Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

Nº 14

 

REMÉDIOS PARA EVITAR O PECADO DE HOMOSSEXUALIDADE

 

Primeiro remédio. É preciso saber que o pecado de homossexualidade é gravíssimo... pecado mortal. Mesmo que a lei de um país “absolva” esse pecado; ele continua sendo gravíssimo diante de Deus: “Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns para com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga da sua aberração” (Rm 1, 26-27).

 

Segundo remédio. É preciso saber que Deus castiga aquele que comete o pecado de homossexualidade: “Não te deitarás com um homem como se deita com uma mulher. É uma abominação” (Lv 18, 22), e: “O homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação, deverão morrer, e o seu sangue cairá sobre eles” (Lv 20, 13), e também: “O grito contra Sodoma e Gomorra é muito grande! Seu pecado é muito grave! Vou descer e ver se eles fizeram ou não tudo o que indica o grito que, contra eles, subiu até mim; então ficarei sabendo... chamaram Ló e lhe disseram: ‘Onde estão os homens que vieram para tua casa esta noite? Traze-os para que deles abusemos’” (Gn 18, 20-21; 19,5). As cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela foram destruídas por Deus.

 

Terceiro remédio. Afastar-se radicalmente da pessoa do mesmo sexo que se sente atração sexual: “O seu esforço, iluminado e apoiado pela graça de Deus, lhes permitirá evitar a atividade homossexual” (Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé aos Bispos – data de l-X-1986 – Carta sobre os Cuidados Pastorais para com as pessoas Homossexuais, n. 11), e: “Quem quiser salvar-se, precisa renunciar, não somente ao pecado, mas também às ocasiões de pecado, isto é, deve afastar-se deste companheiro, daquela casa, de certas relações de amizade” (Santo Afonso Maria de Ligório), e também: “... o que ama o perigo nele perecerá” (Eclo 3, 26).

 

Quarto remédio. Lembrar com frequência da brevidade da vida (morte)... do Juízo Particular após a morte (Hb 9, 27)... “descer” ao inferno todos os dias através da meditação (São Felipe Neri e São João Bosco)... “subir” ao céu todos os dias através da meditação (Santo Afonso Maria de Ligório). Em resumo, meditar com sinceridade sobre os novíssimos do homem: “Em tudo o que fazes, lembra-te de teu fim e jamais pecarás” (Eclo 7, 36), e: Quem despreza a amizade de Deus para não se privar dos prazeres ilícitos, desejaria que não houvesse lei que os proibisse, nem castigo para os que pecam. Faz tudo para evitar a reflexão sobre as verdades eternas: a morte, o juízo, o inferno, o céu. Tudo isso lhe causa muito medo e torna amargo os seus prazeres. Espreme, então, o cérebro procurando razões, ao menos prováveis, para se persuadir ou se convencer de que não existe alma, nem Deus, nem inferno. Assim poderiam viver e morrer como o animal que não conhece lei nem razão” (Santo Afonso Maria de Ligório), e também: “A Igreja não pode omitir, sem grave mutilação da sua mensagem essencial, uma catequese constante sobre o que a linguagem cristã tradicional designa como os quatro últimos fins do homem: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso (São João Paulo II).

 

Quinto remédio. Suportar com paciência e amor a Deus essa provação, evitando custe o que custar o pecado: “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação (Catecismo da Igreja Católica, n. 2358).

 

Sexto remédio. Fazer o voto de pecado mortal, com a permissão de um sacerdote, de não cometer o pecado de homossexualidade, renovando o voto todo início de mês. É necessário, primeiro, conhecer a doutrina sobre o voto: “Um voto é uma promessa feita a Deus de uma coisa boa, para nós possível e melhor que a coisa contrária, a que nós nos obrigamos como se nos fosse preceituada... O transgredir os votos é pecado, e por isso não devemos fazer votos sem madura reflexão, e ordinariamente sem o conselho do confessor ou de outra pessoa prudente, para não nos expormos ao perigo de pecar” (São Pio X).

 

Sétimo remédio: Na confissão, dizer ao sacerdote sobre a forte inclinação que sente para esse pecado (homossexualidade): “Manifestando assim, ao confessor, não só os pecados cometidos, mas também as más inclinações, os hábitos e outras raízes do pecado, ele conhecerá mais a fundo o coração e os remédios necessários para suas enfermidades” (São Francisco de Sales).

 

Oitavo remédio. Não querer se desculpar usando as “armas” covardes de: “não se deve julgar” e do “preconceito”. A Santa Igreja Católica Apostólica Romana manda tratar os homossexuais com respeito e caridade. Os homossexuais; não os seus pecados: “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2358). Muitos homossexuais se escondem por detrás dessas “armas” para cometerem pecados horríveis. Deus não aceita essa desculpa! O homossexual tem o dever de aceitar a verdade, custe o que custar: “Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (Catecismo da Igreja Católica, 2357).

 

Nono remédio. Viver a castidade: “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadores da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (Catecismo da Igreja Católica, 2359).

Para cada um segundo o seu estado, a castidade é imprescindível (aquilo que não pode ser dispensado). Para o solteiro, a castidade deve ser absoluta, com voto ou sem voto. Certamente, é uma das glórias da nossa religião que tanto vivam a castidade perfeita, fora e dentro de um mundo cujas seduções são tão abundantes e onde as ocasiões são tão frequentes (Pe. Leo J. Trese).

 

Décimo remédio. Suportar as tentações com paciência e desprezar o demônio. O homossexual não deve ficar desesperado nem inquieto diante das tentações, mas deve suportá-las com calma e muita paciência, o importante é não consentir nelas... e também desprezar o demônio com todas as forças: “Uma tentação, embora durasse toda a nossa vida, não nos pode tornar desagradáveis à divina Majestade, se não nos agrada e não consentimos nela, porque na tentação nós não agimos mas sofremos, e, como não nos deleitamos com ela, de nenhum modo incorporemos em alguma culpa... É preciso, pois, ter grande coragem nas tentações e nunca se crer vencido, enquanto elas são desagradáveis, distinguindo bem entre o sentir e o consentir. Podemos senti-las, embora desagradem; mas não podemos consentir sem ter gosto nelas, porque o prazer é de ordinário um grau de consentimento” (São Francisco de Sales), e: “Muito frequentemente me atormentam estes malditos (demônios); mas inspiram-me muito pouco temor; porque, vejo-o muito bem, eles não podem mexer-se sem a permissão de Deus... saibam-no bem, todas as vezes que nós os desprezamos, diminuem as suas forças e a alma adquire sobre eles tanto mais império... Eles não têm força mais que sobre as almas covardes, que lhe entregam as armas” (Santa Teresa de Jesus).

 

Décimo primeiro remédio. Rezar todos os dias o Santo Rosário. Sem a oração é impossível alguém vencer a tentação. O homossexual que não reza será “varrido” pela tentação: “Entre todos os remédios contra as tentações, o mais eficaz e mais necessário, o remédio dos remédios, é suplicar a Deus o seu auxílio e continuar a pedir enquanto durar a tentação. Não é raro que o Senhor destine a vitória não na primeira oração, mas sim na segunda, na terceira ou na quarta. É preciso que nos convençamos de que da oração depende todo o nosso bem. Da oração depende a nossa mudança de vida, o vencer das tentações; dela depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição, a perseverança e a salvação eterna” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

Décimo segundo remédio. Jejum. Para vencer as tentações contra a castidade é preciso jejuar e eliminar certos alimentos “pesados”: “Se podes aguentar o jejum, fazes muito bem em jejuar um pouco mais do que a Igreja obriga, porque o jejum, além de elevar o espírito a Deus, reprime a sensualidade, facilita as virtudes e aumenta os merecimentos. Grande proveito nos traz em nos mantendo no estado de mortificar a gula e de sujeitar o apetite sensual e o corpo às leis do espírito; e, mesmo que não se jejue muito, o inimigo tem grande medo daqueles que conhece que sabem jejuar” (São Francisco de Sales), e: Numa palavra, sobriedade moderada e constante é muito melhor que uma abstinência austera, mas repassada de intervalos de grande relaxamento” (Idem.).

 

Décimo terceiro remédio. Receber, com frequência, a Santíssima Eucaristia: “A comunhão destrói as tentações do demônio, dá-nos uma grande inclinação para as virtudes e agilidade em praticá-las, uma grande paz, tornando-nos assim mais fácil e agradável o caminho de santificação” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

Décimo quarto remédio. Aproximar-se, com frequência, da Confissão: “Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento (Confissão), o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como ele” (Catecismo da Igreja Católica, 1458).

 

Décimo quinto remédio. Estar sempre ocupado: “Muito contribuirá, se você evitar as ocasiões, as conversas fúteis e os espetáculos públicos, onde não há nada de bom... e se manter sempre ocupado... trabalhando, estudando, rezando e quando tiver tempo, busque entretenimentos honestos, faça que o demônio nunca o encontre desocupado” (São João Bosco).

 

Décimo sexto remédio. Fugir das ocasiões de pecado: “As ocasiões de pecar são muito mais numerosas para pessoas tementes a Deus, que para os libertinos. Estes já são calejados de malícia, e não se impressionam mais com certas conversas, leituras, divertimentos e espetáculos, que perturbariam as almas simples e puras. Sejamos rigorosos contra nós próprios, abstendo-nos de tudo que é mundano, se quisermos agradar a Nosso Senhor e conservar ilibada a virtude. Com pouco se começa e facilmente se passa a coisas graves, a ocasião remota se transforma em próxima e a queda não tarda” (Pe. João Batista Lehmann), e: “Confessou certa vez o demônio que, entre todos os sermões, o que mais detesta é aquele em que se exortam os fiéis a fugirem das más ocasiões. E com efeito, o demônio se ri de todas as promessas e propósitos que formule o pecador arrependido, se este não evitar tais ocasiões” (Santo Afonso Maria de Ligório).

 

Décimo sétimo remédio. Fazer boa leitura todos os dias: “Devemos pôr os livros piedosos no número dos nossos amigos verdadeiramente fiéis, porque nos chamam eles severamente ao cumprimento de nossos deveres e das prescrições da verdadeira disciplina. Despertam no coração as vozes do céu já adormecidas. Sacodem o torpor de nossas boas resoluções. Não nos deixam adormecer numa tranquilidade enganadora. Reprovam nossas afeições secretas quando são elas pouco recomendáveis. Descobrem aos imprudentes os perigos que os esperam muitas vezes. Prestam-nos todos estes bons ofícios e com uma tão discreta benevolência, que não somente amigos, mas ainda vêm a ser os melhores dentre os melhores amigos. Temo-los quando os quisermos, sempre ao nosso lado, prontos a cada momento para nos ajudarem nas necessidades de nossas almas. Deles a voz nunca é dura, os conselhos sempre desinteressados, e a palavra nunca tímida ou mentirosa” (São Pio X).

 

Décimo oitavo remédio. Evitar más conversas... nunca mencionar, fora do confessionário, os pecados cometidos no passado: “A palavra “escândalo” significa tropeço. Denomina-se escandaloso aquele que, com palavras ou obras, oferece ocasião a outros de ofender a Deus. O escândalo é um enorme pecado, porque rouba de Deus as almas que foram criadas para o Céu e resgatadas pelo sangue precioso de Jesus Cristo. O escandaloso é um verdadeiro agente do maligno. Quando o demônio com seus artifícios não consegue se apoderar de sua presa, costuma-se servir dos escandalosos” (São João Bosco), e: “Fornicação e qualquer impureza ou avareza nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos” (Ef 5, 3).

 

Décimo nono remédio. Considerar o pecado de homossexualidade um monstro infernal que lança a alma imortal nas chamas do inferno: “Os delitos que vão contra a natureza, como os dos sodomitas, devem ser condenados. Mesmo se todos os homens o cometessem, seriam envolvidos na mesma condenação divina: Deus, de fato, não criou os homens para que cometessem tais abusos de si mesmos. Quando, movidos por uma paixão pervertida, profanam a própria natureza que Deus criou, é a mesma união que deve existir entre Deus e nós que é violada” (Santo Agostinho), e: “Assim como o enxofre fede e o fogo queima, era justo que os sodomitas queimando pelos desejos pervertidos originados pelo fedor da carne perecessem ao mesmo tempo por meio do fogo e do enxofre, de modo que, por causa do justo castigo, percebessem o mal que fizeram sob a indução de um desejo perverso” (São Gregório Magno), e também: “Este vício não pode ser considerado como um vício qualquer, porque supera a gravidade de todos os outros vícios. Este, de fato, mata o corpo, arruína a alma, contamina a carne, extingue a luz do intelecto, expulsa o Espírito Santo do templo da alma” (São Pedro Damião).

 

Vigésimo remédio. Devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Não buscar apoio, proteção e força nas criaturas; mas sim, no Coração de Jesus que protege, consola e fortalece aquele que sofre: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30).

 

Vigésimo primeiro remédio. Ler (sextas-feiras), um trecho da Sagrada Paixão de Jesus Cristo diante de um crucifixo: “A paixão do Senhor nos faz odiar o pecado” (Pe. Luís Bronchain).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

Anápolis, 03 de fevereiro de 2018

 

 

Bibliografia

 

Sagrada Escritura

Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé aos Bispos – data de l-X-1986 – Carta sobre os Cuidados Pastorais para com as pessoas Homossexuais, n. 11

Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a morte; A prática do amor a Jesus Cristo

São João Paulo II, Exortação Apostólica Reconciliação e Penitência, 2-12-1984

Catecismo da Igreja Católica, nºs 1458, 2357, 2358 e 2359

São Pio X, Catecismo Maior; Encíclica “Haerent Animo”, 25

São Francisco de Sales, Filotéia

Pe. Leo J. Trese, A fé explicada

Adolfo Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística

Santa Teresa de Jesus, Escritos

São João Bosco, O cristão bem formado

Pe. João Batista Lehmann, Escritos

Pe. Luís Bronchain, Meditações para todos os dias do ano

Santo Agostinho, Escritos

São Gregório Magno, Escritos

São Pedro Damião, Escritos