Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

Carta 14

Anápolis, 12 de abril de 2004

 

Ao ex-Padre

José Moura de Araújo,

Antigo Pároco da Paróquia Pai Nosso,

SHIN – QL. 13, Lt. D.

 

Caríssimo senhor, escrevo-lhe para dizer algo que já deveria ter dito há muito tempo atrás.

Quando as Irmãs do meu Instituto pediam esmolas no Lago Norte, em Brasília, os leigos desse Setor disseram-lhes algumas vezes, que o senhor usava do altar para atacar as minhas pobres Irmãs, que não pediam esmolas para fazer gracinha ou por prazer, mas unicamente por necessidade.

Veja, caríssimo ex-padre, o mundo dá muitas voltas; hoje o senhor não exerce mais o ministério, e os meus religiosos e eu, continuamos firmes, convictos e com a cabeça erguida: “Na verdade, para os eleitos de Deus é consolo o próprio flagelo divino, porque, pelas tribulações passageiras, se fortalecem na firme esperança de alcançar a glória da suprema felicidade (Das Cartas de São Pedro Damião, Bispo). Penso que o senhor se esqueceu de cuidar de sua vida espiritual e particular, e se preocupou demasiadamente com a nossa.

Prezado ex-padre, não sei como o senhor consegue viver e dormir tranqüilo, sendo conhecedor da verdade e vendo tantas almas precisando dos sacramentos e sedentas da Palavra de Deus. Lembre-se de que o senhor terá que explicar para Deus na hora do terrível juízo sobre essa lamentável decisão: trocar o ministério sacerdotal por uma mulher.

Os meus religiosos e eu rezamos pelo senhor, para que encontre o caminho da verdadeira felicidade.

Caríssimo ex-padre, lembre-se continuamente de que o senhor também possui uma alma para salvar.

 

Respeitosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

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