Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

Cartas ao Papa Francisco

Carta 01

 

Comprovante de Correio da carta postada no dia 04/07/2016 para o Papa Francisco.

 

 

Anápolis, 29 de junho de 2016

Solenidade de São Pedro e

São Paulo, Apóstolos

 

A Sua Santidade

Papa Francisco

“Doce Cristo na terra” (Santa Catarina de Sena).

 

Santo Padre, vivamos na presença de Deus e enfrentemos todos os obstáculos, dificuldades e provações com a cabeça erguida e firmes no caminho da santidade, sem nos vender para os inimigos: “Devemos pedir frequentemente o dom da fortaleza: para vencer a relutância em cumprir os deveres que custam, para enfrentar os obstáculos normais em qualquer existência, para aceitar com paz e serenidade a doença, para perseverar nas tarefas diárias, para dar continuidade à ação apostólica e para encarar os contratempos com espírito de fé” (Pe. Francisco Fernández Carvajal).

 

Bondoso Pastor, nessa simples carta tratarei de dois assuntos; não posso ficar CALADO nem pecar por OMISSÃO.

 

1.º ASSUNTO: Sacerdotes que não absolvem os pecados dos penitentes como a Santa Igreja ensina.

 

Milhares de católicos praticantes no Brasil reclamam continuamente do péssimo atendimento de centenas e até de milhares de sacerdotes no confessionário. Esses sacerdotes, homens que estudaram quatro anos de teologia, não são capazes de dar a ABSOLVIÇÃO CORRETAMENTE na CONFISSÃO, deixando os leigos mergulhados na tristeza e desânimo. Ao invés de usarem a FÓRMULA CORRETA: Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Catecismo da Igreja Católica, 1449), dizem outras palavras; por exemplo: “Deus te perdoa”; “Eu te perdoo”; “Deus te abençoe”; “Os teus pecados foram perdoados”; “Vai em paz, Deus te perdoou”; “Não sou digno de absolver, Deus já te perdoou”… outros fazem longas orações espontâneas sem as palavras da absolvição, deixando os fiéis decepcionados.

O Santo Padre precisa ajudar os católicos do Brasil corrigindo esse ABUSO na confissão. Milhares de católicos estão procurando de paróquia em paróquia um sacerdote que ABSOLVA CARRETAMENTE, perdendo um precioso tempo porque sacerdotes irresponsáveis não cumprem o dever nem na confissão. Esse ABUSO está acontecendo em quase todas as dioceses do Brasil, principalmente pelos sacerdotes ligados à Renovação Carismática “Católica”.

Milhares de católicos estão desorientados e revoltados com esse ABUSO no confessionário.

Hoje, infelizmente, é preciso prestar muita atenção nas palavras dos sacerdotes na hora da absolvição. Estão brincando com as almas no confessionário. Quando os fiéis pedem a absolvição correta, são tratados com grosseria e expulsos do confessionário.

Muitos sacerdotes estão usando do confessionário para alimentarem a vaidade e arruinarem a fé dos católicos que ainda acreditam nesse Sacramento: “A mim aconteceu tratar de coisas de consciência com um sacerdote que tinha participado do curso de Teologia, e me fez muito mal em coisas que me dizia não serem nada” (Santa Teresa de Jesus, Caminho de perfeição), e: “O Concílio de Trento exige, dos que aspiram ao sacerdócio, que sejam julgados idôneos para a administração dos sacramentos” (Santo Afonso Maria de Ligório, A selva).

 

2.º ASSUNTO: A falsa misericórdia é uma perigosa armadilha para as almas.

 

Santo Padre, hoje se fala muito na MISERICÓRDIA de Deus. Tudo bem! Ainda bem que Deus é MISERICORDIOSO! Infinitamente MISERICORDIOSO! “Deus é rico em misericórdia” (Ef 2, 4), e: “Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre”(Sl 99, 5).

A Sagrada Escritura fala sobre a misericórdia de Deus… muitos santos escreveram grandes obras sobre a misericórdia de Deus… e alguns Papas também escreveram sobre a misericórdia de Deus. Grande consolo para o coração do homem que deve se apoiar sempre no Criador: “Vós sois meu protetor e meu escudo, vossa palavra é para mim a esperança” (Sl 118, 114).

Basta a MISERICÓRDIA de Deus para salvar o homem? Basta o pecador saber que Deus é misericordioso para alcançar a salvação eterna? O grande problema não está na misericórdia de Deus, mas está do OUTRO LADO: o coração do homem: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3, 20). Está claro que Deus NÃO IMPÕE a sua MISERICÓRDIANÃO AGRIDE a LIBERDADE do homem. É preciso que o OUTRO LADO, isto é, o homem, ABRA o coração para a MISERICÓRDIA de Deus.

A misericórdia de Deus não é novidade para ninguém; a novidade está do OUTRO LADO: o ARREPENDIMENTO do homem… CONDIÇÃO para receber a misericórdia: “… não desprezeis um coração arrependido!” (Sl 50, 19).

Deus é misericordioso e o homem pode ir para o inferno, mesmo Deus sendo misericordioso. Judas Iscariotes foi para o inferno mesmo vivendo com Jesus misericordioso. Fez milagres, pregou a Boa Nova, morou com Ele, ouviu os seus ensinamentos… mas permaneceu com o coração trancado, ou melhor, lacrado: “Não vos escolhi, eu, os Doze? No entanto, um de vós é um diabo!” (Jo 6, 70). Esse Apóstolo infeliz pecou confiando na misericórdia de Jesus Cristo: “Judas se condenou, porque se atreveu a pecar confiando na clemência de Jesus Cristo” (São João Crisóstomo). Jesus Cristo é o Bom Pastor (Jo 10, 11); mas não é palhaço nem marionete de pecadores obstinados.

Será que basta ouvir falar da misericórdia de Deus para se salvar? Muitos pregadores estão tentando tranquilizar os pecadores com uma falsa “doutrina” sobre a misericórdia… verdadeira armadilha para as almas. Falam da misericórdia, mas escondem dos pecadores as CONDIÇÕES para recebê-la… “doutrina” incompleta e perigosa. Os pecadores, apoiados na misericórdia de Deus, já se julgam salvos, continuam pecando e negam mudar de vida… eis o grande perigo para as almas! “Porque não merece a misericórdia de Deus aquele que se serve da mesma para ofendê-lo. A misericórdia é para quem teme a Deus e não para o que dela se serve com o propósito de não temê-lo” (Santo Afonso Maria de Ligório), e: “A clemência foi prometida a quem teme a Deus e não a quem abusa dela… Desgraçado daquele que abusa da bondade de Deus para ofendê-lo mais!” (Idem.).

Santo Padre, por que os pregadores não pregam sobre o OUTRO LADO; isto é, sobre as CONDIÇÕES do homem para RECEBER a misericórdia de Deus? Aqui está o grande “problema”… a “questão” difícil e delicada. Milhares de confissões são SACRÍLEGAS: “Infelizmente, são incalculáveis as almas que fazem confissões sacrílegas” (Pe. Sarnelli), e: “A dor dos pecados é coisa importantíssima, de todo indispensável mesmo para cada confissão. Sem ela o sacramento não terá lugar… Não é necessário sentir essa dor como se sente dor de cabeça ou de dentes; basta tê-la no coração. Essa dor é a vontade resoluta de não cometer o pecado e fugir das ocasiões” (Pe. Luiz Chiavarino).

Os pregadores bajuladores estão se “lambuzando” numa falsa misericórdia… açucarada e melosa… que não exige do pecador as CONDIÇÕES para recebê-la. Uma “doutrina” pela metade que não ajuda o pecador mudar de vida.

Deus é MISERICORDIOSO! Certo… indiscutível! Mas está faltando um SÉRIO, SINCERO e PROFUNDO esclarecimento sobre as CONDIÇÕES do homem para receber a MISERICÓRDIA do Criador. Está faltando uma explicação CLARA sobre o OUTRO LADO.

Os pecadores ouvindo falar SOMENTE da misericórdia de Deus FICAM ACOMODADOS em seus PECADOS, e aproveitam da compreensão errônea do que é a misericórdia de Deus para PECAREM ainda mais: “Quem ofende a Deus, confiado na esperança de ser perdoado, é um escarnecedor e não um penitente” (Santo Agostinho).

É preciso explicar para os pecadores sobre o ARREPENDIMENTO, PROPÓSITO, ÓDIO ao PECADO e MUDANÇA de VIDA. Um pecador pode se salvar sem a confissão, caso não encontre um sacerdote disponível, mas não poderá se salvar sem o ARREPENDIMENTO: “Sempre a Contrição tem sido necessária para se alcançar o perdão dos pecados. É ela que prepara o homem caído depois do Batismo a receber o perdão” (Concílio de Trento). Quem se confessa deve ter empenho em ter verdadeira DOR dos pecados, porque esta é a coisa mais importante de todas; e, se falta a DOR, a confissão não é válida.

De que adianta um pecador ouvir falar tanto da misericórdia de Deus, se lhe falta essa DOR dos pecados? Parece que os pregadores não querem mexer na DOR dos pecados para não perderem os “fregueses”… estão com medo de aprofundarem nas CONDIÇÕES para receber a MISERICÓRDIA de Deus: “Ai de vós, condutores cegos” (Mt 23, 16).

Os pregadores não podem querer enfiar a MISERICÓRDIA de Deus goela abaixo dos pecadores. Será que estão preparados para recebê-la? Será que querem recebê-la? DEUS É INFINITAMENTE MISERICORDIOSO, MAS NÃO É TIRANICAMENTE MISERICORDIOSO; isto é, Deus NÃO IMPÕE a sua misericórdia ou o seu PERDÃO a quem NÃO o PEDE ou NÃO o QUER RECEBER. É preciso tomar muito cuidado para não BANALIZAR e INFANTILIZAR a DOUTRINA sobre a MISERICÓRDIA do Criador. A misericórdia de Deus não é abobrinha murcha do final de feira, vendida a preço baixo.

Jesus Cristo SOFREU MUITO no Getsêmani por causa do NÃO e da OBSTINAÇÃO de milhões de pecadores até o fim do mundo: “Parece-nos que a tristeza de Jesus Cristo não poderia ser maior, mas aumentou mais ainda, pela nossa ingratidão. Viu que muitos não reconheciam, outros não apreciavam, e que vários não agradeciam seu esforço em nosso favor; e que mesmo depois de derramar o seu sangue para limpar nossa imundície, muitos terminariam na condenação eterna” (Pe. Luis de la Palma).

Deus NÃO é TIRANO, NÃO OBRIGA o homem a amá-lo. Nisto consiste precisamente a grandeza e a nobreza de Deus.

Nosso Senhor NÃO VIOLENTA nem FORÇA o homem a ABRIR-SE para a MISERICÓRDIA. Então, por que os pregadores estão “vendendo” tão barata a misericórdia de Deus em suas pregações melosas e vazias? Acham que os pecadores vão se comoverem e se impressionarem com isso? É preciso urgentemente pregar a MISERICÓRDIA de Deus COMPLETA; não somente uma FACE, mas as duas FACES, isto é, também as CONDIÇÕES do pecador para recebê-la; do contrário seria uma terrível armadilha para as almas.

Os pecadores, em geral, USAM da BONDADE de Deus para ofendê-lo ainda mais… ABUSAM do AMOR do Criador. Não merece a piedade de Deus aquele que, sabendo que é tanta, a converte em desregramento, e não em proveito espiritual: “Quem semeia pecados, não pode esperar outra coisa que o eterno castigo no inferno” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Os pecadores se julgam donos da verdade, com o direito de ofender a Deus porque Ele teria a “obrigação” de perdoá-los sem exigir deles o arrependimento. Essas pessoas tornam-se “inacessíveis” à misericórdia de Deus porque se fecham voluntariamente a ela, encerrando-se nos seus próprios pecados. Dizem, com arrogância, que Deus tem que esperá-las: “Se Deus espera com paciência, não espera sempre. Pois, se o Senhor sempre nos tolerasse, ninguém se condenaria” (Santo Afonso Maria de Ligório), e: “A esperança depois do pecado, quando o pecador deveras se arrepende, é agradável a Deus; mas a dos obstinados lhe é abominável” (Idem.).

Os pecadores, em geral, apostam apenas na misericórdia e esquecem que há a justiça. Dizem que a misericórdia de Deus é infinita, mas esquecem de que a justiça de Deus também é infinita: “Tão grande como a sua misericórdia é o seu castigo” (Eclo 16, 12), e: “Não digas: ‘Pequei: o que me aconteceu?’, porque o Senhor é paciente. Não sejas tão seguro do perdão para acumular pecado sobre pecado. Não digas: ‘Sua misericórdia é grande para perdoar meus inúmeros pecados’, porque há nele misericórdia e cólera e sua ira pousará sobre os pecadores” (Eclo 5, 4-6), e também: “A eternidade das penas do Inferno é dogma de fé definido pela Igreja, e consta em muitos lugares da Sagrada Escritura. A eternidade das penas não contradiz a misericórdia divina, porque, se esta é infinita, também é infinita a sua justiça” (Pablo Arce e Ricardo Sada, Teologia Moral), e ainda: “O Senhor é bom; mas também é justo. Não queiramos considerar unicamente uma das faces de Deus” (São Basílio Magno).

Se Deus NÃO OBRIGA o homem a AMÁ-LO… nem FORÇA a criatura a ABRIR-SE para a MISERICÓRDIA; por que milhares de pregadores da Igreja Católica estão, como mendigos, se arrastando atrás de pessoas REBELDES, INGRATAS e OBSTINADAS no PECADO? É preciso ensinar essas pessoas a RESPEITAREM a Deus e MUDAREM de VIDA, pregando com sinceridade sobre as CONDIÇÕES para receber a MISERICÓRDIA do Criador: “Há uma grande propensão nas almas mundanas para recordar a Misericórdia do Senhor. – E assim se animam a continuar em seus desvarios. É verdade que Deus Nosso Senhor é infinitamente misericordioso, mas também é infinitamente justo. E há um julgamento, Ele é o Juiz” (São Josemaría Escrivá).

Santo Padre, é correto ABUSAR de Deus para AGRADAR o pecador? OFENDER o Deus, três vezes santo, para TENTAR ATRAIR o REBELDE OBSTINADO? PISAR e CUSPIR na GRAÇA para AGRADAR a DESGRAÇA? Esconder a VERDADE para tranquilizar os VICIADOS?

É correto “colocar” Jesus Sacramentado, Deus infinito e puro, no coração de um casal que “adora” mais o adultério que ao próprio Deus? Um casal que livremente escolheu o prazer sexual como seu deus?

É correto colocar o Deus Eterno e Santo sob os pés de criaturas caprichosas, viciadas e apegadas ao pecado? Pessoas que escolheram livremente o caminho do inferno?

É correto dar a absolvição para pessoas que preferem o adultério? A absolvição é válida? Não seria isso dar pérola aos porcos? (Mt 7, 6). Não seria isso brincar com tão grande sacramento?

É correto ofender a Deus para agradar aos homens? “É porventura o favor dos homens que agora eu busco, ou o favor de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se eu quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1, 10).

É correto a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Única Igreja fundada por Jesus Cristo, PEDIR perdão aos gays? Se HUMILHAR diante de pessoas que exaltam o pecado contra a natureza em todo o mundo? “… eles não só a fazem, mas ainda aplaudem os que as praticam” (Rm 1, 32). Será que Deus pediu perdão por ter destruído as CINCO CIDADES MALDITAS: Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela? Ao invés de pedir perdão aos gays, é preciso chamá-los à conversão. Eles sim, é que devem implorar de joelhos e lágrimas o perdão de Deus e mudarem de vida; do contrário irão para o inferno: “… nem os efeminados herdarão o Reino de Deus” (1 Cor 6, 10). Ou devemos mudar a Sagrada Escritura para agradar aos gays?

Quem disse que os gays querem Deus? Se quisessem não exaltariam o pecado promovendo o orgulho gay. Eles querem que o mundo inteiro se incline diante deles, usando como arma a bandeira do preconceito.

Deus é muito rigoroso com os gays obstinados no pecado… com os gays que lutam para promover o pecado contra a natureza. Lê-se na parábola do joio que, tendo crescido num campo essa má erva juntamente com a boa semente, os servos quiseram arrancá-la (Mt 13, 29). O Senhor, porém, lhes objetou: “Deixai-a crescer; mais tarde a arrancaremos para lançá-la ao fogo” (Mt 13, 30). Deduz-se desta parábola, por um lado, a paciência de Deus para com os pecadores, e, por outro, o seu rigor para com os obstinados.

Deus PERDOA quem MUDA de VIDA, e não quem ABUSA do seu AMOR: “Se mudardes de vida para o restante dos vossos dias, Deus vos perdoará, pois é misericordioso e benigno… A misericórdia divina é maior que nossas maldades. Mas SOB a CONDIÇÃO de que desejemos nos CORRIGIR na santa confissão, com o propósito de preferir a morte ao vômito. Assim fazendo, reconquistareis vossa dignidade perdida pelo pecado e pagaremos nosso débito com Deus. Mas lembrai-vos! Se não pagardes o débito, caireis na mais escura prisão que se possa imaginar. E quando tal débito não é pago pela confissão e arrependimento, nem é necessário que outros gastem energia para prender o devedor, pois ele por si mesmo se encaminhará para as profundezas do inferno, na companhia dos demônios, patrões aos quais serve” (Santa Catarina de Sena, Carta 21, 4).

Peçamos a Deus a graça de não termos de pedir perdão a Herodes Antipas, Judas Iscariotes, Nero e demais imperadores, Martinho Lutero, Estado Islâmico… e, por fim, a Satanás. Nem tanto!

A Igreja Católica está parecendo uma velha desorientada e mendiga pedindo perdão para todos, e só recebe chutes em troca.

A Santa Igreja precisa formar SANTOS, e não amontoar GALHOS SECOS… necessita de pessoas APAIXONADAS por Deus, e não de SAL INSOSSO. O que se faz com o sal insosso? “Para nada serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens” (Mt 5, 13). A Igreja está perdendo tempo em amontoar LÂMPADAS QUEIMADAS.

Alguém poderia dizer: Mas Jesus Cristo não veio para os pecadores? (Lc 5, 32). Sim, mas é importante ler todo o versículo: “… não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao ARREPENDIMENTO”. Não veio para acariciar os pecadores em seus pecados… não veio para pedir perdão aos gays.

Santo Padre, é preciso agir com prudência para não colocar a Santa Igreja num beco sem saída. Muitas pessoas estão perdendo a confiança na Igreja Católica.

Bondoso Pastor, acompanho todos os seus sermões, homilias, discursos… e guardo-os em uma pasta para estudá-los com muita atenção e respeito. Percebo que o senhor usa certas palavras e frases para afrontar bispos e cardeais que não deixaram Vossa Santidade fazer tudo o que queria no Sínodo. O senhor ficou um pouco decepcionado com algumas pessoas no Vaticano e fora dele que se opuseram às suas ideias. O senhor é o “Doce Cristo na terra” (Santa Catarina de Sena), mas não é o Cristo. Deus sabe o que faz… o que é o melhor para a sua Santa Igreja!

E o Ano Santo da Misericórdia? Será que não foi uma “doce” vingança? Deus sabe!

Santo Padre, reze pelos católicos do Brasil para que acordem o quanto antes; num país de duzentos milhões de habitantes já são cinquenta milhões de protestantes, sem falar de outras seitas.

Os católicos brasileiros são bons para verem novelas, participarem de carnaval, fazerem reuniões em bares, profanarem as festas dos santos com bailes e bebedeiras… participarem de romarias vazias e mundanas… são milhões de defuntos ambulantes: “Membros mortos da Igreja são os fiéis que estão em pecado mortal” (São Pio X, Catecismo Maior, 167).

Será que a Hierarquia da Igreja Católica consegue enxergar o péssimo comportamento de milhões de católicos? É muita coragem convidar o “vizinho” para morar em nossa casa sendo que a mesma está desarrumada: “A Igreja parece convertida numa verdadeira Babel. É necessário mesmo olhar para o céu, sofrer e calar” (Bem-aventurado João Batista Scalabrini).

Santo Padre, é preciso sacudir e orientar os católicos do mundo inteiro… a situação está periclitante.  É preciso colocar os senhores bispos, padres, freiras e leigos para evangelizar.

Peço que Vossa Santidade abençoe a mim, aos meus religiosos e aos leigos com quem trabalho.

Filialmente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)