Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

Carta 1

Anápolis, 27 de outubro de 2004

 

Ao Irmão caríssimo

Lázaro Neves de Almeida

 

Prezado irmão, que a caridade do Sacratíssimo Coração de Jesus esteja no seu pobre e bulhento coração.

Ontem, 26 de outubro, recebi um telefonema de uma senhora de Goiânia que havia falado com o senhor para pedir algumas informações, dentre elas uma a meu respeito: se eu celebrava “missa carismática”.

Para a surpresa da mulher que ficou escandalizada com a sua atitude, você disse que não me conhecia nem sabia o meu telefone, mas segundo a mesma, você disse dentre outras calúnias as seguintes: que estou excomungado e que sou um Judas traidor.

O que ela não entendeu, foi ouvir da boca de alguém que não me conhecia tais acusações; isso mostra caríssimo fofoqueiro, que você é um caluniador imprudente e que atira com a sua língua maligna sem direção: “Maldito o murmurador e o velhaco, porque arruínam a muitos que vivem em paz (Eclo 28, 13).

Prezado irmão, esse “hino satânico” que você vomitou de uma indigestão mal feita, já é muito antigo, cantado inicialmente pelos fracassados, invejosos e mentirosos: Pe...., Pe...., Pe...., Pe. ..., Pe. ... e outros membros de um clero frustrado, tendo como maestro regente, o Exmo. senhor Bispo Dom Manoel Pestana Filho, bispo Emérito de Anápolis. Todos esses cantaram esse “hino” mas na hora de provar na justiça, todos desafinaram, inclusive o senhor Bispo Dom Manoel Pestana Filho; ele nunca conseguiu provar uma “vírgula” do que mandou e permitiu que falassem contra a minha pessoa; segundo a moral da Igreja Católica, é essa a atitude própria do invejoso: “Excita sentimentos de ódio: corre-se risco de odiar aqueles de que se tem inveja ou ciúme, e, por conseqüência, de falar mal deles, de os desacreditar, caluniar, ou de lhes desejar mal (Compêndio de Teologia Ascética e Mística, Ad. Tanquerey, 849, B.a), e São Gregório Magno disse também: “Da inveja nascem o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria causada pela desgraça do próximo e o desprazer causado por sua prosperidade(Mor. 31, 45, 48: CCL 143b, 1610 (PL 76, 621).

Caríssimo religioso, quero em seguida comentar sobre as duas calúnias que você fez contra a minha pessoa.

 

A. Que estou desligado da Igreja Católica, isto é, excomungado

 

Gostaria que você me enviasse o mais rápido possível a Bula de excomunhão ou o número de algum processo que provasse tal desligamento. Se você não os tem, aconselho-lhe a procurá-los com urgência, porque em breve precisará dos mesmos para se defender diante da justiça comum. Muitos caluniadores iguais a você precisaram deles, e para a infelicidade de todos, não os encontraram. Aconselho-lhe  a pedir uma ajudazinha ao Exmo. Dom Manoel, ele costuma fazer “documentinhos” e “papeluchos voadores” de última hora para ajudar os seus discípulos. Se o senhor bispo emérito não te ajudar, peça a Satanás, lembrando de que ele é o pai da mentira e com certeza ajuda os mentirosos: “Vós sois do diabo, vosso pai... porque é mentiroso e pai da mentira(Jo 8, 44). Você terá até amanhã, dia 28, para apresentar tais documentos, do contrário, entrarei sexta-feira (dia 29), na justiça comum, como já avisei ao seu Superior.

Quero esclarecer-lhe que me afastei da Diocese de Anápolis por contra própria, porque não quis seguir as idéias pornográficas e adúlteras do ex-Vigário Geral Luis Ilc, apoiadas por Dom Manoel Pestana Filho. O ex-Vigário geral tinha o costume de agarrar mulheres e beijá-las no confessionário, as atendia agarrado em suas mãos, e cobiçava os seus seios; ele mesmo comentava isso na reunião do clero diante do próprio Bispo e todos davam gargalhadas. A situação ficou tão grave que o ex-Vigário foi surrado em sua casa, e só não morreu porque um padre o salvou; e para vingar da minha pessoa, colocaram a culpa em mim de tal acontecimento. O que não entendo até hoje é porquê o ex-Vigário teve que fugir da Diocese e refugiar-se em um mosteiro na Eslovênia. Tudo isso aconteceu, por causa da omissão de Dom Manoel que não chamava a atenção dele.

Outros motivos que me levaram a afastar da Diocese de Anápolis foram:

1. O senhor Bispo Dom Manoel conservar na Cúria como Chanceler o mulherengo Pe... que hoje, ex-padre, vive amasiado com uma protestante: “O chanceler e os notários devem ser de fama inatacável e acima de qualquer suspeita... (CDC, cân. 483, 2).

2. O senhor Bispo Dom Manoel colocar como..., o desequilibrado sexualmente, o Pe.... que durante o tempo do seminário namorava um seminarista, sendo que eu e mais dois seminaristas, hoje sacerdotes, falamos pessoalmente com o senhor Bispo na época, mesmo assim ele o ordenou. Em 17 de agosto de 1996, escrevi para Dom Manoel o seguinte, a respeito do Pe....: “Durante o tempo do seminário ele namorava o seminarista... que hoje deve ser padre no Maranhão...

3. O senhor Bispo Dom Manoel ordenar e incentivar membros do clero a me caluniassem até no altar, sobre isso tenho gravações e escritos.

Preferi afastar-me da Diocese, do que compartilhar com tamanha aberração: “Antes, queremos morrer inocentes do que viver culpados(São Maurício, mártir). Diante de tal situação, foi preciso tomar uma decisão, e preferi imitar a decisão dos santos como aconteceu com Santo Eulógio, sacerdote e mártir: “Infelizmente os cristãos viram diante de si o péssimo exemplo do Bispo Recafredo que tinha procedido com muita covardia e dado bastante escândalos. Eulógio tanto se entristeceu com isso, que se absteve por algum tempo da celebração da Missa para não ser obrigado a celebrar os santos Mistérios na presença do Prelado, e com este ato sancionar o procedimento indigno do mesmo. Recafredo ofendeu-se com o retraimento de Eulógio e ordenou-lhe sob pena de excomunhão, que o acompanhasse à igreja e celebrasse na sua presença. Eulógio achando improcedente tão severa ordem, retirou-se para a França(Cf. “Na Luz Perpétua”, I Vol., 5ª Ed.).

Recebi duas cartas (anexas) convidando-me para participar da Diocese, participei das reuniões, mas não quis aproximação devido às calúnias que continuavam.

 

 

 

 

Depois da minha recusa, Dom Manoel Pestana Filho e seus discípulos caluniadores ficaram indignados e vomitaram todo tipo de calúnias contra a minha pessoa, permaneci firme e tranqüilo porque: “Tudo posso naquele que me fortalece(Fl 4, 13).

Prezado irmão Lázaro, comigo não existe duplicidade, jogo de cintura nem atitude  camaleônica, e como você acabou de ler, tive motivos de sobra para agir desta forma.

 

B. Que sou um Judas traidor

 

Gostaria imensamente que você provasse por escrito, quais foram as minhas traições com relação à Igreja Católica, não com “blá, blá, blá”, ou com latidos desafinados e sem direção, mas como já disse, por escrito e com provas.

Estudei, graças a Deus no Institutum Sapientiae, e continuo agradecendo a Deus por tamanha graça e por ter aprendido uma doutrina pura e sadia, e até hoje ainda vivo com total fidelidade, convicção e firmeza aquilo que aprendi; dôo o meu sangue para não desviar da doutrina que aprendi, e vejo com tristeza que muitos daqueles que foram formados comigo na vossa Faculdade, já jogaram tudo fora e se desviaram totalmente do que aprenderam, inclusive alguns da vossa Ordem, esses dúbios são dignos de serem cuspidos: “É verdadeiramente pisado pelos homens, qual lodo vil o clero imundo e sórdido, molhado pela sujeira dos vícios e pegajoso  pelas cadeias de ações criminosas(Do Tratado “O Espelho dos clérigos”, por São João de Capistrano, presbítero).

Prezado religioso, você me chamou de “Judas traidor” para tal senhora, mas como você sabe muito bem, permaneço de pé com a minha família religiosa, suportando todo tipo de calúnias, críticas, xingos e maledicências, jamais desviei da verdade, por causa dos ataques  daqueles que se dizem “FILHOS DA IGREJA”: “Ainda que pareça um paradoxo, não raro sucede que, aqueles que se chamam a si próprios filhos da Igreja, são precisamente os que maior confusão semeiam (São Josemaría Escrivá, Sulco, 360).

Ao invés de caluniar-me de dizer tantas baboseiras a meu respeito, de uma pessoa que você mesmo disse não conhecer, porque não aproveitou para dizer algo da sua Ordem que você deveria conhecer profundamente?

Ao invés de chamar-se de “Judas traidor”, por que não disse para a tal senhora que os seguintes sacerdotes da sua Ordem: Pe. Edgar, ex-superior do Mosteiro aqui em Anápolis, Pe. Máximus, Pe. Carlos e Pe. Santiago vivem amasiados (esse último foi meu superior no seminário diocesano durante um ano e meio, e naquele tempo já tomava banho de sol à paisana e já andava enrabichado com a senhora...; contei para o Bispo, mas ele não deu ouvido). Diante dessa traições, e a mim que você atribui o título de “Judas Traidor”? Eles amavam tanto a Igreja que a trocaram por simples mulheres.

Uma benfeitora do nosso Instituto, contou para uma de nossa irmãs que o Pe. Edgar, quando ainda era Superior do Mosteiro, chegava em sua casa, ligava um rádio em músicas profanas e dizia-lhe que estava muito carente, porque os padres do Mosteiro brigavam diariamente com ele e queriam mandá-lo para Portugal.

Prezado irmão Lázaro, você disse que sou um “Judas traidor”, mas nunca foi preciso da Santa Sé chamar-me a atenção sobre desobediência à doutrina da Igreja Católica como aconteceu com vocês, vide matéria abaixo (caso você não conheça o italiano, peça para alguém traduzir).

 

 

 

CONGREGAZIONE PER LA DOTTRINA DELLA FEDE
Decreto Litteris diei

L'associazione "Engelwerk"

L'"Opus angelorum", particolarmente diffusa in Austria e Germania nell'ala più conservatrice del cattolicesimo, si compone di molte diramazioni, fra cui un'associazione per i preti (diffusa in oltre 50 diocesi), una congregazione maschile ("Ordine dei canonici regolari della Santa Croce") e una femminile ("Fraternità femminile della Santa Croce"), Altri centri importanti dello "Opus angelurum" sono a Roma, in Portogallo, Brasile e India. Nel Manuale dell'Opus angelorum, che raccoglie parte degli 80.000 fogli di diario della veggente G. Bitterlich, sono recensiti i nomi di 400 angeli e 200 demoni.

Con lettera inviata alla sede apostolica in data 1 dicembre 1977, il cardinale Joseph Höfner, arcivescovo di Colonia e presidente della Conferenza episcopale tedesca, chiedeva che si procedesse a un esame circa l'associazione Opus angelorum (Engelwerk) e le sue dottrine e pratiche particolari traenti origine da presunte rivelazioni private ricevute dalla signora Gabriele Bitterlich.
Compiuto tale esame, specie circa scritti contenenti le suddette dottrine, la Congregazione per la dottrina della fede comunicò all'em.mo presule, con lettera del 24 settembre 1983, le seguenti decisioni, approvate in precedenza dal santo padre nell'udienza del 1° luglio (cf. AAS(1984), 175-176):

1. L'Opera degli angeli nella promozione della devozione verso i santi angeli deve obbedire alla dottrina della chiesa e dei santi padri e dottori.
In particolare non diffonderà tra i suoi membri e tra i fedeli un culto degli angeli che si serva di "nomi" conosciuti da presunta rivelazione privata (attribuita alla signora Gabriele Bitterlich). Non sarà lecito usare quegli stessi nomi in nessuna preghiera da parte della comunità.

2. L'Opera degli angeli non richiederà dai suoi membri e non proporrà loro la cosiddetta "promessa del silenzio" ("Schweige-Versprechen"), anche se è legittimo custodire una giusta discrezione circa le cose interne dell'Opera degli angeli, che conviene ai membri di istituti della chiesa.

3. L'Opera degli angeli e i suoi membri osserveranno con rigore tutte le norme liturgiche; specialmente quelle riguardanti l'eucaristia. Questo vale particolarmente per la cosiddetta "comunione riparatrice".
In seguito la Congregazione per la dottrina della fede ha potuto esaminare altri scritti provenienti dalla medesima fonte e anche accertarsi che le sue precedenti decisioni non sono state interpretate ed eseguite correttamente.
L'esame di questi altri scritti ha confermato il giudizio che stava a fondamento delle precedenti decisioni, cioè che l'angeologia propria dell'Opus angelorum e certe pratiche da essa derivanti sono estranee alla S. Scrittura e alla tradizione (Cf. BENEDETTO XIV, Dottrina de beatificatione servorum Dei et de canonizatione beatorum, lib. IV. Pars II, c. XXX. De angeli et eorum cultu, Venetiis, 1777) e perciò non possono servire da base alla spiritualità e all'attività di associazioni approvate dalla chiesa.

Pertanto la Congregazione per la dottrina della fede ha avvertito la necessità di riproporre tali decisioni completandole con le norme seguenti:

I. Le teorie provenienti dalle presunte rivelazioni ricevute dalla signora Gabriele Bitterlich circa il mondo degli angeli, i loro nomi personali, i loro gruppi e funzioni, non possono essere né insegnate né in alcun modo utilizzate, esplicitamente o implicitamente, nell'organizzazione e nella struttura operativa ("Baugerüst") dell'Opus angelorum, così come nel culto, nelle preghiere, nella formazione spirituale, nella spiritualità pubblica e privata, nel ministero o apostolato. La stessa disposizione vale per qualsiasi altro istituto o associazione, riconosciuti dalla chiesa.
L'uso e la diffusione, all'interno o all'esterno dell'associazione, dei libri o di altri scritti contenenti le suddette teorie sono vietati.

II. Le diverse forme di consacrazione agli angeli ("Engelweihen") praticate nell'Opus angelorum sono proibite.

III. Inoltre, sono proibiti la cosiddetta amministrazione a distanza ("Fernspendun") dei sacramenti, nonché l'inserimento nella liturgia eucaristica e nella Liturgia delle ore di testi, preghiere o riti che direttamente o indirettamente si riferiscono alle suddette teorie.

IV. Gli esorcismi possono essere praticati esclusivamente secondo le norme e la disciplina della chiesa in materia e con l'uso delle formule da essa approvate.

V. Un delegato con speciali facoltà, nominato dalla Santa Sede, verificherà e urgerà, in contatto con i vescovi, l'applicazione delle norme sopra stabilite. Egli si adopererà per chiarire e regolarizzare i rapporti tra l'Opus angelorum dei Canonici regolari della santa croce.

Il sommo pontefice Giovanni Paolo II, nel corso dell'udienza accordata al sottoscritto prefetto, ha approvato il presente decreto, deciso nella riunione ordinaria di questa congregazione, e ne ha ordinato la pubblicazione.

Roma, dalla sede della Congregazione per la dottrina della fede, 6 giugno 1992.

+ JOSEPH card. RATZINGER, prefetto
+ ALBERTO BOVONE arciv. tit. di Cesarea di Numidia, segretario

 

 

Prezado irmão, não queira subir na vida pisando no próximo, lembre-se de que existe um Deus Onipotente e Onisciente que tudo vê e tudo sabe.

Gostaria de saber se esse seu comportamento e maneira de falar é fruto da adoração que você faz?

Lembre-se de que tudo passa, e que você um dia comparecerá diante de Deus para prestar contas de cada palavra.

Peço-lhe encarecidamente e com insistência que mostre essa carta ao Bispo Emérito Dom Manoel, quem sabe ele te ajudará a encontrar tais provas ou inventar algumas; não perca essa preciosa ajuda.

Concluo essa carta pedindo que o Deus Todo Poderoso ponha na porta de seus lábios uma legião de anjos para segurar a sua língua, para que não profira tanta maldade.

 

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.