REMÉDIOS GERAIS PARA LIVRAR-SE DE CAIR NAS PENAS
ETERNAS DO INFERNO
Primeiro remédio.
Reze de manhã e de noite três Ave-Marias a Nossa Senhora, um
Pai-Nosso e uma Ave-Maria ao Santo Anjo da Guarda e ao Santo patrono
(santo de teu nome).
Santo Afonso Maria de Ligório escreve:
“A oração é a mais poderosa arma para nos
defendermos dos nossos inimigos. Quem não se serve dela, está
perdido”, e:
“A oração é o princípio, o progresso e o complemento
de todas as virtudes” (São Carlos Borromeu),
e também: “Bem sabe viver, o que sabe
rezar bem”
(Santo Agostinho), e ainda:
“Sem a oração, nunca pode uma
alma produzir bons frutos” (São Francisco de
Sales), e: “Quem reza,
certamente se salva; e quem não reza, certamente será condenado”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Segundo remédio.
Pense com frequência que Deus te vê e te escuta, e que você está em
sua mão. Se pecares e morreres em pecado mortal, serás lançado no
inferno: “Deus, tu me sondas e conheces:
conheces meu sentar e meu levantar, de longe penetras o meu
pensamento; examinas meu andar e meu deitar, meus caminhos todos são
familiares a ti” (Sl 139, 1-3), e:
“Deus me vê! Ou só ou acompanhado, ou na
rua ou em casa, ou na terra ou no mar, tenho sempre a Deus presente.
Deus está em toda a parte. Ele vê tudo, sabe tudo, enche tudo. nada
passa despercebido a seus olhos” (Pe. Alexandrino
Monteiro).
Terceiro remédio.
Não te deixes enganar pelo demônio que te dirá: Peca... depois te
confessarás. Infeliz daquele que peca na confiança de que se
confessará! Porque não verá realizada esta sua confiança má, ou se
chegar a confessar, se confessará mal:
“Judas se condenou, porque se atreveu a pecar confiando na clemência
de Jesus Cristo”
(São João Crisóstomo), e:
“Escreve um sábio autor que
mais almas envia ao inferno a misericórdia do que a justiça de Deus,
porque os pecadores, confiando temerariamente naquela, não deixam de
pecar, e se perdem. O Senhor é Deus de misericórdia: quem o nega?
Contudo, quantas almas manda Deus todos os dias às penas eternas!”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Quarto remédio.
Mortifique os sentidos externos e internos. Aquele que não sabe
mortificar-se no lícito, menos saberá fazê-lo no ilícito, e cairá em
pecado: “OLHOS: Há
olhares gravemente culpados que ofendem não somente o pudor, mas até
a castidade em si mesma. OUVIDO e LÍNGUA: Esta mortificação exige
que não se diga nem ouça nada contrário à caridade, à pureza, à
humildade e às demais virtudes cristãs. O que foi falado dos olhos,
do ouvido e da língua, aplica-se aos outros sentidos: OLFATO e TATO.
Dois sentidos internos que é preciso mortificar são: IMAGINAÇÃO e a
MEMÓRIA” (Adolfo Tanquerei).
Quinto remédio.
Jejue por devoção algum dia na semana, ou pelo menos renuncie alguma
coisa de que mais gostas: “Se podes
aguentar o jejum, fazes muito bem em jejuar um pouco mais do que a
Igreja obriga, porque o jejum, além de elevar o espírito a Deus,
reprime a sensualidade, facilita as virtudes e aumenta os
merecimentos”
(São Francisco de Sales), e:
“A oração e o jejum são como duas asas que
erguem a alma por sobre as tempestades, tornando-a mais ardente que
o fogo e terrível aos inimigos”
(São João Crisóstomo).
Sexto remédio.
Procure fazer todos os dias pelo menos meia hora de oração mental:
“Por não experimentarmos sempre essa
ternura, é preciso que na oração mental nos preparemos para sofrer
as contrariedades que nos possam sobrevir. Assim fizeram os santos e
ficaram prontos para receber com paciência e mansidão as ofensas, os
insultos e as mágoas”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Sétimo remédio.
Professe especial devoção à Santíssima Virgem Maria:
“Quem respeita Maria, seja santo ou pecador,
não será levado pelo demônio infernal”
(Santa Catarina de Sena), e:
“Nossa Rainha é sumamente compassiva e
benigna; quando alguém pecador se encomenda à sua misericórdia, ela
não põe a examinar-lhe os méritos, para ver se é digno de ser ouvido
ou não, mas a todos atende e socorre”
(São Bernardo de Claraval), e também:
“Assim como a lua
ilumina e beneficia os objetos mais inferiores sobre a terra, também
ilumina Maria e socorre os pecadores mais indignos”
(Hildeberto).
Oitavo remédio.
Confesse e Comungue com frequência: “...
é preciso frequentemente se confessar com extrema sinceridade,
comungar sempre” (São João Bosco).
Nono remédio.
Leia bons livros e nunca os maus; se tiveres em teu poder algum
livro mau, queime-o. Fuja das más companhias e dos lugares ou coisas
que podem servir-te de ocasião de pecar:
“Ler um mau livro é
aconselhar-se com um inimigo. Ler um bom livro é ouvir um bom
conselheiro. Um livro mau é um falsário; um livro bom é um pregador
que fala ao coração, convence o entendimento e move a vontade. O mau
livro entenebrece o espírito com os erros que encera. O bom livro é
um farol que mostra o caminho da virtude através do espesso
nevoeiro das aberrações de que o mundo anda envolto. É o bom livro
um espelho, onde cada um vê a sua própria imagem, ou ataviada com
virtudes, ou afeada com vícios. É o bom livro um velho
experimentado, que tem muito que narrar ao jovem que entra no
caminho da vida, no consórcio dos homens e na luta com as paixões.
Ler um bom livro é entrar num arsenal que fornece ao cristão as
armas de que precisa para se defender dos ataques contra a verdade
católica” (Pe. Alexandrino Monteiro),
e: “Se é de toda prudência fugirmos dos
homens sem fé, mais cuidado nos é aconselhado, que o tenhamos
daqueles que aproximam de nós com vestes de ovelhas, aparentando
virtude e honestidade. Uma vez perdida a probidade dos costumes,
ainda há possibilidade de reavê-la, se é que ainda permaneceu a fé”
(Pe. João Batista Lehmann), e também:
“Dedica-te à oração; frequenta os
sacramentos, evita as ocasiões perigosas e, se tanto for preciso,
abandone o mundo para assegurar tua salvação, persuadido de que,
quando desta se trata, não há confiança que baste”
(Santo Afonso Maria de Ligório).
Décimo remédio.
Procure em todo tempo cumprir os preceitos da Lei de Deus, da Igreja
e as obrigações de teu estado. Assim você será feliz por toda a
eternidade: “Felizes os íntegros em seu
caminho, os que andam conforme a lei de Deus!”
(Sl 118, 1), e:
“Eu te busco de todo o coração, não me
deixes afastar dos teus mandamentos”
(Sl 118, 9), e também:
“Temos que amar o trabalho e convertê-lo ao
mesmo tempo em tema e campo de oração, porque, acima de tudo, é
caminho de santidade”
(Pe. Francisco Fernández Carvajal).
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
Anápolis, 01 de fevereiro de 2018
Bibliografia
Sagrada Escritura
Santo Antônio Maria Claret, O caminho reto
Bordoni, Escritos
Santo Afonso Maria de Ligório, A oração; Preparação
para a morte; A prática do amor a Jesus Cristo
São Carlos Borromeu, Carta pastoral
Santo Agostinho, Escritos
São Francisco de Assis, Escritos
Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de luz
São João Crisóstomo, Escritos
Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e
Mística
São Francisco de Sales, Filotéia
Santa Catarina de Sena, O Diálogo
São Bernardo de Claraval, Escritos
Hildeberto, Escritos
São João Bosco, O cristão bem formado
Pe. João Batista Lehmann, Escritos
Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar com Deus
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