Nº 02
A LIBERTINAGEM
DE MILHÕES DE CATÓLICOS
Ilustração:
Ir. Ênio José da Silva, FP. |
Texto:
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
|
A
LIBERTINAGEM DE MILHÕES DE CATÓLICOS |
Quando nós veneramos os Santos, não cometemos
idolatria, porque toda honra deferida a estes verdadeiros amigos
de Deus, termina sempre em Deus, a quem somente se deve a HONRA,
A GLÓRIA, A ADORAÇÃO: “Temei a Deus e tributai-Lhe glória,
pois chegou a hora do seu julgamento; adorai aquele que fez o céu
e a terra, o mar e as fontes” (Ap 14, 7).
Se vós admirais e honrais um quadro de valor, acaso o pintor se ofenderá?
Pois bem, os santos são as obras artísticas de Deus, o qual esculpiu
e pintou o seu semblante na alma deles. Se admirais e louvais os filhos,
acaso o pai se ofenderá com isso? Pois bem: os santos são os filhos
prediletos do Senhor, aqueles que mais se lhe assemelham. Os santos
são pérolas preciosíssimas que ornamentam o firmamento da Igreja Católica
Apostólica Romana.
E é o próprio Deus quem ordena que sejamos santos:
“Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou Santo”, (Lv
19, 2) e: “Portanto, deveis ser perfeitos
como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt
5, 48) e também: “Porquanto, é esta a vontade
de Deus: a vossa santificação...” (1 Ts
4, 7), e ainda: “Procurai a paz com todos,
e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb
12, 14).
Os santos foram pessoas que levaram Deus e o Evangelho
a sério, que desprezaram o mundo e a sua sedução, para viverem mergulhados
no amor de Deus, que fugiram do comodismo e da vida fácil para enveredarem
pelo caminho apertado; eles, os amigos de Deus, merecem todo
o respeito: “O que são as vidas dos santos senão o Evangelho colocado
em prática” (São Francisco de Sales)
e: “Observemos os santos, mas não fiquemos apenas na contemplação
deles; procuremos, isto sim, contemplar com eles Aquele que preencheu
suas vidas” (Charles de Foucauld).
Os católicos apostólicos romanos, devem honrar os santos
com o máximo de devoção e respeito, e não como o mundo festeja os
seus amigos. Há milhões de católicos que amam a festa do santo,
mas não amam o santo e muito menos buscam imitar os seus exemplos.
Amam a festa porque são negociantes e esperam ganhar algum bem material;
amam a festa porque poderão dar-se à falsa alegria, ao prazer da gula,
da bebida alcoólica, dos bailes diabólicos, da algazarra ensurdecedora,
e à ostentação de uma veste imoral, verdadeiras modas pagãs. Diz São
Jerônimo: “Que maneira é esta? Com a superabundância do beber e
do comer quereis honrar quem viveu na solidão e na modéstia evangélica?
Vós amais a festa do santo, mas não o santo” (Ad.
Eust.).
Depois, há uma multidão que ama o santo, mas não a
sua santidade. Achareis muitíssimas pessoas que em volta do altar
de Santo Antônio, de Santo Expedito, de santa Teresinha; muitíssimas
pessoas que trazem velas e flores para os altares; mas poucos são
os que seguem os exemplos que os santos nos deixaram. Entretanto,
não há devoção mais eficaz do que a imitação: “É falsa piedade
honrar os santos e descurar segui-los na santidade” (Santo Eusébio, In homilia).
O Católico deve esforçar por atingir a verdadeira devoção
dos santos, aquela que é feita de sacrifício, de humilhação e de oração,
visto que os santos são um grande exemplo e um grande auxílio para
nós.
“Ó templos do diabo!
Eu vos coloquei na terra como anjos e sois demônios, assumindo-lhes
a função” (Santa
Catarina de Sena, o Diálogo, 28.6.1). |
É triste, vergonhoso e escandaloso, ver bispos e sacerdotes
da Igreja Católica Apostólica Romana, a única Igreja fundada por Nosso
Senhor Jesus Cristo (Cf. Mt 16, 18),
promoverem e incentivarem o povo a profanar a festa dos santos com:
bailes, bebedeiras, imoralidades, músicas profanas e outras ações
pecaminosas; com a intenção de ganhar dinheiro e de divertir o povo.
Tudo isso não passa de uma farsa, porque o dinheiro para a obra de
Deus se consegue com o dízimo: “Honra a Deus com a tua riqueza,
com as primícias de tudo o que ganhares” (Pr
3, 19) e com as esmolas: “Ensinem os fiéis
a rezarem pelas missões, nem se envergonhem de lhes pedir esmolas,
tornando-se como que mendigos por Cristo e pela salvação das almas” (Decreto “Ad Gentes”, 39).
A intenção desses mercenários e funcionários,
lobos com pele de ovelha, preocupados apenas com a lã
e o leite das ovelhas (Cf. Ez
2, 2-4), guias cegos e cães mudos incapazes
de latir (Cf. Is 56, 10),
é de aproveitar o embalo do mundo, sob o manto de uma piedade assassina
e demoníaca, para saciar as suas paixões desordenadas, são sacerdotes,
mas sentem o cheiro das carnes, pepinos e melões do Egito (Cf.
Nm 11, 4-5): “Os demônios repartem trevas,
distribuem tormentos, afastam os homens da graça com tentações, tudo
fazem para conduzi-los ao pecado mortal. Sabem eles que ninguém peca
contra a vontade; tudo fazem, pois, para consegui-lo. Também estes
infelizes ministros! Mas nem são dignos de serem chamados ministros!
Melhor seria dizê-lo ‘demônios encarnados’. Com seus vícios amoldam-se
à vontade do diabo. Repartem a luz em pecado mortal, derramam sobre
os súditos o mal exemplo de suas vidas pecaminosas, confundem e fazem
sofrer os que ficam sabendo de sua vida irregular. Pior ainda: fazem
penar e padecer as pessoas que se afastam da graça e se desviam do
caminho da verdade” (Santa Catarina de Sena,
O Diálogo, 28.6.1).
Existem milhares de leigos dentro da Igreja católica
que são verdadeiros satélites do demônio, buscam o caminho espaçoso
e a porta larga (Cf. Mt 7, 13),
são árvores verdes, isto é, só possuem folhas, mas não produzem nenhum
fruto (Cf. Mt 21, 19).
Diz o grande Santo Agostinho: “Infelizmente existem falsos fiéis
no seio da Igreja...”
Esse tipo de católico aproveita das festas religiosas
para esconder sob o manto do santo a sua vida depravada e escandalosa,
são nuvens escuras que ofuscam a Luz dos
santos.
Por omissão de bispos e sacerdotes, o que sobressai
nas novenas dos santos não são as virtudes e suas vidas, mas sim,
placas de bebidas alcoólicas, ranchos de danças exóticas, músicas
pornográficas dignas do inferno, etc., é triste saber que muitos religiosos
usam desse dinheiro do pecado para construir e sustentar a casa de
Deus.
Vejam alguns exemplos contraditórios:
-
Festa de Santos Reis:
Os magos fizeram uma viagem cansativa para adorar o Menino Jesus
e oferecer-Lhe presentes (Cf. Mt 2, 1-11).
E hoje se comemora a festa dos Magos com folias, catiras, bailes,
namoros escandalosos, glutonarias e músicas profanas. Enquanto
os Santos Reis adoraram o Menino Jesus, os foliões católicos adoram
a garrafa de pinga que é colocada na manjedoura dos seus buchos (Cf. Rm 16, 18).
Dá para suportar tamanha profanação?
-
Festas de Nossa Senhora:
Maria Santíssima é: “Cheia de graça” (Lc
1, 28), “Serva do Senhor” (Lc
1, 38) “Bendita entre as mulheres” (Lc 1, 42) e “Mãe
do Senhor” (Lc 1, 43).
E hoje, se comemora em muitas paróquias não a festa da Virgem
Puríssima, mas sim, a exaltação da impureza (músicas pornográficas,
danças exóticas, desfile de modas, etc.). Comemora-se não a festa
de Nossa Senhora, a Serva do Senhor; e sim, o desfile das senhoras
escandalosas e impuras que são verdadeiras servas do maligno.
Dá para suportar tamanha profanação?
-
Festa do Espírito Santo:
Ele é uma das três pessoas divinas que com o Pai e o Filho constituem
a Santíssima Trindade. O Espírito Santo é Deus (Cf.
At 5, 3-4). E hoje, se comemora a festa
do Espírito Santo como se Ele fosse um deus pagão: com cavalhadas,
bebedeiras, mascarados, bailes, etc. Abandonam os mandamentos
de Deus para seguirem uma tradição caduca: “Abandonais o mandamento
de Deus, apegando-vos à tradição dos homens” (Mc
7, 8).
Dá para suportar tamanha profanação?
|