Anápolis, 12 de dezembro de 2016
Festa de Nossa Senhora de Guadalupe
Padroeira da América Latina
À Madre Laura de Nossa Senhora das Dores
FP(C)
Religiosa do Instituto
Prezada Madre Laura, TRABALHE
com AMOR, ALEGRIA, DEDICAÇÃO e
PERSEVERANÇA para a glória do Deus Eterno e pelo bem
das almas imortais e espirituais... o céu é a pátria dos
TRABALHADORES e BATALHADORES:
“Quanto
maior o trabalho, maior o lucro” (Santo
Inácio de Antioquia, Ad Polic. 1, 3).
O mundo está se tornando um lugar
horripilante e nauseabundo de pessoas
PREGUIÇOSAS, ACOMODADAS, OCIOSAS, PARASITAS e
SANGUESSUGAS. É insuportável ver milhões de
pessoas de braços cruzados sem nada fazer, apoiadas na
“Bolsa” do arroz e do chuchu
oferecida pelo governo. Isso tem cheiro da Coreia do Norte,
país comunista... cheiro de miséria. O COMODISMO
e a PREGUIÇA não se espalharam somente entre
os leigos; nos Conventos, desgraçadamente, existem muitas
religiosas “patricinhas” que vivem
SUGANDO das pessoas boas e
generosas. Não têm coragem de trabalhar e foram
buscar uma vida FÁCIL e CÔMODA
na vida religiosa. Isso é inadmissível! É vergonhoso!
É pecado! Essas pessoas não têm vocação, mas são
ladras disfarçadas de religiosas. A Santa
Igreja deveria BANIR essas “patricinhas”
dos Conventos.
ENTREMOS
com SINCERIDADE na CASA de
NAZARÉ; nesse santo lugar vamos contemplar
Jesus Cristo TRABALHANDO. Que exemplo!
Vemos nessa Santa Casa Jesus trabalhando.
Não é um anjo, mas é Deus. Com um ato de sua
vontade tirou do nada o universo e o sustenta. Com o mesmo
poder proveria a Sagrada Família de todas as coisas
necessárias para a vida e assim, sem cuidados temporais,
entregar-se-ia a si mesmo e facultaria a Maria e José a
entrega à constante oração e ao entretenimento com o Pai
celestial. Qual o motivo que
levou Deus a trabalhar?
A natureza do trabalho de Jesus Cristo
corresponde à condição modesta de seus pais, é humilde e
penoso. Perguntemo-nos de novo:
por que Deus nos oferece o espetáculo nunca visto de o
vermos não criando novos mundos, mas trabalhando numa
oficina de carpinteiro?
Como trabalha Jesus Cristo?
Em completa dependência de seus pais, com as mãos no
trabalho, com o coração junto do Pai celestial.
Vejamos agora o motivo.
O Filho de Deus trabalha porque é esta a vontade do Pai,
porque quer santificar o nosso trabalho, porque quer
lembrar-nos a eficácia do trabalho como remédio contra
muitos males.
O exemplo de Jesus Cristo deve ser a
estrela a guiar-nos nos trabalhos cotidianos, e assim também
eles serão meios eficazes de santificação.
Está claro que Jesus Cristo, Deus Eterno,
trabalhou e não aceita como esposas as “patricinhas”
preguiçosas e amigas da vida fácil.
Desde que as consequências da apostasia dos
primeiros pais passaram para toda a estirpe humana, não há
exceção da lei que condena todos os homens ao trabalho:
“Do suor de teu rosto hás de comer o
teu pão”
(Gn 3, 19).
Portanto, não pode tão pouco a
religiosa eximir-se totalmente do trabalho, seja
espiritual ou corporal. A
superiora trabalha dirigindo com zelo a casa e
procurando o bem-estar de todas as irmãs; a professora
trabalha estudando e lecionando; a religiosa
do Jardim de Infância trabalha brincando com as criancinhas;
a cozinheira trabalha temperando com zelo a
alimentação; até as religiosas idosas e
doentes trabalham carregando com paciência o peso da idade e
sofrendo as dores da moléstia; todas as religiosas
trabalham quando se ocupam com qualquer exercício da vida
espiritual. Jesus Cristo não aceita religiosas
parasitas no seu exército.
Essas “patricinhas” são repugnantes!
Entretanto, a exortação do Apóstolo:
Não sejais preguiçosos em diligente trabalho, cabe
ainda hoje, porque a indolência é falta que não somente no
mundo se encontra, mas também na casa religiosa.
Vêm a propósito as palavras de São Paulo dirigidas aos
Tessalonicenses. Como sempre, o Apóstolo fala com toda a
franqueza:
“Não comemos de graça o pão de ninguém, antes com trabalho e
fadiga, trabalhando de dia e de noite para não sermos
pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos poder
para isto (como ministro de Deus), mas para vos oferecer em
nós mesmos um modelo a imitar. Porque ainda quando estávamos
convosco, vos denunciávamos isto, que quem não quer
trabalhar não coma. Porquanto temos ouvido que andam alguns
entre vós inquietos, não trabalham e indagam o que lhes não
importa. A estes, pois, rogamos e conjuramos no Senhor Jesus
Cristo que comam o seu pão, trabalhando em silêncio”
(2 Ts 3, 8ss.).
São palavras da Sagrada Escritura. Está claro
que Jesus Cristo não aceita “patricinhas”, isto é,
religiosas acomodadas no seu serviço.
Esteja, portanto, a religiosa
convencida de que deve ocupar-se com trabalho todos os dias
que Deus lhe conceder.
O DEVER do TRABALHO tem um tríplice
fundamento:
1. Deus estabeleceu o trabalho para nos
dar o pão cotidiano. Quem não
trabalha nem corporal, nem espiritualmente, é, segundo a
expressão de São Francisco de Assis, uma MOSCA,
que só vive à custa dos outros, quando devia comer o seu
pão, como diz São Paulo em 2 Ts 3, 8ss.
2. O bom exemplo.
A ociosidade nas pessoas
consagradas a Deus é escândalo para seculares
e religiosos que trabalham. As que menos se
deixam guiar pela fé, em breve farão a mesma coisa; outras
se aborrecem porque são obrigadas a fazer o trabalho das
ociosas. Grande perturbação da paz pode ser a consequência e
quanta responsabilidade das religiosas que a causaram.
Para os leigos, percebendo ociosidade numa casa
religiosa, é motivo para desacreditar de toda a Comunidade.
3. A necessidade da alma.
Na ociosidade a alma está exposta a mil perigos, segundo
ensina a Sagrada Escritura: A ociosidade ensina
muita maldade.
Se a religiosa não se ocupar,
mas passar o tempo em pensamentos inúteis, tenha ela certeza
de que o demônio não tardará com o sugerir ideias
reprováveis: pensamentos contra a caridade, maus
juízos, descontentamentos, fantasias mundanas e desejos
desordenados: “Andei pelo
campo de um homem preguiçoso e pela vinha de um homem
estulto; e eis que o achei todo cheio de urtigas, espinhos
cobriam a sua superfície e o muro de pedra estava caído”
(Pr 24, 30-31).
Como trabalhar?
Numa Comunidade religiosa há
muitos trabalhos a fazer todos os dias. Cada religiosa
contribui para o bem da casa e da Comunidade. Ilustremos
isto com uma comparação. Numa máquina, por exemplo, num
relógio, há muitas rodas, grandes e pequenas. O artista sabe
onde colocá-las, as grandes e as pequenas, e o relógio
ficaria desconcertado se parasse uma só, por menor que
fosse.
Aplicando esta comparação à vida em comum,
tiramos a conclusão de que a religiosa, seja ela roda ou
rodinha, não escolherá o serviço, mas trabalhará onde
a obediência a colocar. É um prazer observar como,
seguindo todas as religiosas esta tão simples regra, tudo
anda com suave regularidade. Não é possível supor que Jesus
Cristo jamais tivesse querido outro serviço senão o indicado
por São José.
Mas as ocupações na Comunidade são de
diferente natureza. Umas são mais honrosas, outras mais
humildes. Tentação para o amor-próprio. Não queira a
religiosa sucumbir à tentação de ter inveja das que mais se
destacam, nem de desprezar as que prestam o serviço de
Marta.
Uma das verdades básicas da vida
religiosa é que toda a obra feita de acordo com a vontade de
Deus é bem aceita. É como
disse alguém acertadamente: Deus não olha tanto para
os verbos, mas para os advérbios, isto quer dizer,
não tanto para o que se faz, mas para o modo de como
se faz.
Está de parabéns a Comunidade religiosa
em que há religiosas sempre prestes a servir e que com
assiduidade se dedicam ao trabalho. São joias e a superiora
se julga feliz em possuí-las
(Frei Basílio Röwer).
Jesus Cristo, nosso Deus e Salvador,
TRABALHOU MUITO... IMITEMOS o seu
EXEMPLO!
Em Nazaré, Jesus crescia e obedecia à
sua Mãe e a São José, e os três nos deram exemplo de amor
entre eles e de trabalho bem feito aos olhos do Pai
celestial.
A vontade do Pai foi que Jesus nos
desse o exemplo de obediência, de trabalho, de humildade e
de oração.
Quando São José mandava Jesus Cristo
executar trabalhos em casa alheia, Ele o fazia
conscienciosamente. Nunca enganava os fregueses. Jamais São
José teve queixa de Jesus. E jamais patrão algum teve um
ajudante tão obediente e submisso, como o chefe da
carpintaria de Nazaré.
Jesus Cristo trabalhava com ânimo. Não
conhecia preguiça. À noite voltava cansado para casa. Não
tinha poucas horas de trabalho. Começava de manhã e
terminava de noite. Interrompia o serviço só para tomar as
refeições e para rezar ao Pai Celeste.
O trabalho de Jesus era pesado. Tudo
devia ser feito a mão, pois, ainda não havia máquinas de
carpinteiro. Além disso, o carpinteiro devia buscar a
madeira no mato. Jesus não se queixava da dureza do trabalho.
Jesus Cristo santificou o trabalho. Com
seu suor o santificou e fez dele uma oração contínua.
Ninguém deve envergonhar-se de trabalhar. Jesus nos deu o
exemplo.
Jesus Cristo não deixava a oração por
causa do trabalho. Jesus não se esquecia da oração. Nunca
deixou de rezar ao levantar-se de manhã. Nunca omitia a
oração da noite. Jesus sempre tinha tempo para rezar.
É horrível e repugnante
ver religiosas “patricinhas” SUGANDO dos
benfeitores.
É preciso amar o trabalho,
principalmente o mais desprezível.
Feliz aniversário!
Eu te abençoo e te guardo no Santíssimo
Coração de Jesus Cristo, nosso melhor Amigo.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
|