Anápolis, 27 de maio de 2002
Digníssima senhora
Irma Pfrimer Oliveira Mendonça de Melo
Promotora de Justiça em Auxílio na Infância e
Juventude
Eu, Pe. Divino Antônio Lopes FP., Fundador e Diretor
do Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso
Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima, venho por meio
desta, especificar pormenorizadamente as calúnias e perseguições dos
Conselheiros Luiz Carlos dos Santos e Waldivino Salvador
Garcia Filho.
1. Luiz Carlos dos Santos
Desde o momento em que fundei a
Escola de Santificação Lanciano, esse homem começou a me perseguir,
justamente porque não mais deixá-lo sugar financeiramente a minha
família religiosa. Eis algumas das muitas calúnias ditas por ele.
a)
“... que
temos uma mina de pedras, onde colocamos as crianças para
trabalharem como escravas”.
Esclarecimento:
Em meados de março de 2000, recebi a
visita de um fiscal do Ministério do Trabalho, dizendo que havia
sido feita uma queixa no Juizado de Menores contra a Escola de
Santificação. O fiscal disse que um senhor que passa com
freqüência perto do meu Seminário, viu as crianças trabalharem em
uma mina de pedra como escravas. Depois de averiguar, ele
constatou que não havia nada disso.
Indignado com tamanha calúnia, fui à sede
do Ministério do Trabalho procurar informações através do superior
do fiscal. Este disse-me que eu deveria procurar o local de onde
veio a queixa, isto é, do Juizado de Menores.
Imediatamente fui ao Juizado de Menores,
onde fui atendido educadamente por uma senhora, se não estou
enganado, se chamava Sandra. Ela disse que realmente aconteceu a
queixa, mas que não podia dizer o nome da pessoa, alegando que
fora anônima. Todavia no meio da conversa, ela chamou a sua
Assistente Social, e esta deixou escapar, que o homem que fez a
denúncia era muito católico e tinha um programa na rádio “Voz do
Coração Imaculado”, próximo ao meu Seminário. Eu lhe disse que
sabia quem era o homem, e quando citei o nome dele, a Assistente
ficou espantada.
Quando cheguei em casa, interroguei
algumas crianças e seminaristas, se tinham visto naquela semana o
Luiz Carlos dos Santos passando perto do Seminário, eles disseram
que ele havia passado dois dias antes, exatamente no dia em que
eles estavam brincando no morro. Segundo os mesmos, ele passou
devagar e observando.
b)
“...que
fazemos das crianças nossos empregados”.
Esclarecimento:
O fiscal disse para a Irmã Verônica de
Nossa Senhora das Dores, que na mesma queixa, constava que
usávamos as crianças como empregados para não pagar funcionários.
c)
“...que
foi ameaçado de morte por uma das irmãs”.
Esclarecimento:
Na visita que recebemos, no dia 20 de
março de 2002, do MM. senhor Juiz da Infância e da Juventude,
Carlos José Limonge Sterse, o mesmo disse para o Irmão Gabriel do
Santíssimo Crucifixo e Irmã Águeda de Nossa Senhora das Dores que
ele ouviu isso do próprio Luiz Carlos.
2. Valdivino Salvador
Garcia Filho
Após ter lido o Termo de
Declarações dado por Valdivino Salvador Garcia Filho, na 4ª
Delegacia Distrital de Polícia de Anápolis, constatei que se trata
de uma perseguição contra o meu trabalho, pois o mesmo entrou em
contradição e foi muito infeliz em afirmar certas coisas que não
aconteceram, e vi também, que para ocupar um cargo de presidente do
Conselho Tutelar Oeste, ele é muito incompetente e segundo o meu
conhecimento chegou até a agir de má fé.
Esclarecerei agora algumas
contradições e mentiras afirmadas por Valdivino Salvador Garcia
Filho, conforme o Termo de Declarações:
a)
“...pois
a mesma (criança) havia sido agredida fisicamente pelo Pe. Divino
Antônio Lopes”.
Esclarecimento:
Quando um superior é maduro e responsável, ouve as
duas partes antes de tomar uma decisão. Agredir fisicamente,
segundo o que nos ensina o dicionário, é o mesmo que surrar ou
espancar. Gostaríamos que o Valdivino Salvador Garcia Filho
apresentasse o laudo que constatou marcas da agressão no corpo do
menor Lucas Alves Couto, porque, uma pessoa para afirmar tal
coisa, deve ter provas. Esse presidente não passa de um
incompetente.
b)
“...o
qual relatou que havia brigado com outro interno.”
Esclarecimento:
O Valdivino no Termo de Declarações, fala sempre em
terceira pessoa, tirando o corpo fora com a intenção de incriminar
alguém. É essa a atitude dos covardes.
O menor Lucas Alves Couto, não brigou com outro
interno, porque briga é luta e conflito, e isto não aconteceu,
porque o menor agredido por ele não conseguiu se defender.
Lucas Alves por ser mais velho, forte e agressivo,
usou do seu físico para bater em outro bem menor do que ele, de 11
anos de idade, e esse não foi o único que ele bateu, o mesmo era
muito provocador. Devido ao seu comportamento agressivo, foi
ameaçado de morte várias vezes em São Paulo, por isso, foi
colocado aqui em nossa Escola.
c)
“...e o
Pe. Divino Antônio Lopes interferiu e lhe desferiu três tapas no
pescoço (tipo pescoção)”.
Esclarecimento:
Grandessíssima mentira. Lucas estava batendo no
menor Reginaldo, de 11 anos. Alguns alunos que presenciavam a
cena, chamaram-me para socorrê-lo, e para a minha surpresa, Lucas
Alves enfrentou-me; para intimidá-lo, foi necessário dar-lhe dois
empurrões.
Não houve três tapas conforme a declaração de
Valdivino.
d)
“...sendo que a mesma informou que se estivesse nessa cidade, teria
interesse de processar o Pe. Divino Antônio Lopes.”
Esclarecimento:
Gostaria imensamente que o indivíduo Valdivino
provasse, por escrito ou através de gravação, o interesse da
senhora Alzira Alves Bazini em processar-me, porque como consta no
termo de Declaração, na 21ª e 22ª linhas, a mesma estava na cidade
de Anápolis. Por que então não tomou tal atitude? Inclusive ela
esteve no nosso seminário para buscar os pertences do menino. E
Valdivino, tudo indica, agindo de má fé e como perseguidor, disse
na segunda página do termo de declaração, nas três primeiras
linhas, deu a entender que ela não estava na cidade de Anápolis.
Será ignorância ou maldade?
e)
“...informa que apenas exerceu sua função de presidente do Conselho
Tutelar.”
Esclarecimento:
O Valdivino age de uma maneira hipócrita como
Pilatos agiu em relação à Cristo. Pilatos mandou crucificar Jesus
e lavou as mãos como se fosse um inocente. O indivíduo Valdivino,
mentiu, caluniou, tentou tirar o corpo fora, agiu com jogo de
cintura, etc., depois vem dizer hipocritamente que “apenas
exerceu a sua função de presidente do Conselho Tutelar”.
Essa é a atitude de um covarde e incompetente.
Lucas Alves não é nenhum anjo, como a sua própria mãe
afirma no Termo de Declarações, ele estava sendo ameaçado em São
Paulo e estava envolvido com drogas (vide 2ª página do termo).
Estou sempre à disposição e todos os perseguidores
conhecem o meu endereço, caso necessitem de mais esclarecimentos,
por favor, me procurem.
Respeitosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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