Aos enfermos da Santa Casa de Misericórdia – Bairro
Jundiaí – Anápolis - GO
Circular n.º 01
Anápolis, 07 de novembro de 2011
Prezados, suportem com paciência e alegria as
provações de cada dia, lembrando de que Deus recompensa um coração
conformado com a sua santa vontade:
“Bem-aventurado o homem que
suporta com paciência a provação! Porque, uma vez provado, receberá
a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam”
(Tg 1, 12).
Muitos enfermos não agradam a Deus porque sofrem com
impaciência e murmuram contra a vontade do Criador. Outros não
conseguem contemplar a Nosso Senhor crucificado nem seguir o seu
exemplo; porque, revoltados, permitem que o sofrimento tape seus
olhos, e assim, vivem numa contínua escuridão. É preciso dizer-lhes
que o sofrimento nos purifica:
“A Cruz, os sofrimentos, purifica-nos. O sofrimento
abre-nos os olhos para panoramas de vida maiores, mais verdadeiros e
mais belos. O sofrimento ajuda-nos a escalar os cumes do amor a Deus
e do amor ao próximo” (Pe.
Francisco Faus).
O enfermo não deve se
sentir rejeitado, desprezado e abandonado;
pelo contrário, ele ocupa um lugar importante na Santa Igreja
Católica:
“Tendes um lugar importante na Igreja, se sabeis interpretar vossa
difícil situação à luz da fé e se, sob essa luz, sabeis viver vossa
enfermidade com coração generoso e forte. Cada um de vós pode então
afirmar com São Paulo: ‘Completo na minha carne o que falta aos
sofrimentos de Cristo, em favor do seu Corpo que é a Igreja”
(Bem-aventurado João Paulo II, Audiência Geral, 15 de
novembro de 1978).
Caríssimos, o caminho do
céu é carpetado de pedras e espinhos... é preciso trilhá-lo com
fé, alegria e paciência. Não olhemos para a
cruz como se fosse uma maldição; mas sim, como uma jóia preciosa:
“A cruz é
um presente que o bom Deus dá aos seus amigos... Uma doença
prolongada é vantajosa para um cristão que sabe dela aproveitar-se”
(São João Maria Vianney).
Feliz do enfermo que
suporta os sofrimentos com amor, ele quase não os sente... mas
aquele que sofre resmungando e impaciente é esmagado pelos mesmos.
Pensem continuamente no
Filho de Deus que morreu numa cruz... sofreu tudo com paciência e
amor; de seus lábios não saiu nenhuma queixa.
Rezo por vocês,
familiares, enfermeiros, médicos e religiosas da Santa Casa.
Desejo-lhes perseverança
na dor.
Eu vos abençôo e vos guardo no Imaculado Coração de
Maria.
Atenciosamente,
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
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