprio caminho, mas Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Foi maltratado, mas livremente humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro; como uma ovelha que permanece muda na presença dos seus tosquiadores ele não abriu a boca. Após detenção e julgamento, foi preso. Dentre os seus contemporâneos, quem se preocupou com o fato de ter ele sido cortado da terra dos vivos, de ter sido ferido pela transgressão do seu povo? Deram-lhe sepultura com os ímpios, o seu túmulo está com os ricos, se bem que não tivesse praticado violência nem tivesse havido engano em sua boca. Mas Deus quis feri-lo, submetê-lo à enfermidade. Mas, se ele oferece a sua vida como sacrifício pelo pecado, certamente verá uma descendência, prolongará os seus dias, e por meio dele o desígnio de Deus há de triunfar. Após o trabalho fatigante da sua alma ele verá a luz e se fartará. Pelo seu conhecimento, o justo, meu Servo, justificará a muitos e levará sobre si as suas transgressões. Eis por que lhe darei um quinhão entre as multidões; com os fortes repartirá os despojos, visto que entregou a sua alma à morte e foi contado com os transgressores, mas na verdade levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores fez intercessão”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Sófocles e seus filhos.

Um dos grandes poetas da Grécia e do mundo, Sófocles, foi denunciado como louco por seus próprios filhos, que antes do tempo pretendiam a herança paterna.  O processo foi interessantíssimo e muita gente foi ao tribunal. Por um lado o velho poeta estava tranquilo e por outro seus desnaturados e rebeldes filhos se esforçavam por demonstrar a demência do pai. Quando se calaram, reinou um profundo silêncio e todos ficaram na expectativa. Então Sófocles puxou de sob a túnica a sua última tragédia (peça em verso) e declamou-a diante dos acusadores, juízes e povo. Quando terminou, todos o aplaudiram freneticamente e pediram que o glorioso ancião fosse coroado com coroa de louro, enquanto seus indignos filhos, humilhados, correram a esconder-se.

Para defender-se das acusações e calúnias de seus filhos rebeldes, não tem a Igreja necessidade senão de apresentar seu Evangelho e suas obras.

 

Estimado senhor, obrigado pela ajuda financeira. Alimentamos aproximadamente 200 crianças todos os dias; exceto aos domingos.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração da Virgem Maria: “Como é possível, ó Maria, minha Mãe Santíssima, que, tendo uma Mãe tão santa, tenha eu sido tão mau? Uma Mãe que toda arde no amor para com Deus, e eu ame as criaturas? Uma Mãe tão rica de virtudes, e que delas seja eu tão pobre? Ó Mãe amabilíssima, já não mereço, é verdade, ser o vosso filho, porque me tenho feito indigno com a minhas culpas. Contento-me, pois, com que me aceiteis por vosso servo. Para ser o último dos vossos servos, pronto estaria a renunciar a todos os reinos da terra” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Rezemos todos os dias pelo Papa Francisco, sucessor de São Pedro e “doce Cristo na terra” (Santa Catarina de Sena).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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