Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

058 / 2018

 

Anápolis, 08 de março de 2018

 

Ao senhor Francisco Ferreira Afonso

Benfeitor do Instituto, Brasília – DF

 

Prezado senhor, não deixe de caminhar por causa das dificuldades… quem quiser vencer tem que se “agigantar” diante dos obstáculos, provações e “muralhas” lamúrias e choramingar torna o “terreno” escorregadio e difícil de caminhar.

As dificuldades firmam-nos no bem, dão-nos têmpera moral… Cada dificuldade que surge no caminho dos nossos bons propósitos nos põe à prova. É um teste de sinceridade. Porque a dificuldade, incitando-nos a desistir ou a recuar, obriga-nos a tomar uma posição, a determinar se queremos ou não… As dificuldades fazem-nos crescer (Pe. Francisco Faus).

Uma pessoa só conhece o fôlego e a força de suas pernas, quando se decide a subir uma alta montanha… viver na “planície” do comodismo é muito fácil: “Ninguém se conhece a si mesmo se não for tentado” (Santo Agostinho).

Quem quiser conquistar a Vida Eterna tem que enfrentar as “muralhas” das dificuldades com coragem… muita coragem… devemos “transpirar” coragem: “Se a coragem ajuda nas pequenas decisões, nas grandes é indispensável” (Dom Rafael Llano Cifuentes).

A vida é curta… é preciso realizar o bem agora… “construir” a morada no Paraíso agora… não depois da morte. O inferno é a pátria dos covardes… daqueles que fugiram do caminho da santidade… que voltaram as costas para a renúncia e o sacrifício: “Quantos grandes destinos deixaram de ser abraçados por covardia!” (Dom Rafael Llano Cifuentes).

Fuja dos traidores! Deus ordena que perdoemos o traidor… mas não nos força a confiar nele uma segunda vez… A traição é um “sino” que tine nos convidando a confiar somente no Deus que não trai.

 

Caríssimo senhor, leia essa passagem da Sagrada Escritura durante o Tempo da Quaresma (Hb 12, 1-4).

 

“Portanto, também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus, que, em vez da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e se assentou à direita do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tal contradição por parte dos pecadores, para não vos deixardes fatigar pelo desânimo. Vós ainda não resististes até o sangue em vosso combate contra o pecado!”

 

Leia com atenção essa “historinha”: Tratava da mãe paralítica.

São Gutmando (ou Gutmann), nascido em Devonshire, na Inglaterra, era de família pobre. Após a morte do pai, ele e sua mãe ficaram na maior miséria e, com o próprio trabalho, mal podiam sustentar-se. Devido a tantas privações, bem depressa a pobre senhora ficou paralítica. Gutmando, que não a podia deixar só e ir ao trabalho para sustentá-la, fez um carrinho no qual colocou um colchão para sua mãe e levava-a de povoado em povoado, mendigando alimentos e cuidados para a enferma. Todos admiravam o amor filial daquele moço e o ajudavam com gosto. Depois da morte de sua piedosa mãe, a quem prestou serviços até o último instante, Gutmando, com esmolas dos fiéis, construiu uma pequena igreja, junto da qual viveu todo dedicado ao serviço de Deus, vindo a falecer em odor de santidade.

Bem mereceu morrer como um santo, quem tão piedosamente soube tratar de sua pobre mãe.

 

Estimado senhor, obrigado pela ajuda financeira. Alimentamos aproximadamente 200 crianças todos os dias; exceto aos domingos.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Nossa Senhora: “Ó Santa Mãe de Deus e minha Mãe, Maria! Vós tanto vos interessastes pela minha salvação, que chegastes a sacrificar à morte o objeto mais caro ao vosso coração, o vosso amado Jesus. Se tanto desejastes ver-me salvo, é justo que em vós, abaixo de Deus, ponha todas as minhas esperanças” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Rezemos todos os dias pelo Papa Francisco, sucessor de São Pedro e “doce Cristo na terra” (Santa Catarina de Sena).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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