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Circular 1 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 01 - 31/01/1995
Quero de todo o coração nesta
circular, incentivá-los a erguerem o estandarte e a bandeira da
perseverança, sem a qual todo o nosso trabalho se torna perdido e
inútil aos olhos de Deus.
De nada vale ter sido santo por longo
tempo, se no fim da vida se morre pecador. Disse Nosso Senhor e
Grande Salvador, Jesus Cristo: "Aquele que perseverar até o fim,
esse será salvo" (Mt 10,22).
Sem perseverança não há salvação.
Perseverar significa viver com Deus até na hora da morte. Na
perseverança no bem até o fim de nossa vida está o princípio da
nossa eterna felicidade.
Sem a perseverança final todos os
esforços são inúteis; não adianta ser bom uma vez na vida ou durante
alguns anos, nós temos que perseverar até o fim. Penitência,
orações, sacramentos e boas obras sem a perseverança final é como o
fumo que se desvaneceu.
O segredo da nossa salvação está na
perseverança no bem. Todas as pessoas começam uma obra, mas somente
os santos, os de boa vontade perseveram até o fim.
O caminho para o céu é um caminho
estreito e cheio de pedras e espinhos, quem for covarde e frouxo
jamais conseguirá percorrê-lo.
Nós não devemos olhar para os
sacrifícios da vida, porque não sabemos quanto ela durará. Devemos
olhar somente para o dia presente.
É triste olhar para o crucifixo e ver
Jesus de braços abertos, e depois olhar para os seus seguidores e
ver noventa por cento de braços cruzados, servindo o mundo e o
demônio. Peçamos a Deus a graça de trabalhar e sofrer com Ele.
Sejam perseverantes hoje, e
considerem cada novo dia como se fosse o último que Deus lhes
concede.
Não adianta começar bem, é preciso
perseverar até o fim e santamente. Muitos começam bem e com
louváveis propósitos, mas uma simples tentação ou desânimo, já é
motivo para jogar tudo fora e começar a prestar culto a Satanás e
aos ídolos de pano.
Perseverar quando tudo vai bem é
muito fácil; quero ver um cristão perseverar quando a cruz pesar em
suas costas, quando tudo se tornar trevas
e quando a secura espiritual
tomar conta da sua alma.
Jesus não prometeu o Paraíso para
ninguém aqui na terra, a terra é lugar de provação e sofrimento,
aquele que abraçar a cruz com amor e perseverar com alegria, esse
será salvo.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 01 - 31/01/1995 ”.
www.filhosdapaixao.org.br/circulares_02.htm
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Circular 2 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 02 - 25/06/1995
Na Encíclica “Redemptoris Missio”,
nº3, o Santo Padre, o Papa João Paulo II diz: “Sinto chegado o
momento de empenhar todas as forças eclesiais na nova evangelização
e na missão ad gentes. Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja
se pode esquivar deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os
povos”.
Nós temos o dever de ouvir e colocar
em prática esse pedido do Santo Padre. Sabemos muito bem que em
volta de nós existem católicos que estão vivendo piores que os
pagãos e se vangloriam disso: “… eles não só as fazem, mas ainda
aplaudem os que as praticam” (Rm 1,32).
Vendo tanta podridão e paganismo perto de nós, não podemos ficar de
braços cruzados vendo o barco afundar e milhares de almas se
perdendo na lama do pecado.
Chegou o momento, é agora e não
amanhã, de arregaçarmos as mangas e trabalharmos pela
salvação das almas, lembrando daquele pensamento que
já conhecemos: “Uma alma inflamada do amor de Deus não consegue
ficar parada”
(Santa Teresa do Menino
Jesus).
Precisamos com urgência, levar todas
as pessoas a descruzarem os braços e a trabalharem dentro da Santa
Igreja Católica Apostólica Romana, obedecendo a Hierarquia da mesma
e serem o braço direito dos sacerdotes.
Cada membro deve ser um missionário
apaixonado por Deus e pelas almas. Quem tem preguiça, desânimo,
moleza, possui
cabeça de vento… etc, não serve
para o
nosso apostolado.
Os superiores deverão incentivar os
membros a visitarem os hospitais, cadeias, velórios, enfermos nas
casas, pregar missões nas cidades, povoados, fazendas, rezar nas
casas e nas praças, fazer encontros e retiros… etc.
O Decreto “Ad Gentes”, nº 36
diz: “Como membros de Cristo vivo, a Ele incorporados e
configurados pelo Batismo e também pela confirmação e a Eucaristia,
obrigados se acham todos os fiéis ao dever de cooperar na expansão e
dilatação de seu corpo, para o levarem quanto antes a plenitude”.
A Santa Mãe Igreja convida “todos
os fiéis”, dizendo que são “obrigados” a cooperar na
expansão e dilatação de seu corpo. Diante dessa insistência e apelo
da Mãe Igreja, nós, os seus filhos, devemos estudar a sua Doutrina e
depois, cheios de convicção, conquistar todas as pessoas para Deus,
ajudando cada católico a ser um missionário de verdade, deixando para
trás o comodismo, a preguiça e colocando em prática tudo aquilo que
aprendeu, lembrando dessas terríveis palavras de Nosso Senhor Jesus
Cristo: “Aquele a quem muito se deu muito será pedido. E a quem
muito se houver confiado, mais será reclamado”
(Lc 12,48).
Nesse mundo tão frio o congelado
espiritualmente, precisamos ser o cobertor para aquecê-los;
quantos estão morrendo de frio espiritualmente, por falta de alguém que
venha ao encontro para socorrê-los com
o calor espiritual.
Concluo essa Circular com as
palavras do Papa Pio XII: “A catolicidade é uma nota essencial da
verdadeira Igreja: a tal ponto que um cristão não é verdadeiramente
afeiçoado e devotado a universalidade dela, desejando que ela lance
raízes e floresça em todos os lugares da terra”.
E você? Sente esse desejo? Então
trabalhe com coragem e amor.
Desejo a todos um feliz trabalho
missionário.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 02 -
25/06/1995 ”.
www.filhosdapaixao.org.br/circulares_02.htm
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Circular 3 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 03 - 09/07/1995
“Sê firme e corajoso… Sê de fato
firme e corajoso… sê firme e corajoso… Não temas e não te apavores,
porque o senhor teu Deus está contigo por onde quer que andes”
(Js 1,6-7.9).
Caríssimos Irmãos e Irmãs e amados
Lanceiros de Lanciano, sejamos hoje, no meio desse mundo mergulhado
na apostasia e na indiferença religiosa, outros "Josués", isto é,
pessoas firmes na fé e corajosas, prontas a enfrentar todas as
perseguições e dificuldades por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo,
que padeceu e morreu numa cruz para nos salvar.
Caríssimos, Josué foi forte e
corajoso, um verdadeiro soldado de Deus; também nós precisamos
adquirir essa firmeza desse glorioso seguidor do Deus Altíssimo,
lembrando de que a perseguição ao invés de desanimar os Santos,
dava-lhes mais coragem e ânimo para lutarem contra os inimigos de
Deus.
Se formos fortes e perseverantes,
venceremos qualquer batalha, porque Deus nunca abandonará aquele que
trabalha com perseverança e reta intenção, e feliz de quem suporta
as perseguições por amor e com alegria, porque esse já é um forte
candidato para o céu.
Josué não se intimidou diante das
robustas muralhas de Jericó, ele simplesmente depositou toda a sua
confiança no poder de Deus; e aquilo que era impossível para um
homem, tornou-se possível com a ajuda de Deus, e tudo se desmoronou.
Também nós, caríssimos, com
freqüência nos deparamos diante das muralhas de Jericó, que é tudo aquilo que nos atrapalha a aproximar de Deus:
perseguições, desânimo, tentações, etc.
O que devemos fazer? Correr?
Desanimar? Fracassar? Nada disso! A pérola só mostra o seu brilho
depois de polida; o mesmo acontece com o cristão, esse só mostra as
suas virtudes depois de purificado na escola da provação e
perseguição. Chegou agora o momento de você, caríssimo, provar se
realmente é um soldado de Deus ou se é um fantoche do demônio, isto
é, um bonequinho que obedece prontamente as suas ordens,
principalmente aquela de não trabalhar para Deus. É horrível, nascer
para ser luz e viver nas trevas, e nascer para vencer e viver
derrotado; é bom lembrar aos frouxos de que diante do drama do
Calvário, ninguém tem desculpa para não perseverar.
Caríssimos, para seguir a Deus é
preciso de boa vontade, convicção, firmeza e disponibilidade.
Quando a cruz se tornar muito pesada, pensemos na Paixão de Nosso
Senhor e tudo ficará mais leve, porque sem a Paixão de Jesus Cristo,
os fracos seriam mais fracos, e os fortes se tornariam covardes.
Peçamos a Deus, firmeza e coragem,
para vencermos todos os obstáculos que aparecerem na nossa vida,
somente com sua graça teremos forças para vencer as muralhas de
Jericó, que vão sempre aparecer diante de nós para impedir o nosso
crescimento na santidade.
Desejo a todos muita firmeza e
coragem no trabalho apostolar.
Pe. Divino
Antônio
Lopes
FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 02 -
09/07/1995 ”.
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Circular 4 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 04 - 19/12/1995
Caríssimos irmãos e irmãs, o ano de
95 já está no final e eu, sendo o Fundador e Diretor do Instituto e
do Movimento, quero agradecer-lhes e dar os parabéns pelo
maravilhoso, frutuoso e corajoso trabalho apostolar que
realizaram com tanto carinho, perseverança e dedicação nesse ano.
Que o ano de 96 seja também um ano
cheio de valentia; isto é, um ano de maior colheita no campo
apostolar; devemos nos transformar em verdadeiros caçadores e
conquistadores de almas para Deus, caminhando sempre unidos ao Santo
Padre, o Papa: “O doce Cristo na terra”
(Santa Catarina de Sena) e aos
senhores bispos unidos ao Papa, pedindo também a proteção da
Santíssima Virgem Maria, dos Santos Anjos e Santos.
“O que verdadeiramente importa é
procurar as almas uma a uma, para aproximá-las de Deus”
(A. Del Portilo). Cada membro
deverá no ano de 96 trabalhar incansavelmente na sua Fortaleza,
juntamente com o Lanceiro Auxiliário, principalmente agora, que cada
Fortaleza foi divida em Legiões, para transformar cada Fortaleza num
belíssimo jardim de almas para Jesus e Maria.
Deverão usar todos os meios possíveis
para conquistar todas as pessoas para o Movimento e também para o
Instituto.
Para isso, aproximemo-nos do
Senhor, que é Luz e Força, unamos a Ele como
o sarmento à videira
(Jo 15,5).
Sem santidade pessoal, não é possível nenhuma ação apostólica
frutuosa, todo trabalho se torna estéril e árido, e os frutos serão
podres.
Um cristão que trabalha unido a Deus
jamais perderá batalhas. Nada de preguiça nem comodismo, trabalho,
oração e mais oração, sacrifício e mais sacrifício, insistência e mais insistência, convites e mais
convites;
sendo que o exemplo de vida deve ocupar o primeiro lugar,
e assim no final de 96, a sua Fortaleza será realmente um jardim de
santidade, de almas perfumadas da Graça de Deus.
Nenhum membro deverá ficar ocioso; “O
ferro se enferruja quando se não usa. O ar se corrompe e gera
doenças quando não é agitado por muito tempo. A água sem correnteza
torna-se fétida e nela se desenvolvem os insetos. Assim também o
corpo que se corrompe pela preguiça, torna-se uma sede de todas as
mas inclinações” (São Bernardo de Claraval).
A ociosidade é má conselheira. Por
isto, um Padre da Igreja dizia: “Um homem ocupado só tem um
demônio para o tentar. O preguiçoso tem cem”. É proibido
permanecer no Instituto e no Movimento, pessoas acomodadas,
preguiçosas, parasitas, etc.
A preguiça é um grande mal. É mãe de
todos os males.
Preguiçoso não entra no céu. O Reino
dos céus padece violência. Só quem
luta o alcança.
Concluo
essa Circular com as
palavras do Papa João Paulo II, 09-12-95: “O caminho que Jesus
vos indica não é cômodo; parece antes uma vereda que vai até ao cume
da montanha. Não percais a coragem!”.
Desejo a todos um Feliz Natal e um
Próspero Ano Novo.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 04 -
19/12/1995 ”.
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Circular 5 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 05 - 15/01/1996
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar, essa é a primeira Circular de 96, quero iniciar
esse ano dizendo a todos: coragem!
Esse ano deve ser de graça e de
grande colheita de almas, por isso,
enfrentemos
todas as perseguições com serenidade e perseverança, sem jamais
esmorecermos: “Os que se haviam dispersado iam por toda a parte,
anunciando a palavra de Deus”
(At 8,4).
“Observai como os cristãos, mesmo no meio de infortúnios,
continuam a pregação, ao invés de descuidá-la”
(São João Crisóstomo). Diante
das oposições dos homens vazios de Deus, não devemos cessar de
pregar a Santa
Palavra, porque já estamos convencidos de que a
doutrina de Jesus Cristo, nosso Querido Rei, traz a salvação eterna
e é, além disso, a única que pode tornar este mundo mais
justo e mais humano.
O melhor meio para conquistar almas
para Deus é levarmos uma vida fervorosa, firme e vivermos primeiro
aquilo que pregamos.
“Se o mundo vos odeia, sabei que
primeiro me odiou a mim” (Jo 15,18).
Se o caminho de Jesus foi de espinhos e pedras, nós não podemos
desejar um diferente. Nenhuma dificuldade nos deve surpreender: “Tende
por suprema alegria, meus irmãos, ver-vos rodeados de diversas
provações” (Tg 1,2).
Quanto mais formos perseguidos no nosso apostolado, mais ele será
frutuoso, e sendo bem aceita a perseguição, amadureceremos
rapidamente na fé.
Ao invés de calar a boca e fugir
diante das calúnias, críticas, ameaças e oposições, os Apóstolos: “Todos
os dias não cessavam de ensinar e de pregar o Evangelho de Jesus
Cristo no templo e pelas casa”
(At 5,42).
Quando o ambiente se torna mais
sectário ou se afasta mais de Deus, devemos sentir como que uma
chamada do Senhor para que manifestemos com a nossa palavra e com o
exemplo da nossa vida, que Cristo ressuscitado está sempre entre
nós, e que sem Ele o mundo e o homem perdem o seu eixo e o seu rumo.
Caríssimos irmãos e irmãs: coragem! Quanto maior for a escuridão,
maior a urgência da luz. E vocês são chamados por Jesus para iluminarem os
que vivem na escuridão: “Vós sois a luz do mundo”
(Mt 5,14). Se não iluminarmos
os que vivem na escuridão, teremos que prestar uma terrível conta
para Deus no dia do Juízo
(Ez 33,7 ss).
Deveremos lutar então contra a
corrente, apoiados numa vida de oração pessoal, amizade íntima com
Deus, fortalecidos pela Eucaristia e confissão. Lutar também contra
o comodismo, porque é uma contradição monstruosa, servir o
Crucificado, vivendo uma vida de safados.
Se por covardia e
por falta de fortaleza,
deixarmos de trabalhar para Deus, a nossa alma
encher-se-á de tristeza e dará provas de uma vida interior
superficial e de pouco amor a Deus.
Não podemos esquecer que o bem
sobrenatural que temos de alcançar é um bem árduo, difícil, que
exige da nossa parte uma correspondência decidida, cheia de
fortaleza. Diante das oposições dos que não têm Deus, devemos estar
serenos e alegres como os Apóstolos: “Que estavam cheios de
alegria por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome
de Jesus” (At 5,41).
Diante das dificuldades, devemos
perseverar com firmeza e otimismo, porque, com Cristo e Maria
venceremos.
Desejo a todos uma colheita frutuosa.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 05 -
15/01/1996 ”.
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Circular 6 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 06 - 16/02/1996
Caríssimos irmãos e irmãs no trabalho
missionário e reparador, sejamos todos “Imitadores de Deus”
(Ef 5,1). Não somente o
grande Apóstolo São Paulo nos convida a imitar a Deus, mas também
Jesus Cristo diz em Mt 5,48: “Sede pois perfeitos, com também
vosso Pai celestial é perfeito”.
Caríssimos missionários: “Vós sois
o sal da terra... vós sois a luz do mundo”
(Mt 5,13-14).
Enquanto estivermos aqui na terra, a
nossa missão principal ou única é ser sal da terra e luz do mundo
(Mt 5,13-14). O sal
serve para temperar e conservar os alimentos, também nós devemos dar
sabor à religião e ajudar os fiéis autênticos a conservarem a fé em
Deus; por isso, devemos levar uma vida santa e fervorosa, e assim os
incrédulos vendo o nosso santo comportamento
(1 Pd 1,14-15), glorificarão a Deus e mudarão
de vida (Mt 5,16).
O sal quando perde o sabor não serve
mais para nada, somente para ser jogado fora
(Mt 5,13). O mesmo acontece com o católico
quando não tem Deus na alma; o seu comportamento é medíocre, falso,
obscuro e serve somente para ocupar lugar na Igreja e servir de
escândalo e tropeço para aqueles que ainda querem seguir a Nosso
Senhor (Sb 5,3.6-8).
Devemos ser luz. Cristo Nosso Senhor
é a Luz verdadeira: “Eu sou a luz do mudo; o que me segue não
anda nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo
8,12).
Para sermos luz, devemos viver com a
Santíssima Trindade na nossa alma, isto é, na graça de Deus. O
católico que vive no pecado mortal é uma lâmpada apagada, que ocupa
um lugar na Igreja e só serve de obstáculo para o crescimento da
mesma.
Só seremos luz se seguirmos Cristo
Jesus sem jamais desanimarmos, e quanto maior for a nossa união com
Deus, maior será a claridade que sairá de nossa alma, porque unidos
a Cristo, podemos realizar grandes obras (Jo
15,5).
Caríssimos irmãos e irmãs, a alma que
está no pecado mortal tem horror aos filhos da luz e usa todos os
meios para derrotá-los (Sb 2,12),
mas nós, como rochas firmes, devemos lutar contra os satélites do
demônio, e com Cristo Jesus, jamais devemos nos desanimar: “…
brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”
(Mt 5,16). No decreto Ad
"Gentes",
Nº 36
diz: “Todos os filhos da Igreja devem ter viva consciência de
suas responsabilidades perante o mundo, cultivar em si mesmos uma
espiritualidade verdadeiramente católica, empreguem seus esforços na
obra da evangelização. Seu fervor no serviço de Deus, seu amor para
com o próximo trarão como um novo sopro de espiritualidade para toda
a Igreja, que aparecerá então como a luz do mudo e o sal da terra”.
Hoje em dia, o mundo obscurecido pelo
pecado, anda precisando de muita luz;
luz verdadeira que brilha
através da vivência radical da Sagrada Escritura
(Tg 1,22-25), da recepção digna
dos sacramentos e de uma vida profunda de oração
(1 Ts 5,17).
A ideologia neo-iluminística, o
liberalismo, a charlatanice, o radicalismo elegante, prometiam um
grande bem-estar universal, um carnaval sem cinzas: no entanto,
estamos todos assistindo a um horripilante desfile de cegos guiando
outros cegos e assim o nosso mundo cada dia rola para o abismo
eterno (Mt 15,14).
Desejo a todos um sincero crescimento
espiritual. Quem não é luz, já iniciou a ser trevas.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 06 -
16/02/1996 ”.
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Circular 7 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 07 - 21/07/1996
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Na cruz não falta nenhum exemplo de
virtude” (Santo Tomas de Aquino).
Quero através desta Circular,
incentivá-los a abraçarem a cruz de cada dia e levarem uma vida de
renúncia que agrada muito a Nosso Senhor Jesus Cristo: “Jamais a
cruz sem Jesus, nem Jesus sem a cruz” (São
Luis Maria Grignion de Montfort).
O nosso Querido Salvador disse: “Ajuntai
para vós tesouros no céu…” (Mt 6,20),
que conselho mais sábio e abençoado Ele nos deu, vamos então levá-lo
a sério e obedecê-lo cegamente. Assim como o avarento corre em busca
das riquezas materiais, ficando até noites sem dormir ou mesmo sem
comer, assim devemos fazer em relação aos bens espirituais; devemos
preencher o nosso dia com pequenas e grandes renúncias para agradar
a Deus e receber d’Ele muitas graças: “Deveríamos correr atrás da
cruz como o avarento corre atrás do dinheiro”
(São João Maria Vianney).
“Vida Jesus, viva sua cruz!”
(São Luis Maria Grignion de Montfort),
esse deve ser o nosso grito de cada dia, principalmente quando a
preguiça, esposa de Satanás, vier nos convidar para uma vida fácil e
cômoda, vida que na realidade é morte, e nós sabemos muitos bem que
a vida cristã só tem sentido quando está mergulhada na renúncia: “Não
recuso a cruz: se recuso a cruz recuso Jesus”
(Santa Gemma Galgani).
“Se em algum tempo, meu irmão,
alguém, seja ou não prelado, quiser persuadi-lo de doutrina larga e
de mais alívio, não acredite, nem a abrace, ainda que lha confirmem
com milagres.
Penitência e mais penitência e
desprendimento de todas as coisas, e jamais, se quer chegar a
possuir a Cristo, O busque sem cruz…” (São
João da Cruz), eis o nosso hino meus
caríssimos irmãos e irmãs, eis o hino que devemos cantar não com a
boca, mas com a vida.
Esse mundo voltado para o comodismo,
tem nojo de tudo aquilo que causa sofrimento, mas nós não devemos
segui-lo, não fomos criados para esse “depósito de lesmas”,
mas para seguir a Cristo sem jamais abandonar ou desanimar diante
das provações: “A maior parte dos homens voltam as costas
às
cruzes e fogem delas. Quanto mais eles correm, tanto mais as cruzes
os perseguem”
(São João Maria Vianney).
Devemos aproveitar cada segundo
para renunciar algo de que gostamos; não podemos perder tempo com as
coisas podres do mundo, com esses prazeres que só trazem angústias
para a alma: “Tenha toda a riqueza do mundo e os deleites dele
por lodo, vaidade e fadiga, como na verdade o são”
(São João da Cruz).
Aos olhos dos mundanos, a
mortificação e a renúncia não passam de loucura ou insensatez, mas
aos olhos dos filhos de Deus, daqueles que vivem mergulhados na
espiritualidade, a vida mortificada é realmente a escada certa para
o céu: “E mesmo os cristãos, na medida em que perdem o sentido
sobrenatural das suas vidas, não conseguem entender que só podemos
seguir o Senhor através de uma vida de sacrifício, junto da Cruz”
(Pe.
Francisco Fernández-Carvajal).
O senhor pede a cada cristão que o
siga de perto, e para isso é necessário acompanhá-lO até o Calvário.
Nunca deveríamos esquecer estas palavras: “Quem não toma a sua
cruz e me segue não e digno de mim” (Mt
10,28).
“Pela mortificação, elevamo-nos
até o Senhor; sem ela, ficamos grudados à terra”
(Pe.
Francisco Fernández-Carvajal).
A mortificação é meio indispensável de apostolado. O trabalho
apostolar sem a renúncia e penitência, é um trabalho sem vitória: “A
ação nada vale sem a oração; a oração valoriza-se com o sacrifício”
(Bem-Aventurado Josemaría Escrivá).
Nós que trabalhamos num mundo
totalmente voltado para o comodismo, precisamos nos mortificar
continuamente, sem esse espírito, o nosso trabalho será em vão.
Quem não ama uma vida de sacrifício,
não pode permanecer conosco, nem no Movimento nem no Instituto; é
impossível
suportar um parasita num serviço apostolar: “Nosso
Senhor deu-nos exemplo de sacrifício, sofrendo na alma e no corpo,
quando teria podido levar vida tranqüila”
(Bem-aventurado José Allamano).
Para conquistar almas para Deus e
para salvar a nossa, devemos viver uma vida crucificada com Cristo.
Citarei agora algumas obras de
penitências para ajudá-los a crescerem espiritualmente e
conquistarem muitas almas para Deus:
Abandonar a televisão para sempre
(sabemos que no Tríduo é proibido assistir).
Ficar uma hora com sede, isto é,
depois que a sede apertar.
Renunciar por um mês o refrigerante.
Renunciar a carne por alguns dias.
Não adocicar o leite, o café ou suco,
pelo menos dois dias na semana.
Tomar banho na água fria no inverno.
Tomar banho na água quente no verão.
Comer algo de que não gosta.
Andar com balinhas no bolso e
chupá-las só no final da semana.
Rezar uma dezena do Santo Terço
ajoelhado sobre grãos de milho.
Não usar agasalhos durante alguns
dias no inverno.
Não temperar a comida, isto é,
somente a que você vai comer.
Falar menos, isto é, para quem
conversa muito.
Falar mais, isto é, para quem é
calado.
Não jogar bola no dia em que estiver
com mais vontade.
Não olhar para algo interessante.
Jejuar a pão e água uma vez por
semana.
Não usar ventilador no calor.
Usar cilício com a permissão e
orientação do Superior.
Sabemos que a penitência que mais
agrada a Deus é a interior, sem humildade e obediência, a penitência
exterior fica uma coisa ridícula.
A penitência não é para se mostrar ou
fazer gracinha, mas é um meio importantíssimo para converter os
pecadores; quanto mais escondida for, melhor.
O missionário que ama as almas de
verdade não mede sacrifícios para ajudá-las a aproximarem-se de
Deus, ele está sempre pronto a sofrer, agir, rezar e passar
dificuldades: “Quando se trata da glória de Deus, que se removam
mundos e fundos”
(Santa Teresa d’Ávila).
Esse deverá ser o nosso programa de
vida: “Reconduzirei a desgarrada, procurarei a perdida. Quer
queiras quer não, assim farei. E se em minha busca, os espinhos dos
bosques me rasgarem, eu me obrigarei a ir por todos os atalhos
difíceis; baterei todos os cercados; enquanto me der forças o Senhor
que me ameaça, percorrerei tudo sem descanso. Reconduzirei a
desgarrada, procurarei a perdida. Se não me queres atrás de ti, não
te desgarres, não te percas”
(Santo Agostinho).
Desejo a todos muitas cruzes.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 07 -
21/07/1996 ”.
www.filhosdapaixao.org.br/circulares_02.htm
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Circular 8 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular
nº 08
- 28/11/1996
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Ai de mim se não evangelizar!”
(1 Cor. 9,16). Estamos
concluindo mais um ano de trabalho e oração, agora é tempo de parar
para examinar a nossa consciência e saber se colocamos os
nossos talentos à disposição dos irmãos; se realmente fomos
conquistadores de almas ou servos inúteis e preguiçosos: “Pois ao
que tem muito, mais lhe será dado e ele terá em abundância. Mas ao
que não tem, até mesmo o pouco lhe será tirado. Quanto a esse servo
inútil, jogai lá fora na escuridão. Ali haverá choro e ranger de
dentes” (Mt 25,29-30).
Devemos pedir continuamente a Nosso
Senhor
que cresça em nós o ardor missionário, deixando de lado
toda preguiça e comodismo e seguirmos cegamente as orientações do Papa
João Paulo II: “Isso mostra, caríssimos irmãos, que não basta
chamar, convocar e esperar que as pessoas venham… Deveis ser uma
Igreja que procure as pessoas, que as convide não somente no chamado
geral dos meios de comunicação, mas no convite pessoal, de casa em
casa, de rua em rua, num trabalho permanente, respeitoso, mas
presente em todos os lugares e ambientes”
(Discurso aos Bispos brasileiros dos Regionais Nordeste 1 e 4).
Veja como o nosso Papa é um homem missionário, sejamos os seus
seguidores nesse trabalho tão difícil, mas ao mesmo tempo, cheio de
consolação e alegria verdadeira.
Jesus convida a todos para o
trabalho missionário, não poderá permanecer no Instituto e no
Movimento
pessoas indiferentes e preguiçosas: “O mandato
imperativo de Cristo “Ide, pois, ensinai todas as gentes (…)
ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei”
(cf. Mt 28,19) é dirigido a
todos os homens e mulheres sem distinção de raça, cultura e
condições de vida: ricos ou pobres, anciãos ou crianças”
(Discurso do Papa João Paulo II aos Bispos
brasileiros do Regional Leste 1). Ninguém pode
dizer que não foi chamado para ser missionário, só para viver uma
vida cômoda e relaxada.
As crianças são chamadas à vida
missionária: “De modo especial, no entanto inicie-se no
apostolado os jovens…”. (Idem),
e :
“Os jovens não só
são evangelizados, mas também são eles mesmos evangelizadores…”
(Discurso do Papa João
Paulo II aos Bispos brasileiros do Regional Nordeste 5),
e: “Sobretudo vós, jovens, sois chamados a tornar-vos missionários
da Nova Evangelização, testemunhando cotidianamente a palavra que
salva”
(Mensagem para o IX e X Dia mundial
da Juventude, 21-11-1993,3).
O casal é chamado à vida missionária:
“Por isso a família toda e sua vida em comum se transformem como
que num estágio para o apostolado”
(Decreto “Apostolicam Actuositatem",
nº 30).
Os religiosos são chamados à vida
missionária: “Os institutos religiosos de vida contemplativa e
ativa até hoje desempenharam e desempenham importantíssimo papel na
evangelização do mundo” (Decreto “Ad
Gentes”, nº 40).
Diante de tão grande necessidade, nós
devemos aumentar as nossas orações, sacrifícios e principalmente a
santidade de vida, para conquistar mais almas para Deus: “Sem
santidade de vida, todos os talentos e empreendimentos devotados à
propagação do reino de Deus serão pouco eficazes”
(Papa João Paulo II, Discurso, 21-11-1993).
Desejo a todos um verdadeiro amor
pelas almas.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 08 -
21/11/1996 ”.
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Circular 9 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular
nº 09
- 25/03/1997
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Tende confiança… não tenhais medo”
(Mt 14,27).
Agora chegou o momento
de cada um valorizar e colocar em prática aquilo que aprendeu
durante o aspirantado e depois do mesmo; só ouvir não adianta, o mais
importante é a prática: “Tornai-vos praticantes da palavra e não
simples ouvintes, enganado-vos a vós mesmos!”
(Tg 1,22).
Cada membro deve mostrar que a sua
vida espiritual está construída sobre a rocha e não sobre a areia: “Assim
todo aquele que ouve essas minhas palavras e as põem em prática será
comparado a um homem sensato, que construiu a sua casa sobre a rocha”
(Mt 7,24). Quem está com
Cristo não tem medo das perseguições, porque Ele também foi
perseguido, e não somos melhores do que Ele: “Se o mundo vos
odeia, sabei que, primeiro, me odiou a mim”
(Jo 15,18). Jesus Cristo
não se vendeu, não foi vira folha ou vira lata, não foi fingido ou
de duas caras, porque Ele é a verdade, e a verdade não aceita
máscara: “Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar
testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz”
(Jo 18,37). Quem é
verdadeiro segue Jesus sem medo, porque Ele é a verdade; mas quem é
falso e mentiroso, segue o demônio, porque ele é o pai da mentira: “Vós
sois do diabo... porque nele não há verdade… porque é mentiroso e
pai da mentira” (Jo 8,44).
Caríssimos irmãos e irmãs, Jesus
Cristo derramou o seu sangue para nos salvar, isto é, “Deus
morreu pelos homens” (Santo Agostinho).
É triste ver pessoas trocarem o Sangue de Jesus Cristo por uma saliva
azeda, por um simples e traiçoeiro elogio, por um sorriso fingido
que parece mais uma picada de serpente venenosa e assassina; e
quantos bobos caem nesta fossa fedorenta, quantos bobos confundem
santidade com “satanidade”, cuidado, o demônio é muito
esperto: “Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como um
leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na
fé...”
(1Pd 5,8-9).
“Não tenhais medo”
(Mt 14,27). Não sejamos como
Judas Iscariotes que vendeu o seu Mestre, que trocou o
céu pelo
inferno, que trocou a amizade de Jesus pela amizade dos fariseus e
do demônio, a luz pelas trevas, a paz pela destruição. Nada de se
vender, nada de máscara, nada de fingimento: “Afasta de mim a
falsidade e a mentira”
(Pr 30,8).
No mundo em que vivemos,
principalmente neste século, o que a humanidade mais
admira é uma pessoa sincera, porque o falso é hipócrita e fede
rabugem, e quantos rabugentos existem no mundo!
Nada de medo. Sejamos como Davi
diante de Golias; Sansão diante dos filisteus; Josué diante das
muralhas de Jericó e Moisés diante do faraó.
Rezo continuamente pela fidelidade e
perseverança de todos.
Agora não é a hora de temer ou
tremer, mas sim, é a hora de lutar e pisar todo respeito humano e
covardia.
Desejo a todos
a santa
perseverança.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 09 -
25/03/1997 ”.
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Circular 10 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 10 - 10/06/1997
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Da inveja nascem o ódio, a maledicência,
a calúnia, a alegria causada pela desgraça do próximo e o desprazer
causado por sua prosperidade” (São
Gregório Magno).
A nossa sociedade e até mesmo membros
consagrados da Igreja Católica, estão mergulhados nesse pecado
terrível da inveja. E sabemos que quem tem o olho mau tem todo o
corpo mau e turvo.
O olhar dos invejosos é cheio de
maldade como o do demônio quando via Adão, feliz no paraíso terreal.
O invejoso não suporta o progresso do próximo, o seu interior começa
a devorá-lo como se fosse uma serpente, levando-o a cometer as
maiores desgraças.
A mente do invejoso não sabe mais
pensar para o bem. Ele diz que a devoção é hipocrisia, que a
generosidade é audácia e que a força é violência.
O coração do invejoso não sabe mais
ter paz. Se o invejoso escuta elogios do próximo, imediatamente
enruga a testa em sinal de protesto, o rosto toma uma aparência
azeda e furiosa, até parece que o mundo caiu na sua cabeça. Se o
invejoso percebe que a lavoura, loja, apostolado ou outras coisas do
próximo estão prosperando, não consegue dormir bem, como se uma
força maligna ameaçasse a fortuna dele.
O invejoso é o carrasco de si mesmo,
sofre pelas suas dores e também pelas alegrias dos outros. O
invejoso não suporta ver o progresso do próximo.
As mãos do invejoso são capazes de
tudo: de pegarem um ferro e enfiá-lo no peito de seu próprio irmão,
como o fez Caim; de lançarem o inocente numa cisterna, como fizeram
os irmãos de José; de roubarem a vinha de um pobre, como fez o rei
Acab; de envenenarem a água do poço, como fizeram certos invejosos
pelo gosto selvagem de privarem os Judeus de um bem invejado
e de
tentar matar alguém como Saul fez com Davi.
É importante saber que,
em si, é a inveja
pecado mortal, de sua natureza, porque é diretamente oposto a
virtude da caridade, que exige que nos regozijemos do bem dos
outros. Quanto mais importante é o bem que se inveja, tanto mais
grave é o pecado: “Ter inveja dos bens espirituais do próximo,
entristecer-se dos seus progressos, ou dos seus triunfos apostólicos
é gravíssimo pecado”
(Santo Tomás de
Aquino).
Como já vimos, o invejoso está pronto
para matar, caluniar, difamar e destruir qualquer pessoa virtuosa
que passar pelo seu caminho; devemos tomar muito cuidado com o
invejoso e rezar pela sua conversão.
Veja
o que a Palavra de Deus fala sobre a inveja.
“Um coração bondoso é vida para o
corpo, mas a inveja é cárie para os ossos”
(Pr 14,30).
“Que o teu coração não inveje os
pecadores, mas o dia todo tenha temor a Deus”
(Pr 23,17).
“Não tenhas inveja dos maus, nem
queiras a sua companhia” (Pr 24,1).
“Tomados os saduceus de inveja,
lançaram as mãos sobre os apóstolos e os recolheram à prisão pública”
(At 5,17).
Que a inveja jamais encontre lugar no
nosso meio, mas
somente a autêntica caridade.
Pe Divino
Antônio Lopes
FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
10 - 10/06/1997 ”.
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Circular 11 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular
nº 11
- 04/09/1997
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Reine nos vossos corações a paz de
Cristo, a qual fostes chamados em um só corpo. E sede agradecidos”
(Cl 3,15).
Sim, caríssimos, devemos agradecer
continuamente a Deus, por tantas graças que recebemos d’Ele, e
devemos também agradecer as pessoas que Ele colocou no nosso caminho
para nos ajudar a conhecê-lo melhor.
Sabemos que a ingratidão é um
vício horroroso e monstruoso, a delicadeza de sentimentos vai se
tornando cada vez mais rara. Vivemos no século da ingratidão. A
maior ingratidão é para com Deus. Poucas pessoas exclamam como Davi:
“Como retribuirei ao Senhor, todo o bem que me fez?”
(Sl 116,12 – Bíblia de Jerusalém).
A ingratidão seca a fonte das graças,
um coração agradecido ao invés, atrai novas graças e misericórdias
do céu. Um meio de alcançar muitas graças é saber agradecer as já
recebidas.
A ingratidão é tão monstruosa e
triste que o próprio Jesus chamou a atenção dos ingratos, dos
leprosos que foram curados e não souberam agradecer: “Os dez não
ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve, acaso,
quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro”
(Lc 17,17-18).
Caríssimos, será que o nosso comportamento é o mesmo desse
estrangeiro que soube agradecer a Jesus, ou somos ingratos como os
nove que quiseram só receber?
Tome muito cuidado com a
ingratidão, valorize aquilo que recebestes
de Deus através das pessoas que te evangelizam. É perigoso cuspir no prato
que encheu várias vezes a sua barriga, ou
jogar barro na fonte de água cristalina que já nos
matou a sua sede várias vezes. Santo
Agostinho dizia: “Tenho medo de Cristo que passa”. E você?
Quantas graças já jogou fora? Quantas vezes bateu a porta do coração
no rosto de Jesus, através do seu comportamento ingrato e mesquinho?
O grande Apóstolo São Paulo escreve: “Exortamo-vos ainda a que
não recebais a graça de Deus em vão”
(2
Cor 6,1). Não
chute as graças que recebestes de Deus, principalmente a formação, porque
no dia do Juízo, terás que prestar contas de cada graça jogada
fora: “Àquele a quem muito se deu, muito será pedido, e a quem
muito se houver confiado, mais será reclamado”
(Lc 12,48). Se Cristo te
chamasse
hoje para prestar contas das graças que já recebidas; você
morreria tranqüilo? Veja o que diz em Eclesiástico 4,31: “Que a
tua mão não seja aberta para receber e fechada para retribuir”,
e também Santo Ambrósio escreve: “Não há dever mais urgente do
que o de agradecer”.
Em São Marcos 10,46s, narra as
maravilhas que Jesus fez na vida do cego Bartimeu, só que ele soube
agradecer a Cristo: “No mesmo instante ele recuperou a vista e
seguia-O no caminho” (Mc 10,52).
A melhor maneira de agradecer a Deus é segui-lO de perto, seja para
o Tabor, seja para o Calvário.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
11 - 04/09/1997 ”.
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Circular 12 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular nº 12 - 27/01/1998
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Assume a tua parte de sofrimento como um
bom soldado de Cristo Jesus” (2 Tm 2,3).
A vida do soldado é dura e arriscada,
é uma vida levada por montes e vales, ao frio e a chuva, eles
enfrentam todo tipo de perigo para defender a pátria. O soldado, se
quer viver, tem de lutar; se quer ser premiado, tem de vencer. Em
tempo de guerra, se ele quer descansar, é com a arma na mão e quando
vai ao encontro do inimigo, jamais olha para trás, o que lhe
interessa é a vitória, a salvação da pátria e a glória do triunfo.
Nós, seguidores de Jesus Cristo,
somos também soldados, não para conquistar as glórias do mundo, mas
sim, para conquistar o céu: “A vida do cristão é milícia, guerra,
uma formosíssima guerra de paz, que em nada se identifica com as
empresas bélicas humanas, porque estas se inspiram na divisão e
muitas vezes no ódio, e a guerra dos filhos de Deus contra o seu
egoísmo se baseia na unidade e no amor”
(Bem-aventurado Josemaría Escrivá).
Sabemos que o mundo é um vasto
campo onde o homem se vê em frente de inimigos, que o estão
provocando a uma luta constante, e esses inimigos às vezes estão
dentro da nossa própria casa: “O irmão entregará o irmão à morte,
e o pai entregará o filho. Os filhos se levantarão contra os pais e
os farão morrer” (Mc 13,12).
Não importa a distância dos inimigos e perseguidores, ou se são
parentes ou estranhos; o importante é lutar como verdadeiro soldado
de Cristo sem jamais desanimar, e lembrar com freqüência de que o
prêmio não será uma medalha, mas sim, o
céu: “Hoje não bastam
mulheres ou homens bons. – Além disso, não é suficientemente bom
aquele que só se contenta em ser quase bom: é preciso ser “revolucionário”.
Perante o hedonismo, perante a carga pagã e materialista que nos
oferecem, Cristo quer anticonformistas!, rebeldes de Amor!”
(Bem-aventurado Josemaría Escrivá).
Enquanto estivermos aqui na terra, a
nossa vida será uma luta continua, principalmente se trabalhamos com
entusiasmo e sinceridade para a glória de Deus. São tantos os
inimigos que o tempo não dá para descanso prolongado – Uns são
visíveis, outros invisíveis; uns vindos de fora, outros nascidos de
dentro.
Temos que lutar continuamente contra
os inimigos da nossa alma: são os homens com quem tratamos, o mundo
com os seus maus conselhos, o demônio e a nossa própria carne.
As armas que devemos usar para vencer
esses inimigos são as seguintes: oração, sacramentos, vigilância,
fuga das ocasiões, leitura e mortificação. Uma, porém, é a
principal: a nossa vontade.
Ela só, com o auxílio da graça
divina, basta para nos assegurar a vitória no combate mais
encarniçado. Assim como no querer está o pecado, assim no não querer
está a vitória.
Sejamos batalhadores, verdadeiros
lutadores contra os vícios, somente assim chegaremos um dia no
céu.
Pe Divino
Antônio Lopes
FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
12 - 27/01/1998 ”.
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Circular 13 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO – ANÁPOLIS-GO
Circular
nº 13 - 18/03/1998
Caríssimos irmãos e irmãs no serviço
apostolar e reparador: “Os pecados veniais são como a lepra:
deturpam tanto a nossa beleza, que nos afastam dos amplexos do
divino Esposo” (Santo Agostinho).
A maior desgraça que existe na face
da terra é o pecado mortal, depois dele, a maior desgraça é o pecado
venial, porque ele também ofende a Deus.
Vamos aprofundar sobre o pecado
venial. Que é o pecado venial? É uma desobediência à lei de Deus em
matéria leve; ou ainda; uma desobediência em matéria grave, sem
perfeita advertência ou sem pleno consentimento da vontade.
Os santos nutriam um imenso horror ao
pecado venial, declarando-lhe guerra de morte e estavam dispostos a
sofrer qualquer tormento, antes do que cometê-lo.
Santo Edmundo disse: “Prefiro
lançar-me nas chamas de uma fogueira antes do que cometer qualquer
pecado contra o meu Deus”. Disse também Santa Catarina de
Gênova: “Ó meu Deus, para fugir de um pecado, ainda que leve, eu
me jogaria, se fosse preciso, em um abismo todo em chamas, aí
permanecendo por toda a eternidade, ainda que, cometendo-o pudesse
sair imediatamente”.
Além de Santo Edmundo e de Santa
Catarina de Gênova, existem outros santos que declararam guerra ao
pecado venial:
Santa Catarina de Sena: “Se a
alma, imortal por natureza, pudesse morrer, bastaria para matá-la, a
vista de um só pecado venial conspurcando-lhe a beleza!”.
Santo Inácio de Loiola: “Quem é
zeloso da pureza de sua consciência deve, na presença de Deus,
confundir-se pelos mais pequeninos pecados considerando a infinita
perfeição d’Aquele contra quem são cometidos, perfeição essa que
lhes agrava infinitamente a malícia”.
Santo Afonso Rodrigues: “Senhor,
antes sofrer todas as penas do inferno do que cometer um só pecado
venial!”
Caríssimos irmãos e irmãs, o pecado
venial é a doença da alma. Precisamente o pecado venial não dá morte
à alma, não a priva da graça de Deus, mas fere-a, maltrata-a,
cobre-a de úlceras, e, como toda a moléstia que não é tratada a
tempo, pode levar ao túmulo, assim também a culpa venial pode dispor
e conduzir a alma à sua morte, isto é, ao pecado mortal. Hoje,
infelizmente, a maioria das pessoas não evita o pecado venial,
julgando que ele é coisa de pouca importância.
Vamos ponderar o pecado venial na
balança da eternidade. Que é ele? É uma falta que se comete por
pensamento, palavra, ação ou omissão contra a lei do Senhor, porém
não tão grave que nos faça perder a sua graça. Pela definição já se
vê que é um verdadeiro pecado, isto é, Deus que ordena e o homem que
recusa obedecer-lhe.
Os santos comparam a culpa venial a
uma bofetada que se dá em Deus, ou a um gesto de desprezo, enquanto
que do pecado mortal dizem ser um punhal cravado no coração de Deus.
Sejamos imitadores dos santos, eles
detestavam o pecado venial, que depois do pecado mortal é a maior
desgraça.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº 02 -
18/03/1998 ”.
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A
partir desta Circular nº 14, o nosso Revmo. Pe. Divino Antônio Lopes
FP. decidiu escrever separadamente para os membros do Movimento
Missionário Lanceiros de Lanciano. Os Religiosos do
Instituto receberão uma Circular com orientação somente para eles. |
Circular 14 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO,
ANÁPOLIS-GO
Circular nº 14 - 04-06-1998
Caríssimos Lanceiros de Lanciano: “…
nada tanto afoita a audácia dos maus, como a pusilanimidade dos bons”
(Papa Leão XIII, Sapientiæ Christianæ).
Quando um membro sente medo de lutar
pela verdade e de defender a Santa Doutrina Católica, esta sua
atitude covarde encoraja os inimigos da Igreja a lutarem contra ela,
vendo a covardia dos bons, os maus ficam cheios de valentia para
lutar e destruir aquilo que é piedoso.
O Lanceiro é um soldado de Jesus
Cristo, por isso, ele não pode ter medo de enfrentar os inimigos da
santidade: “Sê forte e corajoso, age sem medo nem receio… Deus
está contigo. Ele não te deixará sem força e sem auxilio”
(1 Cr 28,20). Ele deve
depositar a sua confiança em Deus e não vacilar nas horas das
provações, e quanto mais duras forem as provações, mais o Lanceiro
deverá lutar, e assim a vitória será bem mais brilhante: “O
Cristão nasceu para a luta, e quanto mais encarniçada se apresenta,
tanto mais segura há de ser a vitória com o auxilio de Deus”
(Papa Leão XIII).
O Lanceiro deve seguir fielmente a
Jesus Cristo sem jamais abandoná-lO para agradar os inimigos da fé,
deve seguir o Evangelho lutando para colocá-lo em prática: “Somente
vivei vida digna do evangelho”
(Fl 1,27).
Nada de jogo de cintura, pano quente, caniço, nuvem sem água e
outras maneiras covardes de trair o Evangelho; a verdade deve estar
sempre na boca e na vida do Lanceiro, porque somente ela é capaz de
trazer paz e tranqüilidade para a alma: “Não somos como
aqueles muitos que falsificam a palavra de Deus; é, antes, com
sinceridade, como enviados de Deus, que falamos, na presença de
Deus, em Cristo”
(2Cor 2,17)
e “Nada podemos contra a verdade, mas só temos poder em favor da
verdade” (2Cor 13,8).
O Lanceiro deve ser fiel ao
ensinamento que recebe, servindo a Deus com temor e andando na sua
presença com muito respeito, pois a salvação deve ser buscada com
muito temor: “… operai a
vossa salvação com temor e tremor” (Fl
2,12). É importante lembrar com freqüência de
que Deus pedirá conta da formação que cada um recebeu e está
recebendo, mas principalmente daqueles que não suportaram ficar no
Movimento e agora estão cuspindo no prato que os alimentou durante
muito tempo, só que este estado agora é bem pior para eles, porque
erram sabendo: “Com efeito, se depois de fugir às imundícies do
mundo pelo conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, de novo são
seduzidos e se deixam vencer por elas, o seu último estado se torna
pior do que o primeiro. Assim, melhor lhes fora não terem conhecido
o caminho da justiça do que, após tê-lo conhecido, desviarem-se do
santo mandamento que lhes foi confiado”
(2Pd 2,20-21).
O Lanceiro deve ser santo e não deve
conformar com a carniça que o mundo oferece: “… não vos
conformeis com este mundo” (Rm 12,2),
deve ser fermento no caminho da humanidade, deve ser luz por onde
passa: “Vós sois a luz do mundo” (Mt
5,14), deve ser: “Uma pedra que serve de
tropeço e perturba a consciência medíocre dos homens sem ideais e
satisfeitos com uma vivencia cristã aprazível e sem a violência do
Evangelho” (Frei Patrício Sciadini).
O mundo está precisando de pessoas corajosas e valentes para levar a
Palavra de Deus aos que estão cegos ou acomodados, dormindo o sono da
condenação nos braços de Satanás: “Não tenhais medo dos homens;
não tenhais medo de Deus; não tenhais medo de amar; não tenhais medo
de evangelizar”
(Papa João Paulo II).
Sejam firmes na fé! “A graça de
nosso Senhor Jesus Cristo esteja convosco!”
(1Ts 5,28).
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
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Circular 15 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO,
ANÁPOLIS-GO
Circular nº 15 - 26-11-1998
Caríssimos Lanceiros, estamos
aproximando do Santo Natal, aconselho cada membro a preparar bem o
coração, transformando-o numa belíssima manjedoura para o Menino
Jesus nascer. Sabemos que Natal é nascimento de Jesus, e passar essa
grande Festa com a alma em pecado mortal é muito triste, porque
Jesus Cristo não vai nascer numa manjedoura cheia de lama e de
espinhos.
O Lanceiro não deve seguir as
vaidades do mundo, principalmente agora no tempo do Santo Natal.
Fazer do Natal uma festa de alegria mundana; reduzir esta comovente
solenidade a um divertimento para as crianças, a um símbolo de
inocência e pureza, seria uma profanação. O natal foi para Jesus o
princípio de uma vida de dores e de sacrifícios; assumimos, pois, o
dever de sofrer, de sacrificar-nos se queremos viver da vida de
Jesus. Santo Hilário diz: “É indigno de Cristo, aquele que não
quer unir a Ele na cruz. Na cruz é que com ele devemos sofrer o
morrer; com ele devemos ser sepultados, para com Ele ressurgir. Quem
não segue Nosso Senhor com o ânimo resoluto de vencer com a
renovação do espírito neste mistério da fé, não é digno d’Ele”.
Indigno de Cristo é todo aquele que, em vez da cruz e da pobreza de
Belém, procura riquezas, honras e prazeres.
O natal não é uma Festa do prazer, e
sim, da nossa renovação espiritual: “Tiremos, pois, o homem velho
com todas as suas obras e, feitos participantes de geração de
Cristo, renunciemos
as obras da carne”
(São Leão Magno).
O Menino
Jesus nos ensina:
1- Suportar com amor o desprezo dos
homens.
“E a luz brilha nas trevas, mas as
trevas não a apreenderam” (Jo 1,5).
Quanta tristeza nesta constatação! É o grande mistério da liberdade
humana. Deus coloca, diante de Si, a Sua criatura inteligente e
livre: oferece-lhe todos os tesouros de salvação e de santidade que
encerram os méritos infinitos de Cristo: o homem é livre para
aceitar ou recusar. Nós devemos aceitar com paciência e humildade o
desprezo das pessoas, porque Nosso Senhor também foi desprezado.
2- Não se apegar nos bens materiais.
“…e ela deu à luz o seu filho
primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura,
porque não havia um lugar para eles na sala”
(Lc 2,7). O Menino Jesus nos
ensina a virtude da pobreza, a não colocar nos bens materiais o
nosso coração, a usar dos bens materiais para a glória de Deus e
para a Salvação do próximo. Ele nasceu pobre, viveu pobre e morreu
pobre, diz Santa Teresa de Jesus: “A pobreza é um bem que encerra
em si todos os bens do mundo. É um grande senhorio”.
3- Viver uma vida de sacrifício.
“Ah! Que terão dito os anjos vendo
a divina Mãe entrar naquela gruta para dar a luz! Os filhos dos
príncipes nascem em quartos adornados de ouro; preparam-se-lhes
berços incrustados com pedras preciosas e mantilhas preciosas; e
fazem-lhe cortejo os primeiros senhores do reino. E ao Rei do céu
prepara-se uma gruta fria e sem lume para nela nascer; uns pobres
paninhos para cobri-lo, um pouco de palha para o leito, e uma vil
manjedoura para o colocar” (Santo Afonso
Maria de Ligório).
Que o Natal
seja um tempo de mudança de vida para cada membro.
Viva o Menino Jesus!
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
15 - 26/11/1998 ”.
www.filhosdapaixao.org.br/circulares_02.htm
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Circular 16 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO,
ANÁPOLIS-GO
Circular nº 16 - 02/03/1999
Caríssimos Lanceiros: “… a palavra
de Deus não está algemada” (2Tm 2,9).
Ela não pode ficar escondida, mas deve ser pregada com coragem e com
muita perseverança, principalmente no meio das perseguições: “Decidimos,
contudo, confiados em nosso Deus, anunciar-vos o evangelho de Deus,
no meio de grandes lutas” (1Ts 2,2).
O Lanceiro não pode ter medo de pregar a Palavra de Deus, isto é,
não pode ter medo de ser missionário, porque o missionário é aquele
que leva a Palavra de Deus sem se preocupar com o relincho ou com o
latido dos perseguidores. O Lanceiros não deve se preocupar com as
fofocas e calúnias de pessoas invejosas e covardes, mas deve
trabalhar sem medo e sem respeito humano: “Não tenhais medo!
Abri, ou antes, escancarai as portas a Cristo!”
(Papa João Paulo II, Exortação Apostólica
“Christifideles Laici”, nº 34).
Aquele que recebe uma orientação
correta, isto é, que sabe o que é certo e fica de braços cruzados,
está correndo um grande risco de se condenar, porque conhece o
remédio que cura e deixa o próximo morrer longe de Deus: “Ora, a
ti, filho do homem, te pus como atalaia para a casa de Israel.
Assim, quando ouvires uma palavra da minha boca, hás de avisá-los de
minha parte. Quando eu disser ao ímpio, certamente hás de morrer e
tu não o desviares do seu caminho ímpio, o ímpio morrerá por causa
da sua iniqüidade, mas o seu sangue o requererei de ti. Por outra
parte, se procurares desviar o ímpio do seu caminho, para que se
converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá por sua
iniqüidade, mas tu terás salvo a tua vida”
(Ez 33,7-9).
O missionário não pode ficar de
braços cruzados, o mesmo deve ser um sino que acorda aquele que está
dormindo no pecado, deve passar ao o próximo
a pura doutrina para o seu progresso espiritual. O missionário que se contenta
só em receber é um parasita e sanguessuga, para esse acomodado está
reservada a seguinte sentença: “… mas o seu sangue o requererei
de ti”
(Ez 33,8). O
missionário não pode ficar indiferente diante de tanto trabalho e de
tanta podridão, ele deve ser luz que ilumina: “Vós sois a luz do
mundo” (Mt 5,14) e
sal que salga: “Vós sois o sal da terra”
(Mt 5,13). Aquele que não se
preocupa com as almas é sinal claro que não ama a Deus. O Lanceiro
deve se preocupar com as almas, deve falar de Deus para todos,
deve sair do comodismo e sacudir a preguiça, porque: “Nenhum
crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever
supremo: anunciar Cristo a todos os povos”
(Papa João Paulo II, Encíclica “Redemptoris Missio”,
nº 03).
O Papa Leão XIII na Encíclica “Sapientiæ
Christianæ”, nº18 diz: “Recuar diante do inimigo, ou
calar-se, quando de toda parte se ergue tanto alarido contra a
verdade, é próprio de homem que vacila no fundamento de sua crença.
Qualquer destas coisas é vergonhosa em si; é injuriosa a Deus; é
incompatível com a salvação tanto dos indivíduos como da sociedade,
e só é vantajosa aos inimigos da fé, porque nada tanto afoita a
audácia dos maus, como a pusilanimidade dos bons”, e o mesmo
Papa na mesma Encíclica, nº 19 diz: “Acresce que os cristãos
nasceram para o combate e quanto mais bravo ele for, mais certa
será, com auxilio de Deus, a vitória”.
O Lanceiro não deve recuar diante dos
ataques dos inimigos, e sim, enfrentá-los com força e coragem,
porque o recuo dos bons aumenta a coragem dos maus, e é vergonhoso e
triste ver um católico bem formado correr de medo dos inimigos, e
deixar os mesmos apunhalarem a Santa Igreja Católica.
Desejo-lhes muita fortaleza e coragem
para lutarem e vencerem
todos os inimigos da fé, porque, o covarde não serve para ser
missionário.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
16 - 02/03/1999 ”.
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Circular 17 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO,
ANÁPOLIS-GO
Circular nº 17 - 06/04/1999
Caríssimos Lanceiros, escrevo essa
Circular para esclarecer-lhes sobre o Sacramento da Confissão, serei
fiel aos Documentos da Igreja Católica, e vocês descobrirão que
existem padres brincado com esse Sacramento.
1. O QUE É A CONFISSÃO?
“No sacramento da penitencia, os
fieis que confessam seus pecados ao ministro legítimo, arrependidos
e com o propósito de se emendarem, alcançam de Deus, mediante a
absolvição dada pelo ministro, o perdão dos pecados”
(Código de Direito Canônico, Cânon 959).
Está claro que uma pessoa aproxima do
confessionário para receber conforto espiritual, e não para ser
seduzida, como está acontecendo em Jaraguá.
2. QUAL É O PAPEL DO SACERDOTE NO
CONFESSIONÁRIO?
“Lembre-se o sacerdote de que, ao
ouvir confissões, desempenha simultaneamente o Papel de JUIZ e de
MÉDICO, e que foi constituído por DEUS COMO MINISTRO da justiça
divina e, ao mesmo tempo, de sua MISERICÓRDIA, para procurar a HONRA
DIVINA e a SALVAÇÃO DAS ALMAS” (Código de
Direito Canônico, Cânon 978-§ 1).
O padre no confessionário é:
a- JUIZ — por isso, deverá formar-se
um juízo prudente de causa, quer dizer conhecer os pecados e as
disposições do penitente, assim como pronunciar a sua sentença. O
padre deve ser juiz e não JUDAS desviando o penitente do caminho da
salvação.
b- MÉDICO — ou seja deverá procurar a
cura ou emenda do pecador. O padre deve ser médico, e não ASSASSINO
de almas. O padre que usa o confessionário para seduzir as almas
é
um assassino e merece ser abandonado pelos penitentes para sempre.
c- PAI — representando a misericórdia
divina; por isso, deverá acolher sempre o penitente com
misericórdia. O padre não pode usar o confessionário para fazer
fofocas e para tentar desanimar as pessoas, ou para vomitar a sua
inveja contra um Movimento que trabalha para salvar almas.
d- MESTRE — mas não em nome próprio e
sim da Igreja. Por isso, deve seguir fielmente a doutrina do
Magistério, ao instruir o penitente. Está claro que ele deve
INSTRUIR e não DESTRUIR o penitente. A Igreja Católica nunca permitiu
que um padre usasse o confessionário para seduzir as almas como está
acontecendo em Jaraguá, quem trabalha assim, está desobedecendo a
Igreja Católica.
3. O CATÓLICO É OBRIGADO A CONFESSAR
COM O SEU VIGÁRIO?
Não. O Código de Direito Canônico
explica que o padre deve usar o confessionário para fazer o bem, e o
Catecismo da Igreja Católica, nº 1465 diz: “Ao celebrar o
sacramento da Penitência, o sacerdote cumpre o ministério de BOM
PASTOR; que busca a ovelha perdida, do bom samaritano, que cura as
feridas; do Pai que espera o filho pródigo e o acolhe ao voltar…”.
O padre que usa do confessionário
para desviar uma alma do caminho certo, está fazendo o papel do
DEMÔNIO, e não do BOM PASTOR.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
17 - 06/04/1999 ”.
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Circular 18 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO,
ANÁPOLIS-GO
Circular nº 18 - 12-06-1999
Caríssimos Lanceiros: “Coragem! E
sede fortes. Nada vos atemorize e não os temais, porque o Senhor
vosso Deus marcha à vossa frente: ele não vos deixará nem vos
abandonará” (Dt 31,6).
O Lanceiro deve ser um soldado forte
e corajoso, não pode tremer de medo diante dos ataques dos
homens, mas deve caminhar com a cabeça erguida e sair vencedor
na
guerra: “Não tenhais medo deles… Não temais os que matam o corpo,
mas não podem matar a alma”
(Mt 26,28).
Está claro que Jesus Cristo deseja soldados valentes e corajosos.
Cuidado Lanceiro! O medo aparece
quando a fé se debilita: “Porque tendes medo, homens fracos na
fé?” (Mt 8,26). O
medo nos domina quando desaparece nossa fé; quando a
fé está presente, firme e madura, então NÃO PODEMOS TEMER, porque,
em Deus que nos amou, vencemos tudo: “Apesar de maltratados e
ultrajados em Filipos, como sabeis, OUSAMOS, confiados em nosso
Deus, pregar-vos o Evangelho de Deus em meio de muitas lutas”
(1Ts 2,2). Será que
existe Lanceiro incrédulo e medroso no Movimento? Será que existe
Lanceiro que treme de medo diante das dificuldades?
O missionário não pode ser medroso e
covarde, ele deve enfrentar as perseguições sem vacilar na fé, deve
ser forte e corajoso na pregação da Palavra de Deus: “Não temais,
nem tremais. Tende coragem e sede fortes…”
(Js 10,25).
O Lanceiro não pode tremer diante das
críticas dos covardes e incrédulos, mas deve seguir os passos do
grande Apóstolo São Paulo, que pregava sem medo: “Paulo entrou na
sinagoga e falou com OUSADIA por três meses…”
(At 19,8). Será que o Lanceiro
tem essa OUSADIA e CORAGEM?
O Lanceiro não pode receber formação
e cruzar os braços diante de tanta incredulidade. Ele precisa
trabalhar com fervor e amor, lembrando de que a vida é breve e que
Deus pedirá conta de tudo: “Aquele a quem muito
se deu, muito será pedido, e a quem muito se houver confiado, mais
será reclamando” (Lc 12,48).
Será que o Lanceiro está tranqüilo para comparecer diante do
tribunal de Jesus Cristo?
Caríssimo Lanceiro, Jesus Cristo fala
para você: “NÃO TENHAS MEDO!” (Mt
14,27).
Deus Pai falou e continua falando
para os seus servidores: NÃO TEMAS!
“Não temas, Abraão”
(Gn 15,1).
“Não temas, Josué”
(Js 1,9).
“Não temas, Jacó”
(Is 43,1).
“Não tenhas medo, José”
(Mt 1,20; 2,22).
“Não tenhas medo, Maria!”
(Lc 1,30).
O Lanceiro deve meditar essas
passagens Bíblicas e vivê-las dia a dia, principalmente nas horas
difíceis.
Caríssimo Lanceiro: “Nada te perturbe,
nada te espante! Tudo passa, Deus não muda! A paciência tudo
alcança, quem tem Deus em sua vida, nada então lhe falta, só Deus
lhe basta!”
(Santa Teresa de Jesus).
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
18 - 12/06/1999 ”.
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Circular 19 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO,
ANÁPOLIS-GO
Circular nº 19 - 10/12/1999
Caríssimos Lanceiros, estamos
aproximando do Santo Natal do Senhor Jesus Cristo, vamos aproveitar
para fazer um seríssimo exame de consciência diante da pobre gruta
de Belém, para saber se estamos servindo a esse Senhor
verdadeiramente ou se estamos levando a vida a trancos e barrancos a
exemplo dos incrédulos.
O Lanceiro não deve seguir a tradição
caduca que diz que o Natal é tempo de bebedeira, bailes, presentes e
outras coisas perigosas, e sim, seguir aquilo que Santa Igreja
Católica Apostólica Romana ensina.
Contemplemos a
pobre gruta de Belém e bebamos dessa água
cristalina, porque somente ela é capaz de matar a nossa sede
espiritual.
Na gruta,
contemplamos a um Menino
sobre palhinhas – uma virgem perfeitíssima e um varão justo de
joelhos, em adoração – anjos cantando: Glória a Deus nas alturas e
paz na terra aos homens de boa vontade!
Aprendamos do Menino Jesus a virtude
da humildade. Um Deus que quer começar a sua infância num estábulo.
Ele nos ensina a pregar com exemplo para depois pregar com as
palavras: “Já prega com exemplo o que mais tarde havia de pregar
com as palavras”
(São Bernardo de Claraval).
O Menino Jesus nasce pobre porque
deseja que nós O recebamos em nossa casa, que o vistamos, que o
abriguemos do frio, que lhe preparemos um berço.
O Lanceiro deve preparar bem o
coração para receber o Menino Deus, isto é, num berço puro e
perfumado pelas orações fervorosas. O Lanceiro deve viver
fervorosamente, e assim, aquecerá o Menino Jesus com a sua vida
piedosa e fervorosa.
Ele nasceu pobre para nos ensinar a
desapegar de tudo aquilo que é vaidade. Ele ensina também que o
certo é viver no sacrifício e não no comodismo.
O Lanceiro deve aprender do Menino
Jesus a sentir nojo das coisas do mundo, a amar somente aquilo que
lhe agrada e praticar a virtude da penitência. É vergonhoso uma
pessoa receber tanta formação e permanecer de braços cruzados, como
se a morte não existisse, ou como se não fosse um dia comparecer
diante do tribunal de Jesus Cristo.
Rezo para que a escola de Belém ajude
o Lanceiro a viver com mais fervor e entusiasmo aquilo que
recebe. Rezo para que o ano de 2000 seja um ano de santificação para
cada membro.
Desejo a todos um Feliz Natal e Feliz
Ano Novo!
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
Este texto não pode ser reproduzido sob
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escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
19 - 10/12/1999 ”.
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Circular 20 |
CIDADE MISSIONÁRIA DO SANTÍSSIMO
CRUCIFIXO,
ANÁPOLIS-GO
Circular nº 20 - 22/06/2000
Caríssimos Lanceiros de Lanciano, que
a graça de Deus esteja em vossos corações, e que somente Jesus
Cristo seja o único Senhor das vossas almas: “Não apascente o
espírito senão em Deus. Despreze as advertências das coisas e traga
no coração a paz e o recolhimento” (São
João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, 79).
Jesus Cristo é tudo para nós, Ele é o
nosso Salvador e verdadeiro Amigo, somente Ele é digno do nosso
pensamento, se desviarmos d’Ele o pensamento, estamos cometendo
roubo: “Um só pensamento do homem vale mais que o mundo todo;
portanto, só Deus é digno d’Ele”
(São João
da Cruz, Ditos de Luz e Amor,33).
O Lanceiro precisa confiar mais em
Deus, contar com a força que vem do Senhor do universo, mergulhar no
seu amor, porque fora d’Ele tudo é falsidade e ilusão, e infeliz do
Lanceiro que deixa de confiar em Deus para confiar nas criaturas,
esse viverá sempre frustrado e o seu coração estará sempre inquieto:
“Maldito o homem que se fia no homem, que faz da carne a sua
força…” (Jr 17,5).
O Lanceiro precisa saber que somente
Deus é digno de toda confiança: “Bendito o homem que se fia em
Deus, cuja confiança é Deus” (Jr 17,7);
aquele que confia totalmente em Deus “… é
como uma árvore plantada junto da água, que lança suas raízes para a
corrente: ele não teme quando chega o calor, sua folhagem permanece
verde; em um ano de seca ela não se preocupa e não pára de produzir
frutos” (Jr 17,8).
O Lanceiro que deixa de contar com a
ajuda do Senhor para se apoiar nos homens, viverá na escuridão e
inseguro, porque: “O coração é falso como ninguém, ele é
incorrigível; quem poderá conhecê-lo?”
(Jr
17,9).
O Lanceiro precisa ser firme; nenhuma
onda furiosa, nenhum vento contrário, nenhuma calúnia ou perseguição
deve afastá-lo do caminho de Deus, porque o céu é dos fortes: “O
Reino dos céus sofre violência, e violentos se apoderam d’Ele”
(Mt 11,12), e nada, nada
deve afastá-lo do caminho de Deus: “Quem nos separará do amor de
Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o
perigo, a espada?… Pois estou convencido de que nem a morte nem a
vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro,
nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra
criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo
Jesus, nosso Senhor” (Rm 8,35. 38-39).
Eu os abençôo e os guardo no
Sacratíssimo Coração de Jesus Cristo, nosso único Senhor.
Pe. Divino
Antônio Lopes FP.
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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Circular nº
20 - 22/06/2000 ”.
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