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				Anápolis, 22 de fevereiro de 2018 
				  
				
				À senhora Erotides Jayme Falluh 
				  
				
				Caríssima senhora, suporte os sofrimentos 
				e dores por amor a Jesus Cristo... Jesus 
				crucificado. Nosso Senhor está por 
				trás de tudo... também de uma doença: 
				“Se é Deus quem tudo 
				opera, de onde virão a dor, a infelicidade, a miséria, o pecado 
				e a maldade? A afirmação de que não se pode de modo algum 
				relacionar Deus com o sofrimento incompreensível dos inocentes é 
				destituída de validade. A dor dos inocentes está relacionada com 
				Deus porque o acaso não existe. Em última instância, tudo 
				depende do Senhor, que é sempre a origem. Portanto, seja como 
				for, por trás de tudo está Ele. Só não podemos dizer que o 
				pecado e a maldade foram determinados e originados diretamente 
				por Ele, porque semelhante afirmação seria pura e simplesmente 
				incompatível com a essência divina. Digamos apenas que Deus 
				permite a maldade” (Pe. Richard Gräf). 
				  
				
				Feliz da pessoa 
				que suporta com paciência os sofrimentos com os olhos 
				fixos em Jesus Cristo, na cruz. 
				
				Sofrer com paciência as doenças não é menos útil 
				para o corpo do que para a alma; é útil para o corpo, 
				porque, estando tranquilo o doente, está mais bem disposto para 
				que os remédios produzam seu efeito, e assim consiga logo a 
				saúde; a alma ganha um grande mérito e edifica 
				todas as pessoas que visitam o enfermo. Pelo contrário, 
				o doente agitado e irritado, que 
				“briga” com as dores, prejudica seu corpo, causa 
				perdas à alma e incomoda e cansa a todos: familiares, 
				médicos, amigos e outros. 
				
				Para ter paciência nas doenças é bom pensar 
				com frequência nos sofrimentos de Jesus Cristo, que é chamado de 
				Servo Sofredor. O enfermo deve 
				contemplar Jesus Cristo atado a uma coluna e recebendo muitas 
				chicotadas... e perguntar: Quem sofre mais... Jesus ou eu 
				que estou nessa cama? É preciso também olhar para Jesus 
				coroado de espinhos... no Calvário sendo crucificado e dizer com 
				sinceridade: Quanta diferença entre essa cama que estou 
				com a cruz do meu Senhor! Eu estou numa cama macia... e 
				Jesus num áspero madeiro... eu com a cabeça apoiada num 
				travesseiro macio, e Jesus com a cabeça coroada de espinhos... 
				eu na sombra, ar condicionado... e o meu Senhor sob um sol 
				escaldante... eu sendo cuidado por médicos, enfermeiras e 
				parentes... e o meu Salvador sendo insultado, xingado e zombado 
				pelos inimigos... se peço água, ela chega imediatamente... 
				enquanto que ofereceram vinagre para Jesus Cristo... eu fico 
				impaciente diante das dores... enquanto que o meu Adorável Deus 
				sofreu tudo com paciência, amor... em silêncio, sem reclamar. 
				
				O enfermo deve lembrar com frequência que estamos 
				aqui na terra exilados... num vale de lágrimas e misérias; esta 
				terra, amaldiçoada pelo pecado dos nossos primeiros pais 
				(Adão e Eva) e pelos pecados pessoais que nós acrescentamos,
				não produz mais que espinhos, trabalho e morte. 
				
				É difícil... más é preciso sofrer com 
				paciência... muita paciência... “gigantesca” paciência... ter 
				paciência até “chorar” de vontade de reclamar... “lacrar” a 
				língua dentro da boca e implorar a Deus mais paciência. 
				
				Como é difícil ter paciência na dor! Com a ajuda 
				de Deus é possível! 
				
				As hóstias são feitas de trigo, mas é 
				preciso moer o grão! É nas estradas de pó que ficam os sinais de 
				teus passos, e não no asfalto! Em geral mal somamos as alegrias 
				e sempre multiplicamos as tristezas! O peso de nossas cruzes 
				aumenta na proporção de nossas reclamações! Sem espinhos, a rosa 
				também é bela, mas não é como Deus a fez! 
				(Pe. Orlando Gambi). 
				
				É muito agradável cuidar de uma pessoa que está 
				realmente doente... complicado é cuidar de alguém que 
				“fabrica” doenças. O doente que 
				reclama de tudo... “adoece” a todos... “pânico” geral! 
				
				Eu te abençoo e te guardo no Coração Doloroso de 
				Nossa Senhora. 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				  
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