Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

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Anápolis, 22 de fevereiro de 2005

 

Ao senhor Galvão Bueno,

Locutor Esportista da Rede Globo de Televisão

 

Caríssimo senhor, que a Felicidade do Sagrado Coração de Jesus esteja na vossa alma.

Escrevo-lhe para parabenizá-lo pelo belíssimo trabalho que o senhor vem realizando com sinceridade e disciplina no mundo esportivo.

Sou padre da Igreja Católica Apostólica Romana, e no trabalho missionário que realizo, abri uma “janela” para orientar espiritualmente os jogadores de futebol do Brasil e de outros países através de cartas; lembrando-os da importância da educação e caridade no futebol, e da salvação de suas almas: Salvar a minha alma é negócio pessoal. Não posso descansar em  ninguém, nem com ninguém repartir o trabalho (São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol. 3).

Gosto imensamente do futebol. Sou torcedor do glorioso Santos Futebol Clube, e gostaria de aproveitar dessa simples carta para fazer-lhe um pedido e dar duas opiniões:

  1. O senhor é um homem muito poderoso no mundo esportivo, peça aos técnicos de futebol para não falarem tantas imoralidades quando corrigirem os jogadores; muitas famílias estão reclamando de tais palavrões. Muitas crianças ouvem tais baixarias e depois as repetem . Se o senhor fizer esse pedido aos técnicos, com certeza eles te ouvirão. Se um jogador é multado e até suspenso por fazer gestos obscenos para os torcedores, penso que o mesmo deveria acontecer com os técnicos que falam palavrões.

  2. Seria muito bom se disputassem um campeonato com classificação a base de gols, sem contar vitórias nem derrotas. O time que fizesse mais gols seria o campeão, e os que fizessem menos gols, seriam rebaixados; com certeza o campeonato seria animadíssimo, e os torcedores teriam gosto de irem aos estádios.

  3. É uma injustiça interditar um estádio de futebol, quando a torcida visitante agride um jogador ou faz qualquer outra bagunça. O correto seria punir o time de tal torcida. Por exemplo: se num estádio houver 50.000 torcedores do time local, e apenas 5 torcedores do time visitante, e um desses 5, faltando 1 minuto para o término do jogo, atira algo no gramado (um sapato, etc), só com a intenção de prejudicar o time local, seria isso um motivo justo para punir o time local? Isso pode virar “moda” e o prejuízo será total para o esporte.

Enviarei também uma semelhante carta para o Locutor Esportivo Cleber Machado, também da Rede Globo, e para locutores de outros canais de televisão.

Rezarei sempre para o senhor e pela vossa família.

 

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

 

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