Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Carta 01

Anápolis, 13 de dezembro de 2002

 

À Sua Santidade

Papa João Paulo II

O doce Cristo na terra (Santa Catarina de Sena)

 

Santo Padre, escrevo-lhe esta carta para tratar de um assunto de suma importância para a Igreja no Brasil e no mundo, mas, principalmente no Brasil: a falta de pudor por parte dos católicos, fora e dentro dos templos.

As mulheres brasileiras não sabem mais que moda inventar, o Brasil está se transformando a cada dia numa "Sodoma" e "Gomorra". Sinto que é chegado o momento de dizer um basta para tanto escândalo e profanação dentro dos templos católicos no Brasil. Em muitas Dioceses Brasileiras, as mulheres ,com roupas escandalosas, comungam o Santíssimo Corpo de Nosso Senhor sem nenhum escrúpulo, e esse comportamento vergonhoso, faz muitas pessoas piedosas abandonarem a fé, e os não católicos vendo tal comportamento, zombam com gosto da nossa Religião. Aqui cabem as palavras de São Clemente Romano aos Coríntios: “...Quando os pagãos escutam da nossa boca os pensamentos de Deus, admiram a sua beleza e grandeza; mas, depois, quando percebem que as nossas obras não correspondem às nossas palavras, então mudam de idéia e começam a blasfemar dizendo que o cristianismo é somente um mito e um engano (2 Coríntios, 13).

Santo Padre, como seria útil à nossa Santa Igreja e agradável a Deus, se V. Santidade escrevesse com urgência uma Encíclica sobre as modas, não aconselhando, mas proibindo radicalmente que os católicos usassem roupas depravadas fora e dentro dos templos, e que maravilha se V. Santidade proibisse as mulheres de comungarem de calça comprida; essa proibição seria um bálsamo no Coração Imaculado de Maria.

Sabemos que a lâmpada não é valorizada pelo seu tamanho, mas sim, pela luz que a mesma emite; penso também que a grandeza da nossa Santa Religião não consiste tanto no número de católicos, mas na santidade de cada um. Se cada católico viver santamente, com certeza a Igreja será sempre uma árvore frondosa, como escreve Santo Agostinho: “As suas palavras permanecem em nós quando fazemos tudo o que nos ordenou e desejamos o que nos prometeu; no entanto, quando as suas palavras permanecem em nossa memória, mas em nossa vida e nos nossos hábitos não se encontra nenhum sinal delas, então o ramo já não faz parte da videira porque não absorve mais a vida da sua raiz(Comentário sobre o Evangelho de São João), e Santo Antônio de Pádua também escreve: “É viva a palavra quando são as obras que falam. Cessem, peço, os discursos, falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras e por isto amaldiçoados pelo Senhor, porque ele amaldiçoou a figueira em que não encontrou frutos, apenas folhas(Sermões).

Santo Padre, aproveito dessa oportunidade para parabenizá-lo pelo extraordinário trabalho que V. Santidade realiza com zelo, amor e perfeição; e peço também que abençoe a mim, os meus religiosos e os leigos com os quais trabalhamos.

 

Filialmente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

O nosso padre recebeu a resposta dessa carta no dia 06 de fevereiro de 2003, sendo que a mesma encontra-se em nossos arquivos.

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Carta 02

Anápolis, 31 de janeiro de 2004

 

À Sua Santidade

Papa João Paulo II

Meu bondoso e santo pai (Santa Catarina de Sena, Carta n° 196,3).

 

Santo Padre, escrevo-lhe para parabenizá-lo pelo frutuoso trabalho missionário que Vossa Santidade tem realizado pelo mundo inteiro, cumprindo com muito zelo, amor e dedicação a ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo que diz: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura(Mc 16,15).

Leio com fé e entusiasmo a Encíclica “Redemptoris Missio”, escrita por Vossa Santidade e a “Evangelii Nuntiandi”, escrita pelo Papa Paulo VI, que são palavras tiradas dos vossos sinceros corações, abrasados de amor e de zelo pelas almas e pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Santo Padre, vejo e acompanho com tristeza, que aquilo que é pedido nestas Encíclicas, é deixado de lado e tratado com pouco caso, principalmente no Brasil.

Sinto que a Igreja Católica no Brasil está se definhando a cada dia, o clero em geral e os fiéis estão de braços cruzados, percorrendo o caminho largo e vivendo às margens da Santa Igreja. Muitos do clero, principalmente os senhores bispos, estão mais preocupados com política do que em pregar a  Jesus Cristo, como ordena a Santa Mãe Igreja, e por isso, a decadência é total: “Não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, não forem anunciados (Papa Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, n° 22).

Santo Padre, em relação aos católicos do Brasil, o comodismo é grande e a falta de amor pela evangelização é imensa, todos vivem acomodados, levando uma vida de máscaras, praticam todo tipo de torpeza; infelizmente estão longe de viver aquilo que Vossa Santidade pede: “Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: Anunciar Cristo a todos os povos(Redemptoris Missio, n° 3).

O nosso Brasil que era um país totalmente católico, com certeza encontra-se hoje em ruínas, existem sim, católicos batizados, mas que vivem pior que pagãos; por causa desse mau exemplo e pouco fervor, os evangélicos, os espíritas, os budistas, os muçulmanos e o ateísmo aumentam assustadoramente a cada dia, e o clero continua de braços cruzados achando tudo normal; para esses omissos diz a Palavra de Deus: “Todas as sentinelas são cegas, nada percebem; todas elas são uns cães mudos, incapazes de latir; vivem a resfolegar deitados, gostam de dormir (Is 56,10).

Santo Padre, é preciso acordar o clero e os católicos do Brasil, é preciso que todos descruzem os braços, porque o lobo está furioso e devorando todas as ovelhas. Para o Brasil recuperar o que já perdeu, é preciso que todos sejam verdadeiros e santos missionários, clero e fiéis; é preciso arregaçar as mangas e trabalhar com afinco; é preciso vencer o lobo, arrebatando as ovelhas que estão em suas garras; é preciso percorrer o caminho estreito da oração e da penitência, deixando de lado toda inércia e respeito humano: “É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos(Dos Sermões de São Bernardo de Claraval, Abade).

A missão da qual falo, não consiste nessas coisas que fazem por aí, reunindo pessoas para contar estórias ou para dançar e fazer festinhas; e sim, falo daquela missão que transforma as trevas em luz, que transforma o coração e o comportamento dos fiéis, que leva o povo a se apaixonar por Deus e pelas coisas do alto; falo daquela missão onde a verdade é pregada com o máximo de fidelidade, onde Jesus é adorado e os pecados perdoados: “A Igreja envia também ela próprios evangelizadores... a pregar, não as suas próprias pessoas ou as suas idéias pessoais, mas sim um Evangelho do qual nem eles nem ela são senhores e proprietários absolutos para dele disporem a seu bel-prazer, mas de que são os ministros para o transmitir com a máxima fidelidade(Papa Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, nº 15), e: “O chamado à missão deriva, por sua natureza, da vocação à santidade. Todo missionário só o é, autenticamente, se se empenhar no caminho da santidade(Papa João Paulo II, Redemptoris Missio, nº 90).

Santo Padre, Deus lhe pague pelo Vosso bom exemplo e pelo amor que tendes pelas almas; peço que abençoe a mim, os meus religiosos e os leigos com os quais trabalhamos.

 

Filialmente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

O nosso padre recebeu a resposta dessa carta no dia 11 de março de 2004, sendo que a mesma encontra-se em nossos arquivos.

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Carta 03

Anápolis, 12 de dezembro de 2004

 

À Sua Santidade

Papa João Paulo II,

Meu doce Pai!(Santa Catarina de Sena, Carta 196, 2).

 

Santo Padre, que o silêncio e a paz da Gruta de Belém estejam em vosso coração: “Oh, como se está bem no silêncio, ouvindo-o ainda e sempre, alegrar-se com a paz de sua presença, para se dar toda ao seu amor(Beata Elisabete da Santíssima Trindade, Poesia 75, sobre o Natal).

Sabemos que Santo Agostinho, ao ouvir os cânticos sacros do seu tempo, exclamava entre lágrimas, expressando a paz e a felicidade que invadiam a sua alma: “Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de piedade me elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me faziam bem (Confissões 9, 6, 14).

Santo Padre, penso que se Santo Agostinho, bispo santo, piedoso, zeloso, sincero e apaixonado pela Santa Igreja, andasse em nossos dias por milhares de paróquias, com certeza absoluta, ele jamais se expressaria da maneira que foi dito acima, mas diria mergulhado em um mar de angústia: Quanto chorei e escandalizei ouvindo vossos hinos gritantes, cânticos frenéticos, os acentos ásperos que ecoavam em vossa Igreja! Que vazio e decepção me causavam! Como ofendiam meus ouvidos, desabando o sentimentalismo e a política em meu coração horrorizado. Uma grande trovoada de impiedade me arrasava, e as lágrimas corriam-me até o chão, e me faziam muito mal.

Querido Pastor, quão urgente e necessário é corrigir os abusos, desvios, impiedade e exageros dos cânticos na celebração da Santa Missa. Hoje, infelizmente, membros do clero, com a intenção de “atrair” e de “agradar” o povo, estão cometendo horrores na Liturgia, deixando muitas pessoas em dúvida, se participaram de uma Santa Missa, de um baile ou de um comício político; e o resultado é desastroso, ao invés de atrair o povo, dispersa-o, fazendo o mesmo perder o amor pelo sagrado.

No nosso Brasil, a maioria das autoridades eclesiásticas, valoriza mais o número de batizados do que a vivência dos mesmos, isso para não entrarem em desespero diante da cruel realidade: a grande evasão e o gélido indiferentismo por parte dos batizados na Santa Igreja Católica Apostólica Romana; e apavorados deturpam e adulteram a Liturgia com: “missa sertaneja”, “missa cabocla”, “missa afro-brasileira”, “missa do zumbi”, “show missa”, “missa de cura”, e outras celebrações com pretexto de ecumenismo, às quais nem saberia nomear: “Não é possível facilitar a conversão de uma alma, à custa de tornar possível a perversão de muitas outras (São Josemaría Escrivá, Sulco, 966), e tenho certeza absoluta, que jamais conquistaremos almas para Deus profanando e mundanizando a Liturgia.

Santo Padre, por que tamanhas aberrações são permitidas dentro da Liturgia? E por que a Sagrada Congregação para o Culto Divino não toma as devidas providências para corrigir tantos abusos?

Sabemos claramente, que a Santa Igreja, Mãe sábia e zelosa, orienta piedosamente o clero sobre os cânticos apropriados para a Liturgia; só que ao invés do clero seguir tais orientações dadas pela Igreja, muitos preferem profaná-la, deturpando-a a seu bel-prazer.

Não citarei nenhum dos inúmeros documentos sobre a Liturgia, existentes antes do Concílio Vaticano II, verdadeiras luzes e oceanos de piedade; pois os “modernos” deturpadores da Liturgia, membros do clero, poderiam tomá-los como ultrapassados e medievais; citarei apenas o Concílio Vaticano II e a Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia”.

 

A) CONCÍLIO VATICANO II

 

A Igreja reconhece o canto gregoriano como próprio da liturgia romana. Portanto, em igualdade de condições, ocupa o primeiro lugar nas ações litúrgicas (Sacrosanctum Concilium, 116).

Se “ocupa o primeiro lugar”, por que a Santa Igreja não exige radicalmente dos senhores bispos, que são os custódios da Liturgia: “O Bispo diocesano, primeiro administrador dos mistérios de Deus na Igreja particular que lhe tem sido confiada, como o moderador, promotor e custódio de toda a vida litúrgica(Redemptionis Sacramentum, 19), para que formem em suas dioceses várias “Scholae cantorum(cf. Sacrosanctum Concilium, 114), para ensinar aos fiéis o canto gregoriano? Sei que esses insignes pastores, fazem inúmeras reuniões para tratarem de diversos assuntos, mas quanto ao canto gregoriano, tudo indica que nem é mencionado.

Vossa Santidade que é piedoso e sincero, sabe muito bem que o canto gregoriano é uma pérola preciosa que a nossa Santa Igreja possui; ele é o único capaz de elevar verdadeiramente uma alma sem o veneno do sentimentalismo; ele embeleza a Liturgia da Santa Igreja, da mesma forma que as estrelas embelezam o firmamento.

Se a Santa Igreja diz abertamente que ele “ocupa o primeiro lugar”, porque então ficar só na teoria? Seria mais próprio da Santa Igreja, e mais santo para as almas, se os cantores ocupassem o tempo dos ensaios com o canto gregoriano, ao invés de perder tempo com cânticos mundanos, políticos, protestantes, etc., inclusive Vossa Santidade disse aos bispos do Brasil na Visita ad Limina Apostolorum 1995-1996: “Ele quer sentir nas músicas de vossas igrejas o apelo ao louvor de Deus, à ação de graças, à prece humilde e confiante e se sente desconfortável quando esses cantos em sua letra envolvem uma mensagem política ou puramente terrena, e em sua expressão musical não apresentam a característica de música religiosa, mas são marcadamente profanos no ritmo, na linha melódica e nos instrumentos musicais de acompanhamento (Regionais Nordeste 1 / 4, 6); e a piedade culminaria e agradaria imensamente a Deus e conquistaria milhares de almas para a Santa Igreja, se o canto gregoriano fosse acompanhado de um órgão, principalmente o órgão de tubos: “Tenha-se na Igreja Latina em grande consideração o órgão de tubos, como instrumento tradicional de música, cujo som pode acrescentar às cerimônias admirável esplendor e elevar com veemência as mentes a Deus e às coisas divinas(Sacrosanctum Concilium, 120). O mesmo documento diz ainda no mesmo número: “Outros instrumentos podem ser admitidos ao culto divino, a juízo e com o consentimento da autoridade territorial competente... contanto que sejam adequados ao uso sacro, ou possam a ele se adaptar, condigam com a dignidade do templo e favoreçam realmente a edificação dos fiéis”.

Santo Padre, com essa abertura, os órgãos de tubos ainda existentes estão empoeirados e cheios de teia de aranha; o que sobressaem na liturgia, são as guitarras e baterias (instrumentos de roqueiros), violões (instrumentos sertanejos), atabaques (instrumentos próprios do candomblé), pandeiros (instrumentos próprios do samba carnavalesco), e outras “coisas” que é preferível nem nomear. Seriam esses instrumentos “adequados ao uso sacro”? Será que eles condizem “com a dignidade do templo”? Será que eles favorecem “realmente a edificação dos fiéis”? Afirmo abertamente que não, porque os resultados são desastrosos e o vazio e a confusão é total; e aquilo que é próprio do mundo passageiro e inimigo de Deus, não pode satisfazer uma alma imortal: “Vi que a felicidade no mundo não existe, sempre seu trato me deixa um vazio que Nosso Senhor enche por completo quando estou com Ele na igreja(Santa Teresa dos Andes, Carta 20).

As orientações da Congregação para o Culto Divino “A Liturgia Romana e a Inculturação”, de um modo especial os números de 46 a 51, são desobedecidos, espezinhados, adulterados e pisados por muitos do clero. Nesses números a Santa Igreja pede PRUDÊNCIA, mas o que é praticado, é um verdadeiro “ASSASSINATO DA LITURGIA”.

 

B) CARTA ENCÍCLICA ECCLESIA DE EUCHARISTIA

 

Vossa Santidade recentemente escreveu: “O mesmo se pode dizer da música sacra; basta pensar às inspiradas melodias gregorianas, aos numerosos e, freqüentemente, grandes autores que se afirmaram com os textos litúrgicos da Santa Missa (49). Realmente o senhor, Pastor piedoso, sabe valorizar uma das jóias mais raras da Santa Igreja Católica, e apreciar o canto que acariciou a alma de milhões de católicos no passado e que foi cantado por centenas de pessoas consagradas, hoje, santos canonizados.

O mais recente documento da Igreja Católica, Instrução “Redemptionis Sacramentum”, n. 57, diz: “É um direito da comunidade de fiéis que, sobretudo na celebração dominical, haja uma música sacra adequada e idônea, de acordo com costume”. De acordo com o que foi demonstrado nos documentos acima, o verdadeiro “direito da comunidade”, e a música sacra, mais “adequada” e “idônea” é o canto gregoriano, e penso que não existe outra música sacra que esteja mais “de acordo com o costume” da Santa Igreja do que o canto gregoriano, porque ele “ocupa o primeiro lugar nas ações litúrgicas(Sacrosanctum Concilium, 116).

Santo Padre, no documento “Redemptionis Sacramentum”, n. 184, diz: “Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico...”. Não faço aqui uma queixa do que o mesmo documento cita no n. 57, já mencionado no parágrafo acima, mas sinto que pode piorar a situação que já está fora de controle; porque já existe uma diferença enorme de uma diocese para outra em relação aos cânticos, sem falar de uma paróquia para outra; e essa diferença deixa aqueles que ainda vão à missa dominical confusos.

Vossa Santidade que é Pastor de toda a Igreja, e que: “...possui na Igreja poder pleno, supremo e universal (Lumen Gentium, 22), poderia, através de um documento claro e objetivo colocar um fim em toda essa confusão, e deixar como canto da Santa Missa, unicamente o gregoriano.

O povo já vive numa sociedade tão agitada e barulhenta, e quando vai à igreja em busca de paz e de silêncio, se deparam com “cantores” gritando desesperadamente em microfones, com o volume máximo das caixas acústicas, guitarras estridentes e baterias estrondosas, sem falar no alvoroçado bater de palmas e no agitado balançar de folhetos, e o que é inexplicável, as danças que estão superando os protestantes. O que o documento “A Liturgia Romana e a Inculturação”, n. 42, permitiu a “certos povos”, como por exemplo: “O canto acompanhado do bater de mãos, de movimentos ritmados e de passos de danças dos participantes”, foi muito mal interpretado e se espalhou principalmente no Brasil; mesmo não fazendo parte da cultura própria do país, alguns do clero, forçosamente o introduziu. Mesmo sendo permitido a “certos povos”, tais gestos, vejo que semeiam mais confusão do que edificam.

Querido Pai, diante de tanta confusão na Liturgia, somente o senhor pode dar uma solução.

Santo Padre: “Humildemente peço a vossa bênção. Para mim e para todos os meus... Nada mais acrescento. Permanecei no santo e doce amor de Deus. Jesus doce, Jesus amor! (Santa Catarina de Sena, Carta 196, 4-5).

 

Filialmente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes F.P.

 

O nosso padre recebeu a resposta dessa carta no dia 13 de janeiro de 2005, sendo que a mesma encontra-se em nossos arquivos.

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Cartas ao Papa Bento XVI