Anápolis, 18 de junho de 2005
Ao
Revmo. Pe. Walter Trautenberger,
Digníssimo Pároco da Paróquia Nossa Senhora
da Penha
Corumbá – Go
Caríssimo sacerdote, que a caridade e a sinceridade
do Sagrado Coração de Jesus estejam na vossa alma.
Ontem, dia 17, a Irmã Selvina, membro do
meu Instituto, estava realizando o seu trabalho missionário,
vendendo CD’s na Vila Jaiara aqui em Anápolis. A mesma
contou-me que havia acabado de entrar em uma loja, quando
o senhor também ali chegou, e como não podia ser diferente,
começou vomitar a vossa indigestão “invejal”
contra a irmã na frente dos leigos, que com certeza ficaram
escandalizados, porque eles conhecem a seriedade do nosso
trabalho.
Prezado sacerdote, eu compreendo a vossa
revolta e inquietação, frutos de uma inveja incontrolável
que corrói não somente o senhor, mas 90% do clero de Anápolis.
Cuidado! Procure se controlar, porque a inveja pode levar
à morte: “... a inveja causa a morte ao imbecil”
(Jó 5, 2) e:
“A inveja é cárie para os ossos” (Pr
14, 30). A inveja e a ambição reinantes
entre o clero de Anápolis já afastaram centenas de leigos
do caminho de Deus, seria muito bom se vocês, diocesanos
e religiosos, fizessem uma reunião para discutir porque
Anápolis é conhecida como a Diocese da inveja e da intriga.
O Bem-aventurado José Allamano escreve: “A inveja
não é apenas um vício das mulheres, mas também dos homens,
dos velhos e velhas. É além disso, muito comum entre eclesiásticos”
(A Vida Espiritual, cap. 24),
e São João Crisóstomo também escreve: “Não quero
mencionar os fatos de que alguns, só para conseguir o cargo
de chefe da Igreja, cometeram até assassinatos dentro das
comunidades e devastaram cidades inteiras” (O
Sacerdócio, Livro III, 10). Vocês,
juntamente com o Bispo Dom Manoel Pestana Filho, tentaram
fazer a mesma coisa comigo, mas Deus me protegeu, e saí
ileso do massacre programado: “Junto convosco eu
enfrento os inimigos, com vossa ajuda eu transponho altas
muralhas” (Sl 17, 30);
enquanto isto, alguns do clero iam casando: “Ele
cava e aprofunda um buraco, mas cai na cova que fez. Sua
maldade se volta contra ele, sobre o crânio lhe cai a própria
violência” (Sl 7, 16-17).
Caríssimo sacerdote, quantas “caras”
o senhor possui? O senhor é um ministro do Deus Altíssimo
ou um guarda-roupa de máscaras? É uma rocha dentro da Santa
Igreja ou uma bailarina do teatro escrito pelo clero anapolino?
O senhor se lembra daquela visita que me
fez juntamente com mais dois sacerdotes na quinta-feira
Santa de 2002? O senhor era o que mais falava, até parecia
um mensageiro do Deus Altíssimo vindo do céu; de vossos
lábios saiam palavras sobre: amor, perdão, união, etc.,
no fundo do meu coração sincero, eu sabia que tudo isso
era uma farsa, algo fabricado com a intenção de enganar-me.
Ontem, dia 17, naquela loja, diante da Irmã
Selvina e de alguns leigos o senhor mostrou o que realmente
é: a auréola já não estava mais sobre a cabeça, e sim no
chão, as asinhas de anjos haviam ficado no guarda-roupa
de máscaras, já não havia mais velas e nem altar; em resumo,
você deixou transparecer abertamente que é uma lata vazia,
digno de pena. Por falar em fingimento, falsidade e duplicidade,
onde está a vossa batina? Com certeza a usava somente para
agradar ao Bispo Dom Manoel. Isso mostra que o senhor não
possui caráter, é uma bailarina que dança sobre o muro.
A Irmã disse que você estava totalmente à paisana, parecendo
um vaqueiro. A Santa Igreja manda colocar pelo menos um
sinal.
Antes de concluir esta simples carta, quero
fazer-lhe as seguintes perguntas:
Porque o senhor está sempre a me caluniar?
O senhor sabe que calúnia e difamação é pecado mortal? Ou
nunca estudou a Moral da Igreja Católica? Ao invés de ficar
nas casas dos leigos conversando besteiras e fofocas, leia
com atenção do número 2475 até 2487 do Catecismo da Igreja
Católica, e com certeza você agirá com mais prudência.
Já que o senhor se acha o dono da Diocese
de Anápolis e o guardião da fé, porque não investiga a vida
do Pe. Fernando da Conceição Lopes? O mesmo se gaba de ser
o Exorcista da Diocese de Anápolis, sendo que pertence à
Fraternidade São Pio X, excomungada pelo Papa João Paulo
II. Vossa “santidade” sabia disso? E tudo isso
aconteceu com as bênçãos de Dom Manoel Pestana Filho. Quanta
fidelidade à Igreja!!! Somente quem é burro engole tamanha
aberração. Envio-lhe 15 cópias da página da Internet onde
mostra tal fato; será que o senhor terá a coragem de mostrar
tal documento para o clero anapolino, de um modo especial
para o conselho presbiteral, ou vai tremer as pernas? Agora
chegou a hora de mostrar se é mascarado ou não. Veja padre,
eu falo e mostro as provas, não sou como você que fala sem
provas.
Quanto ao Bispo Emérito Dom Manoel Pestana
Filho, envio-lhe 15 cópias de uma carta do Pe. Vittório
Lucchesi, onde o mesmo se diz indignado por ser explorado
financeiramente por Dom Manoel, e o mesmo afirma na carta,
que Dom Manoel desviava o dinheiro que ele conseguia com
tanta dificuldade para matar a fome dos seminaristas. Você
sabia de tal aberração?
Porque tanta preocupação com a minha vida,
sendo que Anápolis está se transformando a cada dia em uma
cidade protestante?
Asseguro-lhe que da próxima vez que você
caluniar-me, iremos resolver na justiça. Cuida da sua vida,
trabalhe pela salvação das almas, seja um filho autêntico
da Igreja Católica, ame apaixonadamente a Deus e com certeza
não lhe sobrará tempo para se preocupar com a vida alheia.
Caríssimo sacerdote, o que mais me deixa
tranqüilo e confiante é saber que um dia o senhor e outros
padres da Diocese de Anápolis, comparecerão diante do terrível
Tribunal de Deus (cf. 2 Cor 5, 10).
Envio-lhe uma capa de CD com a tiragem dos
CD’s gravados e vendidos. Veja, caríssimo sacerdote,
a minha família religiosa e eu trabalhamos com seriedade
e nem tocamos no vosso nome; não temos tempo para fofocas.
Rezaremos para que o senhor consiga reencontrar
o verdadeiro sentido do sacerdócio.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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