Jaraguá, 12 de abril de 1996
Ao vigário da Catedral, Luis Ilc
Estive ontem, dia 11 de abril de 1996, em
reunião com Dom Manoel Pestana Filho em sua residência,
em meio ao diálogo fui informado que você, juntamente com
o resto do “Conselho Presbiteral”, há tempos
vêm pressionando o Bispo para que eu deixe Jaraguá.
Gostaria de saber de você quais são os motivos
pelos quais me ataca:
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Seria inveja?
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Implicância?
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Fins políticos?
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Fins financeiros?
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Fazer desaparecer os seiscentos Lanceiros
e os seus quatro mil amigos?
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Destruir os Filhos e Filhas da Paixão
de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima,
que são trinta?
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Interesse particular de assumir a paróquia
de Jaraguá, uma vez que a mesma já está quase totalmente
conquistada para Deus?
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Incompetência pastoral ou falta de ocupação
na sua paróquia?
Cuidado! Quem tenta subir na vida pisando
o próximo cairá desgraçadamente no inferno.
Quero deixar bem claro, que da cidade de
Jaraguá não sairei para satisfazer o desejo de vocês do
Conselho Presbiteral, como já foi dito acima, o senhor Bispo
disse que vocês estão pressionando-o.
Gostaria de saber de você, se o Conselho
Presbiteral tem por objetivo zelar ou destruir as vocações.
Porque você não se preocupa com os padres
que estão amasiando ou dando mau exemplo e causando escândalo
na Diocese?
Os padres de São José do Rio Preto disseram
que você foi ameaçado de morte pelos seminaristas, devido
a sua insolência e atrevimento na vida particular de cada
um, isto está sendo comprovado agora. Disseram também que
você sofre de “mitrite”; que culpa tenho eu
da sua incapacidade de governar?
A persistência na idéia, por inveja, de que
eu saia de Jaraguá, faz com que você e o resto do Conselho
Presbiteral, tenham ações contrárias das quais deseja o
nosso querido Papa João Paulo II.
Último aviso: viva… e deixe os outros
viverem em paz.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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