REMÉDIOS PARA EVITAR A MASTURBAÇÃO
A masturbação é uma satisfação sexual que a
pessoa provoca em si mesma e só para si mesma... vive “fechada” em
si mesma, sedenta do prazer.
A prática da masturbação quando é repetida muitas
vezes transforma-se em obsessão ou mania... e pode acarretar
danos à saúde, principalmente ao equilíbrio do sistema nervoso.
O masturbador devora a sua própria
carne: “O homem
que deseja a sua própria carne... não cessa enquanto o fogo não o
consumir” (Eclo 23, 17).
Primeiro remédio.
É preciso saber que a masturbação é pecado gravíssimo...
pecado mortal. É preciso saber que o pecado mortal é a maior
de todas as desgraças... esse “monstro” infernal
lança a alma imortal e espiritual nas chamas do inferno para sempre.
Quem se masturba expulsa a Santíssima Trindade da alma e
acolhe o demônio:
“O homem, portanto, peca gravemente, não só quando as
suas ações procedem do desprezo direto do amor de Deus e do próximo,
mas também quando ele, consciente e livremente, faz a escolha de um
objeto gravemente desordenado, seja qual for o motivo dessa sua
eleição. Nessa escolha... está incluído o desprezo pelo mandamento divino: o
homem aparta-se de Deus e perde a caridade” (Sagrada
Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre alguns pontos da
ética sexual, 10).
Não importa o que dizem os ateus, pagãos, mundanos
e católicos rebeldes, desobedientes e infiéis... o
importante é inclinar a cabeça diante da Santa Doutrina Católica.
Muitos sacerdotes dizem que a masturbação não é pecado mortal;
esses são inimigos da Santa Igreja... são as “bonecas”
melindrosas que entraram pela janela e não pela porta da Igreja de
Jesus Cristo: “Ó demônios piores
que os demônios! Pelo menos se fossem mais ocultas aos olhos dos
súditos as vossas maldades! Ao pecar ocultamente, ofenderíeis a mim,
prejudicaríeis a vós mesmos, mas sem escandalizar o próximo. Expondo
vossa vida de pecado diante deles, vosso mau exemplo não os ajudará
a libertar-se dos próprios vícios. Pelo contrário, será um incentivo
a que cometam ações semelhantes e até piores”
(Santa Catarina de Sena).
Segundo remédio.
É preciso saber que Deus pode tirar a sua vida na hora do
pecado da masturbação ou logo após ter cometido esse gravíssimo
pecado, como castigo. Assim como Deus castigou
Onã (Gn 38, 10), poderá também te castigar:
“Quer dizer que o Senhor é paciente e espera
até certo limite; logo, porém, que se encha a medida dos pecados que
a cada homem quer perdoar, cessa o perdão e ele executa o castigo,
ferindo-o de morte súbita no estado de condenação em que se acha, ou
abandonando-o a seu pecado, que é pior castigo que a morte”
(Santo Afonso Maria de Ligório), e:
“... se novamente pecares, não te fará Deus
morrer no próprio ato do pecado, ou te abandonará depois da queda?”
(Idem.).
Terceiro remédio.
É preciso saber que cometendo o pecado gravíssimo da
masturbação perdem-se todos os méritos acumulados até
o momento do pecado... com penitências, jejuns, orações,
boas obras e outros:
“É
uma morte mais pavorosa porque não se manifesta exteriormente: não
há o fedor da corrupção nem a frigidez rígida. É uma morte em vida,
pela qual o pecador fica nu e isolado no meio do amor e abundância
divinos. A graça de Deus flui ao seu redor, mas não pode entrar
nele; o amor de Deus toca-o, mas não o penetra. Perdem-se todos os
méritos sobrenaturais que o pecador havia adquirido antes do seu
pecado. Todas as boas obras feitas, todas as orações pronunciadas,
todas as Missas oferecidas, os sofrimentos padecidos por amor a
Cristo, absolutamente tudo é varrido no momento de pecar. Esta alma
em pecado mortal perdeu sem dúvida o céu; se morresse assim,
separada de Deus, não poderia ir para lá, pois não há modo de
restabelecer a união com Deus depois da morte”
(Pe. Leo J. Trese).
Quarto remédio.
Não tocar ou pegar nos próprios
órgãos sexuais além do necessário:
“Ao cuidar do asseio pessoal, como vestir-se
e lavar-se, deve toda pessoa assumir uma atitude simples e livre de
constrangimento.
Tocar demoradamente, por ociosidade ou leviandade
maliciosa, os próprios órgãos sexuais, constitui prática indecente e
pecaminosa, de acordo com a gravidade do perigo que se corre”
(Pe. Bernhard Häring).
Quinto remédio.
Nunca dormir nu... nem com peça íntima justa e pijama apertado...
evitar dormir de bruços. Não endeusar o corpo no momento do banho...
não abusar do uso de perfumes... não acariciar o próprio corpo...
não andar a cavalo de galope.
Sexto remédio.
Mortificar o corpo: “Aquele que não se
mortifica na comida é impossível que possa guardar sua inocência,
pois pela gula se perdeu Adão” (Santa Catarina de
Sena).
Toda intemperança na comida e na bebida é prejudicial
ao corpo e à alma: “É impossível que não
experimente tentações impuras aquele que está saturado de comida”
(Cassiano).
O inimigo mais terrível e cruel da nossa alma, e o
mais temível, é o nosso corpo, porque sempre está unido a ela... é o
mais teimoso; de modo que se pode dizer que todos os dias lhe arma
ciladas para fazê-la cair em pecado.
É preciso, com rigor, privar ou moderar
o corpo de certos alimentos que excita-o e dá força para as paixões.
Sétimo remédio.
Comungar todos os dias e aproximar-se da
Confissão uma vez por semana: “A
Santíssima Eucaristia perdoa os pecados veniais e preserva dos
mortais... enfraquece as nossas paixões, e em especial amortece em
nós o fogo da concupiscência”
(São Pio X), e:
“É verdade, e vós bem sabeis, veneráveis
irmãos, que há muitos modos e todos muito louváveis, de obter o
perdão dessas faltas; mas para progredir mais rapidamente no caminho
da virtude, recomendamos vivamente o pio uso, introduzido pela
Igreja sob a inspiração do Espírito Santo, da confissão frequente,
que aumenta o conhecimento próprio, desenvolve a humildade cristã,
desarraiga os maus costumes, combate a negligência e tibieza
espiritual, purifica a consciência, fortifica a vontade, presta-se à
direção espiritual, e, por virtude do mesmo sacramento, aumenta a
graça. Portanto, os que menosprezam e fazem perder a estima da
confissão frequente à juventude eclesiástica, saibam que fazem uma
coisa contrária ao Espírito de Cristo e funestíssima ao corpo
místico do Salvador”
(Pio XII).
O que será que os sacerdotes, inimigos da Confissão frequente, dizem
sobre essas últimas palavras?
Oitavo remédio.
Oração fervorosa e contínua. Sem oração
é impossível alguém vencer a tentação contra a carne:
“Para vencermos as tentações,
temos necessidade absoluta da ajuda de Deus. Algumas vezes, em
tentações mais fortes, a graça suficiente que Deus não nega a
ninguém, poderia bastar para resistirmos ao pecado. Mas, devido às
nossas más tendências, ela não nos bastará; necessitamos então de
uma graça especial. Quem reza, alcança esta graça; quem não reza,
não a consegue e se perde” (Santo Afonso Maria de
Ligório). O católico que não reza vive atolado
na lama da impureza... e se condenará ao inferno:
“Quem reza, certamente se
salva, e que não reza, certamente será condenado. Todos os santos,
exceto as crianças, salvaram-se pela oração. Todos os condenados se
perderam, porque não rezaram. Se tivessem rezado, não se teriam
perdido. E este é e será o maior desespero no inferno: o poder ter
alcançado a salvação com facilidade, pedindo a Deus as graças
necessárias. E, agora, esses miseráveis não têm mais tempo de rezar”
(Idem).
Novo remédio.
Mortificar os olhos. Aquele que olha tudo o que deseja acaba
transformando o coração num depósito de lixo:
“Há olhares gravemente
culpados, que ofendem não somente o pudor, mas até a castidade em si
mesma e que, por conseguinte, é forçoso evitar. Outros há que são
perigosos, por exemplo, fixar a vista sem razão em pessoas ou
objetos que naturalmente hão de suscitar tentações... o cristão
sincero, que quer salvar a sua alma, custe o que custar, vai mais
longe; para estar seguro de não sucumbir à sensualidade, mortifica a
curiosidade dos olhos, evitando, por exemplo, olhar pela janela,
para ver quem passa, conservando os olhos modestamente baixos, sem
afetação, nas viagens ou passeios” (Adolfo
Tanquerey).
Décimo remédio.
Usar cilício uma hora por dia, com exceção do sábado e
domingo... dormir em tábuas de segunda a sexta-feira.
Para colocar em prática esse Décimo remédio, é
necessário pedir a permissão ao confessor ou diretor espiritual.
Décimo primeiro remédio.
Lembrar com frequência que Deus vê você em todos os lugares:
no banheiro, no mato, no quarto escuro, dentro
do carro, atrás do muro, na piscina, no córrego, no mar, na sombra
de uma árvore... em todos os lugares:
“Deus, tu me sondas e conheces: conheces meu sentar e meu levantar,
de longe penetras o meu pensamento; examinas meu andar e meu deitar,
meus caminhos todos são familiares a ti. A palavra ainda não me
chegou à língua, e tu, Deus, já a conheces inteira. Tu me envolves
por trás e pela frente, e sobre mim colocas a tua mão”
(Sl 139, 1-5).
Décimo segundo remédio.
Meditar com frequência a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo... os
sofrimentos do Salvador:
“Minha alma, ama a um Deus amarrado como um réu por
ti, flagelado como escravo por ti, feito rei e escárnio por ti, um
Deus finalmente morto na cruz, como um criminoso por ti. Sim, meu
Salvador e meu Deus, eu vos amo, eu vos amo. Recordai-me sempre o
que sofrestes por mim, para que não mais me esqueça de vos amar.
Cordas que amarrastes a Jesus, prendei-me com Jesus. Espinhos que
coroastes Jesus, feri-me de amor para com Jesus. Pregos que
transpassastes Jesus, pregai-me na cruz de Jesus, afim de que eu
viva e morra unido com Jesus. Sangue de Jesus, inebriai-me de santo
amor. Morte de Jesus, fazei-me morrer a todo afeto terreno. Pés
transpassados de meu Senhor, eu vos abraço; livrai-me do inferno que
tenho merecido. Jesus, no inferno não poderei vos amar, mas eu quero
vos amar sempre. Querido Salvador, salvai-me, uni-me a vós e não
permitais que eu vos perca!” (Santo Afonso Maria
de Ligório).
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 10 de janeiro de 2018
Bibliografia
Sagrada Escritura
Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração
sobre alguns pontos da ética sexual, 10
Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a
morte; A prática do amor a Jesus Cristo; A oração
Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e
Mística
Pe. Leo J. Trese, A fé explicada
Pe. Bernhard Häring, A Lei de Cristo – Teologia Moral
Especial
Santa Catarina de Sena, Escritos
Cassiano, Escritos
São Pio X, Catecismo Maior
Pio XII, Carta Encíclica Mystici Corporis
Santo Antônio Maria Claret, O caminho reto
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