Anápolis, 08 de março de 2018
Ao senhor Maurício Loschi de Melo
Benfeitor do Instituto, Brasília – DF
Caríssimo senhor, não há felicidade e verdadeira
segurança longe do Deus Eterno… Ele protege com carinho os seus
amigos fiéis. Não deixe de buscar apoio em Deus para
mendigar o apoio frio e perigoso das criaturas.
Só Deus basta! Ele é Infinito e nos
satisfaz totalmente:
“Quanto a mim, estou sempre contigo, tu me
agarraste pela mão direita; tu me conduzes com teu conselho e
com tua glória me atrairás. Quem teria eu no céu? Contigo, nada
mais me agrada na terra… Quanto a mim, estar junto de Deus é o
meu bem! Em Deus coloquei o meu abrigo, para contar todas as
tuas obras” (Sl 73, 23-25. 28).
Devemos cuidar com rigor, fervor e zelo
da nossa alma… ela vale mais que o
ouro e a prata… essa alma imortal e espiritual será julgada por
Jesus Cristo após a nossa morte… o julgamento será mais rápido
que um relâmpago. Estamos preparados?
Há três tipos de seres vivos: plantas,
animais e homens. Classicamente, fala-se por isso de
três tipos de “almas”, tomando-se esta palavra no
sentido de princípio vital. A “alma”
vegetativa é o princípio interno à planta que a faz
viver, crescer e reproduzir-se; está intimamente unida à matéria
e não possui existência independente; por isso, deixa de existir
a partir do momento em que a planta morrer.
Nos animais, temos a “alma sensitiva”,
que é o princípio que lhes permite não somente viver, crescer e
reproduzir-se, mas também ver, ouvir e cheirar, sentir dor e
experimentar prazer, e deslocar-se de um lugar para outro.
Apesar de este princípio vital ser superior ao das plantas,
continua a ser inteiramente dependente da matéria, a não ter uma
existência autônoma, e por isso também deixa de existir quando o
animal morre.
Finalmente, temos a alma propriamente dita,
a alma espiritual, também chamada às vezes de alma racional ou
intelectual, que pressupõe e assume as outras duas.
Através dela, o homem não se limita a viver, crescer e
reproduzir-se, como faz a planta; nem se limita a ver, ouvir,
cheirar, sentir dor ou prazer e mover-se, como faz o animal.
Graças a ela, o homem atinge um novo nível de existência a que
uma alma meramente material não poderia elevá-lo: tornar-se
capaz de pensar. Graças a ela, somos capazes de
selecionar, comparar, escolher e examinar os inúmeros dados
particulares que nos chegam através dos sentidos – as imagens
que vemos, os sons, os odores, os gostos, as experiências
táteis. E, a partir daí, de chegar a conhecimentos novos,
elaborar conceitos abstratos e tirar conclusões
(Pe. Leo J. Trese).
Está claro que as “almas” das
plantas e dos animais não vão para o céu nem para o inferno…
as almas dos homens sim.
Devemos percorrer sempre o caminho da cruz…
caminho do céu. Quem busca vida fácil é forte “candidato”
ao inferno.
Cuidado com os traidores! Aquele que vive
unido a Deus age com indiferença diante da traição… o que vem do
lixo não o atinge, porque já possui o Tudo.
Prezado senhor, leia essa passagem da
Sagrada Escritura durante o Tempo da Quaresma (Cl 1, 15-20).
“Ele é a Imagem do
Deus invisível, o Primogênito de toda criatura, porque nele
foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis
e as invisíveis: Tronos, Soberanias, Principados, Autoridades,
tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de tudo e tudo
nele subsiste. Ele é a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo. Ele
é o Princípio, o Primogênito dos mortos, (tendo em tudo a
primazia), pois nele aprouve a Deus fazer habitar toda a
Plenitude e reconciliar por ele e para ele todos os seres, os da
terra e os dos céus, realizando a paz pelo sangue da sua cruz”.
Leia com atenção essa “historinha”: Santa
Teresa de Jesus e a secura espiritual.
Durante dois anos não soube a Santa abrir a
boca para rezar. Quando se punha de joelhos, apenas juntava as
mãos e ficava recolhida, sentia um fastio tal que se levantava e
ia fazer outra coisa. Até na comunhão sentia sua alma vazia e
não conseguia pronunciar nenhuma palavra. E, por dois anos, já
que o confessor lhe ordenava que comungasse, em lugar de fazer a
ação de graças, punha-se a limpar os bancos da igreja.
“Ó Jesus – disse uma vez com grande aflição
– não é verdade que me abandonastes?”
E Jesus respondeu-lhe: “Em toda a tua vida
nunca fizeste tanto bem, como nestes dois anos”.
Também a muitos cristãos vem a provação da
secura e perdem o gosto da oração, das boas obras. Ai daqueles
que se deixam vencer e não rezam, não praticam o bem, não
obedecem ao confessor!
Devemos buscar o Deus da consolação, e não
a consolação que vem do Criador.
Estimado senhor, obrigado pela ajuda financeira.
Alimentamos aproximadamente 200 crianças todos os dias;
exceto aos domingos.
Rezamos pelo senhor e família (pequeno Davi,
pequena Mariana e senhora Kátia) todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo: “Deus quer que o amemos de
todo o coração: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração’. Ama a Jesus Cristo de todo o coração quem lhe diz de
verdade, como disse São Paulo: ‘Senhor, que quereis que eu
faça?’ Senhor, fazei-me conhecer o que desejais de mim, pois eu
quero fazer tudo” (Santo Afonso Maria de
Ligório).
Rezemos todos os dias pelo Papa Francisco,
sucessor de São Pedro e “doce Cristo
na terra” (Santa Catarina de Sena).
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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