Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

057 / 2018

 

Anápolis, 08 de março de 2018

 

Ao senhor Maurício Loschi de Melo

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

 

Caríssimo senhor, não há felicidade e verdadeira segurança longe do Deus Eterno… Ele protege com carinho os seus amigos fiéis. Não deixe de buscar apoio em Deus para mendigar o apoio frio e perigoso das criaturas. Só Deus basta! Ele é Infinito e nos satisfaz totalmente: “Quanto a mim, estou sempre contigo, tu me agarraste pela mão direita; tu me conduzes com teu conselho e com tua glória me atrairás. Quem teria eu no céu? Contigo, nada mais me agrada na terra… Quanto a mim, estar junto de Deus é o meu bem! Em Deus coloquei o meu abrigo, para contar todas as tuas obras” (Sl 73, 23-25. 28).

Devemos cuidar com rigor, fervor e zelo da nossa alma… ela vale mais que o ouro e a prata… essa alma imortal e espiritual será julgada por Jesus Cristo após a nossa morte… o julgamento será mais rápido que um relâmpago. Estamos preparados?

Há três tipos de seres vivos: plantas, animais e homens. Classicamente, fala-se por isso de três tipos de “almas”, tomando-se esta palavra no sentido de princípio vital. A “alma” vegetativa é o princípio interno à planta que a faz viver, crescer e reproduzir-se; está intimamente unida à matéria e não possui existência independente; por isso, deixa de existir a partir do momento em que a planta morrer.

Nos animais, temos a “alma sensitiva”, que é o princípio que lhes permite não somente viver, crescer e reproduzir-se, mas também ver, ouvir e cheirar, sentir dor e experimentar prazer, e deslocar-se de um lugar para outro. Apesar de este princípio vital ser superior ao das plantas, continua a ser inteiramente dependente da matéria, a não ter uma existência autônoma, e por isso também deixa de existir quando o animal morre.

Finalmente, temos a alma propriamente dita, a alma espiritual, também chamada às vezes de alma racional ou intelectual, que pressupõe e assume as outras duas. Através dela, o homem não se limita a viver, crescer e reproduzir-se, como faz a planta; nem se limita a ver, ouvir, cheirar, sentir dor ou prazer e mover-se, como faz o animal. Graças a ela, o homem atinge um novo nível de existência a que uma alma meramente material não poderia elevá-lo: tornar-se capaz de pensar. Graças a ela, somos capazes de selecionar, comparar, escolher e examinar os inúmeros dados particulares que nos chegam através dos sentidos – as imagens que vemos, os sons, os odores, os gostos, as experiências táteis. E, a partir daí, de chegar a conhecimentos novos, elaborar conceitos abstratos e tirar conclusões (Pe. Leo J. Trese).

Está claro que as “almas” das plantas e dos animais não vão para o céu nem para o inferno… as almas dos homens sim.

Devemos percorrer sempre o caminho da cruz… caminho do céu. Quem busca vida fácil é forte “candidato” ao inferno.

Cuidado com os traidores! Aquele que vive unido a Deus age com indiferença diante da traição… o que vem do lixo não o atinge, porque já possui o Tudo.

 

Prezado senhor, leia essa passagem da Sagrada Escritura durante o Tempo da Quaresma (Cl 1, 15-20).

 

“Ele é a Imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda criatura, porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Soberanias, Principados, Autoridades, tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de tudo e tudo nele subsiste. Ele é a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo. Ele é o Princípio, o Primogênito dos mortos, (tendo em tudo a primazia), pois nele aprouve a Deus fazer habitar toda a Plenitude e reconciliar por ele e para ele todos os seres, os da terra e os dos céus, realizando a paz pelo sangue da sua cruz”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Santa Teresa de Jesus e a secura espiritual.

Durante dois anos não soube a Santa abrir a boca para rezar. Quando se punha de joelhos, apenas juntava as mãos e ficava recolhida, sentia um fastio tal que se levantava e ia fazer outra coisa. Até na comunhão sentia sua alma vazia e não conseguia pronunciar nenhuma palavra. E, por dois anos, já que o confessor lhe ordenava que comungasse, em lugar de fazer a ação de graças, punha-se a limpar os bancos da igreja.

“Ó Jesus – disse uma vez com grande aflição – não é verdade que me abandonastes?”

E Jesus respondeu-lhe: “Em toda a tua vida nunca fizeste tanto bem, como nestes dois anos”.

Também a muitos cristãos vem a provação da secura e perdem o gosto da oração, das boas obras. Ai daqueles que se deixam vencer e não rezam, não praticam o bem, não obedecem ao confessor!

Devemos buscar o Deus da consolação, e não a consolação que vem do Criador.

 

Estimado senhor, obrigado pela ajuda financeira. Alimentamos aproximadamente 200 crianças todos os dias; exceto aos domingos.

Rezamos pelo senhor e família (pequeno Davi, pequena Mariana e senhora Kátia) todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “Deus quer que o amemos de todo o coração: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração’. Ama a Jesus Cristo de todo o coração quem lhe diz de verdade, como disse São Paulo: ‘Senhor, que quereis que eu faça?’ Senhor, fazei-me conhecer o que desejais de mim, pois eu quero fazer tudo” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Rezemos todos os dias pelo Papa Francisco, sucessor de São Pedro e “doce Cristo na terra” (Santa Catarina de Sena).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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