Anápolis, 18 de maio de 2004
Ao Revmo. Pe. Agustinho Adriano Vidor
Pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia,
Planaltina-DF.
Revmo. Pe. Agustinho, que a caridade do Sagrado
Coração de Jesus Cristo esteja na sua alma.
Um leigo de vossa paróquia, com certeza,
bem mais caridoso e cristão do que o senhor, telefonou-me
escandalizado, dizendo que havia ficado triste com a sua
atitude no altar, principalmente pelos xingos que saíram
de sua boca contra as irmãs do meu Instituto que pedem esmolas
para sobreviverem.
Caríssimo Pe. Agustinho, se o senhor trata
dessa maneira pessoas consagradas a Deus, imagino o que
deve fazer com outras pessoas. Quero avisá-lo que as minhas
religiosas não são “VOMITÓRIOS” para o senhor
vomitar as suas indigestões.
Lembre-se caríssimo sacerdote, de que a vida
é breve e que o mundo dá muitas voltas. Quem sabe um dia
o senhor precisará bater de porta em porta pedindo esmolas
para sobreviver.
O senhor deve conhecer o ex-padre José Moura
de Araújo, ex-pároco da Paróquia Pai Nosso, no Lago Norte;
ele “adorava” humilhar as minhas irmãs
no altar, e acabou fugindo com uma catequista, isto é, se
preocupou tanto com a vida alheia que esqueceu da própria;
rezo para que não aconteça com o senhor tamanha desgraça.
Caríssimo irmão no sacerdócio, eu te perdôo
pelos xingos, e lembrarei sempre do senhor em minhas orações,
pois o senhor é um ministro do Deus Altíssimo e deve ser
tratado como tal.
“Triste ecumenismo esse que anda na boca
de católicos que maltratam outros católicos!”
(São Josemaría Escrivá, Sulco, 364).
Respeitosamente,
Pe.
Divino Antônio Lopes FP.
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