01 |
O religioso do nosso Instituto não pode tremer
os joelhos, fingir-se de mudo, cruzar os braços, recuar nem
retroceder diante dos ataques, zombarias, críticas,
calúnias e ameaças dos seus perseguidores; mas sim, deve
enfrentá-los com “espantosa” e “assombrosa”
coragem... aquela coragem que intimida os inimigos e os
afugenta: “Recuar diante do inimigo, ou
calar-se, quando de toda parte se ergue tanto alarido contra a
verdade, é próprio de homem covarde ou de quem vacila no
fundamento de sua crença. Qualquer destas coisas é vergonhosa em
si; é injuriosa a Deus; é incompatível com a salvação tanto dos
indivíduos como da sociedade e só é vantajosa aos inimigos da
fé” (Leão
XIII, Sapientiae Christianae, 18). |
02 |
Os Filhos e Filhas da Paixão devem
percorrer o caminho da santidade
com coragem... coragem que os mantêm escravos dos seus
deveres, principalmente quando surgem no caminho imponentes
“muralhas” e perigosas “armadilhas”. Aquele
que deixa de cumprir o dever por causa das dificuldades deve
ser afastado do nosso Instituto, porque é mesquinho e fraco:
“A vida é muito curta para que nós a
encurtemos ainda mais com a nossa visão temerosa e mesquinha”
(Disraeli). |
03 |
Não podemos nos intimidar diante das pessoas que
odeiam a Jesus Cristo, nosso Salvador, ou diante das que o
“amam” com um coração dividido... com limitações... ridico...
egoísta. O religioso do nosso Instituto não pode viver em
cantos escuros, no rodapé, acuado no porão ou sótão... mas sim,
deve encher-se de coragem, imitando o exemplo de Jesus Cristo e
dos santos e santas, principalmente daqueles que derramaram o
sangue pelo Salvador: “Pois Deus
não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de
amor e de sobriedade. Não te envergonhes, pois, de dar
testemunho de nosso Senhor”
(2 Tm 1, 7-8). |
04 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus Cristo
devem enfrentar as dificuldades, obstáculos e provações com
ousadia, fortaleza e coragem... sem se recuarem... sem se
venderem... sem se inclinarem diante dos golpistas e
ameaçadores... o medo não pode sufocá-los:
“Homem valente é aquele em quem a coragem acaba por prevalecer sobre o
medo”
(Dom Rafael Llano Cifuentes, Insegurança,
medo e coragem). |
05 |
O religioso do nosso Instituto não pode se
esmorecer diante dos ataques dos inimigos de Deus, do Evangelho,
da verdade e da santidade; mas deve dar um testemunho
decidido... o mesmo dado pelos mártires... ainda que seja
desprezado, caluniado e xingado por todos:
“O mundo é de Deus, e
Deus o aluga aos valentes” (São
Josemaría Escrivá, Sulco, n.º 99).
|
06 |
O corajoso não é um super-herói, porque
super-herói não existe... mas, com os olhos fixos no Deus que
tudo pode, caminha com valentia, sem recuar... sempre em frente,
abrindo caminho... apesar das altas e fortes “muralhas”
que surgem à sua frente. Assim deve ser
o religioso do nosso Instituto:
“O corajoso não nasce; faz-se. A
valentia não é algo que se tenha; é algo que se adquire”
(Dom Rafael Llano Cifuentes, Insegurança, medo
e coragem). |
07 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e das Dores
de Maria Santíssima, não podem possuir uma coragem de
momentos... de fogo de palha... de máscara; mas sim, a
verdadeira coragem... aquela que não inclina a cabeça diante das
dificuldades... que não se acomoda no sopé da “montanha”
das perseguições... que não anda de mãos dadas com os
mundanos e inimigos da verdade: “Os
bravos, embora temam também as coisas pavorosas que assustam
todos os mortais, enfrentam-nas como devem e como o prescrevem
as regras da honra”
(Aristóteles). |
08 |
Deus quer que os Filhos e Filhas da Paixão
superem todos os obstáculos com firmeza, coragem e valentia...
apoiados, não nas próprias forças, mas na força do alto que tudo
pode... tudo “desbrava” , “desobstaculiza” e
“amansa”: “Sê firme e corajoso!
Não temas e não te apavores, porque o Senhor teu Deus está
contigo por onde quer que andes”
(Js 1, 9). |
09 |
O religioso do nosso Instituto não pode se
inquietar diante das dificuldades e provações que surgem pelo
caminho... mas deve, com coragem, ânimo e força,
enfrentar essas “barreiras” sem se apavorar:
“Não temas e não te apavores”
(Js 1, 9).
Somente o fraco se apavora nas horas difíceis! |
10 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e das Dores
de Maria Santíssima devem ser ovelhas de Jesus Cristo que não se
intimidam diante dos lobos de Satanás. É preciso enfrentá-los
com coragem e valentia... sem cambalear, vacinar ou titubear. |
11 |
O religioso do nosso Instituto não pode desanimar
diante da altura da “montanha”, dizendo que é muito
difícil escalá-la até o cume; mas deve se encher de coragem e se
esforçar confiando na ajuda de Deus... o Senhor ajuda o
corajoso, determinado e decidido:
“Coragem... comecemos a trabalhar para
isso, por nossos desejos e boas resoluções; esperemos que um dia
teremos força bastante para chegarmos até lá”
(São Francisco de Sales, Filotéia). |
12 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus devem
entrar no campo de batalha com coragem, otimismo, valentia e
“santo” atrevimento. Mas não basta! É preciso, antes de
tudo, fixar os olhos nas chagas de Jesus crucificado e imitar o
seu exemplo de fortaleza, coragem e perseverança:
“Combatamos com
coragem, contemplando Jesus Crucificado que da sua cruz nos
oferece sua ajuda, a vitória e a coroa. Caímos no passado
porque deixamos de olhar para as chagas e as ignomínias sofridas
pelo nosso Redentor e, assim, não recorremos a Ele pedindo
ajuda” (Santo Afonso Maria de Ligório,
A prática do amor a Jesus Cristo). |
13 |
O religioso
do nosso Instituto deve pedir todos os dias, com humildade e
confiança, muita coragem a Deus para enfrentar com valentia os
obstáculos de cada dia sem se esmorecer... coragem para se
“multiplicar”... para “produzir” muito:
“Um missionário de boa vontade,
impregnado de espírito de sacrifício, pode até realizar o
trabalho de quatro ou cinco” (Bem-aventurado
José Allamano, A Vida Espiritual). |
14 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e das Dores
de Nossa Senhora devem estar sempre revestidos do “manto”
da coragem, porque nenhuma batalha é vencida sem luta... luta
com garra... luta com valentia... luta com coragem... coragem
que não retrocede:
“As tribulações não nos devem reter e frear, mas
impelir-nos a ser apóstolos”
(Bem-aventurado José Allamano, A Vida Espiritual). |
15 |
O religioso do nosso Instituto deve ser
firme e corajoso para ajudar o próximo a vencer as “muralhas”
dessa vida e conquistar a Vida Eterna. Sem coragem é impossível
fazer progresso no caminho da salvação:
“Sê firme e corajoso,
porque farás este povo herdar a terra que a seus pais jurei
dar-lhes” (Js 1, 6). |
16 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus devem viver
com dignidade, brio, honestidade e transparência! Para viver
assim, como filhos de Deus, é preciso de coragem. A coragem nos
ajuda a abrir caminhos sem inclinarmos diante das opiniões pagãs
desse mundo revoltado contra Deus. O medroso e pusilânime
torna-se escravo das máximas do mundo! Não podemos agir assim;
pelo contrário, devemos morrer por Cristo e pela Santa Igreja,
se for necessário: “Cada cristão deve
estar disposto a dar a vida por Cristo, se as circunstâncias o
exigirem”
(Pe. Francisco Fernández Carvajal, Falar
com Deus, 2). |
17 |
O religioso do nosso Instituto não pode ser
“maria vai com as outras”... pessoa sem personalidade...
“macaco” imitador... “piolho” que “viaja” de
cabeça em cabeça... que se deixa convencer com facilidade,
concordando sempre com as outras pessoas, sem ter um
posicionamento crítico. Ele deve seguir, com coragem, a verdade
ensinada pela Santa Igreja Católica sem se inclinar diante das
ameaças, zombarias, desprezos e críticas dos inimigos:
“Pensar com cabeça própria, formar
convicções sólidas que comandem o viver e indiquem como
posicionar-se perante o mundo, sejam quais forem os ventos que
soprem ou os riscos que se corram – isso é ser homem, isso exige
coragem. Para um cristão, é o primeiro sinal da verdadeira
coragem: a coragem de pensar e de viver a vida como destino
pessoal e intransferível, esse dom superior que Deus outorga a
cada ser humano!”
(Dom Rafael Llano Cifuentes, Insegurança,
medo e coragem). |
18 |
Os Filhos e Filhas da Paixão do Salvador e das
Dores de Maria Santíssima, não podem viver titubeando...
vacilando... com os pés nas nuvens... sem saber o que fazer...
com medo de tomar decisões. Isso é para pessoas medrosas que
caminham longe da coragem e da valentia! Quando se tratar da
glória de Deus e dos bens das almas imortais e espirituais, é
preciso se “arriscar” com coragem... grande coragem...
firme coragem... indomável coragem... coragem que não treme, que
não recua nem retrocede... coragem que não se entrega nem se
vende... coragem perseverante e “agressiva”... coragem
que conclui aquilo que iniciou com perfeição, não pela metade. |
19 |
O religioso corajoso inicia a batalha com a
metade da vitória nas mãos, porque se apoia no Deus que tudo
pode e não na sua limitada capacidade.
O nosso Instituto deve ser um “quartel” onde residem somente
religiosos corajosos, valentes, destemidos e intrépidos! |
20 |
O corajoso não se desespera diante dos grandes
obstáculos e contínuas provações; mas sim, caminha com os olhos
fixos no Deus que o fortalece e que mantêm sua cabeça “fria”
e o coração “ardente”. Assim
devem agir os religiosos do nosso Instituto! |
21 |
Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus e das Dores
de Nossa Senhora não são super-heróis... não são proibidos de
sentir medo; mas sim, são proibidos de se inclinarem diante
do “fantasma” chamado medo. O corajoso deve superar o medo
com o coração confiante no poder e na força de Deus.
Corajoso é aquele que “atropela” o medo com a
“máquina” da coragem! |
22 |
O religioso do nosso Instituto não pode viver em
cantos escuros, nos rodapés... nem ficar desanimado diante de
suas fraquezas, tentações e provações; mas sim, deve caminhar na
presença de Jesus Cristo... confiando no poder do Salvador:
“Coragem! Ele te chama. Levanta-te”
(Mc10, 49). |
23 |
O corajoso possui uma fé convicta, não cede com
facilidade nem se acomoda ao pensamento da maioria. |
24 |
O corajoso não é oportunista... não possui jogo
de cintura; mas sim, é fiel seguidor de Jesus Cristo... longe de
atitudes camaleônicas e máscaras... não se vende:
“Antes queremos
morrer inocentes, do que viver culpados”
(São Maurício, Mártir). |
25 |
O religioso corajoso não recua diante dos
obstáculos; pelo contrário, “arranha” com frequência o
impossível, porque nunca se dá por vencido. |
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
24 de junho de 2019
Solenidade do nascimento de São João Batista
|
Voltar
ao topo
Este texto não pode ser reproduzido sob
nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por
escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
Depois de autorizado, é preciso citar:
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
“Os Filhos e Filhas da Paixão de Jesus Cristo e das Dores de Nossa Senhora
devem ser sempre e autenticamente corajosos”
www.filhosdapaixao.org.br/escritos/colecoes/reflexoes/006_filhos_da_paixao_corajosos.htm
|
|