Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

076 / 2018

 

Anápolis, 18 de abril de 2018

 

Ao senhor Sultan Falluh

Benfeitor do Instituto, Anápolis – GO

 

Prezado senhor, busque apoio somente em Deus! Ele é forte, poderoso e cheio de zelo pelos seus amigos fiéis. Quando as “ondas” furiosas das perseguições soprarem contra a “barquinha” da nossa vida, devemos implorar a ajuda do Deus que tudo pode... sem a ajuda do Criador naufragaremos: “Senhor, meu Deus, eu me abrigo em ti! Salva-me de meus perseguidores todos! Liberta-me! Que não me apanhem, como um leão, e me dilacerem, e ninguém me liberte!” (Sl 7, 2-3).

Muitas pessoas estão se desesperando porque se apoiam na lama do mundo e nas falsas amizades... o fraco não pode sustentar o fraco... o desanimado não tem forças para manter o pessimista no bom caminho... quem vive nas trevas não possui luz para iluminar quem o procura. Somente Deus pode nos ajudar... n’Ele podemos confiar: “Guarda-me, ó Deus, pois eu me abrigo em ti. Eu disse a Deus: És tu o meu Senhor: minha felicidade não está em nenhum destes demônios da terra” (Sl 16, 1-3).

Infeliz da pessoa que se afasta de Deus para percorrer o caminho da morte... do pecado, das vaidades e máximas desse mundo vazio, violento e obscuro.  Deus é luz e somente Ele pode nos guiar pelo caminho da vida... do céu: “Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio de alegrias em tua presença e delícias à tua direita, perpetuamente” (Sl 16, 11).

Quando a cruz pesar em nossos ombros, não devemos buscar ajuda nas criaturas falsas e perigosas. Deus... somente Ele pode nos ajudar nas horas difíceis: “Na minha angústia invoquei a Deus, ao meu Deus lancei o meu grito; do seu templo ele ouviu minha voz, meu grito chegou aos seus ouvidos” (Sl 18, 7).

Quem possui Deus nunca está sozinho!

 

Estimado senhor, leia com atenção essa passagem da Sagrada Escritura durante o Tempo Pascal (Jo 21, 1-17).

 

“Depois disso, Jesus manifestou-se novamente aos discípulos, às margens do mar de Tiberíades. Manifestou-se assim: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e dois outros de seus discípulos. Simão Pedro lhes disse: ‘Vou pescar’. Eles lhe disseram: ‘Vamos nós também contigo’. Saíram e subiram ao barco e, naquela noite, nada apanharam. Já amanhecera. Jesus estava de pé, na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus lhes disse: ‘Jovens, acaso tendes algum peixe?’  Responderam-lhe: ‘Não!’ Disse-lhes: ‘Lançai a rede à direita do barco e achareis’. Lançaram, então, e já não tinham força para puxá-la, por causa da quantidade de peixes. Aquele discípulo que Jesus amava disse então a Pedro: ‘É o Senhor!’  Simão Pedro, ouvindo dizer ‘É o Senhor!’, vestiu sua roupa — porque estava nu — e atirou-se ao mar. Os outros discípulos, que não estavam longe da terra, mas cerca de duzentos côvados, vieram com o barco, arrastando a rede com os peixes. Quando saltaram em terra, viram brasas acesas, tendo por cima peixe e pão. Jesus lhes disse: ‘Trazei alguns dos peixes que apanhastes’. Simão Pedro subiu então ao barco e arrastou para a terra a rede, cheia de cento e cinquenta e três peixes grandes; e apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: ‘Vinde comer!’ Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: ‘Quem és tu?’, porque sabiam que era o Senhor. Jesus aproxima-se, toma o pão e o distribui entre eles; e faz o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou aos discípulos, depois de ressuscitado dos mortos. Depois de comerem, Jesus disse a Simão Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?’ Ele lhe respondeu: ‘Sim, Senhor, tu sabes que te amo’. Jesus lhe disse: ‘Apascenta os meus cordeiros’. Uma segunda vez lhe disse: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’ — ‘Sim, Senhor’, disse ele, ‘tu sabes que te amo’. Disse-lhe Jesus: ‘Apascenta as minhas ovelhas’. Pela terceira vez disse-lhe: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’ Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara ‘Tu me amas?’ e lhe disse: ‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo’. Jesus lhe disse: ‘Apascenta as minhas ovelhas’”.

 

Leia com atenção essa “historinha”: Morreu com os braços em cruz.

Em 1937, na perseguição comunista, uma distinta senhora de Málaga (Espanha) foi presa pelos vermelhos. Sabendo que ia morrer, entregou a uma companheira uns objetos de ouro que levava consigo escondidos, e disse-lhe:

“Isto é para o Exército espanhol”. Depois, despedindo-se, pediu a todos que lhe perdoassem suas culpas e subiu ao caminhão com outras sete senhoras, das quais três eram freiras. No momento de ser fuzilada, ajoelhou-se e, segurando com ambas as mãos o Crucifixo, gritou: ‘Viva Cristo-Rei! Viva a Espanha!”

Os vermelhos arrancaram-lhe das mãos à viva força o Crucifixo e o atiraram com raiva ao chão. No momento, porém, da descarga, aquela santa senhora abriu os braços em cruz, a fim de morrer como o Redentor.

Exemplo de fortaleza e de amor a Deus!

 

Quando tiver tempo, caso queira, assista ao filme: Minha vida por meus filhos (1983). A mulher é exemplar; mas o homem é irresponsável.

Caríssimo senhor, obrigado pela ajuda financeira. Alimentamos aproximadamente 200 crianças todos os dias; exceto aos domingos.

Rezamos pelo senhor e família todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus Cristo: “Todas as mais amargas amarguras não são mais que doçura neste adorável Coração, onde tudo se muda em amor” (Santa Margarida Maria Alacoque).

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

OUTRAS CARTAS