Anápolis, 12 de abril de 2004
Ao ex-Padre
José Moura de Araújo,
Antigo Pároco da Paróquia Pai Nosso,
SHIN – QL. 13, Lt. D.
Caríssimo senhor, escrevo-lhe para dizer
algo que já deveria ter dito há muito tempo atrás.
Quando as Irmãs do meu Instituto pediam esmolas
no Lago Norte, em Brasília, os leigos desse Setor disseram-lhes
algumas vezes, que o senhor usava do altar para atacar as
minhas pobres Irmãs, que não pediam esmolas para fazer gracinha
ou por prazer, mas unicamente por necessidade.
Veja, caríssimo ex-padre, o mundo dá muitas
voltas; hoje o senhor não exerce mais o ministério, e os
meus religiosos e eu, continuamos firmes, convictos e com
a cabeça erguida: “Na verdade, para os eleitos
de Deus é consolo o próprio flagelo divino, porque, pelas
tribulações passageiras, se fortalecem na firme esperança
de alcançar a glória da suprema felicidade”
(Das Cartas de São Pedro Damião, Bispo).
Penso que o senhor se esqueceu de cuidar de sua vida espiritual
e particular, e se preocupou demasiadamente com a nossa.
Prezado ex-padre, não sei como o senhor consegue
viver e dormir tranqüilo, sendo conhecedor da verdade e
vendo tantas almas precisando dos sacramentos e sedentas
da Palavra de Deus. Lembre-se de que o senhor terá que explicar
para Deus na hora do terrível juízo sobre essa lamentável
decisão: trocar o ministério sacerdotal por uma mulher.
Os meus religiosos e eu rezamos pelo senhor,
para que encontre o caminho da verdadeira felicidade.
Caríssimo ex-padre, lembre-se continuamente
de que o senhor também possui uma alma para salvar.
Respeitosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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