| 
                 
				
				Anápolis, 18 de novembro de 2020 
				  
				
				À senhorita Dayse Pena dos Reis 
				
				Taguatinga-DF 
				  
				
				Estimada senhorita Dayse, não fique desanimada 
				diante do câncer; mas sim, olhe para Maria Santíssima ao 
				pé da cruz contemplando a Jesus crucificado: 
				“Perto da cruz de Jesus, 
				permaneciam de pé sua mãe” (Jo 19, 25). 
				  
				
				Nesse mundo, vale de lágrimas, o importante é 
				fazer a vontade de Deus! Deus está 
				por trás de tudo… tudo o que acontece é vontade ou permissão 
				d’Ele… inclinemos a cabeça diante do Criador! 
				
				“Perto da cruz…”
				A Santíssima Virgem foi 
				escolhida por Deus, mas não viveu aqui na terra longa da cruz…
				ela suportou com paciência, alegria e 
				fé o peso da cruz:
				“Depois de Jesus, foi ela quem mais 
				sofreu” (Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				O Senhor não prometeu vida fácil aqui na terra 
				para os seus seguidores, nem para sua Santa Mãe. 
				
				“Perto da cruz…”
				A Virgem Maria permaneceu perto 
				da cruz aqui nesse mundo, vale de lágrimas… 
				a sua vida foi um mar de sofrimentos… 
				ela seguiu a Cristo com fidelidade, valentia e perseverança:
				“Se alguém quer 
				vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”
				(Mt 16, 24). 
				
				Ela suportou o peso da cruz… não fugiu do 
				sofrimento… não viveu na mordomia. Imitemos o seu exemplo! 
				
				Aquele que ama verdadeiramente a Jesus 
				segue-o pelo caminho da cruz. 
				
				“Perto da cruz…”
				Nossa Senhora sempre viveu perto 
				da cruz… a sua vida não foi fácil… passou por muitas 
				dificuldades e provações… viveu em terra estrangeira, Egito, 
				depois de viajar por muitos dias pelo deserto sofrendo sede e 
				passando fome… suportando o calor durante o dia e passando frio 
				durante a noite. 
				
				Maria viveu muitos anos no Egito sem reclamar… 
				não se revoltava contra Deus; mas sim, inclinava a cabeça diante 
				da vontade do criador. 
				
				“Perto da cruz…”
				Em Mt 1, 29 diz que São José resolveu deixá-la… e ela não 
				reclamou, mas ficou em silêncio. 
				Muitos pensam que a Virgem Maria sofreu somente no Calvário… 
				não! 
				
				É admirável o silêncio de Maria!
				A sua entrega perfeita a Deus leva-a 
				inclusivamente a não defender a sua honra e a sua inocência.
				Prefere que caia sobre ela a suspeita e a infâmia, a 
				manifestar o profundo mistério da graça… abandona-se 
				confiadamente no amor e na providência de Deus. 
				
				“Perto da cruz…”
				A Santíssima Virgem sofreu por 
				amor a Deus… com sentimento de inteira e perfeita conformidade 
				com a vontade d’Ele. 
				Aquela que nunca ofendeu a Deus não se 
				afastou da cruz! 
				
				Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
				“Jesus e Maria passaram pelo mundo como 
				fugitivos”. Ela sofreu, mas não fugiu da 
				vontade de Deus. 
				
				Estamos nesse mundo de passagem, como peregrinos…
				inclinemos diante da vontade de Deus, principalmente nas 
				horas difíceis. 
				
				“Perto da cruz…”
				A vida de Maria foi um Calvário… 
				um mar de sofrimentos… nunca caminhou longe da cruz:
				“Os mártires 
				sofreram consolados. Maria padeceu sem consolo… o martírio de 
				Maria excedeu incomparavelmente aos dos mártires todos” 
				(Santo Afonso Maria de Ligório). 
				
				Aquele que segue a Jesus deve percorreu o caminho 
				da cruz… caminho percorrido por Ele e pela sua Santa Mãe. 
				
				Maria nos ensina que a escada do céu é 
				“construída” com as cruzes de cada dia. 
				
				“Perto da cruz…”
				A Virgem Santíssima percorreu o 
				caminho da cruz, não da boa vida e da mordomia… 
				suportou tudo com paciência, amor e fé:
				“Maria é 
				Rainha dos mártires” (Santo Afonso Maria de 
				Ligório). 
				
				O martírio de Nossa Senhora superou o de todos os 
				mártires juntos… quem quiser seguir a Santíssima Virgem deve 
				permanecer junto à cruz… sem fugir 
				para caminhos fáceis. 
				
				A devoção mariana consiste em imitar as suas 
				virtudes, principalmente a sua fortaleza diante das cruzes. 
				
				“Perto da cruz…”
				Maria seguiu a Cristo Jesus pelo 
				caminho da cruz… serviu-o pelo caminho do sofrimento. 
				
				A dor de Maria Santíssima nos ensina que estamos 
				aqui na terra para seguir a Cristo pelo caminho da cruz:
				“A dor de Maria 
				era suficiente para causar-lhe a morte a cada instante, se Deus 
				não lhe tivesse conservado a vida por um singular milagre”
				(Eádmero). 
				
				O mundo está cheio de falsos devotos de 
				Maria! Caminham sonolentamente pelo caminho largo. 
				
				“Perto da cruz…”
				Maria, concebida sem pecado, 
				nunca ofendeu a Deus e também nunca caminhou longe da cruz… o 
				seu Coração Imaculado “navegou” num “oceano” 
				de dor e de sofrimento:
				“Maria, diante das dolorosas penas de 
				seu amado Jesus, padeceu muito mais do que se tivesse sofrido 
				toda a sua Paixão” (Bem-aventurado Amadeu). 
				
				“Perto da cruz…”
				Nossa Senhora é forte!
				Ela disse “sim” no dia 
				da Anunciação e não “fugiu” dele… não 
				retrocedeu diante das provações, dificuldades e obstáculos.
				O seu “sim” foi sincero e autêntico… perseverou até o 
				fim: “Por 
				ocasião do grande sacrifício do Cordeiro Imaculado, que morria 
				por nós na cruz, poderíamos ter visto dois altares: um no 
				Calvário, no corpo de Jesus, outro no Coração de Maria. Enquanto 
				que o Filho sacrificava seu corpo pela morte, Maria sacrificava 
				sua alma pela compaixão” (Arnoldo de Chartres). 
				
				“Perto da cruz de 
				Jesus…” A Santíssima Virgem 
				permaneceu “perto da cruz de Jesus”…
				ela contemplou a São Dimas e Gestas, também crucificados 
				no Calvário, mas permaneceu perto da cruz de Jesus…
				Ele é o Salvador! 
				
				Maria permaneceu perto da cruz de Jesus, 
				cheia de dores… mas não desanimada… não reclamou… se inclinou 
				diante da vontade de Deus… o Senhor sabe o que faz!
				Muitos abandonam a Deus nas horas 
				difíceis… ela permaneceu firme! 
				
				“Perto da cruz de 
				Jesus…” A Virgem Santíssima 
				sofreu por amor a Deus: 
				“Sofrer de nada vale se não for por amor a Deus”
				(Santo Tomás de Aquino). 
				
				Ela não deixou Cristo sozinho na cruz!
				Sofreu contemplando o sofrimento do 
				Senhor. O verdadeiro amor não busca o mais fácil e cômodo. 
				
				Os inimigos do Senhor estavam perto da cruz e a 
				Santíssima Virgem não perdeu tempo com eles.
				Quem ama a Jesus não abre espaço para a maldade. 
				
				“Perto da cruz de 
				Jesus…” Muitos estavam perto da 
				cruz de Jesus… bons e maus: 
				Maria Santíssima, Maria Madalena, João 
				Evangelista… os soldados, judeus e outros. Não basta estar perto 
				da cruz do Salvador, mas é preciso amá-lo… muitos
				“sofrem para a própria condenação”
				(Santo Agostinho). 
				
				A Santa Maria amava a Cristo; enquanto que os 
				inimigos odiavam o Senhor. 
				
				Aquele que suporta a cruz com paciência, 
				amor e fé… caminha para o céu com segurança. 
				
				“Perto da cruz de 
				Jesus…” São João Maria Vianney 
				diz “que todos têm que sofrer”.
				Santo Agostinho diz que “bons e 
				maus têm que sofrer”. Uns sofrem para o 
				inferno porque não sofrem “perto da 
				cruz de Jesus”; mas sim,
				sofrem cometendo o pecado e prejudicando o próximo. 
				
				Será que os terroristas sofrem “perto da 
				cruz de Jesus?” Não! Sofrem para a própria 
				condenação… não por amor a Deus e para conquistarem o céu.
				Não basta sofrer; mas é preciso sofrer 
				por amor a Deus! 
				
				“Perto da cruz de 
				Jesus…” Aquele que sofre com os 
				olhos fixos em Jesus… unido ao 
				Senhor, não desanima nem retrocede; mas sim, continua a 
				caminhada para o céu com fé, alegria, coragem e perseverança. 
				
				É grande sabedoria manter-se unido a Jesus… perto 
				da sua cruz nas horas de provações… o Senhor sofreu e a nossa 
				vida não pode ser diferente… somos 
				“ovelhinhas” do Senhor, Cordeiro Inocente, não podemos buscar 
				uma vida fácil e cômoda. 
				
				“… permaneciam”.
				Não somente Nossa Senhora permanecia 
				perto da cruz do Senhor… outras pessoas também permaneciam 
				perto d’Ele. 
				
				O exemplo de Maria foi seguido por um grupo 
				de pessoas piedosas. A Virgem Santíssima não abandonou o 
				Cordeiro Inocente nas horas difíceis…
				seguiu-o até o fim… não se afastou do Calvário… não se 
				desesperou nem desanimou. Quem ama a Jesus de todo o 
				coração permanece sempre perto d’Ele. 
				
				“… permaneciam”.
				Nossa Senhora permaneceu no Calvário repetindo o “sim”
				dado no dia da Anunciação… a sua fidelidade ao Senhor é 
				total, não pela metade… o seu amor 
				por Jesus é encantador… sofre, mas não foge do sofrimento… 
				permaneceu ao lado do Filho… a ovelhinha não se afastou do 
				Cordeiro Imaculado. 
				
				Imitemos o exemplo de Maria Santíssima! O 
				nosso sim a Deus deve ser total… na alegria e na dor! 
				
				No Coração Doloroso de Maria a senhora encontrará 
				força para suportar com paciência as dores do câncer. Conte com 
				nossas orações. 
				
				Deus lhe pague pela colaboração. 
				
				Eu te abençoo e te guardo nos Corações de Jesus e 
				Maria. 
				
				Com respeito e gratidão, 
				  
				
				Pe. Divino Antônio Lopes FP (C) 
				   |