CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO CRUCIFIXO –
ANÁPOLIS – GO
Circular n° 48 – 03-12-2018
Caríssimo (a) benfeitor (a), o Santo Natal
está chegando… limpemos o nosso coração com a “vassoura”
de uma Confissão sincera, verdadeira e cheia de
arrependimento. Não basta se confessar, mas é preciso se
arrepender de todos os pecados: veniais e mortais:
Sem arrependimento não há perdão nem mesmo na confissão. Deus não
perdoa nenhum pecado, mortal ou venial, se não estamos arrependidos:
“A dor dos
pecados consiste num desgosto e numa detestação sincera da ofensa
feita a Deus” (São
Pio X, Catecismo Maior, 705).
Milhões de pessoas olham para o Santo Natal
com olhos mundanos… abraçam essa festa como se fosse uma festa
materialista… “regada” com bebedeira, glutonaria…
barulho, algazarra, viagens vazias e inúteis, presentes, reuniões
familiares pagãs, perda de tempo em diálogos frívolos… “desfile” de
modas estranhas para os familiares… ostentação, luxo, pompa e
outros. Diante desse abismo de vaidades… o aniversariante do dia,
o Menino Jesus, é totalmente esquecido, deixado de lado… fica no
“quintal” dos corações:
“Com demasiada frequência, infelizmente, a maneira
como se vive e apreende o Natal hoje é prejudicada pela mentalidade
materialista” (Papa Bento XVI).
Devemos olhar para o Santo Natal com os
olhos cheios de amor, sinceridade, humildade, fé, alegria e
com o coração desejoso de santidade. Não podemos jogar o
Santo Natal fora com ações que não agradam a Deus.
Contemplemos o Menino Jesus na pobre gruta de
Belém… Ele que iniciou o seu sofrimento não no Calvário;
mas sim, no seio de Maria Santíssima… Ele sofreu desde o ventre
materno. Qual é a nossa atitude
diante das provações e dificuldades?
O nosso Salvador nasceu como homem… com lágrimas nos
olhos, com dores no delicado corpo, com frio em todos os membros e
com falta de tudo! Temos coragem de
sofrer algo por seu amor, ou somos “pele” de ovo… “bonecas” mimadas?
O nosso querido Amigo nasceu como servo e não como
rei, nasceu na humilhação, nasceu com toda a sua divina grandeza
encoberta. Temos coragem de servir a Jesus Cristo, ou
dedicamos a nossa vida para servir ao mundo, inimigo perigoso da
nossa alma? É muito perigoso desprezar o Menino Jesus… Ele será o
juiz após a nossa morte.
O nosso bondoso Senhor nasceu numa gruta úmida e
fria, onde faltava o aconchego do lar doméstico, um berço, o asseio…
faltava tudo! E nós, por que reclamamos
de tudo e de todos? Queremos uma vida fácil e confortável… longe do
sacrifício, renúncia e mortificação! É assim que seguimos a Cristo
Jesus?
O Menino Jesus nasceu durante a noite, quando todos
dormiam, quando ninguém o esperava, quando os homens, cansados uns
dos trabalhos, outros dos divertimentos, se entregavam ao sono.
Ele, nosso Deus, não quis se aparecer…
se exibir… ser o “centro”… chamar a atenção das criaturas! Como nos
comportamos? Gostamos de ser aplaudidos e elogiados?
O Menino Deus nasceu pobre para nos ensinar que não
devemos prender o nosso coração às riquezas do mundo. Milhões
de pessoas possuem muito dinheiro… muitos bens materiais… prendem o
coração naquilo que passa. Jesus é rico e nasceu na pobreza! Ele nos
ensina a não colocar o coração nas coisas que passam… morreremos e
não levaremos nada para a outra vida… somente o bem praticado.
É importante saber que Deus pedirá contas do nosso dinheiro na hora
da morte: “A nós, também nos serão
pedidas contas do que tivermos feito com os dons divinos. E o que é
que Deus nos deu? Ora, absolutamente tudo: a vida natural e a vida
sobrenatural pelo Batismo, e tudo aquilo que elas implicam. O tempo
da nossa vida, as qualidades pessoais, as próprias coisas materiais
e até o dinheiro de que necessitamos são dons de Deus”
(Monge Edouard Clerc).
Abramos o nosso coração para o Menino Jesus…
talvez esse venha a ser o nosso último Santo Natal!
Não entremos na “onda” perigosa, ingrata, pagã,
imunda e vaidosa do mundo… não joguemos terra, lama, pregos,
espinhos e veneno na manjedoura do Menino Deus; mas sim,
lancemos as pétalas de uma oração fervorosa… o perfume do
arrependimento verdadeiro… a água cristalina da união sincera com o
nosso Salvador. Ele, Deus
Bendito, merece todo o nosso amor!
O Menino Jesus quer que sejamos santos… grandes
santos… quer que evitemos o pecado… que esvaziemos o nosso
coração das coisas vazias e caducas dessa terra. O nosso Deus
Infante quer o nosso coração somente para Ele… o seu amor é exigente
e não aceita um coração dividido.
Envio, de presente, o Catecismo sobre Nosso
Senhor Jesus Cristo (500 perguntas com respostas).
Faça um bom estudo!
Eu te abençoo e te guardo no Coração do Menino Jesus,
Oceano de amor.
Com respeito e gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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